Numa daquelas aventuras etílicas de elucubrações mentais (talvez até mais digna de figurar lá no Copoanheiros que aqui), eis que eu e o nobre cervejonauta Bicarato, num arroubo de valentia face à extremamente cansativa semana que se encerra, resolvemos tecer nossas teorias acerca da injusta divisão semanal de trabalho-descanso.
Explico.
A semana tradicional, a qual classificamos de cinco-por-dois (cinco dias de trabalho por dois de descanso) necessitaria de uma imediata reformulação. A primeira proposta – prontamente deixada de lado – seria de uma relação dois-por-cinco, mas aí até nós dois mesmos já concluímos que seria vagabundagem demais…
Então resolvemos fechar que o mais coerente a se adotar seria a relação três-por-quatro (retratistas do Brasil, segurem-se pois isso NÃO é com vocês!). Ou seja, três dias de trabalho por quatro de descanso.
A regulamentação disso deverá se dar por Decreto Presidencial, pois, primeiramente, somente o Poder Executivo é quem teria a rapidez necessária de baixar unilateralmente uma norma nesses moldes; segundamente, apresentar uma lei dessas à Câmara poderia gerar meses (anos?) de discussão até que nossas centenas de deputados NÃO chegassem a um acordo definitivo; e, terceiramente, não seria justo submeter ao Poder Legislativo um projeto dessa estirpe. Concorrência desleal, sabe? Afinal de contas eles JÁ praticam essa relação três-por-quatro em seu dia-a-dia…
Mas voltemos ao que interessa.
Algumas peculiaridades seriam necessárias para essa formatação. A melhor maneira de implementar o Projeto três-por-quatro seria extirpando diretamente determinados dias da semana – mas creio que discordamos em alguns pontos nesse quesito, talvez por entendermos que dias diferentes deveriam ser suprimidos. Ou será que foi porque acabei com o amendoim enquanto ele tomou o último gole de cerveja?… Não me lembro bem, mas tenho certeza de que em alguma coisa discordamos!
Enfim, segundo o MEU entendimento, os dias Terça, Quinta e Sábado deveriam desaparecer. Coisa mais inócua e dias mais sem graça esses! Assim a semana teria somente a Segunda, Quarta e Sexta. E, é lógico, até pegar no tranco ninguém começa mesmo a trabalhar antes do meio-dia da Segunda. Já na Quarta dá pra se trabalhar direitinho, que nem gente grande. Porém, na Sexta, dando meio-dia já diminui o ritmo do trabalho enquanto começa o agito porque o final de semana está chegando!
Enquanto isso o Domingo seria multiplicado por quatro. Não chegamos exatamente a concluir como isso se daria, pois entramos numa ferrenha discussão sobre qual seria a origem da palavra “Domingo” para que pudéssemos dar uma destinação semântica coerente a todos os dias da semana. Lembro de algo sobre o Mingo, aquele índio do Daniel Boone, o que nos levou à possível figura de um ordenança do Senhor chamando “Min”, oriundo da terra do Tio Sam, o qual receberia ordens em inglês no sentido de “Do! Min, go!”. Mas, apesar de concordar com a figura desse ordenança, o copoanheiro discordou de seu nome, pois poderia trazer algum conflito com a figura da Madame Min, e ninguém aqui tá a fim de enchimento de saco por causa de direitos autorais. Então voltaria a ser Mingo, esse atrapalhado faz-tudo de Deus.
Mas, nesse ponto, o teor etílico comprometeu a seriedade do estudo, que resolvemos deixar para outro dia, e passamos então a falar de bobagens e amenidades…
minha contribuição:
num tempo longínquo, quando feriados prolongados faziam mais sentido pra mim, costumava dar nomes variáveis aos dias, chamando já a véspera desses dias de *sexta-feira*, não importando qual fosse. na sequência — já sem trema –, todos os próximos dias até a véspera do último sabático seriam o sábado, sem diferenciação entre si. afinal, sábado prolongado é muito melhor que domingo.
finalmente, a véspera do retorno à lida seria o domingo, dia de recolhimento e cura da ressaca.
aplicando então este processo à proposta 3×4, teríamos uma semana assim:
domingo, segunda-feira, quarta-feira, sexta-feira, sábado, sábado, sábado.
Bem… esse projeto inclui as “forcas”?… afinal, ninguém é de ferro…
Marcelo, sou obrigado a discordar. Afinal de contas no sábado muita gente ainda trabalha meio período – e isso, no Projeto, já seria uma característica de sexta!
Paulo, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Assim os feriados NECESSITAM ser observados, ok?
Não Adauto… concordo com o Marcelo… sábado é sábado (o melhor dia da semana) e não abro mão dele.
Não Adauto… concordo com o Marcelo… sábado é sábado (o melhor dia da semana) e não abro mão dele.
Ok, Juliana. Relendo o texto, hoje sou obrigado a concordar… Até porque QUATRO FANTÁSTICOS POR SEMANA, NINGUÉM MERECE!!!!!
Também prefiro sábados. Mas, pensando bem, quem se importa? Eu até inventaria nomes lindos pros dias de descanso. O importante é descansar, né?!?!
De fato, de fato… Aliás um complemento que, à época, não tinha ocorrido: também deveria haver a determinação legal de que todo e qualquer feriado JAMAIS poderia cair nos finais de semana!
😀