Técnica de Leitura: nomes e abreviaturas em documentos dos séculos XVII e XVIII

Cobra Maria José & Rubem Queiroz
(Autores de Um comerciante do século XVIII)
COBRA.PAGES.nom.br – Internet, Brasília, 2001

Em nossas pesquisas para os livros sobre os Távora (em preparo) e os Cobra, utilizamos quase todos os tipos de documentos listados abaixo. O livro dos Segredos da Santa Casa de Misericórdia é de difícil acesso, mesmo tratando-se de volumes dos séculos passados:

Nomes. Repetiam-se grandemente os nomes, ocorriam também muitos casamentos na mesma família, inclusive tios com sobrinhas ou tias com sobrinhos. Torna-se importante qualquer dado que possa identificar a pessoa, e que acompanha o seu nome. Por esse motivo, na identidade de um indivíduo é importante levar em conta:

a) O nome da mulher. Mas aqui também não se pode confiar integralmente, pois era frequente casarem-se as pessoas duas vezes, devido ao alto índice de viuvez.

b) Tão importante ou talvez mais importante que a vinculação ao nome de uma mulher, é o nome do lugar onde o indivíduo vivia ou de onde ele era natural. Hoje, devido à facilidade de movimentação de indivíduos e famílias, esse dado parece irrelevante para identidade, e o pesquisador tende a não lhe dar a importância que tinha em épocas antigas.

Desde a antiguidade, o local de nascimento ou moradia da pessoa era com frequência agregado ao nome do indivíduo, para identificá-lo entre outros de mesmo nome. Assim, “Domingos Pereira, morador na Sobreda”, vale para toda a vida desse Domingos, uma vez que provavelmente viverá sempre naquela localidade e assim se distinguirá de muitos outros Domingos Pereira. Muitos nomes de lugares incorporaram-se assim ao nome de família dos indivíduos. Esse costume passa da idade média à idade moderna, e vai praticamente desaparecer na época contemporânea.

c) A crença de que alcunhas tenham se tornado nomes de família não parece corresponder à verdade. As alcunhas eram indicadas muito distintamente, e serviam como identificador quando havia muitos nomes iguais no mesmo lugar. Pelo menos nos documentos das Igrejas da Vila de Almada, as alcunhas eram sempre indicadas com muita clareza e nao acompanhavam os nomes de filhos e netos. Assim Diogo da Costa, o Camílio, Antônio Vaz, o Bengala, etc.

Mudança de nomes. Abandono de um nome da linha paterna por um nome da linha materna pode ocorrer, ou alguma alteração por influência social mudar o sobrenome de todo um grupo. Uma família italiana que veio de Gênova para o Brasil e cujo sobrenome era Covre, teve, por descuido do funcionário que lhes emitiu documentos brasileiros, alterado para Cobra (Os Cobra de Piracicaba, S.P.).

Quando os judeus foram obrigados a adotar a religião católica, desapareceram os Isaac, Jacob, Judas, Salomão, Levi, Abeacar, Benefaçam, etc., e ficaram somente nomes e sobrenomes cristãos. Tomaram nomes vulgares, sem nada que os diferenciasse da maioria dos cristãos velhos, a não ser por vezes a manuntenção de algum sobrenome antigo judaico pelo qual o individuo era vulgarmente conhecido. Assim aconteceu com Jorge Fernandes Bixorda, Afonso Lopes Sapaio, Henrique Fernandes Abravanel, Duarte Fernandes Palaçano, Duarte Rodrigues Zaboca, etc.

Daí que é falsa a idéia de que os cristãos novos usavam nomes de árvores como Nogueira, Pereira, Pinheiro Carvalho, etc., para distinguir-se. Estes já eram sobrenomes existentes e pertencentes a própria nobreza de épocas anteriores.

Abreviaturas. A leitura da documentação antiga é tarefa um tanto dificil para o iniciante, mas que, após algum esforço, vai se tornando cada vez mais fácil. Existem umas poucas regras que facilitam muito a leitura dos documentos mais difíceis. É imprescindível também conhecer de antemão as formas de abreviatura comuns em cada época. São abreviados não somente palavras nos textos do documento como também os nomes das pessoas. Existem livros inteiramente dedicados a este problema.

Alguns nomes e sobrenomes passaram a existir a partir de abreviaturas como por exemplo “Roiz”, abreviatura de Rodrigues; Brites, abreviatura de Beatriz; Alves, provável abreviatura de Alvarez, etc.

Os sobrenomes eram frequentemente escritos com a inicial minúscula: oliveira, pereira, etc.

Aqui vão alguns exemplos de abreviaturas extraídas de documentos dos séculos XVII e XVIII:

7bro = setembro

8bro = outubro

Alz’ = Alvares

Ant.o = Antônio

Ant.o lopes das neves = Antônio Lopes das Neves.

