Restaurando trilhas do desembaçador traseiro

Algumas coisas eu simplesmente tenho que anotar por aqui antes que se percam nas catacumbas de meu computador…

Outro dia, na lista do Opala.com, surgiu uma micro-discussão acerca de como restaurar as trilhas do desembaçador traseiro (aquelas linhazinhas que ficam no vidro traseiro de alguns veículos mais modernos). Curiosamente é um “problema” que tenho no Chevettinho. Então resolvi fazer um resumão do que foi dito por lá pelos mais variados opaleiros “profissas” de plantão…

Antes de mais nada o negócio é verificar a parte elétrica interna. Se ela estiver conduzindo perfeitamente e ainda assim o desembaçador não estiver funcionando, então, por exclusão, somente restam as trilhas dos vidros que provavelmente devem estar partidas ou interrompidas (ainda que de maneira quase invisível a olho nu).

Para resolver o problema basta (com muito jeitinho) aplicar a chamada “tinta condutiva”, que é a mesma utilizada para consertar/restaurar trilhas em placas de computador. A dica sobre a dica é que a tinta a ser utilizada tem que ser a prata, pois esta tem uma capacidade condutiva bem melhor que a preta (que parecer ser a base de carbono).

Ah, e sim, a tinta é cara – bastante cara. Mas com o uso racional e cuidadoso (e ante a perspectiva de ter que trocar um vidro inteiro), avaliando a relação custo e benefício, acaba valendo a pena…

Para comprar a tinta basta fazer uma busca básica na Internet que já se encontra; caso não tenha facilidades desse tipo então o negócio é tentar em lojas de peças eletrônicas.

A questão de a tinta ter que ser a prata, como já disse antes, diz respeito à sua capacidade condutiva, pois a tinta que vai nas trilhas do desembaçador deve poder resistir a uma corrente elétrica alta. O negócio é achar exatamente onde está interrompida a trilha, lixar o local apenas um pouquinho com uma lixa bem fina (para assegurar contato bom, sem que haja sujeira para aumentar a resistência da conecção), colocar fitas dos lados para delimitar a sua área de atuação, e pintar com um nadica de nada dessa tinta de prata. E é só. Basta colocar apenas um pontinho de tinta. Deixe secar (bem seco), retire a fita e pronto!

Na prática o mais difícil é achar onde a trilha encontra-se interrompida. Uma dica seria, num dia úmido, deixar embaçar o vidro e ligar o desembaçador. Depois de um tempinho daria para saber quais trilhas não funcionam.

Ou também dá pra fazer a busca na raça, a olho nu e através de um multímetro com a função resistência…

Quem é o pintor?

Pergunta difícil…

Só tenho certeza de uma coisa: EU é que não sou!

Dentro de minhas limitadas capacidades (e ainda mais limitado tempo) não me aventuro a tentar nada tão grandioso quanto pintar um carro. Deixemos tais especialidades para os profissionais da área, certo?

Três possibilidades pairam no ar.

Primeiramente uma funilaria que fica bem do lado da casa de meu pai. Seria interessante no sentido de que teria quem pudesse “olhar” de perto o serviço para mim. E já não o seria em função de que estaria sujeito a palpites de toda espécie e principalmente um do tipo que não gostaria de ouvir: “deixa assim mesmo que está bom”.

Segundamente um amigo que trabalha comigo, mas na área de manutenção de computadores. Caboclo esperto, fuçado, tem bom senso e aparenta ser dedicado em tudo aquilo que faz. Tem uma oficina de funilaria na casa dele – é o “bico” fora do horário de expediente – e sei que já fez inclusive alguns cursos de especialização. Mas não conheço pessoalmente o trabalho dele.

Terceiramente uma indicação do próprio mecânico que trocou os motores. Um rapaz que, segundo ele, é bom, MUITO bom – e isso não significa pouca coisa vindo de alguém que é especializado na manutenção, reforma e restauração de Opalas. Fui até o cantinho do caboclo conhecer seu serviço e, coincidência das coincidências, havia justamente um 79 sendo reformado. O carro ainda estava somente com a tinta de fundo, mas deu pra perceber o cuidado do pintor nos detalhes, principalmente no que tange ao alinhamento. O único problema (segundo, também, o mecânico): o caboclo é enrolado. Demorado mesmo. Se ele falar que demora um mês, pode colocar uns seis meses pela frente. E isso poderia ser um complicador nos meus planos imediatos…

Decisões, decisões, decisões.

O tempo urge e o dinheiro escasseia.

