EEE PC – Wine

Como assim, “o que é Wine”?

Primeiramente, é vinho em inglês – o que por si só já começa a significar tudo de bom… 😉

Segundamente, é um aplicativo do Linux que permite a instalação nesse sistema operacional de softwares feitos somente para o M$-Windows. Nesse sentido “WINE” significa “Wine Is Not an Emulator”. É mais ou menos aquela mesma zorra que dá tentar explicar o que significa a sigla GNU no Linux…

Mas, enfim, como não sou xiita em minhas convicções, sei que tem muita coisa boa que foi sim criado para o Windows e somente existe para aquele sistema operacional. Como fazê-los rodar no Linux? Basta enchê-los de Wine! Dessa maneira fica fácil “importar” aquele software livre que já funcionava muito bem em algumas versões do Windows para que rode também no Linux.

Assim, cabia a mim instalar e ativar o Wine no Xandros – o sistema do EEE PC. Não vou (agora) entrar em detalhes, pois, mais uma vez com a ajuda da comunidade lá do Orkut, tive acesso a um belo tutorial que, em poucos passos, não só me ajudou a instalar o Wine como também já me ensinou a instalar programas com ele. O tutorial é esse aqui: “How to run Windows apps on your Linux Eee PC“. É, eu sei que está em inglês, mas mesmo que você não domine tão bem esse idioma, vai por mim: tá fácil. É bem didático, prevendo até eventuais telas de erros…

Particularmente o primeiro programa que instalei foi uma versão antiga do GenoPro (quando ainda era free), um software que possibilita construir genogramas de árvores genealógicas.

E, sim, tá funcionando ferpeitamente!

Deve ser o Wine…

EEE PC – Skype com vídeo (webcam)

Pra quem não sabe (ou não se lembra) o Skype é um programa que permite chamadas telefônicas de computador para computador, baseado num sistema de usuários cadastrados que se utilizam dos próprios alto-falantes e microfone do micro para efetuar a comunicação.

Ou seja, se você já está conectado à Internet, o custo da ligação é ZERO. E, sim, para QUALQUER LUGAR DO MUNDO. Isso mesmo, nadica de nada. De grátis.

Para incrementar um pouco a coisa inventaram a tal de Webcam – que já vem embutida no EEE PC. Mas a versão original do Skype que vem instalada (1.4) não possibilita a utilização da webcam. Como fazer?

Basta instalar uma versão mais nova do programa e pronto!

Mas não caia na besteira de querer baixar para instalar.

Segundo o Kenji, lá da comunidade do EEE PC no Orkut, basta entrar na opção “Settings” e fazer a atualização do programa pelo próprio computador. Não preciso nem dizer que é necessário estar conectado à Internet, certo?

Isso fará com que seja instalada a versão 2-ponto-qualquer coisa, a qual traz suporte para webcam. Não, você não vai ver nenhum botão para ativar a câmera. Segundo o Wilson, a opção câmera somente aparece quando se estabelece uma ligação. Primeiro você chama alguém ou recebe uma chamada, a chamada é atendida e somente então aparece a opção de iniciar vídeo.

Tá ficando cada vez melhor essa maquininha…

EEE PC – Full Desktop (ou Desktop Completo)

Em sua configuração original o EEE PC vem com uma apresentação que eu chamaria “for dummies”. Até que é bonitinha, com esses ícones ENORMES, mas depois de algum tempo trabalhando com ele e com outros computadores “normais” a gente acaba sentindo falta do jeitão tradicional de utilizar essa máquinas…

Bem, o jeito é fazer com que ele saia do Easy Mode e passe para o Full Desktop – que seria exatamente esse jeitão tradicional. Como fazer? Quando você clica o botão para desligar o computador aparecem vários opções, mais exatamente as seguintes: Desligar, Reiniciar, Espera, Gerenciador de Tarefas e Desktop Completo (lembram-se que efetuei a tradução dos programas?).

Bastaria selecionar a opção “Desktop Completo” e pronto.

Se ela estivesse ali.

É que na sua configuração básica essa opção não aparece. Que fazer, então?