Azd.o = Azevedo

C.na = Catarina

D.a = Dona

d.a V.a = dita Vila

d.o, d.a = dito, dita

D.os dias = Domingos Dias

D.os, D.as = Domingos, Domingas

D.tor = Douto

de prez.te = presentemente

delegc.as = diligências

delig.as = diligências

E. R. M.ce = espera receberá mercê

Evang.os = Evangelhos

f.o, f.a = filho, filha

feu.ro, feur.o, Feu.ro = fevereiro

Fon.ca = Fonseca

Fran.co, fran.co, Franc.o, Fr.co, fr.co; Fr.ca = Francisco, Francisca

freg.a ou fg.a = Freguesia

Frr.a, frr.a, Fer.a = Ferreira

Frz’, ou frz’ = Fernandes

Glz’ ou glz’ = Gonçalves

Im.o = Jerônimo

impedim.to– = impedimento

in facie ecctiae = in facie ecclesiae

Jan.ro, Janrr.o, Jan.r = janeiro

Jhs’., ihus’., Jhus. = Jesus

Joph. = Joseph ou José

l.o, ou legit.o, legit.a, legt.a, leg.ta, leg.ma = legítimo, legítima

M.a = Maria

M.a dias = Maria Dias

Mz = Munis ou Martins

M.el = Manuel

m.or, m.ora = morador, moradora

minha lç.a = minha licença

miz.a = Misericórdia

Mnz. = Martins

Montr.o, montr.o = Monteiro

Mrc.o = Março

N. Sr.a = Nossa Senhora

n.al = natural

n.al da V.a = natural da vila

Nascidos de hum ventre = filhos gêmeos

nessec.o = necessário

Nov.bro, 9bro = novembro

P. C. = passar carta

p.a = para

P.e = Padre

P.o = Pedro ou Pero

prez.tes = presentes

Prr.a,prr.a, Per.a = Pereira

q’ = que

q’ Ds’. guarde como des.o. = que Deus o guarde como desejo

ribr.o = Ribeiro

Roiz = Rodrigues

Ryo de Janr.o = Rio de Janeiro

S.er = Senhor

Sagr. Con. trid. e Const.oe(n)s deste Arc. = Sagrado Concílio Tridentino e Constituições deste Arcebispado

SMq’Ds’., SMDs’. = Sua Magestade que Deus guarde

Snra. = Senhora

Supp.te, supp.te = suplicante

Teix.ra, teix.ra, teixr.a = Teixeira

test.as ou t.as = testemunhas

V. Ill.ma e R.ma = Vossa Ilustríssima e Reverendíssima

V.a = Vila

VM, Vm.ce = Você, o Senhor, a Senhora

X.er = Xavier

A melhor fonte para socorro do leitor de documentos da nossa história colonial talvez seja ainda o Elucidário das Palavras e Termos e Frases que em Portugal Antigamente se Usaram e que Hoje Regularmente se Ignoram: Obra Indispensável para Entender sem Erro os Documentos Mais Raros e Preciosos que Entre Nós se Conservam. Esta obra de tão extenso título, de autoria do frade franciscano Joaquim de Santa Rosa de Viterbo, veio a público em Portugal em 1798 e 1799, mas foi reeditada, sendo de 1962 a “edição crítica”, por Mário Fiuza (Livraria Civilização Porto-Lisboa) a mais facilmente encontrável. Existe um exemplar na Biblioteca Central da UnB.

  • Cappeli, Adriano – Lexicon Abbreviaturarum. 1912.
  • Bacellar, Bernardo de Lima e Melo – Dicionário. 1782.
  • Bluteau, Raphael – Vocabulário. 1727.
  • Câmara, Paulo Perestello da – Dicionário. 1850.
  • Mascarenhas, Joaquim Augusto d’Oliveira- Novíssimo Dicionário Archeológico Histórico.

 
Procedimento para leitura de textos antigos:

Por mais difícil que seja a leitura de um texto antigo, ela não é impossível, se restam palavras legíveis o bastante para se chegar à construção de frases, e se são utilizadas certas técnicas para a leitura das interpretação das palavras pouco legíveis dos trechos danificados.

1. Transcrever as palavras facilmente reconhecíveis.

2. Desenhar as letras como o copista as escreve, observando a inclinação que ele dá, como fecha as letras redondas, como prolonga a haste das consoantes como d, t, h, etc.

3. Aplique o desenho de cada letra nas palavras parcialmente legíveis procurando completá-las.

4. O sentido que se pode dar à frase é também um recurso para desvendar um texto pouco legível, porém é traiçoeiro.

5. Busque auxílio no jargão próprio, por exemplo, jargão cartorial, lendo um documento da mesma época (outros documentos constantes do mesmo códice ou processo, ou se isto não for possível, procurando um documento do mesmo tipo, da época mais próxima que conseguir. Geralmente o jargão permanece através dos séculos. Por exemplo: E. R. M. = Espera Receberá Mercê.

