A caminho do cofre

Cheguei lá na oficina para dar minha conferida semanal – que tem se tornado quinzenal (quase que mensal) – e qual não foi minha surpresa ao ver que a grossa camada de poeira que “protegia” o bom e velho Titanic não mais estava lá!

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E, mais ainda, ao ver que estava totalmente limpo também por dentro, sem aquelas peças perdidas em todos os cantos do assoalho e – pasmem! – com o velho banco do motorista no lugar…

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Banco esse que será oportunamente descartado, mas que mantive por perto somente para poder ter onde sentar quando – frise-se o “quando” – o motor estiver pronto.

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Fui conferir o que estava acontecendo e… vejam por si mesmos que visão maravilhosa!

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Dia desses ainda estava na montagem e agora eu o encontro ali, dormindo, montado, quase pronto para seu próximo destino…

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Fui trocar uma ideia com o Seo Waltair e ele me disse que estava quase prontinho para colocar no cofre. Só faltava a polia. “Deu algum problema?”, perguntei-lhe. E ele me explicou. E estava abismado. Acontece que ao colocar a polia original, esta rachou, de modo que ele foi no mercado atrás de outra e o que encontrou foi uma de ferro fundido! Ele não se conformava! “Ferro fundido, veja só! Que ideia de jerico! Isso tinha que ser de ferro batido e não fundido. Só no tentar colocar já engastalhou ali no comecinho e resolvi não insistir e tentar uma outra polia nova…”

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E assim, com um sorriso no rosto, o coração leve e esperança no dia de amanhã – ainda que não tenha um puto no bolso – é que deixei a oficina nesse glorioso dia… Cada vez mais perto de ouvir o rugido da fera novamente!

🙂

A Variant

No post anterior eu havia comentado que meu pai – ainda que “a contragosto” – iria me emprestar uma Variant para mim nesse período em que eu estivesse descarreado, certo? Pois bem, ele me emprestou a dourada. Ele SEMPRE empresta a dourada! Nada contra, pra quem tá à pé, qualquer veículo é veículo… Mas acho que o xodó dele pela marronzinha é tão grande que meio que me contaminou…

Lembram-se dela? Da marronzinha? Um verdadeiro causo! Em 2010 (há uns sete anos se vocês forem razoavelmente bons de cálculo) eu fiz esta sessão de fotos da Variant.

Bem, o tempo passou e já que eu iria ficar uns tempos com a Variant (mas não “A” Variant), resolvi atualizar as fotos para que vocês percebam como o tempo ali parou…

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Aliás, considerando que trata-se de uma Variant 74 – que meu pai comprou nos idos de 76 – não podia deixar de faltar um detalhe clássico dos carros daquela época: a famosa bolinha de siri no câmbio! 😀

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No more Beauty, no more Beast…

Desde a virada do ano muita coisa vem acontecendo – no mundo, no país, no trabalho e na minha vida pessoal (na exata ordem inversa de importância…) – e que muitas vez traz consequências e a dura necessidade de enfrentar algo do tipo “recalculando rota”…

MENOS NO QUE DIZ RESPEITO AO “PROJETO”!!!

Então ladies (tem alguma por aí?) and gentlemen (vocês são, não são?) vejamos alguns dos últimos acontecimentos que, direta ou indiretamente, influeciam n’O Projeto.

Pra começar temos que precisei vender meu querido Opala 90 (“The Beast”), conhecido originalmente como Poseidon e, mais recentemente, como Cruzador Imperial (eu já estava até buscando uma buzina com o tema do Darth Vader pra colocar nele…).

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Após diversas idas à feirinha – fonte inesgotável para comprar ou vender todo e qualquer carro velho clássico que se possa imaginar – e um bom tempo anunciado no OLX – onde textualmente escrevi que só me interessava a venda, o que, óbvio, foi a porta aberta para que me apresentassem as mais estapafúrdias propostas de troca. A gente fala uma coisa, as pessoas fazem outra! Eu nunca vou deixar de ficar abismado com essa raça. Humana.