Tenho que meditar bastante sobre esse assunto…

De olho na rua

É assim que eu gostaria de ficar a noite inteira: “de olho na rua”.

Por mais que eu tenha tentado espremer os carros dentro da enorme garagem que temos em casa, não adiantou. Ela é grande o suficiente para três carros grandes e – quando muito – quatro carros de médio para pequenos. Ou seja, colocar duas BARCAS, mais o Corsa e o Chevette simplesmente não rola.

De ontem para hoje não tive problemas, pois havia deixado o Chevette na autoelétrica para alguns ajustes em termos de faróis, bomba de combustível, limpador de para-brisa, etc.

Mas hoje ele já está de volta…

Então, com mais receio que razão, tive que deixar o Titanic II do lado de fora. Na rua.

Tá certo que tirei o tradicional parafuso que corta a corrente elétrica, bem como coloquei uma boa trava na direção. Tirei também o cabo de bobina e mais uns dois cabos de vela por excesso de zelo…

Mesmo assim ainda fiquei com algumas pulguinhas atrás da orelha… E as calotas? E a tampa do tanque? E se resolvessem riscá-lo? E se estourassem o vidro? Enfim, nada mais que pura nóia! No final das contas tudo deve ficar bem.

Pelo menos, assim espero.

Amanhã eu descubro.

Sexta-fotos

E para terminar bem esta sexta, eis um Opala um tanto raro de se ver por aí, pois foge totalmente daqueles conceitos internos de estofamento preto, cinza, etc.

Essa beleza – ano 88, se não me engano – pertenceu ao Maurão, carismática figura ímpar lá da lista de discussão do Opala. Trata-se de um belíssimo exemplar de um Opala bordeaux (desculpem-me, sou um cara das antigas, não gosto desse negócio de “bordô” e muito menos “vinho” – a não ser na sua forma líquida!) carinhosamente chamado pelo seu ex-proprietário de Guairão

Sintonia fina – parte elétrica

Ontem – até por uma questão de falta de espaço na garagem – já havia deixado o Chevette “dormindo” na autoelétrica para conserto de alguns itens básicos: marcador de combustível (ou boia, ainda não sei), limpador de para-brisas (só funciona em uma velocidade), lâmpadas do farol baixo (queimada do lado esquerdo), verificação do desembaçador traseiro (que não desembaça), ou seja, coisinhas básicas…

Hoje, tendo vindo com o Titanic II para o trabalho, foi a vez dele passar uma revisãozinha básica. De cara o marcador de temperatura não estava funcionando (não, de novo, NÃO!), o que foi prontamente corrigido com a troca do sensor de temperatura. Como estava meio que bichado aproveitou-se para trocar também mais o relê e algumas outras pecinhas.

Mas ainda tem alguma coisinha que não está muito confortável no barulho/desempenho do carro…

Vou ter que fuçar um bocadinho mais…

Back to the streets again!

O título desse post refere-se a uma música heavy metal dos anos oitenta: “Back to the streets again”. Achei que era do Saxon, mas me enganei. Mas tenho certeza que ainda devo ter o videoclip dela gravado em algum canto das minhas boas e velhas fitas de VHS…

Mas, enfim, eis que o Titanic II voltou às ruas!

Ainda temos que pensar numa sintonia fina e alguns outros detalhezinhos.

Mas pelo menos o motor de quatro cilindros do 79 voltou a roncar firme e forte, agora como nova alma do 76. Ainda resta acertar a documentação, mas isso eu resolvo rapidinho (eu acho).

O motor de 4 cilindros foi devidamente instalado e readaptado no cofre do 76.

Em termos de “adaptação” a maior relevância foi para os suportes do radiador. Eles foram recortados da lataria do 79 e devidamente soldados na lataria do 76. Firmes e bem posicionados acabaram os problemas com radiador “caindo”…

Aqui o mesmo motor de um outro ângulo, sendo bom lembrar que agora deixamos a ignição eletrônica de lado e voltamos ao bom e velho platinado – no qual já mexi tanto quando das primeiras desventuras com o 79.

Mas que ainda é meio esquisito ver o Titanic II sem o seis cilindros vermelhão no cofre, isso lá é. E, em termos de potência somente numa troca como essa é que a gente percebe a verdadeira diferença de um para outro. Se bem que, como eu já disse, ainda acho que falta uma sintonia fina nesse motor… Devo acertar isso ainda esta semana.

E, dentro em breve, o 79 já deve voltar para casa também. Creio que ainda falta instalar nele o diferencial que estava no 76.

Enquanto isso, é bom estar de volta às ruas novamente!

😀