6. Nunca procure completar uma palavra alterando o original, mesmo que usando grafite. Para isso faça uma cópia xerox do documento, ou fotografia, se for possível, ou simplesmente o copie a mão, de modo que possa fazer os ensaios de interpretação das letras e textos sem danificar o documento.

7. A posição da luz pode dar uma ajuda extraordinária. Por isso é bom ter uma luminária móvel pequena, que possa ser colocada em várias posições sobre o documento para iluminação direta ou oblíqua, no ângulo que for mais favorável.

8. Outro equipamento indispensável é a lente. As lentes maiores e de menor poder de ampliação ajuda na visão mais ampla de um texto a ser interpretado. Porém a lente pequena e de mais poder é não menos útil quando se deseja examinar vestígios de volteios de uma letra, para identificá-la.

São José dos Campos – Símbolos do Município

BRASÃO

Brasão do MunicípioO Brasão de Armas de São José dos Campos, de autoria do Dr. Afonso de Taunay e desenhado por J. Wash Rodrigues, foi aprovado pela Lei Municipal nº 180 de 23 setembro de 1926. Voltou a ser símbolo municipal pela Lei nº 19 de 26 de agosto de 1948 e teve seu desenho restaurado através da Lei nº 2178 de 03 de maio de 1979 com as seguintes características:

I. Escudo redondo português, cortado ao meio, partido o campo do chefe em dois quartéis e encimado pela coroa mural:

a) Primeiro Quartel: em campo de ouro, quatro cabeças, de sua cor, de índios guaianazes, afrontados e acantonados ladeando o brasão do venerável José de Anchieta, como símbolos da fundação do povoado de São José no século XVI.

b) Segundo Quartel: em campo de sinople (verde) um lírio e uma haste cruzados, de prata, e um rio, também de prata, simbolizando o Rio Paraíba, constituindo as armas “falantes” do município – São José do Paraíba ou São José dos Campos. O lírio é o símbolo atribuído a São José, e a haste florida recorda a piedosa lenda cristã relativa aos esponsais de São José e Nossa Senhora.

c) Campo Inferior: em campo de goles (vermelho), uma panóplia bandeirante, arcabuz, espada, machado e bandeira, tudo de sua cor, recordando a entrada dos desbravadores em terras de São José no século XVII.

II. Suportes: dois tenentes do terço miliciano criado para o Norte de São Paulo pelo Morgado de Mateus, então Governador da Província.

III. Coroa Mural: em ouro, com cinco torreões visíveis, tendo na porta principal, aclarada, o brasão do Morgado de Mateus.

IV. Listão: em fundo de prata e letras de goles (vermelho) com a divisa “AURA TERRAQUE GENEROSA” (generosos são a minha terra e os meus ares). Ao listão ornam dois ramos de café frutificados, tudo ao natural, recordando a grande lavoura do município.

BANDEIRA

Bandeira do MunicípioInstituída pela Lei 655 de 02 de fevereiro de 1960. Desenho do estudante da escola João Cursino, Sr. João Vitor Guzzo Strauss, vencedor do concurso promovido pela municipalidade.

Cores: Blau e prata; treze listras; figura de uma roda dentada em ouro simbolizando a riqueza sempre ascendente do Município; faixa em prata, sinuosa, representando o Rio Paraíba do Sul; três estrelas simbolizando os três distritos: São José dos Campos, Eugênio de Melo e São Francisco Xavier; os treze dentes da engrenagem falam do entrosamento entre o Estado e o Município.

HINO

Em 1967, ano do 2º Centenário de elevação a Vila (que depois alcançou o status de cidade, pela Lei Provincial nº 27 de 22 de abril de 1864), a Prefeitura instituiu um concurso para a confecção do Hino do 2º Centenário, oficialmente pela Lei nº 1463 de 26 de agosto de 1968, tendo alcançado sucesso o trabalho do Professor Vitor Machado de Carvalho, que teve partitura do Maestro Pepe Àvila, de São Paulo.

Ei-la envolta na neblina
Debruçada na colina,
Sob o olhar da Mantiqueira
São José a Hospitaleira
São José Bicentenária

Das mãos de Anchieta nascida,
Desta terra legendária
Que alegre vivas unida
No teu trabalho febril
Que o orgulho sejas do Vale
A cidade que mais cresce
Pois o título desvanece
todo São Paulo e o Brasil

(estribilho)

De operário a estudante,
Teu sangue novo estoante
Flui da escola à oficina
E da fé te ilumina,
Unes o livro ao esmeril,
Terra de obreiro e de bardo,
Que tens Cassiano Ricardo
O Poeta do Brasil.

São José dos Campos – Coordenadas

ÁREA : 1.102 Km² ( Conf. Res. n° 24 de 25/07/1997- IBGE )

ALTITUDES DO MUNICÍPIO : 550 X 2.082 – Cidade 550/690, média de 660m.