Enfim, de um encontro mais inusitado possível foi que acabou saindo negócio. Numa sexta-feira dessas, do nada, resolvi dar uma passada num dos locais de praxe para sextas-feiras dessas: no caso, lá na MetalMotos, uma oficina-rock-bar, para uma breja gelada, uma dose de uísque, um colírio para os olhos e um bom bate papo com o pessoal que costuma frequentar o local, quer fossem conhecidos ou não. E num desses proseios surgiu um caboclo que se interessou pelo carro – não pra ele, mas para um amigo. Eu sequer estava com a viatura no local, apenas descrevi em detalhes como era e o pouco que tinha que ser feito a título de reparos.

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Eis que no dia seguinte o sujeito me liga pra dizer que o amigo dele até se interessou, mas naquele momento não tinha como fazer negócio. Pensei comigo: “legal esse cara, ainda que não tenha dado negócio ligou ao menos para dar satisfação, difícil gente assim hoje em dia…” Agradeci e já estava prestes a desligar quando, assim, de supetão, ele me soltou: “ele não ficou, mas eu fico”.

Confesso que fiquei meio surpreso, mas proseamos mais um pouco, combinamos de ele vir dar uma olhada no carro, trocamos e-mails, uatizápes, telefones e contas-correntes e, quando menos esperava, o negócio estava concluído. E, exatamente no dia 13 de janeiro, lá se foi o bom e velho opalão…

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E, na sequência, também precisei negociar a querida Harley 883 (“The Beauty”), sem outros codinomes, parceira de estradas viagens e outros momentos especiais…

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A questão é: é muito bom ter moto. Muito MESMO. Mas há que se ter um carro, também. Após a venda do Opala, tendo somente a moto como meio de transporte, bastaram três dias de intensa chuva torrencial ao voltar pra casa para me congestionar todo e ocasionar, numa reação em cadeia, uma coisa que jamais tive na vida: um ataque de sinusite. Localizado, temporário e com cura. Mas uma desgraça pra se passar o dia a dia!

Por conta disso precisei ter um proseio com Seo Bento, vulgo Meu Pai, que tem dois conservadíssimos veículos: duas Variants, uma marrom, outra dourada. Expliquei a situação, garanti que era só por uma, talvez uma semana e meia e que cuidaria bem de sua relíquia. Meu pai, que é de uma franqueza cavalar, simplesmente me respondeu: “Ói, fio, a contragosto, mas empresto sim.”

Bem, fazer o quê? Esse é meu pai. Ao menos pude dirigir um tempo sob capota coberta, enquanto voltava a arquitetar minhas arquitetações e planejar para onde correr desta vez. E a conclusão óbvia foi me desfazer da moto. Negociar daqui, resolver dali, saldar dívidas acolá e, enfim, tocar a vida em frente.

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Como o Universo não cansa de caçoar da minha pessoa, trazendo situações quase que inverossímeis para esta minha vidinha, no último dia 23 acabei fechando negócio com ninguém mais, ninguém menos que o Flávio – que foi o mesmo amigo de quem eu comprei a moto! O curioso é que no tempo em que fiquei com ela, fiz algumas adaptações, instalei um Sissy Bar (encosto), comando avançado, alforjes – tudo sempre com o palpite dele. A brincadeira era que, apesar de vendida, a moto era “nossa”. Nada mais verdadeiro…

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Enfim, crianças, é isso…

Oi?

Se agora estou a pé?

JAMAIS!

A história de hoje já está longa e faltam-me fotos para a história a seguir. Fora o fato de que O Projeto já caminhou um tanto e temos novidades na área! Mordam seus cotovelos de curiosidade e aguardem notícias – muito em breve! 😀

Na mesa de cirurgia

Bem, vocês lembram que da última vez o motor estava já retificado, aguardando o início da montagem, certo? Inclusive já tinha sido até pintado – da mesma cor que o Titanic. Pois bem, agora ei-lo na “mesa de cirurgia”, com cada pistão em seu lugar!

