Mais um tiquinho – antes que enferruje!

Uma vez lixadas as pequeninas partes referentes à porta – como podem ver aqui – faltava dar o fundo propriamente dito.

Aviso aos navegantes: jamais deixem para amanhã o que DEVEM fazer hoje. Apenas três dias nos separam da lixada e do fundo – e já foi mais que o suficiente para uma fina camada de ferrugem começar a recobrir os pontos já lixados e espelhados anteriormente. Paciência. Pelo menos dessa vez foi só dar uma lixadinha básica, bem de leve mesmo, e pronto!

Sim, eu sei que isso é quase nada se comparado à quantidade de coisas que ainda têm que ser feitas no carro, mas me comprometi a registrar aqui cada pequenino avanço, então não poderia deixar de fazê-lo, ok?

Aqui temos a parte da frente da porta, também já devidamente pintada com o fundo pertinente.

Vocês se lembram que eu tinha falado que a parte da maçaneta está meio afundada? Então. Desse ângulo dá pra ver um pouco melhor. É o tipo de detalhe de acabamento que – acho eu – terá que ficar por conta dos “martelinhos de ouro” da vida. Isso quando chegarmos lá na fase de pintura…

Novas peças velhas

Hoje fui num desmanche dar uma “fuçada” geral.

Esse desmanche em particular não gosto muito de ir, pois é daquele caboclo ruiiiiim de negócio que só vendo. Mas é o único que conheço (aqui por perto) que tem pelo menos três Opalas e duas Caravans de vários modelos desmontados e com as peças ainda ali, dando sopa.

A diferença é que dessa vez levei meus três filhotes comigo…

Acho que essa foi a parte mais “divertida” da coisa. Eles ficaram impressionados com aquele cemitério de carros, mas não deixaram de se divertir imaginando como seriam os veículos quando ainda estavam inteiros. Uns batidos, outros amassados, outros capotados e alguns até mesmo inteiros – mas já depenados. Conseguiram até encontrar uma Variant 74 igualzinha à do avô (meu pai) !

Mas, voltando ao assunto, achei (em parte) uma das coisas que estava procurando: um painel para o carro. Não que ele não tenha um, mas – como a maioria dos carros que já vi com o painel de 75 a 79 – seu painel está quebrado ali naquela volta perto de onde iria o rádio, logo abaixo dos controles de entrada de ar. E, como se isso já não bastasse, ele é todo marron, e eu pretendo alterar a cor interna do carro, de modo que estava atrás de um painel preto.

Digo que encontrei em parte o que queria porque o painel que comprei é preto, tendo, inclusive, vindo com o porta-luvas completo. Mas faltam as gradezinhas redondas de controle de entrada de ar, bem como eu gostaria de um que também tivesse o conta-giros. Bem no estilão da foto do final deste texto. Mas tudo bem. Cada coisa a seu tempo. Por enquanto já consegui algo – depois eu vou aperfeiçoando o que falta.

O preço? Cento e trinta contos de réis. Tudo.

Não, não é meu… Foto meramente ilustrativa…

E tome multa!

Daí a importância de checar, rechecar e checar de novo toda documentação ANTES de fechar um negócio.

Com toda a documentação do Titanic II encaminhada para o CIRETRAN, na data aprazada fui lá retirar tudo (hoje). Estava pronto? Nãããããooo…

Acontece que “apareceu” uma multa LÁ de Minas Gerais. R$102,15. Paguei, né? Fazer o quê?

Agora é só questão de levar o comprovante e esperar DE NOVO todo o prazo…

Questão de consumo – parte II

Só pra esclarecer: consultando uma das revistas lá em casa, especificamente a Opala & Cia nº 6, fiquei sabendo que os tanques de combustível dos Opalas eram de 54 litros, até que, devido à crise do petróleo (e fechamento dos postos nos finais de semana), entre 1978 e 1979 esses tanques passaram a ser de 65 litros.

Ou seja, o do 76 com certeza deve ser de apenas 54 litros…

Um tiquinho de reforma

Dentre os inúmeros perrengues que o Titanic II vem me dando e aliado lá ao meu trabalho que tem me tomado quase todo o tempo útil, não só à noite como até mesmo nos finais de semana, não tem sobrado muitas horas vagas para conseguir dar continuidade à “obra”.

Mas… bem, vocês sabem. Jamais desisto. Demoro, enrolo, enrosco, risco, cisco, belisco. Mas NÃO desisto.