MUNICÍPIOS LIMÍTROFES :

  • Norte: Camanducaia, Sapucaí Mirim – MG
  • Sul: Jacareí, Jambeiro – SP
  • Leste: Monteiro Lobato, Caçapava – SP
  • Oeste: Igaratá, Joanópolis, Piracaia – SP

 
VIAS DE ACESSO :

  • Norte: Estrada SP-50 – Sul de Minas Gerais e Campos do Jordão; São José dos Campos 216 – Joanópolis (extensão do SP-36)
  • Sul: Estrada dos Tamoios, SP-99 – Costa Norte Paulista; SP-70 – Carvalho Pinto
  • Leste / Oeste: BR-116 – Rodovia Presidente Dutra; RFFSA – Rede Ferroviária Federal S/A – Divisão Central

 
TABELA DE DISTÂNCIAS (APROXIMADAS) :


De São José dos Campos até:

MUNICÍPIOS km
Belo Horizonte (MG) 611
Brasília 1.114
Caçapava (SP) 22
Camanducaia (MG) 177
Campos do Jordão (SP) 93
Caraguatatuba (Costa Norte Paulista) 84
Igaratá (SP) 35
Jacareí (SP) 16
Jambeiro (SP) 32
Joanópolis (SP) 118
Monte Verde (MG) 210
Monteiro Lobato (SP) 33
Piracaia (SP) 100
Rio de Janeiro (RJ) 321
São Paulo (SP) 84 (BR 116)
São Paulo (SP) 97 (SP 70)
Sapucaí Mirim (MG) 85
Santos (SP) 160
Taubaté (SP) 42

 
PONTOS EXTREMOS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS :


Extremo Norte:
Latitude Sul – 22° 49′
Longitude Oeste – 45° 54′

Extremo Oeste:
Latitude Sul – 23° 06′
Longitude Oeste – 46° 06′

Extremo Leste:
Latitude Sul – 23° 13′
Longitude Oeste – 45° 40′

Extremo Sul:
Latitude Sul – 23° 18′
Longitude Oeste – 45° 51′

São José dos Campos – Divisões Administrativas

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Região Administrativa

O Estado de São Paulo está dividido político-administrativamente em 11 regiões, sendo São José dos Campos Sede da 3ª Região Administrativa e Integrada por Municípios de todo o Vale do Paraíba Paulista e Costa Norte.

Formação Administrativa Municipal

Oficialmente, o município é constituído por três Distritos: São José dos Campos (sede), Eugênio de Melo (Decreto Estadual nº 6.638 de 31/08/11934) e São Francisco Xavier (Lei Estadual nº 59 de 16/08/1982). O Distrito de São José dos Campos é, ainda, subdividido em dois Subdistritos: 1º Subdistrito de São José dos Campos e 2º Subdistrito de Santana do Paraíba (Decreto-Lei nº 14.334 de 30/11/1944).

Para melhor administrar o município de São José dos Campos, o Poder Público dotou os Distritos de Eugênio de Melo e São Francisco Xavier de Administradores Distritais, enquanto que o Distrito sede foi dividido em quatro Regionais: Centro, Leste, Norte e Sul.

São José dos Campos – Histórico

O Aldeamento Indígena

Supõe-se que a colonização do território joseense teve início quase que contemporâneo com o da Capitania de São Vicente: presume-se aind que tal início aconteceu na segunda metade do século XVI, tendo sido primitivamente uma aldeia de índios guainazes emigrados de Piratininga, provavelmente no ano de 1564, fundada por determinação do Padre José de Anchieta, com o nome de Aldeia de São José do Rio Comprido.

O território joseense foi inicialmente ocupado por uma fazenda de pecuária criada oficialmente a partir da concessão de sesmarias, por volta de 1590, a pedido de padres jesuítas. Os indícios mais veementes de sua localização situam-na nas cabeceiras do Rio Comprido (hoje divisa natural entre São José e Jacareí), quando ao final da várzea o terreno se alteia em anfiteatro, e onde hoje se encontra a conservada sede da Fazenda Jardim, um dos belos casarões do período do café.

A classificação como fazenda de gado foi um artifício usado pelos jesuítas para ocultar dos bandeirantes uma missão catequetética.

A Lei de 10 de setembro de 1611, que criava e regulamentava aldeias de índios dispersos administrados por religiosos nos pontos em que conviessem ao interesse do Reino, não só transformou oficialmente a fazenda em missão de catequese, como também fez com que os índios se dirigissem aos sertões. Esse fato causou desagrado aos colonos que necessitavam e dependiam da mão-de-obra indígena e que tiveram suas ações dificultadas. O resultado desse conflito entre religiosos e colonos culminou com a expulsão dos jesuítas em 1640 e a consequente extinção da missão pela própria dispersão dos aldeados.