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E aqui, no avesso, com o virabrequim devidamente instalado também…

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Mais uma, agora com o bichinho meio de esgueio.

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E aqui, o focinho!

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Sei que muitas vezes essa questão de mecânica é meio complicada para alguns… Afinal tem gente que somente sabe levar o carro no mecânico e sair com ele de lá funcionando, certo? Só que nós, opaleiros, com ferrugem nas veias, não nos contentamos com tão pouco! Podemos até não saber fazer, mas temos uma obrigação moral de, no mínimo, saber como funciona. Por isso mesmo segue um esqueminha básico para que os desavisados de plantão entendam toda a poesia desse momento de montagem do motor…

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Fechando 2015…

Ainda que tarde para um “Feliz Natal”, ainda há tempo para um “Próspero Ano Novo”…

Pois é, caríssimos, como sabem a crise pegou todos de jeito. Não adianta me dizerem que a culpa é deste ou daquele partido político, pois, na minha humilde opinião, foi a “conjuntura” que nos trouxe ao presente momento. Independentemente de minhas próprias convicções, acho que todos – sem exceção – colaboraram para o atual estágio da economia. Essa crise política, essa insistência num “terceiro turno”, os escândalos, a corrupção, um “impeachment” sem consistência jurídica, um vice-presidente fraco, um presidente da Câmara mau caráter e mesmo uma presidente que aparenta estar perdida em meio a tudo isso – bem, são esses os pontos principais dessa maçaroca.

E, “graças” aos advogados de plantão, com seus recursos intermináveis, não vejo um breve fim para essa crise política…

E enquanto a crise política persistir, a crise econômica haverá de perdurar.

E é por isso que é importante aprender com a história:

O orçamento deve ser equilibrado, o tesouro público deve ser reposto, a dívida pública deve ser reduzida, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos para que Roma não vá à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar em vez de viver às custas do Estado.

Marcus Tullius Cicero (*106 aC / +43 aC)

Mas isso é só pra pensar um bocadinho… Deixemos a política de lado, porque esse nunca foi intento deste nosso espaço virtual: afinal se você está aqui é porque quer, no mínimo, falar sobre Opalas!

E, opalisticamente falando, O Projeto continua do mesmo jeitinho, devagar e sempre. Afinal a crise que citei aí em cima (ói ela de novo…) também afetou os parcos recursos deste ancião que vos tecla. Desde que o motor foi retificado, começou a luta para encontrar as peças originais ou paralelas de boa qualidade (que só o Seo Waltair sabe reconhecer) para a montagem. Na última semana antes do Natal passei por lá e ele me informou que já tinha conseguido praticamente tudo, das bronzinas aos tuchos – inclusive um chicote novo, montado por um caboclo especialmente para o modelo do Titanic (1979).

O motor foi pintado (não, não nas cores “originais”, lembram-se?), outras peças estão ficando no ponto e a última busca que ele tem feito é por um tanque de gasolina de metal.

Para não ficarmos somente nas palavras, eis algumas imagens do nosso querido Titanic, inclusive da poeira que o recobre – que, segundo o Seo Waltair, é para proteger a pintura…

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Bão, é isso, moçada.

Aguardemos com ansiedade o ano de 2016, quando, certamente, esse velho motor voltará a rugir, uma vez que restaurada toda a força de seu coração mecânico.

Boas festas procês!!!

😀

Opala Comodoro 1990 – OLX

Opala realmente é uma paixão para os aficionados…

E certamente você que está lendo estas linhas o é! O que mais explica eu ficar mais de dois meses sem colocar uma atualização sequer aqui neste nosso cantinho virtual e ainda ter, em média, 150 visitas por dia? É coisa de louco mesmo. Na qual, honrosamente, me incluo! 🙂

Mas vamos aos negócios.

