A volta dos que não foram (de novo!)

Muito recentemente fui “acordado” de volta pra vida graças a um comentário em um post que eu sequer havia escrito. Simplesmente recortei-e-colei um texto interessante cá no blog (ou melhor, “roubartilhei”) e pronto. Mas foi bom e acalentador saber que ainda existem umas quase quatro pessoas que ainda me acompanham por aqui. O que, talvez, ainda seja mais do que lá no Projeto 676!

Enfim, a vida não tem sido lá muito fácil e eu meio que me escondi de mim mesmo em um isolamento autoinfligido. Mas tive lá meus motivos. Então permitam-me compartilhar com vocês um pouco dessa história, mais exatamente de quase um ano atrás, do dia 16/12/2024.

E vamo que vamo!


Dia de retorno ao Psico (ah, sim, por inúmeros motivos que não vêm ao caso, ao menos neste momento, saibam que eu passei a me consultar com um psiquiatra).

Como você está? Tudo bem! Alguma novidade? Nada demais… Tem se controlado? Praticamente sim, tirando um detalhezinho à toa da última sexta-feira, tudo nos conformes. Ah é? O que foi? BATI O CARRO BÊBADO!!!

A conversa não foi bem assim, mas vocês meio que entenderam o resumo da ópera…

Mais uma vez tive ganas de NÃO COMPARECER no consultório, inventar uma desculpa verossímil qualquer, sei lá, audiência de última hora, ataque cardíaco, invasão alienígena, ou qualquer coisa do gênero – mas seria  muita covardia de minha parte.

Conversamos um bocadinho sobre minha libido, que já não era grande coisa e agora, depois dos remédios, já nem me afeta mais. Ele disse que tem como resolver isso (esse cara não deve ser psiquiatra, deve ser algum tipo de alquimista…), mas decidi que vamos cuidar de um problema de cada vez. Quando eu estiver “bom”, então veremos como vai ser essa bagaça. Eu sempre me peso quando vou lá e ele me disse que já perdi dois quilos. Grande bosta. Eu me peso TODO SANTO DIA em casa e sei exatamente a quantas anda minha densidade e força gravitacional perante o mundo. Dois a mais, dois a menos, para um cara do meu paquidérmico porte não é nada!

No que diz respeito ao acidente, contei resumidamente o que aconteceu e lhe garanti que foi a única recaída do mês. Mentira. Foi a oitava. Mas como as sete anteriores foram “bem de leve” não achei relevante trazer o assunto à pauta. O que, na hora, me fez lembrar dessa tirinha do Fagundes, o Puxa-Saco, personagem do Laerte:

Só que, no meu caso, não tive “alta”. Muito pelo contrário. Na realidade ele resolveu AUMENTAR a dosagem de um dos remédios que estou tomando. Tá, o médico é ele, então deve saber o que está fazendo. Mas, sinceramente, não me sinto “depressivo”. O que me fez lembrar outra tirinha (tudo me faz lembrar alguma tirinha), desta vez da Mariana e da Cláudia…

Apesar de tudo, eu preferia não ter que passar com remédios. Mas já que me submeti a esse “tratamento”, é como dizia um antigo estagiário lá da Prefeitura: “já que está no inferno, abraça o capeta!”

Segunda dose:

Ah, já estava quase me esquecendo: a minha querídola, amada, idolatrada, salve, salve, Dona Patroa – que, por incrível que pareça tem me tratado como uma pessoa normal, apesar de eu ter certeza que de normal não tenho nada – resolveu comentar comigo, antes ainda de eu sair pra rua, que eu estava precisando cortar o cabelo e aparar a barba, mas lamentou que estava estava sem tempo pra isso (é ela que tem me dado um trato desde a pandemia).

É LÓGICO QUE NA VOLTA, DE TEIMOSO, EU PASSEI NUM BARBEIRO.

E não, não foi o Nando. Meio que perdemos o contato. Ainda sinto falta de nossos proseios.

E este foi meu último visual com minha vetusta branca barba…

Passei num salãozinho ali pertinho de casa mesmo. Daquele estilinho dessas “novas barbearias” com cara de antigas que o pessoal tem tentado fazer. Só que no caso não era um barbeiro, mas uma “barbeira”. No problem. “E aí? Como vamos fazer?” “Tira tudo.” “TUDO???” “Não, melhor deixar as sobrancelhas. Ao menos até momento ainda não me baixou o espírito de Pink Floyd…”

Máquina zero na cabeça.

Navalha nas fuças.

E cara de indignada da Dona Patroa.

“Ué? Mas você não mandou cortar?”

“Cortar, sim, mas não precisava voltar pra casa que nem o Kojak!”

Agora é tarde. Já foi. Fazer o quê?…

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