Qual é o seu “padrão de beleza”?…

Invariavelmente as imagens que vemos em revistas – principalmente as femininas (ok, masculinas também…) – são manipuladas pelo Photoshop.

A ironia da vez veio por intermédio da cantora Boogie, mocinha nascida em Budapeste (quem nasce lá é o quê?) cujo verdadeiro nome é facílimo: Csemer Boglárka. Fale isso em voz alta bem rápido três vezes, quero ver!

Mas, enfim, o clip da canção Noveau Parfum, além de mostrar toda a transformação photoshopeada enquanto ela canta, também é forte em sua ironia, pois o refrão – num apaixonado francês – diz mais ou menos o seguinte: “Não sou um produto… Eles não podem mudar o que sou.”

Legal, não?

Então confiram o vídeo:

Enquanto isso, num “elevador inteligente”…

Clique na imagem para ampliar!

A área de pesquisas da Microsoft está focada em explorar as possibilidades da inteligência artificial, e uma das inovações em que eles trabalham atualmente é um elevador esperto o bastante para saber onde você vai sem que se precise apertar botões.

Para conseguir isso, o time de Peter Lee, chefe da Microsoft Research, instalou uma série de sensores na frente dos elevadores e, por três meses, observaram as pessoas para aprender sobre elas.

Durante esse período o sistema de inteligência artificial entendia a rotina dos usuários e era capaz de prever os andares que eles mais frequentam para antecipar seus movimentos. Assim, ele sabe que, quando chega ao prédio, você vai para o andar do escritório, então no meio do dia desce para almoçar etc. Mas não só isso.

Se, dentro do elevador, você combinar com um colega do segundo andar de irem almoçar juntos no dia seguinte, quando o momento combinado chegar, ao invés de te levar para o térreo, o elevador te deixa no segundo andar.

Roubartilhei daqui e daqui

Espacate

Espacate (do italiano spaccata) é um movimento ginástico que consiste em abrir as pernas de modo que estas formem um ângulo de 180º e fiquem paralelas ao solo.

Nas telinhas o ator que ficou famoso por usar esse recurso em seus filmes de artes marciais foi ninguém menos que o belga Jean-Claude Van Damme.

E agora, aos 53 anos de idade, num comercial da Volvo ele veio provar que ainda continua em forma!

Apoiado na lateral de dois caminhões, num teste criado para demonstrar a estabilidade e precisão da Volvo, ele discorre: “Eu já tive meus momentos bons e ruins. A minha parte de estradas esburacadas e fortes ventos. Foi isso que fez de mim o que sou hoje. E agora, aqui estou, diante de vocês. E o que vocês vêem é um corpo trabalhado até a perfeição; um par de pernas projetadas para desafiar as leis da física e uma mente que domina a mais épica das espacatas.”

Confiram:

 
Mas o mais legal não é isso!

O mais legal é que Chuck Norris, o fodão do impossível, resolveu mostrar que é ainda melhor que Van Damme. E recitando Shakespeare! E, como se já não bastasse, ele aproveita esse momento tranquilo e, descontraído, deseja um feliz Natal e feliz Ano Novo…

Vamos todos morrer?

Há algum tempo vi uma fantástica, do fundo do elevador que caía…

Mas desta vez a LG resolveu mostrar que sua nova TV tem uma definição tão real, mas tão real, mas tão real, a ponto de quem estiver olhando pra ela não conseguir perceber que é apenas um aparelho – gigante, diga-se de passagem, com 84 polegadas, ou seja, uma verdadeira janela! Colocaram-na então em uma parede e simularam uma entrevista de emprego, com os entrevistados bem de frente e, sem saber, prestes a presenciar uma catástrofe.

O mais legal é ficar todo mundo no escuro, depois. Acho que deve ficar a pergunta: “morri?”…

Que livro é você?

Esse teste já é antigo. Revendo meus rascunhos vi que o fiz pela primeira vez nos idos de 2012 e – pasmem! – refazendo-o agora obtive o mesmo resultado. Encontrei-o novamente lá no Homo Literatus e a pergunta ainda é a mesma: “Se você fosse um livro nacional, qual livro seria? Um best-seller ultrapopular ou um relato intimista?”

Nunca fui muito de fazer esses “psicotestes”, mas confesso que o resultado é, no mínimo, interessante. Como sempre é difícil – senão impossível – avaliar o que nós mesmos somos, por gentileza, aqueles que me conhecem um bocadinho digam-me se o teste “acertou” ou não…

Vejam os resultados – e, ao final, o link para que o façam também…

“Memórias póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis

Ok, você não é exatamente uma pessoa fácil e otimista, mas muita gente te adora. É possível, aliás, que você marque a história de sua família, de seu bairro… Quem sabe até de sua cidade? Afinal, você consegue ser inteligente e perspicaz, mas nem por isso virar as costas para a popularidade – um talento raro. Claro que esse cinismo ácido que você teima em destilar afasta alguns, e os mais jovens nem sempre conseguem entendê-lo. Mas nada que seu carisma natural e dinamismo não compensem.

“Memórias póstumas de Brás Cubas” (1881) é considerado o divisor de águas entre os movimentos Romântico e Realista. Uma das expressões da genialidade de Machado de Assis (e de sua refinada ironia), há décadas tem sido leitura obrigatória na maior parte das escolas e costuma agradar aos alunos adolescentes. Já inspirou filme e peças de teatro. É, portanto, um caso de clássico capaz de conquistar leitores variados. Proezas de Machado.

