Pé na lama

Um dia com os filhotes…

Basta um dia com os filhotes para ver o quanto tenho estado fora de foco…

Não, não me considero o “melhor pai do mundo” (ainda que gostaria de sê-lo) e nada muda quem eu sou. O que eu sou.  O que me tornei. Pra onde eu vou. Quem serei.

Mas um dia com essas adoráveis inenarráveis crianças me faz colocar em xeque tudo e todos pelo que tenho vivido. Um mais velho que te desafia se ainda consegue pegá-lo no colo – e ainda que lhe custe uma coluna e um joelho você o faz. Um do meio que, orgulhoso, vem contar como tem evoluído no futebol na escolinha – e você, mais orgulhoso ainda, intimamente relembra que foi você quem lhe ensinou os primeiros passos (por menos que entenda dessa arte). Um caçula que vem, de sua maneira tagarela e confusa (mais tagarela que confusa) lhe contar sobre o filme que assistiu noutro dia e gostou muito – e os computadores, as conexões, as reformas, tudo fica de lado enquanto você lhe dá a mais que merecida atenção.

E, só de lembrar, o coração fica apertado e a garganta se fecha, de um modo que, não tendo pra onde escoar, a emoção represada sobe, avançando sobre os impostos limites, rompendo os diques d’alma e se transformando em lágrimas que rolam pela face e salgam meus lábios…

E, mais uma vez, pergunto-me onde estou.

Pois o lugar onde eu queria estar – onde eu deveria estar – é ali, com eles. Com o pé na lama. Encharcados, sujos, enlameados e felizes.

É, na prática a vida é mais simples do que a gente imagina.

Mas a gente teima em complicar.

Em ser complicado.

“Não é a mamãe!”

E quem por aí ainda lembra dessa famosa frase?

“Não é a mamãe!”

Pois é… Ele mesmo crianças (mais velhas): o Baby Sauro.

Era um show à parte dentro do show que já era a “Família Dinossauro”. Ainda que com elementos comuns à maioria dos mortais, estava lá, presente, tudo que você poderia encontrar dentro de um tradicional lar norte-americano (não, eu não consigo escrever “estadunidense” – bleargh!)…

Em especial dois personagens sempre me cativaram: o mais novo e o mais velho.

Na figura do personagem mais velho temos a presença da sogra, Zilda, sempre ferina e pronta para espezinhar a vida do chefe da família, Dino.  Eu juro: a minha sogra era igualzinha! Até nos óculos!

Já na figura do personagem mais novo temos o sempre amado (mas nunca amável) Baby. Gente, vocês não tem noção: crianças agem exatamente daquela maneira! Principalmente os meninos. São tão apegados à figura materna que só faltam falar como o Baby. A bem da verdade, dos meus três filhotes, eu quase tenho certeza que acho que talvez eles falavam algo do gênero…

Para quem não sabe a que me refiro, eis uma palhinha da única vez em que o Baby tratou seu pai como pai!