( Crônica publicada no jornal O Vale, de 28/04/2012 )
Neusa Trindade
Publicitária e Advogada
Eu estava no segundo ano primário, tinha oito anos e estudava no Externato Assis Pacheco, em São Paulo.
E os nomes tinham cores. Todos os que eu conhecia até a época.
Lourdes era verde bem escuro. Luiza era azul. Adolpho (com ph que era meu avô, que era antigo) era marrom. Atair, meu pai, era amarelo. Zélia, minha mãe, era vermelho. Neusa era amarelo. Nice, minha irmã, era um verde-claro azulado. Mercedes, a diretora da escola, era cinza. E assim vai.
Aí, um dia, entrou uma menina nova na escola, que se chamava Bárbara. E eu perguntei para uma colega Cândida (que era cinza clarinho):
– “Cândida, para você Bárbara é branco ou amarelo?”
Ela me olhou como se não entendesse…
E eu repeti – “Para você Bárbara é branco ou amarelo?”
E ela me olhava… Eu percebi que ia ter que explicar.
– “Cândida, cada nome tem uma cor, não é? E eu estou em dúvida com Bárbara, você também não sabe de que cor é?”
Ela me olhou bem séria. E ela disse que não sabia nada de cores nos nomes. Que os nomes não tinham cores. Que ela não via nada. E me olhou como se eu fosse doida… E ficou me olhando… E eu é que não entendia nada… Como ela não sabia das cores dos nomes? E nem me ajudava a decidir a cor de Bárbara!
Fiquei desconcertada… Como que os nomes não têm cores? Como que ela não sabia de nada? Será que só eu sabia disso? Fiquei pensando… Então não devia falar mais disso para ninguém, já que ninguém sabia do assunto.
E eu não falei mais com ninguém desse assunto, e meus nomes antigos continuaram coloridos, mas os novos não ganharam mais cor.
Que pena…
Esta crônica estava escrita há bastante tempo. E terminava aqui.
Estando em julho de 2009 numa sala de espera de um consultório médico, folheio uma revista Época e paro numa página com um rapaz tocando violão.
“Sinestesia”. Era uma matéria sobre sinestesia, que, fiquei sabendo, é uma condição especial em que os sistemas sensoriais de uma pessoa se interconectam entre si.
Nestes casos, por exemplo, uma pessoa pode ver cores quando ouve um som, ou sentir o gosto das palavras.
Mais uma informação: essa condição afeta, dizem, uma em cada 25 mil, e é encontrada mais nas mulheres que nos homens e em indivíduos canhotos! E eu tenho as duas características!
Descobri! Os nomes têm cores sim! A Cândida é que não via! E eu quero voltar a ver tudo colorido!
Que pena que não são todas as pessoas que têm a felicidade de ver as cores nos nomes! A vida ficaria mais colorida e certamente feliz!
Amiga,eu também consigo ver as cores nos momes de pessoas ,cidades e outros,quando comento com alguém que os nomes tem cor,me chamam de doida,ou as vezes querem saber a cor do mone delas.
comentei com a minha patroa isso e ela deu risada mas pediu para que e pesquisasse a respeito,quando te encontrei aqui fiquei muito feliz, porque agora eu sei que tem mais gente que consegui ver o mesmo que eu . Gostaria de saber mais, e se voce quiser me mande e-mail e vamos ver se tem algum especialista para nos ajudar a disvendar este mistério.
ATT. VENERANDA ALVES GOMES.
Deste que me entendo por gente que vejo cor nos nomes das pessoas. Raras as vezes quando digo isto, as pessoas olham meio sem acreditar, mas, perguntam: E qual é a cor do meu nome? O meu próprio nome é vermelho, da minha mãe Maria é branco, do meu esposa Carlos é azul, do meu filho Felipe é cor de laranja, e assim vai…Gostaria de saber mais a respeito. Um abraço.
Fiquei maravilhaad quando encontrei esta pagina! Eu também vejo as cores dos nomes desse bem pequenina, e sempre me acharam maluca!
Ainda bem que encontro mais gente como eu 🙂 beijinhos!!!
Qual a cor do meu nome
Qual é a cor do meu nome (Pedro)?
Eu achava estranho. Mas ao mesmo tempo bem legal. Nunca disse a ninguém. Ver as cores nos nomes das pessoas..sempre vi.. da pra sentir a vibração das cores nos nomes..não sei bem explicar mas é isso..rs por exemplo:
Michelle : verde escuro as vezes é marrom..outras laranja vibrante..depende da personalidade…as cores mudam
Ana: rosa claro
Téo: amarelo claro
Caleb: azul claro
Melissa: rosa forte
Miguel: vermelho as vezes laranja…outras fica amrelo
Reginaldo: marrom..as vezes verde escuro….
Enfim é estranho mas sempre associo nomes com cores…sinto as cores neles..elas vibram dependendo do nome e personalidade. Mas é divertido apesar de esquisito.
Que bom que encontro quem também veja cor nos nomes, estava preocupada porque aqui ninguém acredita quando eu falo. E por incrivel que pareça na maior parte dos nomes que foram mencionados eu também vejo essas cores como vocês. Que bom que não me sinto uma ET. Adorei.
Incrível ….sempre vi as cores nos nomes ,mas nunca comentei …resolvi comentar com meu irmão e ele espalhou para todo mundo kkk então resolvi pesquisar e encontrei essa proeza aqui e vi que não estou sozinho …que legal rsrs
Achei fantástica a página pois agora descobri que não sou maluco kkk
Eu também vejo cor nos nomes, o meu nome é verde escuro. Vejo cor nos nomes de minha família. E não sou canhota.
Também vejo nomes próprio coloridos… apenas nomes próprios..Na infância era mais comum, hoje nem tanto, mas quando penso em alguns nomes os vejo coloridos.
Eu também consigo ver a cor dos nomes ,vejo várias cores ,as cores vão se misturando , não sabia que isso se chamava sinestesia . Consigo ver a cor de todo alfabeto . A= azul B=vermelho claro c=Mustarda d=Mustarda mais escuro E= vermelho F=tom de vermelho =g=marron fosco claro h=azulado i=amarelo esverdeado =j=tom amarronzado …mais eu notei que as cores não são as mesmas para todos , percebi nós comentários
Isso tudo me parece um jeito lindo e poético de trabalhar com a leitura e até mesmo com a literatura. Só posso tentar imaginar qual seria a cor do nome de meus personagens favoritos… Ou mesmo do meu próprio nome, Adauto! 😉