Basta seguir passo a passo as dicas do Emerson lá da comunidade do EEE PC no Orkut (lembrando que, para executá-las é necessário estar conectado à Internet):

1. Abra um terminal digitando os botões Ctrl, Alt e T ao mesmo tempo;
2. Em seguida, digite “sudo bash” (sem aspas);
3. Depois, digite “apt-get update” (sempre sem aspas);
4. Em seguida, digite “apt-get install kicker” e pressione a tecla Y para confirmar, quando solicitado;
5. Agora, digite “apt-get install ksmserver” e pressione Y para confirmar, quando solicitado;
6. Digite “exit” para sair da conta root;
7. Por fim, digite “exit” para sair do terminal.

O próximo passo é pressionar o botão de Ligar/Desligar do Eee PC. Note que há uma nova opção à esquerda chamada ‘Full Desktop‘. É só clicar nela. O sistema operacional irá reiniciar e, quando carregar, você o estará acessando no modo Full.

Para voltar ao ‘Easy Mode‘, clique no botão ‘Launch’ (equivalente ao Iniciar/Start no Windows) e selecione a opção ‘Easy Mode’.

Resolvido? Ainda não. Como ele mesmo destaca, uma das desvantagens desse outro modo é que se perde a configuração de acentuação que já havia no Easy Mode. Como resolver?

Também tá lá na comunidade do Orkut, sendo que desta vez a dica veio por parte do Kenji.

1. Ativar o Centro de Controle do KDE (kcontrol);
2. Escolher a opção “Periféricos”;
3. Escolher a opção “Layout do teclado”;
4. Mudar o modelo do teclado para “Genérico 105 teclas (intl) PC”;
5. Layout deixar em “Inglês Norte-Americano” – ou “English (us)” na versão não traduzida;
6. Role a tela e logo abaixo deixar “Variante de Layout” em “intl” ou “alt-intl”.

Detalhe: as opções do passo 6 somente aparecem se o layout (lá do passo 5) estiver selecionado, caso contrário haverá apenas uma caixa vazia, sem opção alguma para clicar.

Após tudo isso, aplique a mudança e pronto. Nada de reinicializar máquina e o escambau. Já tá acentuando normalmente!

EEE PC – Mudando o Xandros para português

Bem, continuando a história do EEE PC, creio que faltou dizer que o sistema operacional que vem pré-instalado é uma distribuição Linux denominada Xandros. Seria possível instalar um Ubuntu ou até mesmo um XP da vida, mas, como ainda talvez estejam incipientes (ou seja, com bugs), preferi aguardar um pouco mais a consolidação desse bichinho até que surjam distros mais estáveis. Enquanto isso vou ficando com a Xandros mesmo que, bem ou mal, faz com que tudo funcione.

Apesar de não ter lá muitas dificuldades com o inglês, é lógico que um sistema em português tornar-se-ia bem mais confortável para o uso rápido no dia-a-dia. Assim, fuçando um pouco por aí – em especial na comunidade do Orkut denominada “ASUS Eee PC EEEPC UMPC” – peguei dicas suficientes para isso.

Aliás, menção honrosa para o “guru” do EEE PC naquela comunidade, o Wilson, que ajuda praticamente todo mundo em todas as dúvidas que surgem…

Lá foi informado que um dos membros da comunidade preparou um script automatizando o processo de tradução do Xandros. O primeiro passo seria baixar o seguinte pacote (arquivo):

http://www.geocities.com/linosam/asus-portugues.tgz (*)

Após baixá-lo e salvá-lo numa pasta qualquer (user, por exemplo), basta abrir um terminal (no Windows diriam uma “janela DOS” ou um “prompt de comando”) através da combinação de teclas CTRL+ALT+T e digitar o seguinte (linha por linha, teclando ENTER no final):

tar -zxf asus-portugues.tgz
cd portugues
sudo ./instalar

Na medida em que for sendo necessário, vá respondendo as perguntas com s ou n. Detalhe importante: mesmo conectado à Internet por banda larga essa instalação pode demorar horas (velocidade da conexão, largura da banda, vocês sabem, aqueles perrengues). Aguarde a instalação ser completada e, ao final, reinicie a máquina.

