Cada Vez Mais Senhor

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( Publicado originalmente no blog etílico Copoanheiros… )

Sandino

E foi hoje, ou melhor, dada a atual hora, 00:52, ontem, que nosso querido copoanheiro Paulo Bicarato, o famoso Bica, ficou ainda mais Senhor, mas como eu e nosso copoanheiro Sr. Dotô Adauto chegamos na conclusão que a velhice é Romântica, isso não tem problemas.
Pois bem, estavamos nós no aconchegante ambiente do Armazem, em minha querida terrinha Jacarehy, e este Senhor nos deu o prazer de sua interpretação de Romaria.
Para mim foi a primeira vez (que dizem ser inesquecível), mas diz a lenda que é só entregar um microfone na mão de nosso copoanheiro que ele já começa a cantarolar com toda emoção que tem no coração (eta rimazinha dispensável).
Enfim, para quem não teve a oportunidade de presenciar tal performance, ou que queira rever, aqui está, Romaria, de Renato Teixeira, por Paulo Bicarato:

Copoanheiro Bicarato Interpretando Romaria

 

obs.: não conseguir fazer a incorporação do vídeo, o arquivo é maior do que o aceito pelo servidor, e o álcool já está fazendo efeito, então, caso algum copoanheiro queira me ajudar nesta tarefa será uma ajuda muito bem vinda! De qualquer maneira é só clicar no link acima que você acessará a página no YouTube com o vídeo de nosso copoanheiro. No mais, estou indo capotar…

Bica, Felicidades cara, como disse, sou péssimo para essas coisas, então tente lembrar das poucas palavras que te disse no dia 02/12/2010, realmente não lembro de todas elas, e principalmente da sequencia em que as recitei, mas pode ter certeza, saíram deste meu coração de eterno Copoanheiro e Amigo.

Lady in Red

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( Publicado originalmente no blog etílico Copoanheiros… )

Zé Luiz Soares

Na falta de tempo pra criar, vou postando clássicos do meu blog pessoal. Espero que gostem. Este é de outubro de 2008, e foi realmente uma cena inesquecível. Grande abraço e parabéns pela qualidade dos textos.

A Dama de Vermelho

Ela chegou sozinha. Parou em frente ao balcão onde eu estava, deu um boa noite discreto como seu sorriso, vistoriou o ambiente e, antes de sentar-se numa mesa bem em frente, pediu um cinzeiro – que imediatamente passei às suas mãos.

Era jovem, na faixa dos 25, mas vestia-se como uma mulher de mais idade. O vestido vermelho, quase bordô, colado ao corpo esguio, revelava suas formas e exalava uma sensualidade que destoava do seu comprimento – abaixo dos joelhos – e do decote – quase na altura do pescoço.

Uma mulher elegante, sem dúvida. Salto alto, pernas lindamente cruzadas. Cabelos presos, maquiagem leve e um rosto juvenil, ainda que o “conjunto da obra” sugerisse um perfil mais maduro.

Pediu o cardápio, e decidiu rapidamente: Black Label ( o mais caro), sem gelo, e água com gás.

Fiquei surpreso. Ali estava alguém que sabia escolher uma bebida. Noite após noite, vejo clientes pedindo as mesmas coisas de sempre: chope, refrigerante, caipirinha, suco. Foi-se o tempo em que pedir whisky era natural. Após a Lei Seca, então, as garrafas de malte só faltam empoeirar na prateleira.

O pedido da moça, no entanto, remetia aos melhores bebedores de épocas passadas. O escocês, 15 anos, sem gelo – para não alterar seu sabor; a água, com gás – para apurar o paladar. Ela sabia das coisas.

Pra me encantar ainda mais, em vez de um cigarro comum, acendeu uma cigarrilha. Um charme. Movimentos de mão suaves, começou a tragar com uma elegância que não se vê mais. Gilda, total.

Como nada é perfeito, de repente sacou o celular – praga dos tempos modernos – e, freneticamente, começou a procurar mensagens, ou quem sabe algum número a discar. Falou com alguém, levantou-se e, sem desligar, perguntou-me o número do bar. 1229? OK.

Pensei: tá esperando o namorado. Normal.

Alguns minutos depois, chegou sua companhia. Era só um casal de amigos, que vieram também pra assistir ao show.

E com eles ficou até o fim. Até a hora em que pagaram suas contas, e ela se foi, sozinha. Pagou em cheque, como se fizesse questão de que seu nome assinasse aquele momento: Renata.

