Uma Noite no Museu

Muito bom!

Pra quem não conhece, explico.

Toda sexta-feira de lua cheia a Fundação Cultural de Jacarehy faz a apresentação de “Uma Noite no Museu”. Resgata algum contador para contar causos do folclore da região lá no Museu de Antropologia (um casarão da época do café fantasticabulosamente maravilhoso!). Nessas sessões que ocorrem às oito e às dez da noite (para dar um clima) descortinam-se diversas lendas e estórias (histórias?) de fantasmas, sacis, almas penadas e por aí afora…

E, desta vez, o contador era o Moacyr Pinto, figura conhecida, sociólogo e pesquisador, que nos trouxe “a sabedoria e os causos do seu Zé Pedro, Mestre quilombola da Casa de Farinha de Ubatuba”. Mas, melhor: para acompanhar o fim de cada causo, uma música sobre o que acabou de ser contado, cantada em verso e prosa pelo amigo Deo Lopes (o da viola) mais o Cauíque (o da sanfona).

Casa lotada (o que teve de gente que sentou no chão…), um bom lugar no cantinho da primeira fila e mais hora e meia de proseio. Desfilaram ali em nosso imaginário a macaca Catarina e a Sexta-Feira da Paixão, a traidora cobra avessa à filosofia de que o bem se paga com o bem, aquele que andou por seis horas num só dia, o caiçara que convidou a Morte como madrinha, a certeza de que dinheiro não é mais que gente, o desafio e muito mais. No dedilhado do Deo, então… Realmente muito bom!

E, é lógico, após cada sessão, o público já sai convidado para um café ou chá (de camomila) com direito a biscoito de polvilho e bolo de fubá…

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