Nada nesta mão, nada na outra…

O Idelber já havia comentado algo, mas logo em seguida o Dória arrematou com a notícia de que o projeto seguiu em frente, na calada da noite. Mesmo os profissionais da área demonstram sua preocupação…

Trata-se do malfadado projeto de lei capitaneado pelo Eduardo Azeredo, que passou pelo Senado e agora vai à votação na Câmara.

Tenho minhas dúvidas, caso siga em frente, se essa será uma lei que “vai pegar”.

E, mais dúvidas ainda tenho quanto à lisura da motivação do político em questão, que tenta focar as atenções para esse projeto, enquanto suas impressões digitais foram encontradas no encardido rolo da Operação Satiagraha (temor fundado de que voltasse à tona o assunto do aporte que Dantas fez às agências de Marcos Valério).

Ou seja, o maior mérito de um prestidigitador é conseguir focar a atenção da platéia em outro ponto enquanto realiza sua “mágica”…

Enquanto isso, a petição on-line prossegue!

EEE PC – Mudando o Xandros para português

Bem, continuando a história do EEE PC, creio que faltou dizer que o sistema operacional que vem pré-instalado é uma distribuição Linux denominada Xandros. Seria possível instalar um Ubuntu ou até mesmo um XP da vida, mas, como ainda talvez estejam incipientes (ou seja, com bugs), preferi aguardar um pouco mais a consolidação desse bichinho até que surjam distros mais estáveis. Enquanto isso vou ficando com a Xandros mesmo que, bem ou mal, faz com que tudo funcione.

Apesar de não ter lá muitas dificuldades com o inglês, é lógico que um sistema em português tornar-se-ia bem mais confortável para o uso rápido no dia-a-dia. Assim, fuçando um pouco por aí – em especial na comunidade do Orkut denominada “ASUS Eee PC EEEPC UMPC” – peguei dicas suficientes para isso.

Aliás, menção honrosa para o “guru” do EEE PC naquela comunidade, o Wilson, que ajuda praticamente todo mundo em todas as dúvidas que surgem…

Lá foi informado que um dos membros da comunidade preparou um script automatizando o processo de tradução do Xandros. O primeiro passo seria baixar o seguinte pacote (arquivo):

http://www.geocities.com/linosam/asus-portugues.tgz (*)

Após baixá-lo e salvá-lo numa pasta qualquer (user, por exemplo), basta abrir um terminal (no Windows diriam uma “janela DOS” ou um “prompt de comando”) através da combinação de teclas CTRL+ALT+T e digitar o seguinte (linha por linha, teclando ENTER no final):

tar -zxf asus-portugues.tgz
cd portugues
sudo ./instalar

Na medida em que for sendo necessário, vá respondendo as perguntas com s ou n. Detalhe importante: mesmo conectado à Internet por banda larga essa instalação pode demorar horas (velocidade da conexão, largura da banda, vocês sabem, aqueles perrengues). Aguarde a instalação ser completada e, ao final, reinicie a máquina.

Apesar de nem todos os programas serem “traduzidos” para o português, eu diria que mais de 90% o foram. Aliás, um aviso importante: esse script funciona tão melhor quanto mais original esteja a instalação. Caso já tenha havido modificações há grande probabilidade de que ocorram erros.

E um detalhe bem bacaninha: a máquina original não vem com o teclado configurado para a acentuação em português. Existem alguns scripts por aí, porém, particularmente, não gostei de nenhum. Mas com esse script de “tradução” o teclado já fica perfeitamente configurado – em especial o ce-cedilha (acento agudo + c)…

Emenda à Inicial: 1) Não sei por que cargas d’água o link para baixar o pacote deixou de funcionar. Tudo bem. Podem baixar neste outro aqui: http://www.eeebrasil.com/arquivos/asus-portugues.tgz (*). 2) Refazendo o passo-a-passo descobri que o melhor lugar para se fazer a operação sem correr risco de erros é, de fato, na pasta user (/home/user), pois a partir dali o script “encontra” tudo que precisa…

(*) Parece que até mesmo o link acima “morreu”. Puxei o arquivo para minhas próprias dependências e pode ser baixado bem por aqui.

Sistema unificado de registro civil

Ou seja, em vez do atual RG (Registro Geral) teremos o RIC (Registro de Identidade Civil). Interessante. E premente, diga-se de passagem. A notícia veio lá do Portal do Governo. Heh… Quando será que os bancos vão se unir para criar um “Cartão de Crédito Unificado”?…

O governo federal apresentou nesta terça-feira (8), durante o Encontro Nacional de Identificação, realizado em Brasília, o Cartão de Registro de Identidade Civil (RIC). O novo sistema permitirá a integração de diversos dados e inibir falsificações. O Cadastro de Pessoa Física (CPF), o título de eleitor e a carteira da Previdência Social convergirão em um único documento. O RIC começará a ser implantado em janeiro e a meta é atender toda a população em até nove anos.

A nova carteira de identidade contará com um chip microprocessador, responsável pelo armazenamento dos dados do cidadão, além de outros dispositivos modernos. Gravação a laser de informações em camadas internas do cartão e marcas d´água visíveis apenas na luz negra têm por objetivo coibir fraudes. A Polícia Federal estima que 16 milhões de documentos de identidade falsos circulem no Brasil atualmente.

A ferramenta para execução do projeto RIC foi adquirida em 2004, quando o governo investiu U$ 35 milhões no Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais (AFIS), colocado sob a responsabilidade do Ministério da Justiça.

Palestras – Com o objetivo de explicar o funcionamento e demonstrar as vantagens do novo sistema, o Encontro Nacional de Identificação, promovido pelo Departamento de Polícia Federal e Ministério da Justiça, promove esta semana diversas palestras e debates com especialistas nacionais e internacionais, em Brasília.

No local, foi criada a “cidade digital”, onde os participantes do evento poderão conhecer o funcionamento do AFIS. O mecanismo tornará o cadastramento por meio de impressões digitais mais rápido e seguro, já que unificará os banco de dados de todo o território nacional, impedindo que uma mesma pessoa possua mais de um RIC. Além disso, o AFIS vai agilizar a identificação de qualquer cidadão, auxiliando as investigações policiais.

O projeto ainda prevê parcerias com órgãos regionais, criando estações de coleta por todo o País, além de facilitar o processo de centralização dos dados. Com a medida, a segunda via do documento poderá ser requisitada em qualquer unidade da Federação.

A expectativa do governo é, a partir do terceiro ano de implantação, realizar 80 mil cadastramentos por dia e alcançar a meta de 20 milhões de cadastros anuais. Em nove anos, 150 milhões de brasileiros terão o seu número de RIC.