Costumes de antigamente…

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( Publicado originalmente no blog etílico Copoanheiros… )

Adauto de Andrade

Trecho extraído diretamente do livro Nossa Cidade de São José dos Campos, publicado em 1991 e que trata da visão pessoal do autor – Jairo César de Siqueira – sobre a metrópole entre os anos de 1917 e 1930.

Era costume antes das compras nos armazéns, executarem o ritual tradicional do “mata bicho”. O chefe da família pedia um martelo de pinga e era o primeiro a degustar o explosivo líquido. Passava o copo ao filho mais velho, que bebia um gole e dava o copo a outro irmão, e este a outro, até que o patriarca molhava o dedo indicador da mão direita na bebida e dava-o ao menino de colo para chupar – “é para não espantar as bichas” – dizia convicto. Só então pedia nova rodada e outro martelo de pinga com capilé ou groselha para atender a parte feminina da família e as crianças.

Na terça, uma foto

Estes dois da direita são meus tios de Jacareí: Ari e Caridade (das três irmãs: , Esperança e Caridade, lembram?). As crianças, provavelmente, devem ser as filhas mais velhas: Cacilda e Sueli.

Tia Caridade vai bem, inclusive, recentemente, nasceu mais uma bisneta – a Manuela!

Já meu tio – Ari Ramos Arantes, na realidade – faleceu há 26 anos. Especificamente no dia 1º de julho de 1983, com apenas 44 anos, vítima de um acidente ocorrido na Rodovia Dom Pedro, em Igaratá, SP…

Francisco Teodoro Teixeira

Não há verdadeiramente muitos dados a serem extraídos deste testamento. Basta dizer que Francisco Theodoro Teixeira foi meu tetravô (e pentavô ao mesmo tempo, mas outra hora conto isso), casado com Maria Emerenciana de Andrade.


 TESTAMENTO de FRANCISCO TEODORO TEIXEIRA

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 | Arquivado no Museu Regional de São João del Rei - Caixa 141        |
 | Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco                          |
 | Transcrito em : 2003                                               |
 | Solicitante   : Maria Nazaré de Carvalho                           |
 | Objetivo      : Dados Genealógicos                                 |
 | Testador      : FRANCISCO TEODORO TEIXEIRA                         |
 | Testamenteiro : MANOEL TEODORO DE ANDRADE                          |
 | Testamento redigido em São João del Rei em 1874                    |
 | Número de folhas originais: 82                                     |
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 - FL.004 -

 Diz Manoel Teodoro Teixeira Testamenteiro do finado seu pai o  Capitão
 Francisco Teodoro Teixeira,  que  ele  suplicante  foi  intimado  para
 prestar as respectivas contas, o que não  cumpriu  logo  em  razão  de
 grave incômodo em sua saúde, e ultimamente em pessoa de sua família; e
 portanto (...) 

 - FL.005 -

 Certifico e dou minha fé judicial, que em meu poder e cartório  existe
 arquivado o Testamento solene com que faleceu na Freguesia de Madre de
 Deus Francisco Teodoro Teixeira,  de  quem  é  primeiro  testamenteiro
 Manoel Teodoro de Andrade (...) 

 TESTAMENTO 

 Em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 

 Eu Francisco Teodoro Teixeira, estando adoentado, mas em meu  perfeito
 juízo, e conhecendo que sou mortal, e que de um momento a outro  posso
 dar minha alma a meu Criador, tenho resolvido fazer meu Testamento  de
 última vontade na forma e maneira seguinte. 

 Declaro que fui casado com Dona Maria Emerenciana de Andrade, de  cujo
 matrimônio tive filhos, os quais são meus legítimos herdeiros. 

 Nomeio para meus testamenteiros em primeiro lugar a meu  filho  Manoel
 Teodoro de Andrade, em segundo meu filho Venâncio Teodoro de  Andrade,
 em terceiro a meu filho Marciano Onostório Teixeira. (...)

 (...) meu corpo será sepultado na Matriz de minha Freguesia (...) 

 (...) deixo a meu neto José, filho de minha filha Maria, um crioulinho
 por nome André. Deixo a meu neto Francisco Teixeira de Andrade  o  meu
 escravo Venerando. A meu neto Emerenciano, deixo a quantia de duzentos
 mil réis, ou uma cria que está próxima a nascer de Maria Rita. 

 Deixo a cada uma de minhas netas filhas de minha filha  Maria  e  pras
 minhas netas filhas de meu filho Venâncio Teodoro de Andrade e  as  de
 Manoel Teodoro de Andrade a quantia de duzentos mil réis. 

 Deixo a meu filho Marciano Onostório Teixeira em remuneração  de  seus
 bons ofícios e companhia que  me  tem  feito  os  seguintes  escravos:
 Geralda, Peregrino, Carolina, Mariano,  Inês,  Gervásio  e  Eugênia  e
 Teolindo. 

 Nomeio meu  herdeiro  dos  remanescentes  de  minha  Terça  meu  filho
 Marciano Onostório Teixeira. 

 Declaro que nada devo a meu filho João  Gualberto,  e  ordeno  a  meus
 testamenteiros que não paguem qualquer quantia a  ele.  Pois  não  lhe
 devo (...) 

 (...) estou enfermo, não podendo escrever mandei escrever que assino.

 Retiro dos Dois Irmãos, 18 de Dezembro de 1870 

 - FL.008/VERSO -

 DATA DE ABERTURA 

 21 de Dezembro de 1870, nesta Freguesia de Madre de Deus. 

 - FL.012 -

 PROCURAÇÃO 

 DATA – 30 de Maio de 1871 

 LOCAL – São João Del Rei 

 QUE FAZ – Manoel Teodoro Teixeira, morador no  Distrito  de  Madre  de
 Deus, deste Termo. 

 PROCURADOR NOMEADO – Capitão José Antônio Rodrigues. 

 FINS – Tratar de todos os termos do Inventário e partilhas dos bens de
 seu finado pai Francisco Teodoro Teixeira (...)