Assim hoje só consegui começar a dar uma guaribadinha na porta do lado esquerdo (motorista)…

Bem, para isso desmontei completamente a porta, ou seja, removi as máquinas dos vidros, o quebra-vento, maçaneta, etc, etc, etc. Um detalhe interessante (que nem eu sabia) essa peça que vocês podem ver aí em cima é onde vai fixada a fechadura do carro – não a da porta, mas da parte fixa. Esse ângulo esquisito é de dentro da abertura do vidro traseiro. Notem que essa peça, ainda que presa na lataria, possui uma certa mobilidade que é para poder ajustar a fechadura.

Bão, e esse ângulo mais esquisito ainda é de dentro da porta do motorista. Sim, tive que enfiar a máquina fotográfica por um dos buracos da porta e ir tentando até que saísse uma foto que prestasse (mais ou menos). Esses furos sinalizados correspondem à fechadura, sendo a parte da chave (I) e a outra ponta (II). E a pergunta que não quer calar: como tirar a bendita fechadura? Fácil. Na parte interna da porta, ali onde se dá o “clique” da fechadura, tem uma espécie de chapinha – na realidade é a ponta de uma longa chapa em “L”. Basta colocar uma chave de fenda reforçada ali e fazer uma alavanca que a fechadura se solta quase que sozinha. Aquela parte ali, toda enferrujada (entre I e II), nada mais é que o trilho por onde corre essa chapa em “L” e faz a trava da fechadura. Sei que é confuso, mas se alguém não entender me avise que dou um jeito de repetir a dose mais didaticamente – pois fazer é mais fácil que explicar…

Aqui temos a parte onde efetivamente corre o vidro da porta, onde costuma ficar aquela proteção de borracha para que a água não entre. Dá pra ver que a ferrugem meio que estufou um pouco o metal, mas nada que comprometa a integridade da reforma.

Aliás, em termos de integridade – e não me canso de falar sobre isso – ainda que todo desmontado dá pra ver que o alinhamento continua existindo…

Com tudo desmontado, além dos detalhes gerais por toda a volta da porta, foram apenas três os pontos específicos da “lida” de hoje.

Em primeiro lugar a própria quina da porta, que (suspeito) durante anos a fio foi machucada pegando e raspando no pára-lama dianteiro.

Em segundo lugar o local onde vai o espelho retrovisor, que parecia um par de espinhas de tão saltado que estava. É aquele negócio do caboclo colocar o retrovisor com um parafuso de rosca soberba e ir apertando, apertando, apertando, até não dar mais – sendo que nem precisava de tanto. Deu firmeza, tá bom. Ou seja, antes mesmo de dar um trato na lata, com a ajuda de um bom martelo de superfície chata – juntamente com um apoio por dentro – consegui devolver (um pouco) os furos à posição normal.

E, em terceiro lugar, o próprio local da fechadura também foi tratado com carinho. Nesse caso, depois de tirada a fechadura, pude perceber que toda aquela região está um pouco afundada – provavelmente fruto de, por muito tempo, terem que dar porrada para fechar a porta do carro. Um pouco consegui acertar, mas a sintonia fina – com certeza – ficará a cargo do futuro pintor.

Enxergando direito

Então, na parte da tarde, aproveitei uma brecha para dar uma acertada num ponto que ainda estava me incomodando no Titanic II: o Insulfilm.

Além de estar meio que detonado nas bordas, era muito escuro. Sempre, à noite, eu já tinha de dirigir com o vidro do lado do passageiro abaixado para que pudesse enxergar direito pelo retrovisor. O retrovisor central nem pensar, pois se o Insulfilm já é escuro, imaginem no ângulo do vidro traseiro de um Opala, ou seja, quase deitado. Um breu só. E, para sacramentar a decisão, ontem choveu. Todos os vidros fechados. Um negrume só. Esquece. Encheu o saco.

Passei numa loja de som – onde tinha certeza já tê-los visto colocando essa película num carro – para saber se eles também tirariam a danada da coisa. Beleza. Tiravam. Morri com quarenta e cinco contos, mas não só melhorou a dirigibilidade do veículo como também ficou beeeeeem mais bonito. O curioso é que até mesmo no vidro dianteiro tinha Insulfilm – e nesse eu não tinha sequer percebido, de tão clarinho que era. Mesmo assim, sem dó, arrancou-se tudo!

De quebra, enquanto esperava, resolvi aproveitar que ali por perto tinha uma casa de ferramentas e comprei alguns itens necessários para ir aprimorando minha modestíssima oficininha. Um adaptador de chave de catraca de 3/8″ para 1/4″ (já que o meu quebrou há anos), duas chaves fixas (de boca) e duas chaves estrela (de estria). Medidas 6x7mm e 8x9mm.

E assim caminha a humanidade…