Alguns anos mais tarde os jesuítas reapareceram, trazendo mais alguns indígenas e, diferente do primeiro aldeamento, que ficava a leste de Piratininga, localizado às margens do Alto Rio Comprido, aproximadamente a 15 km a sudoeste da cidade atual, resolveram buscar ponto melhor e escolheram a magnífica planície, a 3 km do Rio Paraíba do Sul, onde hoje está o centro comercial da cidade. Do novo local tinha-se uma visão privilegiada da área que circundava a aldeia nova, garantindo maior segurança contra invasões, enchentes e permitindo boa ventilação e insolação.

Tais fatos ocorreram no intervalo de 1643 a 1660, quando os jesuítas obtiveram para os índios diversas léguas de terra concedidas por João Luiz Mafra, cavalheiro fidalgo da Casa de Sua Majestade. Essas terras eram compostas de quatro léguas em quadras, e o aldeamento foi estabelecido onde estão hoje as Praças João Pessoa e Expedicionários. Progredia a Aldeia Nova de São José, quando em 1650 foram concedidas sesmarias a Angelo de Siqueira Afonso e esposa, vindos de Jacareí, estabelecendo-se entre os índios.

Sabe-se ainda que a organização urbana no plano teórico e prático da aldeia, é obra atribuída ao padre jesuíta Manoel de Leão, cuja principal ocupação era a de ser administrador, estando em São Paulo desde o ano de 1663, encontrava-se à frente das fazendas mais remotas. Entre estas, figurava-se o aldeamento em solo joseense.

Em 1692 essa aldeia aparece com o nome de “Residência do Paraíba do Sul” e em 1696 como “Residência de São José”. A 8 de janeiro de 1747, segundo Alfredo Moreira Pinto, foi feito o primeiro lançamento de batizados, assinado pelo Padre Francisco de Paula.

Com o início do ciclo da mineração, o aldeamento passa por sérias dificuldades devido a saída de braços para o trabalho nas minas. Nota-se, ainda, por parte dos padres um certo abandono em relação ao destino da aldeia.

Após a expulsão dos jesuítas do Brasil em 1759, todos os bens dessa ordem religiosa, tais como fazendas, colégio e aldeias passaram para a custódia da Coroa. Esta determinou ao Governador Geral, D. Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, o Morgado de Mateus, que tornasse essas novas propriedades produtivas.

O Governador Geral pediu e obteve do Vice-Rei autorização para criar Freguesias e Vilas, de modo que a 27 de julho de 1767 foi formalizada a ereção da Aldeia em Vila de São José do Paraíba. Foi um fato atípico à época, posto que que a Vila ainda não houvera sido Freguesia.

A Evolução de Vila à Cidade

A emancipação à categoria de Vila não foi um fator determinante para o seu progresso, que por muitos anos manteve as mesmas características de uma pequena vila com predominância do setor rural. A principal dificuldade de São José era o fato de a Estrada Real, que ligava as Capitanias de São Paulo e Rio de Janeiro, passar fora de seus domínios. Somente cerca de um século mais tarde, em 22 e abril de 1864, foi elevada à categoria de Cidade. Em 04 de abril de 1871 recebeu a atual denominação de São José dos Campos, adotado em virtude da imensa extensão de campinas aqui existentes, seguida pela criação da Comarca em 1872.

O Ciclo do Algodão: O algodão teve uma rápida evolução na região, atingindo seu apogeu no biênio 1867/1869, como a maior produção da Província, quando chegou até a concorrer com a produção cafeeira, declinando sensivelmente até o final do século. São José foi o município da região ocidental do Vale que mais se destacou na cultura do algodão, que visava, principalmente, o abastecimento das indústrias inglesas de tecidos.

O censo de 1872 registrou que o município possuía uma população de 12.998 habitantes, sendo que destes 1.245 eram escravos. O progresso da cidade recebeu novo alento quando da chegada da estrada de ferro, cortando o centro urbano.

O Ciclo do Café: Quase simultaneamente, há o desenvolvimento da cultura cafeeira no Vale do Paraíba, que começou a ter alguma expressão a partir de 1830, sendo que São José do Paraíba já contribuía para a produção regional. Em 1854 constatou-se que o incremento da produção joseense seria um dos maiores da região, conseguindo repercussão nacional. No entanto, foi no ano de 1886, quando já contava com o apoio da Estrada de Ferro inaugurada oficialmente em 18 e janeiro de 1877 (já estava pronta desde 1876), que a produção cafeeira joseense teve seu auge, mesmo num momento em que já acontecia a decadência dessa cultura na região, conseguindo ainda algum destaque até por volta de 1930.

No censo de 1920 os bovinos da região alcançavam um total de 10.966 cabeças, indo atingir no Censo de 1940 o total de 28.549, época em que o ciclo da pecuária se sobrepõe ás culturas do café e do algodão.

