Recortado-e-colado diretamente lá do Homo Literatus…
(…)
Enfim, gostaria de apresentar de onde surgiu essa história e achei uma definição na Wikipédia (Sim, esse site sempre nos salva):
A Bela e a Fera ou A Bela e o Monstro é um tradicional conto de fadas francês. Originalmente escrito por Gabrielle-Suzanne Barbot, Dama de Villeneuve, em 1740, tornou-se mais conhecido em sua versão de 1756, por Madame Jeanne-Marie LePrince de Beaumont, que resumiu e modificou a obra de Villeneuve. Adaptada, filmada e encenada inúmeras vezes, o conto apresenta diversas versões que diferem do original e se adaptam a diferentes culturas e momentos sociais.
A foto do original [acima] é um pouco mais horripilante do que a Disney mostra. Mas uma bela obra de arte.
O enredo original também tem suas diferenças com o que é apresentado nos filmes, mas sempre creio que é bom sabermos os dois lados da moeda.
O conto “A Bela e a Fera” relata a história da filha mais nova de um rico mercador, que tinha três filhas, porém, enquanto as filhas mais velhas gostavam de ostentar luxo, de festas e lindos vestidos, a mais nova, que todos chamavam Bela, era humilde, gentil, e generosa, gostava de leitura e tratava bem as pessoas.
Um dia, o mercador perdeu toda a sua fortuna, com exceção de uma pequena casa distante da cidade. Bela aceitou a situação com dignidade, mas as duas filhas mais velhas não se conformavam em perder a fortuna e os admiradores, e descontavam suas frustrações sobre Bela, que humildemente não reclamava e ajudava seu pai como podia.
Um dia, o mercador recebeu notícias de bons negócios na cidade, e resolveu partir. As duas filhas mais velhas, esperançosas em enriquecer novamente, encomendaram-lhe vestidos e futilidades, mas Bela, preocupada com o pai, pediu apenas que ele lhe trouxesse uma rosa.
Quando o mercador voltava para casa, foi surpreendido por uma tempestade, e se abrigou em um castelo que avistou no caminho. O castelo era mágico, e o mercador pôde se alimentar e dormir confortavelmente, pois tudo o que precisava lhe era servido como por encanto.
Ao partir, pela manhã, avistou um jardim de rosas e, lembrando do pedido de Bela, colheu uma delas para levar consigo. Foi surpreendido, porém, pelo dono, uma Fera pavorosa, que lhe impôs uma condição para viver: deveria trazer uma de suas filhas para se oferecer em seu lugar.
Ao chegar em casa, Bela, mediante a situação resolveu se oferecer para a Fera, imaginando que ela a devoraria. Ao invés de a devorar, a Fera foi se mostrando aos poucos como um ser sensível e amável, fazendo todas as suas vontades e tratando-a como uma princesa. Apesar de achá-lo feio e pouco inteligente, Bela se apegou ao monstro que, sensibilizado a pedia constantemente em casamento, pedido que Bela gentilmente recusava.
Um dia, Bela pediu que Fera a deixasse visitar sua família, pedido que a Fera, muito a contragosto, concedeu, com a promessa de ela retornar em uma semana. O monstro combinou com Bela que, para voltar, bastaria colocar seu anel sobre a mesa, e magicamente retornaria.
Bela visitou alegremente sua família, mas as irmãs, ao vê-la feliz, rica e bem vestida, sentiram inveja, e a envolveram para que sua visita fosse se prolongando, na intenção de Fera ficar aborrecida com sua irmã e devorá-la. Bela foi prorrogando sua volta até ter um sonho em que via Fera morrendo. Arrependida, colocou o anel sobre a mesa e voltou imediatamente, mas encontrou Fera morrendo no jardim, pois ela não se alimentara mais, temendo que Bela não retornasse.
Bela compreendeu que amava a Fera, que não podia mais viver sem ela, e confessou ao monstro sua resolução de aceitar o pedido de casamento. Mal pronunciou essas palavras, a Fera se transformou num lindo príncipe, pois seu amor colocara fim ao encanto que o condenara a viver sob a forma de uma fera até que uma donzela aceitasse se casar com ele. O príncipe casou com Bela e foram felizes para sempre.
Esse é o enredo da história.
Em literatura infantojuvenil a gente aprende que o conceito de infância foi criado pela burguesia em meados do século XVIII, porque até então a criança cumpria pena de morte e ia para fogueira como os adultos. Os burgueses criam a ideia de família e noções de infância… inclusive as escolas seriadas que até hoje conhecemos. Só que com o que haveriam de ensiná-las se não haviam livros específicos para elas? A literatura para os pequenos surgiu então com um caráter didático e pedagógico porque através dela, as crianças aprendiam a obedecer e não contestar, além de aprenderem a economizar e trabalhar com afinco para terem êxito no futuro. Os contos de fadas seguem essa linha. Através de símbolos, ensinam as crianças a crescerem com esses pré-requisitos para que, segundo o que estudamos, o homem seja o “provedor” e a mulher seja a “protetora” de sua família. Se pararmos pra pensar… muitas coisas estão enraizadas na nossa formação desde muitas gerações anteriores. Inclusive o romance e o final feliz.
Taiane Anziliero
Fiquei muito feliz em ver meu post aqui no seu blog. Muito obrigada e espero que possa escrever mais materias que te chamem atenção.
Obrigada!
bjks
Taiane Anziliero
Feliz fico eu com a sua visita!
Além do tema em si, seu texto flui de uma maneira “saborosa” – ou seja, era inevitável copiá-lo na íntegra…
Volte sempre, combinado?
🙂
Gostei do post ! Já li a Bela e a Fera. Escreva mais sobre livros infanto-juvenil, fábulas!