O aparelho

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Esta é daquelas para se guardar na memória…

Meu pai – vulgo “Seo Bento” – desde que veio da roça, resoluto, resolveu que tinha que se virar do jeito que desse. E,  nos idos da década de sessenta, um desses “jeitos” era pelos famosos cursos por correspondência – no caso, o IUB – Instituto Universal Brasileiro…

Estudou, fez o que fez e aprendeu o que pôde – de modo que nos sustentou: eu e a meus dois irmãos. Tanto o é que dá para se ter uma ideia por este causo aqui

Mas não é o único…

Lembro-me de certa vez, minha mãe estava lá, a cuidar de seus afazeres domésticos, quando toca a campainha. Ela foi atender. No portão um antigo compadre de meu pai, daqueles que o conheciam desde sempre. Queria que lhe arrumasse um aparelho televisor. Trazia-o, pequenino, de suas apenas 14 polegadas, num saco de estopa, a tiracolo.

– Mas o que é que ele tem? – perguntou-lhe minha mãe.

Sagaz, mas não menos preciso, traduzindo uma perfeita explicação do defeito, explicou-lhe o senhorzinho:

– O pobrema, dona Dete, é que esse aparêio proseia, mas não tem feição…

Você tem coragem?

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Tem?

Não estou falando daquela coragem cinematográfica de confrontar um leão, pular de um despenhadeiro, enfrentar a morte certa. Isso é ficção.

Também não estou falando daquela coragem aventuresca de pular de bungee jump, acelerar a moto a duzentos por hora, saltar de paraquedas. Isso é fácil. Não que eu faça.

Estou falando de uma coragem ainda maior. Uma coragem que poucas pessoas têm. A coragem de mudar.

Mas mudar o quê? – perguntar-me-iam meus parvos botões.

Mudar de vida. Radicalmente. Ou quase. Mas o suficiente para ser visto com assombro por seus pares.

Deixar para trás um trabalho de cerca de dez anos num local que você gosta e na profissão que escolheu para si. Por livre opção. Sem pressão.

Deixar para trás uma cidade que você viu crescer e, ainda que pequenina engrenagem, ajudou a construir e se tornar o que é hoje.

Deixar para trás seus amigos, colegas, rotinas, correrias, festas, brincadeiras, tudo aquilo de bom e de ruim que aconteceu durante todo esse período.

Imagine ter que se reinventar enquanto profissional.

Imagine deixar o certo pelo duvidoso.

Imagine ter que recomeçar sua vida tanto social quanto profissionalmente.

E, repito, por livre opção. Sem pressão.

Você tem essa coragem?

Confesso que eu não tenho. Mas conheço gente que tem.

Amiga, mãe, esposa, linda, escritora, inteligente, espirituosa (e espiritualizada), guerreira e, sobretudo, uma mulher de coragem. Que resolveu fazer tudo isso, sacrificar uma vida e um estilo de vida em prol de seus próprios sonhos e de uma qualidade de vida que não quer correr o risco de perder. Ou de não alcançar.

E, de minha parte, desejo-lhe sinceramente que a sorte sempre a acompanhe.

A cada instante da vida…

Dia Mundial do Rock

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Isso mesmo crianças: 13 de julho continua sendo o Dia Mundial do Rock!

Vocês querem saber como começou essa bagaça? Então sentem-se e leiam um pouco de história neste link aqui.

Agora, se vocês quiserem apenas ouvir um bom e velho rock’n roll, então confiram estas duas clássicas neste outro link.

Mas para que não digam que sou apenas um velho dinossauro saudosista – ainda que minha idade mental em termos musicais tenha parado lá pela década de oitenta – eis um pouco de bom e novo rock atual para vocês. Ou quase. Pois o álbum é de 2010…

Senhoras e senhores: Linoleum, de Pain of Salvation!