Botando ordem na casa

Bem, Ano Novo, Vida Nova, certo?

E que melhor maneira de fazer isso senão botando a casa em ordem? A começar pelo meu acesso às ferramentas – o que está pra lá de zoneado, como eu já havia comentado aqui.

Infelizmente – e para desespero tanto meu quanto da Dona Patroa – a nossa empregada tem o péssimo costume de entulhar tudo o que acha inútil (segundo os misteriosos e cabalísticos critérios dela própria). Por “entulhar” entenda-se “tirar do ângulo de visão do dia a dia”. E a maneira que ela encontrou de fazer isso de uma forma, digamos, “eficaz”, foi colocar na não tão acessada garagem…

Então temos ali tábua de passar roupa, lâmpadas queimadas, colchonetes e colchões que não estavam sendo usados (ou, na melhor das hipóteses, “para visitas”), coisas, coisinhas e coisonas das mais variadas estirpes e origens.

E tudo, literalmente, entulhado. Enfiado. Socado. Empurrado.

Quando comecei a limpar, varrer, organizar e separar o que seria lixo de tudo isso acabei ficando pasmo. Haviam coisas que eu já havia procurado e não tinha achado de jeito nenhum! Em compensação haviam coisas que eu também tenho certeza absoluta que tinha e simplesmente sumiu, desapareceu, escafedeu-se.

Paciência.

A foto abaixo dá uma ideia do monstro que tive que enfrentar…

Pois bem.

Comecei separando o que era lixo, lixo mesmo. Só aí já deu um saco. De cinquenta litros!

Depois fui esvaziando prateleira por prateleira, limpando e reorganizando. E, nessa brincadeira, muita coisa também já tomou novo rumo. Mais dois sacos. Isso fora outros itens que seriam insacáveis (horrível, essa) – os colchões viraram cama de gato, a totoca (motoquinha de brinquedo) estava detonada, enfeites de festas de aniversário de outrora estavam pra lá de empoeirados. Esse tipo de coisa eu simplesmente fui colocando na calçada e, pouco a pouco, foi sendo automaticamente levado por um ou outro transeunte.

O saldo final pode ser demonstrado na foto abaixo.

Tá, eu sei, ainda tem bastante coisa. Mas pelo menos agora tá tudo arrumadinho

Comprei dois gaveteiros de plástico para concentrar as ferramentas e liberei o gaveteiro de madeira para guardar as miudezas do Opala. As tintas, lixas, materiais e as próprias ferramentas ficaram bem mais acessíveis. O próprio motor foi mais para o cantinho, liberando quase meio metro de espaço na garagem.

Bem, assim caminha a humanidade e foi assim que passei meu primeiro sábado do ano.

Semana que vem devo dar início à fase seguinte, ou seja, desmontar a parte da frente do carro, suspensão, bandeja, etc, etc.

Aguardem-me!

Para o alto e avante!

Bem, antes de mais nada – para a efetiva retomada – o melhor a fazer é colocar o carro em “posição de cirurgia”, certo? Ou seja, lembram-se daqueles cavaletes? Então. Voltei a utilizá-los, mas desta vez não numa posição tão alta quanto a anterior.

Como eu havia deixado o Opala, digamos, “estacionado” bem próximo da parede para não ocupar muito espaço (ha!), o primeiro passo foi pegar o pequeno macaco hidráulico com rodas, apoiá-lo no eixo dianteiro e, já com alguns centímetros do chão, puxar o carro de lado. Isso mesmo, esse é o maior mérito desse tipo de macaco (parece um daqueles macacos do tipo “jacaré”, das oficinas, só que beeeeeem menor – mas ainda assim aguenta até duas toneladas!) pois com as rodinhas fica fácil de manusear o carro de um lado para outro – ainda mais que está sem motor – sem necessariamente ter que ficar manobrando o veículo. Igual operação apoiando no eixo traseiro e pronto!

No meio da bagunça que se tornou a anterior organização de minha modesta “oficina”, consegui encontrar os cavaletes – feitos para aguentar até caminhonetes. Levantei novamente o carro, primeiro a traseira e depois a dianteira, e coloquei os cavaletes no seu devido lugar. Ao contrário de antes, quanto eu havia os posicionado nos eixos, decidi colocá-los no ponto da lataria usualmente utilizado para apoiar o macaco do carro quando fura um pneu. Isso porque, ante o impasse que eu mesmo criei com o pintor, pretendo eu mesmo fazer toda a base do carro e, para isso, desmontá-lo totalmente.

