Categoria: Personalíssimo
As incríveis aventuras do Pequeno Parker
E eis que falta apenas um dia para eu sair de férias!
Com tanta coisa acontecendo no melhor estilo do tudo-aqui-ao-mesmo-tempo-agora, já nem consigo avaliar se isso será bom ou ruim…
No que diz respeito à Tropinha de Elite, não tenho dúvidas! Faz tempo que lhes devo umas férias decentes e por pura pressão vontade creio que vamos passar uns dias (ai!) na praia. Pra quem me conhece pessoalmente e, em especial, meu resolvidíssimo bronzeado moreno-hypoglós, vai entender do que estou falando.
No mais, tudo é solidamente etéreo…
Até porque, por conta do trabalho, ainda terei algumas “missões” a cumprir nesse meio tempo.
Bem, após este devaneio inicial, dando uma checada em alguns posts pendentes – rascunhos, anotações e vontades de escrever, tal qual no Quarto de Badulaques (fantástico livrinho, do qual ainda volto a falar por aqui), encontrei alguns trechinhos perdidos sobre o Puny Parker.
A premissa seria acerca do que aconteceria se Stan Lee tivesse criado Calvin & Haroldo? Ou ainda: imagine Charlie Brown desenhado por Steve Ditko. É mais ou menos o que ocorre com As Incríveis Aventuras do Pequeno Parker, criação do mineiro Vitor Caffagi. Natural de Belo Horizonte, esse artista de trinta e poucos anos pegou emprestado o alterego do escalador de paredes e transportou-o não só para tirinhas estilo cartoon, como também de volta à infância. O trabalho é tão fiel à mitologia do herói que dá impressão de ser produzido pela própria Marvel.
Quem quiser acompanhar basta se inscrever no RSS lá do blog (já na terceira temporada): www.punyparker.blogspot.com.
Seguem algumas tiras cuidadosamente pinçadas diretamente lá da primeira temporada. Basta clicar na imagem para abri-la num tamanho mais confortável…
Não sei se vou conseguir passar por aqui neste (curto) período de férias. Um pouco de “desintoxicação digital”, ainda que indesejada, pode ser salutar – talvez eu até consiga dormir mais que as usuais quatro a seis horas por noite…
Mas, enfim, o recado tá dado.
Volto assim que voltar!
Supercalifragilisticexpialidocious!
Consignações
Eu, sinceramente, gostaria de ter o dom da escrita…
Àqueles que pensarem em me contradizer, já contradigo: sou um mero narrador. Exagerado. Bem humorado. Floreado, Ríspido até. Mas, ainda assim, um mero narrador.
Fico imaginando como seria delicioso poder contar histórias e estórias, experiências de vida, convicções pessoais, sentimentos sinceros e confusos – tudo isso nunca através de minha própria boca, mas sim por meio de personagens!
Mas o dom da criação da vida literária me foge…
Pequenos avatares imersos em seu próprio mundo fictício – ou não – que dariam vazão às mais profundas e ocultas ideias que se passam na minh’alma. Situações ocorridas ou apenas imaginadas dentro de um passado ou futuro que poderiam se materializar virtualmente por intermédio de personalidades criadas com o intuito final de compartilhar tanto minha visão quanto minhas impressões do mundo e das pessoas que me cercam.
Confesso que já tentei.
E já me frustrei.
É fácil, para mim, me colocar na situação de qualquer outra pessoa. Mas é extremamente complicado conseguir passar qualquer mensagem como se fosse outra pessoa. E isso, por si só, já mata qualquer personagem no nascedouro.
Complicado.
E – vamos combinar? – eu sou um cara complicado.
Mas, em termos de narrativa, quero crer que consigo me manifestar razoavelmente bem. Muito melhor, inclusive, que pessoalmente. Ou seja: escrevo melhor que falo. As palavras, pensamentos, tiradas, ideias, enfim, tudo que se passa na minha cabeça acaba fluindo muito mais fácil e naturalmente para as pontas dos dedos que para a ponta da língua.
Porém, sempre em primeira pessoa.
É e sempre será o meu ponto de vista.
E, às vezes, tenho a nítida impressão de que seria preciso um avatarzinho qualquer para poder falar o que é preciso, interessante ou necessário. Lobato que o diga! Ou melhor, Emília.
E o que necessariamente eu quero dizer com tudo isso?