“A paixão segundo GH”, de Clarice Lispector

Você é daqueles sujeitos profundos. Não que se acham profundos – profundos mesmo. Devido às maquinações constantes da sua cabecinha, ao longo do tempo você acumulou milhões de questionamentos. Hoje, em segundos, você é capaz de reconsiderar toda a sua existência. A visão de um objeto ou uma fala inocente de alguém às vezes desencadeiam viagens dilacerantes aos cantos mais obscuros de sua alma. Em geral, essa tendência introspectiva não faz de você uma pessoa fácil de se conviver. Aliás, você desperta até medo em algumas pessoas. Outras simplesmente não o conseguem entender.

Assim é também “A paixão segundo GH”, obra-prima de Clarice Lispector amada-idolatrada por leitores intelectuais e existencialistas, mas, sejamos sinceros, que assusta a maioria. Essa possível repulsa, porém, nunca anulará um milésimo de sua força literária. O mesmo vale para você: agrada a poucos, mas tem uma força única.

“Antologia poética”, de Carlos Drummond de Andrade

“O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua”. Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz.

“Antologia poética” (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.

Pois bem, faça o teste você também, lá no Educar para Crescer!

A Inclusão Digital em busca de sua identidade

Rodolfo Avelino

Como um adolescente em sua fase de conflitos a inclusão digital no Brasil tenta buscar a sua identidade. Mesmo sendo reconhecida como uma política pública, ela (os programas de Inclusão Digital) continua sendo tratada pelos governantes de nosso país como em sua infância, um simples projeto de alfabetização digital. Neste sentido, devemos sim considerar que este estágio de alfabetização digital de certa forma está sendo resolvido e superado pelo próprio mercado de consumo, onde naturalmente os computadores e os smartphones estão entre os principais bens de consumo da população brasileira.

Entretanto, as avaliações precipitadas sobre o funcionamento de um telecentro são recorrentes. A falta de conhecimento acerca dos impactos dos telecentros nas comunidades e na vida dos usuários, bem como a obsessão pela quantidade de pessoas atendidas por estes espaços, induzem boa parte dos envolvidos na promoção destes projetos a realmente questionar se de fato os telecentros estão cumprindo seu papel de promover a inclusão social de seus usuários.

Neste sentido, o que podemos entender por inclusão social? O dicionário Houaiss define inclusão social como “integração de uma pessoa ou um grupo de indivíduos especialmente das classes menos privilegiadas na sociedade, possibilitando-lhes os benefícios da plena cidadania”.

Muitos avaliam que o tipo de acesso realizado pelos usuários dos telecentros não promove a inclusão social simplesmente porque o acesso é voltado para a “diversão”, ou seja, se concentram em acessos a jogos e redes sociais. Ainda que o acesso a jogos e redes sociais sejam considerados por alguns especialistas atividades sem fins pedagógicos, vale ser considerado os números divulgados em sites de pesquisas em que são apresentados os acessos realizados por usuários já alfabetizados digitalmente. Segundo o site Alexa (www.alexa.com, acesso em maio de 2013), entre os dez sites mais visitados por usuários brasileiros, 8 estão relacionados a sites com conteúdos criados pelos usuários (blog, vídeos, posts) e redes sociais e apenas 2 são portais de notícias. Neste sentido, seguindo a lógica da experiência dos usuários já alfabetizados digitalmente o acesso a redes de produção e compartilhamento de conteúdo pode ser considerado, sim, inclusão social.

Além dos cursos de alfabetização digital poucos projetos de telecentros oferecem cursos ou até mesmo algum tipo de atividade que possam ser significativos para a comunidade local. São projetos genéricos que não buscam potencializar as características e a cultura de uma região. Estes projetos não reconhecem tampouco capacitam de forma correta os monitores destes espaços para que os mesmos possam agir como verdadeiros agentes de inclusão digital. Com propostas de cursos já ultrapassados, estes espaços cada vez mais perdem a sua essência de inclusão e cada vez mais são vistos simplesmente como espaços para a informatização de seus usuários.

Os telecentros não devem ser avaliados apenas pelos números de acessos e as questões relacionadas às tecnologias e sim os seus impactos na comunidade que está além desta visão míope. As avaliações sobre a eficácia dos projetos ou programas de inclusão digital não verificam o grau de satisfação dos usuários, muito menos se este contribuiu para algum tipo de mudança na vida de quem o utiliza.

Após uma década de investimentos e incentivos fiscais para fomentar a compra de computadores de mesa ou portáteis, no Brasil segundo a Pesquisa TIC Domicílios e Usuários 2011, estes equipamentos estão presentes em 45% das residências brasileiras. Mas segundo a pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil (TIC Domicílios e Usuários 2011), 48% da população brasileira ainda não teve acesso a um computador. Pelo lado do acesso a rede mundial em recente pesquisa divulgada pelo IBGE a internet ainda é inacessível para 104,7 milhões de brasileiros com mais de 10 anos. Estes números reforçam cada vez mais a necessidade de investimentos mais objetivos e intensos dos projetos de inclusão digital em nosso país.

Por fim, os projetos de inclusão digital deverão ser administrados considerando as culturas regionais, propondo cursos coerentes com a realidade local e menos genéricos, além de atividades que possam potencializar iniciativas empreendedoras, culturais e a articulação comunitária, enfim mostrar a sua nova identidade.