Óculos “pra perto”

Muito bem, agora é oficial: tô ficando velho.

Dããããã…

Quatro-ponto-dois (ainda) não é o problema. Cabelos brancos, também não. Barba branca? Nah! Desenvoltura, mobilidade, agilidade? Tanto quanto o joelho permite (uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco)…

Agora, cá entre nós: “óculos pra perto”?

Assifudê!!!

Mas, ainda assim, necessários… Cansei de que as letrinhas miudinhas ficassem brincando de formiguinhas malucas – fugindo pra tudo quanto é lado – toda vez que eu as tentasse ler. E agora cá estou, com um par de óculos que combina meu grau de sempre (sou astigmatista do sétimo dia com cerca de um grau desde os sete anos de idade) com o grau a mais para poder enxergar nitidamente de perto.

Bifocais?

Nem pensar!

Chato do jeito que sou eu ia acabar ficando maluco com óculos desse tipo. Olha pra cima, vê de longe, olha pra baixo, vê de perto, pra cima, de longe, pra baixo, de perto, cima, longe, baixo, perto, cima… CHEGA!

Então, este idoso de plantão que vos tecla, agora carrega consigo óculos para todas as ocasiões.

Que putz!

Aliás, só pra arrematar: considerando esta minha provecta idade, o meu inseparável chapéu, a (por enquanto) sempre presente bengala, minha inafastável mania de dirigir um veículo que já não pertence a esta época, mais a atual cegueira… Bem, parece-me que agora eu e Mr. Magoo temos bastante em comum, não?

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