Boa pergunta.
Nada.
Tudo.
Talvez seja simplesmente porque acho que tenho ideias demais transbordando para todos os lados (rompendo os diques d’alma, como costumo dizer) – mas espaço, leitores ou ouvidos de menos para poder materializá-las…
O que é este blog
O engraçadinho que responder que é um “web log” leva um Código Civil na testa…
Mas a pergunta tem fundamento.
Este cantinho virtual – como costumo chamá-lo – meio que nasceu sozinho. Não o criei para ter esse formato, temas assuntos, etc. Na realidade, resgatando um pouco a essência da coisa, os blogs de um modo geral foram criados para serem espécies de “diários pessoais”. A coisa se desvirtuou no meio do caminho (ou “virtuou”, conforme o ponto de vista) e seu formato esticou, encolheu, mudou, virou no avesso e hoje tá tudo muito, mas muito variado mesmo.
Mas cá neste cantinho ainda existe muito da essência original. Muito do que escrevi, escrevo e ainda escreverei serve na realidade de lembrete de mim para mim mesmo. Não importa quando tenha sido. Mas se fez sentido num determinado momento de minha vida é bom que fique registrado para que eventualmente faça sentido para mais alguém…
E, nesse sentido (tá ficando desorientado isso), resgatei um post lá de 2004, mas que estava precisando reler.
Pra não ficar só no link, segue aí embaixo, na íntegra.
Se tem uma coisa que eu adoro são as metáforas. Sem sombra de dúvida elas ajudam – e muito – sempre que tento expor alguma idéia um pouco mais complexa. Principalmente na minha vida profissional, pois, juntamente com a usual explicação em “juridiquês” costumo aplicar alguma metáfora que auxilie na compreensão da idéia que tento passar. De preferência na área de atuação de meu interlocutor, ou seja, se engenheiro civil, comparo com obras, se bancário, comparo com o dia a dia de um banco, e assim por diante.
Aliás, ante a pompa que alguns colegas de profissão costumam apresentar, acho até que a utilização de metáforas deveria ser matéria obrigatória na faculdade… Algum tipo de “Metaforês Forense”, ou “Metáfora Jurídica”, ou até mesmo “Juridiquês Metaforado” (essa foi horrível!)…
Mas sobre o que falávamos? Ah, sim! Metáforas…
Essa pequena introdução veio somente para ilustrar uma conversa que tive dia desses com minha caríssima metade, que ainda não se decidiu se encontra-se em depressão leve, chateação profunda, ou ainda resquícios puerperais. Segundo ela, estava difícil de “pegar no tranco”, pois, mesmo sem querer, acabava ficando pensando na vida, se auto-analisando, porém sem chegar a conclusão nenhuma. Uma espécie de ciclo vicioso, uma espiral sem fim.
Daí veio a comparação. No melhor estilo de Garfield buscando o sentido da vida (não, Monthy Phyton, não), e pensando no meu velho carrinho que – ufa! – já passou da eterna fase de oficinas, disse-lhe que a vida seria como um carro relativamente velho que ainda está rodando. Não nos cabe perguntar COMO exatamente ele funciona ou o porquê de estar rodando, desde que ele continue nos levando pra cima e pra baixo. É certo que existem alguns barulhos estranhos, às vezes solta um pouco de fumaça, puxa um pouquinho pra esquerda, o banco não é lá muito confortável, mas CONTINUA ANDANDO!
O que ela estava fazendo era nada mais nada menos que, com o carro de sua vida funcionando, parando o veículo, sentando no meio-fio e pensando nos problemas dele: “O que será esse barulho?”, “Será que conseguirei trocar o banco por outro mais confortável?”, “Será que o motor vai fundir por causa dessa fumaça?”. Isso quando não ficava pensando na própria trajetória: “E se tiver um buraco lá na frente? Ou um acidente? Ou um congestionamento?”.
Ressaltei-lhe que nada disso importa, UMA VEZ QUE O CARRO CONTINUA ANDANDO! Adversidades com certeza virão, mas fazem parte do trajeto. Fazemos uma manutenção preventiva de quando em quando, mas não encostamos o veículo na oficina por causa disso. QUANDO e SE o carro parar, aí então vamos correr atrás do motivo e fazer o máximo para que ele volte para a estrada o mais rápido possível.
