Artigo recortado-e-colado lá do Blogaro! – até porque tenho três filhos…
E, sim, no sentido deste texto eu também quero que eles sejam hackers!
😀
Ontem no caminho de casa, eu li um post de um blog com o título “Why I want my daughter to be a hacker” onde o autor falava sobre os motivos de ele querer que a filha seja uma hacker, mas não no sentido apenas de hacker de computador, mas no âmbito geral.
Eu, pai de duas bebês, estava pensando nesse assunto desde que ela nasceu. Qual a melhor forma de educá-la para a vida ? E eu estava com algo bem próximo do que ele falou em mente.
O que é um hacker, e o que eu quero ensinar às minhas filhas?
Um hacker é uma pessoa que lê um artigo e questiona-se a si mesma sobre a veracidade do fato. É uma pessoa que tem um senso crítico aprimorado. Se é dito a um hacker como ele deve agir, ele faz só se concordar. É um curioso e investigador por natureza. Se minhas filhas tiverem essa característica, eu vou certamente dar-lhes a oportunidade de desenvolvê-la.
Hackers são curiosos e investigadores. Se eu der um rádio, vou explicar o funcionamento, falar sobre ondulação, etc. Aprender não ocupa espaço e em uma mente jovem e capaz, as coisas são aprendidas com rapidez. Hackers não se satisfazem no uso de uma ferramenta, mas no entendimento e muitas vezes construção de uma.
O computador delas – quando tiverem um 😉 – vai rodar linux ? Claro!
Eu sei, e tenho certeza, que um hacker não precisa usar linux, mas linux e o movimento open-source têm muita relação com o hacker. As ferramentas abertas, sendo abertas, te dão todo o poder de modificá-las se for assim quisto. O sistema aberto idem. Os sistemas proprietários não dão essa possibilidade. Eu não posso, por exemplo, alterar o kernel de um sistema proprietário. Se eu comprei um hardware, ele é meu, e eu posso usá-lo e fazer dele o que me der vontade. Hackers dão suporte a sistemas abertos pois gostam da liberdade. Eu dou suporte pois quero que minha filha possa usar ferramentas sem limitações.
Antes de qualquer discurso como “existem sistemas mais fáceis”, ou coisa do gênero, eu digo: Podem existir. Eu quero que as minhas filhas sejam cabeças pensantes e não cabeças que pensam o que lhes foi dito. Um hacker não pensa o que lhes ensinaram, mas ele é um desenvolvedor. Desenvolve suas teorias, seus pensamentos. Ele adquire conhecimento e não simplesmente recebe. Conforme dito no texto original, os hackers preferem a habilidade ao conhecimento, pois o conhecimento, quando necessário será adquirido. Um hacker é um pensador e não um repetidor.
Talvez uma das coisas que me fez gostar do texto é dele lembrar eu mesmo. Eu me lembro de mim ao ler esse texto. Lembro dos problemas e sucessos pelo comportamento hacker.
Um hacker não é um rebelde/revoltado. É um pesquisador, cientista. É um curioso que tem sua opinião e age pela própria cabeça.
Aliás, aqui está a referência do post inspirador: Why I want my daughter to be a hacker.
E termino com a frase de praxe:
Happy hacking!
Realmente, é uma definição maravilhosa, e entro no time, também espero que meu filho seja um Hacker.
E realmente, é natural de todo ser humano que na infância seja um hacker, investigativo, questionador… , porém (na maioria d)as vezes, o espirito hacker da criança vai embora principalmente naqueles momentos em que ela questiona os famosos “Por ques” e os pais jogam-a para escanteio, ou dão a velha resposta “Porque sim Zequinha!”.
Assim como eu não ouvi os “Porque sim Zequinha” espero não dize-los ao meu pequeno.
Abraços “and Happy hacking!”
Êita sintonia fina!
Minutos antes de ler esse post conversei rapidamente com o Sandino, durante a pausa pro cigarrinho. O Sandino é testemunha: falei praticamente isso aí, em outras palavras, comentando sobre a MetaRec. Seja pros filhos e filhas, seja pra cada um de nós, esse espírito lúdico-brincante-curioso é o que, essencialmente, nos move. Né?
=^)
Testemunhado…
E complementando nosso proseio da manhã, tive um tio (o Tio Irto), o qual junto comigo, aos muito poucos anos de idade, abriu meu “Trenzinho Musical da Estrela” e diferente da minha tia que insistia em me dizer que existia uma “bandinha” lá dentro, mostrou o mecanismo que fazia uma música diferente ser tocada a cada troca de “disco”, e que eu podia ir “quebrando” (minha tia não gostou nada disso) os pinos que haviam no disco e colar em outros pontos e assim a música ia ser diferente…
Acretido que esse seja um exemplo ótimo para o assunto aqui do post, e para o papo que tive o paulo.
Gente, com um pai como o meu, que, com a quarta série primária, fez tudo que fez e instigou tudo que instigou, não tinha como não ter esse espírito…
Já falei um pouco sobre isso aqui:
http://www.legal.adv.br/20090807/uma-visita-ao-professor-pardal/
Também espero conseguir passar isso para minha Tropinha – juro que tenho tentado!