Foi-se, mas deixou no Villaggio uma atmosfera que há muito tempo eu não sentia. Se a boemia legítima não existe mais, o que aconteceu ali foi um instante nostálgico, que valeu a noite.

Dama de Vermelho, obrigado.

E O Buteco Vai Enchendo…

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Sandino

Não sei se fiquei contente ou preocupado ao ser convidado para este recinto. Mas como disse o Copoanheiro Adauto, no A.A. não podemos ingressar, pois de Anônimos não temos nada.

E aproveitando deixo aqui algo de extrema importância, pois independente de onde você esteja, a cerveja não pode faltar. Então caso você esteja perdido em qualquer um lugar que se fale os idiomas abaixo, é só encontrar um boteco e fazer seu pedido, e não deixe de ser educado e desejar Saúde antes do primeiro gole:

Inglês: “One beer, please” – “Cheers”
Espanhol: “Una cerveza, por favor” – “Salud”
Italiano: “Una birra, per favore” – “Salute”
Francês: “Une bière, s’il vous plait” – “Santé”
Latim: “Unam cervesiam, si placet” – “Sanitas bona”
Grego: “Mia beera, parakalo” – “Iamas”
Alemão: “Ein Bier, bitte” – “Prost” (Alemão); “Ein Prosit” (Dialeto bávaro)
Holandês: “Een bier alstublief” – “Proost”
Flamenco(Bélgica): “Een pintje alstublief” – “Proost”
Danês (Dinamarca): “En øl, tak” – “Skål”
Suéco: “En öl, tahk” – “Skål”
Norueguês: “En øl, takk” – “Skål”
Finlandês: “Yksi olut, kiitos” – “Kippis”
Tcheco/Eslavo: “Jedno pivo prosím” – “Na zdraví”
Polonês: “Jedno piwo prosze” – “Na zdrowie”
Russo: “Odno pivo pozhaluista” – “Na zdorovje”
Húngaro: “Egy sört kérek” – “Na zdrave”
Japonês: “Birru o ippon kudasai” – “Kampai”
Coreano: “Magjoo hanna Juse-yo” – “Chukbae”
Chinês Mandarim: “Ching gai wor e ping pea jou” – “Gan Bei”
Chinês Cantonês: “Ng goi bei gee bear jou” – “Gom bui”

uia!

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Marcelo

boteco novo que já nasce com clientela freguesia fina.
formidável: fazendo fiado, fico freguês!
• • •
bom, como acabei de chegar a convite do copoanheiro dotô adevogado adauto, deixa eu me acomodar, conhecer os outros convivas e daqui a pouco (= cerca de 7 copos) eu já tô mais enturmado.

como disse um pouco diferente, logo ali embaixo, o copoanheiro paulo soares, eu tinha um monte de coisa pra contar mas… esqueci!

então, na falta de algo melhor, apresento aos camaradas o mestre de todos nós, aquele que não somente é proprietário do bar perfeito, mas ainda o conduz com a sabedoria que só o lado de trás do balcão ensina.

com vocês, *osmar, o dono do bar*:

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criação de ricardo coimbra.

Chama mais uma…

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Paulo Soares

…que eu tô chegando!

Bem, também fui convidado pelo amigo e copoanheiro Adauto, e já lhe adiantei que é possível que eu tenha algumas interessantes passagens etílicas. O difícil é lembrar delas, hehe…

Enquanto a amnésia alcoólica compromete essa minha estreia, mando por ora uma planilha que recebi há uns tempos para facilitar a vida nos nossos churrascos.

Para quem por acaso não conhece, aí vai a “ChurrasCalculator“:

Link para baixar o arquivo (formato .xls): http://zip.net/bkRF

Saudações (e me chamem para o churrasco!).

Paulo Soares

Estreando

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Zé Luiz Soares

A convite do copoanheiro Adauto, estreio por aqui. Modestamente, penso que a iniciativa do amigo deva-se aos meus longos anos como dono de boteco em São Paulo – se bem que a carreira de apreciador de birinaites vem de bem antes, lá pelos tenros quinze anos de idade.

Ao me mudar há um ano para S.José, no entanto, por conta de uma série de motivos, dei uma necessária – mas não radical – pisada no freio.

O que não me impede de, aos poucos, e de acordo com a memória, postar algumas lembranças, que vão desde os ensolarados momentos encadeirado nas areias da minha São Sebastião até os bons tempos de Bixiga em São Paulo, nas décadas de 80 e 90, passando por balcões e mesas da Paulicéia em geral, paraísos cariocas e similares em boa parte do Brasil.

Em breve retornarei por estas bandas, aguardem.

grande abraço.

Zé Luiz Soares