Em 23 de maio de 1932, na Praça da República, em São Paulo, é vitimado o estudante Euclides Miragaia, joseense, nascido em 20/11/1910. Em virtude desse trágico acontecimento eclodiu a Revolução Constitucionalista.

Fase Sanatorial: A procura do município de São José dos Campos para o tratamento de tuberculose pulmonar, teria se tornado perceptível no início deste século, devido às condições climáticas supostamente favoráveis. Entretanto, somente em 1935, quando o município foi transformado em Estância Hidromineral, que São José passou a receber recursos oficiais que puderam ser aplicados na área sanatorial. Com o advento dos antibióticos nos anos 40, a tuberculose começou a receber tratamento ambulatorial, caracterizando assim o fim da função sanatorial até então exercida. Essa fase ainda persistiu até fins da década de 50, quando definitivamente cedeu lugar à industrialização, num momento onde era crescente a vinda de novos estabelecimentos industriais para a cidade.

A Industrialização: O processo de industrialização do município, tomou impulso a partir da instalação do Centro Técnico de Aeronáutica – CTA, em 1950. No segundo semestre desse ano foi transferido para a cidade o Instituto Tecnológico da Aeronáutica, criado em 1947 no Rio de Janeiro, cujos alunos eram bolsistas do Ministério da Aeronáutica. Já em 19 de janeiro de 1951, acelerando o desenvolvimento industrial, foi inaugurada a BR-116 – Rodovia Presidente Dutra, possibilitando assim uma ligação mais rápida entre Rio de Janeiro e São Paulo e cortando a parte urbana da cidade. A conjunção desses fatores permitiu que o município caminhasse para o potencial científico-tecnológico em que atualmente se encontra.

Pequena história da telecomunicação

( Publicado originalmente no e-zine CTRL-C nº 01, de novembro/99 )

Telecomunicação significa, basicamente, comunicação à distância. Desde o século XIX já eram conhecidas as leis da eletricidade e do eletromagnetismo, e, com o auxílio de algumas figuras como Samuel Morse (telégrafo, em 1840), Alexander Graham Bell (telefone, em 1876) e Heinrich Hertz (ondas eletromagnéticas, em 1890), teve início a era das telecomunicações. Modernamente podemos dizer que telecomunicação significa a transmissão telefônica de informações, seja de voz ou de sinais eletrônicos.

Telégrafo

O primeiro aparelho moderno de telecomunicação foi o telégrafo, inventado por Samuel Morse em 1837 e patenteado em 1840. O telégrafo Morse consistia de um transmissor, cabo e um receptor. O transmissor era formado por uma pilha e uma alavanca que, quando pressionada, fechava o circuito e permitia a passagem da corrente pelo cabo até o receptor. Este continha um eletroimã que, ao receber a corrente, atraía uma roda embebida em tinta, colocando-a em contato com um rolo de papel e marcando, assim, pontos e traços conforme a duração dos impulsos elétricos.

Esses pontos e traços eram a base de um código binário que, combinados de diferentes maneiras, conseguiam representar todas as letras e sinais do alfabeto, tendo sido rapidamente aceito em todo o mundo – foi o surgimento do “Código Morse”. Mas a velocidade sempre foi um problema a se enfrentar: os primeiros telegramas eram enviados a duas mil palavras por hora, com o advento do chamado “Multiplicador Baudet” chegariam a sete mil, alcançando seu ápice em torno de 20 mil palavras por hora. Ora, isto dá cerca de 20 caracteres por segundo, o que não chega aos pés da média atual, de cerca de 33,6 mil caracteres por segundo…

Para se ter uma idéia da aceitação e rápida expansão do telégrafo, em 1866 já funcionava um cabo transatlântico unindo telegraficamente a Europa e a América. Em 1878, uma mensagem enviada pela Rainha Vitória ao presidente dos Estados Unidos, James Buchanan, levou “apenas” 17 horas e 40 minutos para chegar de uma ponta a outra do cabo.

Radiofonia

A invenção da comunicação sem fio, ou radiofonia, foi patenteada pelo italiano Guglielmo Marconi em 1895. A título de curiosidade, cabe lembrar que no Brasil o padre Roberto Landell de Moura, em 1893, na cidade de São Paulo, já havia feito alguns experimentos bem-sucedidos na mesma área.

Entretanto o grande arauto da invenção do italiano foi, na verdade, uma das maiores tragédias da época moderna: o naufrágio do Titanic. Após o impacto com o iceberg, o transatlântico transmitiu o primeiro sinal de S.O.S. da história, minutos antes da meia-noite de 14 de abril de 1912. A mensagem foi captada em dois locais: pelo transatlântico Carpathia, a quatro horas da posição do naufrágio, e pelo jovem imigrante russo David Sarnoff, no estúdio de Marconi, situado na Times Square, em Manhattan.

