Prefeitura é lugar de despacho?

Antes de mais nada, não, não é onde eu trabalho.

Acontece que participo de uma lista de discussão de opaleiros na qual o autor das fotos as encaminhou por engano – inclusive desculpou-se pelo equívoco. Mas o (hilário) estrago já estava feito.

Aliás, não tenho a mínima idéia acerca de em qual Município foi feito o tal do “despacho”. Mesmo assim já deu pra ter uma idéia do nível da disputa eleitoral por lá!

Por fim convém lembrar que qualquer espécie de magia é tão forte quanto a crença que se tem nela…

😉

Secando a Lei

Opinião do Sérgio Leo que vai ao encontro de tudo aquilo que eu sempre disse desde o começo desse imbróglio todo de “Lei Seca”:

A imprensa comtinua atribuindo à Lei Seca o que é função da maior fiscalização no trânsito: a queda de acidentes. Foi a fiscalização relaxar e os índices já começaram a subir, sem que se tenha notícia de aumento ou queda no consumo de bebidas nos bares.

É esperar agora começarem as notícias sobre achaques aos cidadãos que bebem socialmente e dirigem sem ameaçar ninguém.

Mais do mesmo lá no Copoanheiros

Politiquês ferrenho

Eis algumas das frases ditas por um candidato a prefeito (PSOL) em uma cidade do interior de São Paulo durante um debate num programa de rádio.

As crianças são tratadas como ‘mercadoria’ (??)… não há vagas, terceirizaram as ‘mão-de-obra’; se nóis não educar o povo…

Como os ouvintes podem tá assistindo (sic), ouvindo as mentira…

Como ser humano avalio a falta de incompetência, de humanização.

Sem comentários…

Cidade digital

No início deste ano já falei um pouco sobre o tema, como dá pra rever bem aqui.

Mas com toda essa balbúrdia que tenho visto nas cidades da região em função das eleições municipais, com farpas trocadas e dedos em riste, achei que seria melhor deixar uma coisa bem clara. O projeto Cidade Digital é uma realidade. E uma realidade factível. Já vem “acontecendo” aqui no Litoral Norte e – bem mais próximo – na cidade de Jacareí, SP. E que não me venham falar que seria uma questão meramente política! Aliás, o próprio Sérgio Amadeu – de quem empresto as palavras – já fez uma boa análise, que está aqui. Em seu artigo cita diversas cidades no Brasil e conclui:

Temos ainda os casos de Sud Menucci (SP), Quissamã (RJ) e Tapira (MG). Todos fornecem sinais gratuitos reduzindo o ‘CUSTO BRASIL’ de comunicação e contribuindo para a inclusão digital. Nenhuma dessas prefeituras é governada pelo PT. Defender cidades digitais não é uma questão partidária. Trata-se de uma questão pública.

Eleições no Vale

Bem, no tocante às eleições municipais em grandes capitais o Idelber já traçou um quadro bem claro, inclusive de seu apoio, bem aqui.

Mas e as eleições municipais no Vale do Paraíba, terra deste hidromineiral escriba, como ficam?

Eu seria cínico se dissesse que minha opinião é isenta de um certo partidarismo, mas – de verdade – em cada caso creio que teríamos a melhor opção para cada uma das cidades. Conheço pessoalmente cada um deles, bem como o trabalho que já desenvolveram, e sei que a população de cada Município só teria a ganhar com sua eleição. Por isso o Legal (sim, eu) declara seu apoio aos seguintes candidatos:

Em Jacareí, Hamilton.

Em Caçapava, Paulo Roitberg.

Em São José dos Campos, Carlinhos – e, é lógico, com Ângela para vereadora.

E, de quebra, convém destacar que eu não acredito em pesquisas jornaleiras jornalísticas (para mim estão no mesmo patamar do Coelhinho da Páscoa, Monstro do Lago Ness e Nota Fiscal Paulista). Não, não é “querer tapar o sol com a peneira”, como alguns já me disseram. Mas dá pra levar a sério e basear seu voto em pesquisas onde 60, às vezes 70% não opinaram? Aliás, alguém algum dia já foi pesquisado? Não eu nem ninguém que eu conheça…

Enfim, seja qual for seu candidato ou candidata, quer seja para o cargo maior ou para a vereança, procure saber quem realmente é a pessoa em que você depositará seu voto. Veja seu histórico, seus trabalhos, suas realizações. Se está preparado(a) para lidar com a máquina político-administrativa de sua cidade – o que, posso garantir de cátedra, não é nem um pouco fácil. Ou seja, vote consciente. Só assim você terá quatro anos para se orgulhar!

Rússia, Geórgia e Ossétia do Sul

Em tempos de Olimpíadas, discussões sobre as malfadadas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, levante de armas cibernéticas nos campos virtuais contra o polêmico “Projeto Azeredo”, eis que algumas noticiazinhas quase que passam despercebidas.

Assim, para entender um pouco melhor a história por trás da história, o sempre antenado Pedro Dória trouxe um trechinho sobre todo esse imbróglio que tem acontecido lá em Ossétia do Sul escrito pelo especialista daquela região, Robert D. Kaplan:

Vladimir Putin mapeou tudo. Percebeu que os EUA, alquebrados pelo Iraque e Afeganistão, ainda desejosos do apoio russo para sanções contra o Irã, não tinham mais aliados na Europa e seguiam ambivalentes à crise no Cáucaso. Putin percebeu que o líder da Geórgia, Mikhail Saakashvili, apesar de seu pendor nacionalista, era o presidente fraco de uma democracia com Forças Armadas frágeis. Olhou o mapa da Geórgia e viu um país engolfado pela Rússia e o Ocidente lá longe. Ali é diferente dos Bálcãs, que têm a boa sorte de fazerem fronteira com a Europa Central e, portanto, terem a sorte de contar com envolvimento da OTAN. No Cáucaso, os vizinhos são Rússia, Irã, o naco mais pobre da Turquia e o Mar Cáspio.

Putin olhou e se moveu. Liberou a Ossétia do Sul, um estado sob o domínio de gângsters e contrabandistas, do frágil poder militar da Geórgia. Fez o mesmo em Abecásia, outro estado da Geórgia. Segundo as últimas notícias, as forças russas já controlam uma base militar no leste do país e parecem dispostos a manter o controle militar em toda região na qual o poder central é fraco. Ao cortar a Geórgia ao meio, os russos controlam o oleoduto Baku-Tbilisi-Ceyhan, crítico para a energia do ocidente, fazendo com que o Kremlin passe a decidir o fluxo de combustível para o Mediterrâneo e Europa. Norte-americanos e europeus vão querer sentar à mesa, e a Rússia fará concessões. Mas farão isso de uma posição de força. A Geórgia provavelmente nunca mais terá um governo independente como aquele que teve até 8 de agosto de 2008.