O nosso querido Titanic continua firme e forte na reforma – mais do que eu, até. Ainda que já tenhamos evoluído um bocadinho mais nO Projeto, eu e o “Seo Waltair” continuamos honrando nosso bom e velho acordo, onde ele não tem pressa e eu não tenho dinheiro.

E esse é o ponto.

A crise chegou.

Nestes difíceis tempos de contas a pagar, rematrícula dos (três!) filhotes, contas a pagar, cartões de crédito, contas a pagar, cheque especial, contas a pagar, final de ano chegando, contas a pagar, empréstimos e o escambau, o caixa tá pra lá de baixo. Aliás, eu já falei que tenho contas a pagar?…

Então, caríssimos, achei por bem entrar em modo de “contenção de danos”. E, para isso, vão-se os dedos e fiquem os anéis…

Não. Péra.

Vão-se os anéis e fiquem os dedos!

Aí, sim.

E, assim o sendo, dentre outras medidas, vi-me obrigado em colocar à venda o nosso querido Cruzador Imperial. Vocês já o conhecem – em detalhes – daqui mesmo, do blog, desde quando o comprei.

Então, caso haja algum interessado, os detalhes estão no anúncio lá no OLX. Basta clicar na imagem abaixo, ok?

É isso.

Anúncio no OLX!

Extintores em extinção

Cês tão de sacanagem…

Depois de toda a correria, de toda a gastança, de toda a multança, depois de o extintor ABC ter simplesmente desaparecido da face da Terra – gerando um “mercado paralelo” pra lá de lucrativo – agora o Contran me vem com essa?

Oi? Não estão sabendo? Então. Não é que o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) informou nesta última quinta-feira, 17 de setembro, que o uso da porra do extintor nos automóveis e veículos comerciais leves passará a ser facultativo? Pois é. Essa decisão foi anunciada por Alberto Angerami, presidente do órgão e diretor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Entretanto a obrigatoriedade do equipamento será mantida nos veículos de uso comercial, de transporte de passageiros e de produtos inflamáveis (líquidos e gasosos), tais como caminhões, micro-ônibus, ônibus e o escambau.

Olha só: é de conhecimento até do reino mineral que o brasileiro, de um modo geral, não tem nenhuma noção de como utilizar um extintor. Os exames para tirar habilitação são uma piada e não é realizado nenhum tipo de curso preparatório. Nem mesmo para utilização daquela idiotice dos kits de primeiros socorros “obrigatórios” (quem lembra?) – que continham dois rolos de ataduras de crepe, um rolo pequeno de esparadrapo, dois pacotes de gases, dois pares de luvas e uma tesoura sem ponta. No caso de um acidente com vítimas o que é que você faria com isso, hein McGyver?. Ora, invariavelmente, numa emergência qual é a primeira reação do motorista – ainda mais no caso de fogo? Sair correndo e o carro que se foda.

E sabem o porquê dessa decisão do Contran?

Simplesmente porque descobriram que as “inovações tecnológicas introduzidas nos veículos aumentaram a segurança contra incêndios”… Isso aliado ao fato de que, num levantamento feito pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, constataram que nos acidentes com incêndio somente cerca de 3% dos motoristas é que usaram o extintor. E, ainda assim, não se tem informação se usaram da maneira correta…

Aliás, consta que nos Estados Unidos e na maior parte da Europa não existe a obrigatoriedade – sabem o porquê? É que as “otoridades” consideram que a falta de treinamento e despreparo dos motoristas no manuseio gerariam ainda mais riscos que o próprio incêndio em si!

Enfim, a decisão foi tomada, mas, até onde sei, ainda não foi baixada portaria, resolução ou seja lá o que for. Enquanto isso não ocorrer “formalmente”, a fiscalização continua e a punição para quem não estiver com o equipamento ou para quem estiver com o equipamento com prazo de validade vencido implica numa multa no valor de R$127,69 e cinco pontos na carteira de habilitação.

Mas não demora muito, cedo ou tarde ainda poderemos dar outra utilização para aquele suporte do extintor…