Como era o único a receber as mensagens do Carpathia sobre os trabalhos de busca e resgate dos sobreviventes, o discípulo de Marconi, com agudíssimo senso de oportunidade, repassou as notícias de primeira mão a um pequeno tablóide cujos escritórios estavam instalados no edifício ao lado. A partir daí este modesto tablóide teve condições de se transformar em um dos maiores jornais do mundo: The New York Times.

Invenção do telefone

A primeira conotação de que se tem conhecimento para a propagação do som através dos corpos sólidos data de 1667 e é atribuída ao físico inglês Robert Hooke (1635 – 1703). Constava de uma demonstração utilizada pelos pesquisadores de física onde as ondas sonoras percorrem um fio ou cordel esticado entre dois diafragmas. Tratava-se simplesmente do “telefone de cordel” ou, como conhecemos em nossas brincadeiras de infância, o “telefone de latinha” – duvido que as crianças supermodernizadas de hoje tenham idéia do que venha a ser isso ou até mesmo qual a graça nessa brincadeira. Particularmente, eu gostava…

Aliás, a própria palavra “telefone” provavelmente foi utilizada pela primeira vez em 1682, quando Dom Gauthey, um jovem monge, propôs à Academia de Ciências de Paris a instalação de um sistema de propagação da voz por tubos metálicos acústicos.

Apesar de já serem conhecidos os princípios e elementos básicos do funcionamento do telefone, somente em 1876 é que foi efetivamente “inventado” o telefone. Alexander Graham Bell e Thomas Watson trabalharam juntos nessa invenção, sendo que foi por meio de uma obra do acaso – um pequeno acidente ocorrido durante uma de suas inúmeras experiências – que se vislumbrou a possibilidade de desenvolvimento do primeiro aparelho telefônico. Ao soltar a lâmina do diapasão que se colou devido a um curto-circuito, Watson fê-la vibrar com intensidade e o som foi transmitido para o outro aparelho. A partir do estudo desse evento ambos puderam desenvolver o projeto final do telefone.

Em 07 de março de 1876, em Boston, foi deferida a patente do telefone para Alexander Graham Bell, sob o nº 174.465. A história conta que em 10 de março daquele ano é que foi efetivamente dado utilidade a esse aparelho recém-criado, com a transmissão das seguintes palavras: “Mr. Watson, come here. I need you!”. Diz a lenda que Graham Bell, ao limpar uma bateria, havia acidentalmente derramado um pouco de ácido na própria roupa…

Nos dias de hoje o transmissor de um telefone é constituído de um microfone que converte as ondas sonoras, correspondentes à voz humana, em impulsos elétricos. Estes viajam por um cabo telefônico até o receptor, que contém um disco metálico capaz de vibrar ao receber os impulsos elétricos, reproduzindo as ondas sonoras originais. Um telefone contém, além disso, circuitos eletrônicos que convertem o número marcado nos impulsos elétricos correspondentes e que amplificam os sinais elétricos antes de chegarem ao receptor.

Voltando a nossa linha histórica, após obtida a patente, os cientistas correram contra o tempo para completar o desenvolvimento do telefone, para que pudessem participar da Exposição do Centenário que iria realizar-se na Filadélfia e que fazia parte das comemorações dos 100 anos da independência dos Estados Unidos. Como não havia mais tempo para instalar o telefone na seção de eletricidade, ficaram num canto humilde no pequeno pavilhão de amostra educacional do Estado de Massachusetts.

A exposição foi aberta com grandes solenidades no dia 04 de junho de 1876, a um mês da data do centenário, e contou com a presença de grandes personalidades, dentre elas, o Imperador do Brasil – D. Pedro II, que era um aficcionado em inovações tecnológicas. Em 25 de junho o Imperador retornou à exposição, desta vez como membro honorário da comissão científica que julgaria os eventos.

Ao final do dia o Imperador encontra-se com Graham Bell, o qual já conhecia de um encontro 15 dias antes, em Boston, e participa de uma demonstração do aparelho. O inventor começa, então, a declamar Shakespeare (“to be or not to be…”) de um transmissor instalado a 150 metros dali, ante o que o Imperador não se contém e exclama: “My God, it speaks!”.

A presença de D. Pedro II conferiu novo sentido e a força que faltava para a produção do invento, pois foi a partir daí que o telefone de Graham Bell ganhou o respeito dos cientistas e fama nos jornais. O invento do então obscuro cientista tornou-se alvo do interesse tanto da imprensa quanto do governo – um experimento que até então não havia sido levado a sério: o telégrafo que falava, vulgo telefone.

A evolução do telefone no Brasil

O primeiro telefone instalado no Brasil foi um presente de Graham Bell ao imperador e começou a funcionar em janeiro de 1877 no Palácio de São Cristóvão (hoje Museu Nacional), na Quinta da Boa Vista, com uma linha que o ligava até o centro da cidade.