Desde então, sempre pela manhã conversamos sobre a situação daquele dia… Quem nos ouve pensa que é uma conversa de loucos: “E aí como está?”, eu pergunto. “Pneu furado, mas ainda não está vazio”, ela costuma responder, ou então alguma outra metáfora do gênero. E me devolve a pergunta e eu também respondo a altura. E assim vamos levando. Creio que é humanamente impossível ter nosso veículo da vida funcionando perfeitamente, pois sempre vão existir pequenos reparos a serem feitos. Mas o que importa é que O CARRO CONTINUA ANDANDO!
Harry Potter and The Deathly Hallows
Pois é.
Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Em 19 de novembro de 2010.
DEZ dias e contando…
Triglicérides: o Império contra-ataca
Assim, como quem não quer nada, sorrateiramente, invadindo minha vida (será que em algum momento já a deixou?), meus hábitos, saltando pelo teclado, eis que retorna o vilão de sempre.
Triglicérides.
Acontece que ontem, num agradabilíssimo proseio, fui retomado pelas preocupações (que nunca deveriam ter me deixado) com triglicérides, colesterol, sobrepeso et caterva.
Acerca desse assunto, já passei pela crise da TPM; pela fase do suicídio; pela convicta negação; pelo desânimo generalizado; pela invencionice própria e, por fim, pelo triste conformismo.
E, é lógico, apesar de tudo que disse detalhadamente nos links aí de cima, OBVIAMENTE acabei largando mão de tudo e optando por viver a vida. Mas, apesar das raras (e gentis) opiniões contrárias, convenhamos: tô ficando velho (de corpo, mas não de alma – e de molecagem). E, ao contrário dos bons vinhos, isso não melhora com o tempo…
Então resta-me voltar à fase do triste conformismo – já sabendo que os humoristas de plantão voltarão à carga (em especial os copoanheiros Paulo, Evandro, Zé Luiz, Marcelo e Bicarato).
Assim, mais como um lembrete de mim para mim mesmo, retranscrevo novamente outra vez a parte final de meu último post sobre triglicérides (de quase dois anos atrás):
E o que vem a ser essa merda esse distúrbio? Caracteriza-se pelo aumento das taxas sanguíneas de triglicérides, o que pode formar placas de gordura que se acumulam nas paredes das artérias, dificultando a circulação. Normalmente está associado a um aumento das taxas de colesterol sanguíneo (jura?).
Então segue abaixo uma orientação dietética (mas lembrem-se de procurar um médico de verdade!):
Alimentos proibidos:
– açúcar, mel, doces, sorvetes, gelatinas; (ouch!)
– pudim, compotas, frutas secas e cristalizadas; (nem gosto de compotas…)
– roscas, tortas, balas, biscoitos, chocolates; (hmmm… chocolate…)
– massas como: lasanha, caneloni, ravióli; (passo muito bem sem nada disso!)
– pizzas; (CUMÉQUIÉ???)
– farinhas (mandioca, milho, trigo, aveia); (ainda tô pensando nas pizzas…)
– refrigerantes; (fácil, fácil!)
– bebidas alcoólicas. (NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÕOOOO!!!!!)Alimentos restringidos:
– bolachas de água e sal, de água e torradas; (tá me achando com cara de papagaio?)
– batata, mandioca, beterraba, arroz, macarrão, milho verde; (suuuuuper legal…)
– feijão, ervilha, soja, lentilha, vagem. (será que “feijoada” pode ser considerado “feijão”?)Alimentos permitidos:
– leite desnatado, café, chá, suco de frutas; (ipi. ipi. hurra.)
– queijos; (tá certo que sou filho de mineiro, mas péralá, né!)
– carnes magras; (sem a gordurinha? que graça tem?)
– óleo vegetal em pouca quantidade; (deve ser pra não ranger…)
– frutas; (que outras frutas existem no mundo além de banana, maçã e laranja?)
– verduras e legumes. (e agora tá me achando com cara de coelho…)Recomendações:
– utilizar adoçante no lugar do açúcar; (prefiro amargo àquela coisinha insossa)
– praticar exercícios físicos regularmente. (vai esperando, então…)![]()
E apesar de tudo, sim, voltamos aos exercícios físicos. Eu e meu ferido ego.
E não, não trabalhamos com remédios.
Resta somente a força de vontade.
E a teimosia (turronice?) deste taurino que vos tecla…