Turma de 96

Há cerca de 20 anos eu estava na fase final de minha adolescência. Estudava, trabalhava e estava prestes a me casar.

Há cerca de 15 anos eu havia acabado de passar pelo “facão” do banco onde trabalhava e, depois de quatro anos e um status de quase gerente, passei então a trabalhar num escritório de contabilidade num bairro do subúrbio. Ganhava um salário mínimo e mesmo assim resolvi começar uma faculdade. É. Direito parecia bom.

Há cerca de 10 anos, depois de passar por poucas e boas, altos e baixos, com subidas e descidas, tanto na vida pessoal quanto na profissional, eu estava prestes a me formar. Foram aproximadamente cinco longos anos desde o vestibular até a festa dos 100 dias. Às vezes parece que foi mais. Às vezes parece que foi menos.

Mas com certeza foi bom.

Comecei a estudar na turma da manhã (mais uma vez, por causa de um novo trabalho), porém, uns seis meses depois, passei pra noite. Conheci muita gente e mais gente ainda me conheceu. É certo que não me lembro lá muito bem de todos (ah, mardita memória!), mas de todos que me lembro, garanto que é com carinho. Nem sempre fui muito próximo de todos, mas de alguns fui mais próximo que se possa imaginar.

Após a formatura e com o passar dos anos algumas amizades esfriaram, algumas pessoas se distanciaram e outras simplesmente desapareceram. Entretanto, também novas amizades surgiram, outras melhoraram e algumas permanecem até hoje. E tudo entre os formandos!

Muitos de nós, ainda que arduamente, conseguimos permanecer na área do Direito. Não foi fácil. Mesmo aqueles que já tinham uma certa tradição na família, ainda assim penaram bastante. Outros nunca conseguiram ou sequer quiseram exercer a profissão. E outros, ainda, foram em busca de novas experiências em outras áreas. Alguns mudaram de vida, de ares e até mesmo de país.

Porém o que nos une depois de tanto tempo é o simples fato de que nos formamos juntos. Passamos por muitos apertos, sofremos com as mensalidades, com a falta de professores, com as fogueiras de vaidades do corpo docente, com salas de aula chuvosas, atrasos, cansaços, tarefas, trabalhos, provas, exames, etc, etc, etc. Mas também tivemos nossas cotas de coisas boas, nos divertimos em festas e bares, comemoramos a vitória de boas notas, matamos aula pra prosear, farreamos no pindura… Enfim, passamos por muita coisa juntos por cinco anos até que nos formamos.

E isso já foi praticamente há dez anos…

Mas vamos aos fatos. Não é de hoje que a nossa colega (e também amiga, diga-se de passagem) Cinthia Polatto vem orquestrando a idéia de um churrasco pra comemorar esses dez anos. Uma boa parte do povo tá lá no Orkut, alguns outros estão perdidos pelos e-mails da vida e o resto acho que nem sabe que existe Internet… Mesmo lá na nossa comunidade orkutística o pessoal vem falando do churrasco, mas ninguém se anima de verdade.

A última expressão de vontade nesse sentido veio há quase três meses por parte do Tiago! Ele sugeriu um churrasco ainda este ano para aquecermos as turbinas. Comentou que sempre aparecerá alguém pra dizer que não poderá ir neste, mas com certeza estará no próximo. Sugeriu que começássemos a pensar com antecedência. De minha parte lhe respondi que basta marcar (desde que tenha espaço suficiente pros três filhotes correrem à vontade).

Mas ninguém mais se manifestou.

Com esse post estou tentando dar um pontapé inicial nessa idéia. Vamos marcar alguma coisa e simplesmente executar! Quem está por aqui na Internet que avise outros que também estão e, independente disso, que todo mundo procure avisar aqueles que não estão.

Vamos ver se isso vai surtir efeito…

E, pra matar a saudade, seguem três imagens de três bons momentos de parte do povo da facultas. Quem quiser ver a foto (beeem) ampliada, basta clicar na imagem. Alguém se habilita a dizer quem é quem?


( Clique na foto para ampliar… )


( Clique na foto para ampliar… )


( Clique na foto para ampliar… )