Em 15 de novembro de 1879 foi outorgada no Brasil a primeira concessão para exploração de serviços telefônicos a uma empresa que representava os interesses da “Bell Telephone Company” (que foi, nos Estados Unidos, a primeira das empresas com esse nome).

A L. M. Ericsson, fundada em 1876 pelo sueco Lars Magnus Ericsson, criou no ano de 1892 o primeiro aparelho telefônico em que transmissor e receptor (bocal e auricular) estão acoplados numa única peça (conhecidos como “pés-de-ferro”).

Naquele mesmo ano Almon Brown Strowger, empresário funerário criou o embrião da primeira central telefônica automática, que comportava até 56 linhas telefônicas. Seus motivos não foram tão nobres como pode-se pensar, pois sua intenção era livrar-se dos serviços de uma telefonista de La Porte, Indiana, que sempre cometia o mesmo “equívoco”: ao invés de completar uma ligação de qualquer possível cliente, sempre transferia para uma outra funerária, que coincidentemente pertencia ao seu marido…

Entretanto só no começo do século é que realmente surgiram, nas principais cidades norte-americanas, as centrais automáticas. Em 1913 Paris contava com 93 mil telefones manuais, sendo que Nova Iorque já dispunha de mais de 500 mil telefones. A automatização total só veio a ocorrer a partir de 1919.

A primeira central automática no Brasil foi inaugurada em 1922, na cidade de Porto Alegre; a segunda em 1925, no Rio Grande do Sul e a terceira, finalmente, em 1928, na cidade de São Paulo. No fim de 1929 a Companhia Telefônica Brasileira – CTB – já tinha mais de cem mil telefones instalados, sendo mais de 50% só no estado de São Paulo.

Com a recessão econômica mundial dos anos 30 e o advento da Segunda Guerra Mundial, cessaram as importações de equipamento para o Brasil. O serviço telefônico no Brasil deteriorou-se, visto que seu desenvolvimento não acompanhou o ritmo de crescimento das cidades aliado à multiplicação da população. Ademais, caiu a rentabilidade das concessionárias de serviços telefônicos, visto que as tarifas eram reajustadas por decisão meramente política. Cada vez mais aumentava a demanda e retraía-se a oferta de terminais.

Em 1962 a situação começou a melhorar com a promulgação da Lei 4.117, de 27/08/62, que regulamentou o Código Brasileiro de Telecomunicações. Com a vigência do mesmo, criou-se o CONTEL – Conselho Nacional de Telecomunicações, cuja secretaria executiva era o DENTEL – Departamento Nacional de Telecomunicações, que tinha, dentre outras responsabilidades, a de supervisionar as concessões e propor as tarifas.

Das ações da DENTEL surgiu, em 1965, a EMBRATEL – Empresa Brasileira de Telecomunicações, a qual caberia a responsabilidade das telecomunicações interestaduais e internacionais.

Por outro lado a CTB não possuía mais recursos para executar a manutenção da rede de cabos e muito menos para a expansão, o que acabou por gerar sobrecarga nas centrais de comutação telefônica (consequentemente a demora na obtenção do tom de discar e as dificuldades de completar as ligações). Assim, em 1966, o governo brasileiro negociou com a Canadense Brasilian Traction a compra da CTB e de suas empresas associadas (Companhia Telefônica de Minas Gerais e Companhia Telefônica do Espírito Santo).

Com nova administração e um novo estatuto, a CTB e suas associadas ganharam, também, um novo fôlego, podendo expandir e modernizar os serviços nas áreas em que operava (basicamente a região Sudeste do país).

Através da Constituição de 1967 foi criado o Ministério das Comunicações e a concessão dos serviços telefônicos passou para a União. Em 09/11/72 foi criada a TELEBRÁS – Telecomunicações Brasileiras S.A. e em 12/04/73, a TELESP – Telecomunicações de São Paulo S.A. Desta feita o Ministério reestruturou a CTB, transferindo à TELESP a responsabilidade pelo atendimento do estado de São Paulo.

Desde então o atendimento telefônico no país ficou dividido, de norte a sul, por diversas empresas, tais como TELESP, TELEMIG, TELEPAR, TELENORTE, etc. Recentemente, com a privatização e o caos a que fomos expostos (você realmente conseguiu fazer um interurbano no primeiro dia?), o cenário nacional foi mais uma vez alterado. Por enquanto as prestadoras estão no mesmo patamar de preços e serviços, até porque, na minha opinião, deve ser feito primeiramente um trabalho de base, reconstruindo a rede instalada para daí então estarem preparadas para fornecer um serviço diferenciado.

Enquanto esse dia não chega, a única diferença fica por conta do maciço marketing a que estamos expostos. Particularmente, aqui no Estado de São Paulo, apesar do 15 da Luana Piovani e do 23 da Letícia Spiller, fico mesmo é com o 21 da Ana Paula Arósio… >:P

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