Apesar de nem todos os programas serem “traduzidos” para o português, eu diria que mais de 90% o foram. Aliás, um aviso importante: esse script funciona tão melhor quanto mais original esteja a instalação. Caso já tenha havido modificações há grande probabilidade de que ocorram erros.

E um detalhe bem bacaninha: a máquina original não vem com o teclado configurado para a acentuação em português. Existem alguns scripts por aí, porém, particularmente, não gostei de nenhum. Mas com esse script de “tradução” o teclado já fica perfeitamente configurado – em especial o ce-cedilha (acento agudo + c)…

Emenda à Inicial: 1) Não sei por que cargas d’água o link para baixar o pacote deixou de funcionar. Tudo bem. Podem baixar neste outro aqui: http://www.eeebrasil.com/arquivos/asus-portugues.tgz (*). 2) Refazendo o passo-a-passo descobri que o melhor lugar para se fazer a operação sem correr risco de erros é, de fato, na pasta user (/home/user), pois a partir dali o script “encontra” tudo que precisa…

(*) Parece que até mesmo o link acima “morreu”. Puxei o arquivo para minhas próprias dependências e pode ser baixado bem por aqui.

O último aqualouco

Li ontem essa matéria que saiu na Revista Piauí de janeiro de 2007 (de modo que dá pra notar como tá difícil colocar minha leitura em dia)…

É a história de Oswaldo Fiore e seus “aqualoucos”. Leitura saborosíssima sobre sua vida, reflexo de uma outra época, quando as coisas eram mais simples e os tons de preto e branco eram mais nítidos. A reportagem completa você pode encontrar aqui.

Mas o que me levou a escrever foi outra coisa. Já é um tema recorrente aqui o questionamento “se é a vida que imita a arte ou se é a arte que imita a vida”. Isso porque, ao chegar no final da leitura (eu já disse que é saborosíssima?), o último parágrafo me fez lembrar diretamente o terceiro filme dos Piratas do Caribe, o qual tem uma cena idêntica a essa descrita na reportagem. Segue abaixo sua transcrição e quem assistiu o filme me diga se não foi exatamente isso…

Oswaldo Lopes Fiore continua treinando em piscina com trampolim. Também continua ganhando medalhas – a última, de ouro, foi num campeonato masters de saltos ornamentais. Seu maior tesouro, porém, são as lembranças. “Saltei até de uma fragata de guerra no rio Amazonas”, começa. Parece conversa de pescador, reconhece. Mas mostra as fotos. Queriam que fizesse um salto. Mas, do barranco do rio? Não tinha graça. Tinha de ser no mastro. Subiu. Mas se pulasse de lá, se esborracharia no tombadilho. A solução: colocar uns trinta marinheiros correndo juntos, de um lado para outro do navio, uma, duas, dez vezes. “O navio foi se inclinando, o mastro também, baixando de um lado para outro, como um pêndulo ao contrário, e deu para pular na água! Pulei! Eu era jovem e louco.”

Evolução da informática

Alguém saberia me dizer o que exatamente seria esse “objeto” aí da foto?

Não?

Ninguém?

Você, aí do fundo?

Pois bem, acreditem ou não, esse trambolho é nada mais nada menos que um disco rígido!

Foi o amigo Xina que me enviou um e-mail com essa foto já há algum tempo, mas antes de divulgar eu quis dar uma fuçada e comprovar a “veracidade” da coisa. Revendo a data do e-mail percebo que levei nove meses pra isso…

Mas voltemos ao HD. Em setembro de 1956 a IBM lançou o primeiro computador com disco rígido. Seu nome: RAMAC 305. Pesava cerca de uma tonelada (só o HD, não o computador) e possuía a portentosa capacidade de armazenamento de – adivinhem? – 5Mb!

Não. Eu não errei na digitação, não. Eram cinco megabytes mesmo.

E você aí reclamando que seu pendrive tem um giga, hein?…