Não, não é uma ideia tão absurda assim, se pensarmos que o motor dele está no chão da garagem de casa…

Tive essa ideia (estapafúrdia?) quando vi este tutorial sobre como retirar o agregado da suspensão (seja lá isso o que for). Bem, desmontar sempre foi mais fácil que montar e parece-me que dá pra ser feito.

Assim, para brindar o início desta nova fase (até que enfim!), eis algumas fotos da elevação do Opala. Ah! Antes que eu me esqueça: para evitar eventuais amassamentos ou que algo não ficasse bem encaixado, arranjei alguns pedaços de uma madeira macia para ficar entre o cavalete e a lataria.

Feito isso já resolvi deixar o carro sem as rodas, para facilitar o acesso à desmontagem.

Lição número um para toda e qualquer pessoa que resolva tirar as rodas de um carro, qualquer que seja: afrouxe os parafusos das rodas quando o veículo ainda estiver no chão. Após levantá-lo as rodas tem a irritante tendência de girar junto com a chave de rodas…

Bem, para as rodas traseiras não foi tanto problema, pois bastou puxar o freio de mão – que bom que ele ainda estava instalado…

Já para as rodas dianteiras, convoquei meu fiel ajudante de todas as horas (meu fihote mais velho, agora com dez anos) e pedi para que simplesmente entrasse no carro e pisasse no freio enquanto eu afrouxava os parafusos – que bom que ele também ainda estava instalado…

Retiradas as rodas, passamos agora a ter pleno acesso aos eixos do veículo, bem como uma visão perfeita de seu freio a disco dianteiro e o de tambor, traseiro.

Tirando o pó

Tá bom, vamos combinar: sou um tratante.

Estou em falta para os quase 4,5 leitores que costumavam passar por aqui.

Mas tudo foi questão de ano novo, vida nova, mesmo trabalho, novas funções… E olha que estou falando de 2009!

Mas, enfim, precisamos tirar o pó de nossa operação (sim, já compartilho essa experiência da reforma como nossa). A última notícia que dei acerca do 79 foi de fevereiro, pouco depois de efetuar a troca de motores. Dez meses sem mexer no pobre coitado!

De lá para cá tentei me convencer que não fiz nada porque estava aguardando a oportunidade de encaminhar o Opala para o pintor. Primeiro porque não tinha dinheiro, depois porque ele estava enrolado com veículos em sua oficina e, por último, porque não havia espaço lá em função de uma pequena reforma.

Ledo engano.

Ou melhor, como diria um grande amigo meu, filósofo de botequim: auto engano.

Se eu realmente quisesse já poderia ter dado um encaminhamento e uma solução para isso. Tanto o é que, de fevereiro pra cá, a frota Chevrolata daqui de casa já se alterou não só por uma, mas por duas vezes – tendo havido até mesmo um estranho de duas rodas no ninho. Ou seja, sou obrigado a reconhecer – para meu sincero desgosto pessoal – que a coisa toda ficou meio largada, mesmo.

Aliás, a bem da verdade, tenho que reconhecer também que a última vez que efetivamente coloquei a mão na massa mesmo foi em abril de 2008!

MEU DEUS!

Acho que nem eu tinha noção!

Quase dois anos de absolutamente NADA feito!

Enfim.

Chegou a hora de acabar com a vagabundagem.

Seguem as fotos do atual estado da vítima do veículo e que – COM CERTEZA – terá sua reforma retomada AINDA ESTE ANO.


Uma panorâmica, com a nova viatura lá no fundo, o carro da Dona Patroa no canto direito e a motoca à esquerda.


De outro ângulo, mais isolado.


A traseira do carro com as linhas que lhe dão o charme especial de ser um Opala.


Detalhe da frente que a besta que vos escreve permitiu que enferrujasse.


Vamos combinar: é de fuder. Aqui também deixei enferrujar a esse ponto…


O cofre – parte I.


O cofre – parte II.


O cofre – parte III.


Interior – parte I.


Interior – parte II.


Interior – parte III.


Interior – parte IV.


A traseira em detalhe.


O porta-malas em detalhe.


Até mesmo a organização que eu tinha feito aqui já virou essa zona aí de cima…

Enfim, preciso criar vergonha. Aliás, quero crer que criei. A retomada novamente – e mais uma vez – recomeça agora com essas fotos e vai continuar pelo menos com alguma intervenção por semana, haja o que hajar

Me aguardem!

Motorizando – parte VII

Bom… Novas alterações na Família Chevrolata!

O nosso bom amiguinho, o Chevette 90, partiu…

Não, nada de acidentes – apenas um já basta por uma vida!

Ainda que a intenção original fosse vender a Caveirinha, foi o Chevette que acabou sendo vendido. Nem caro, nem barato. O justo, creio eu.

E quem veio tomar seu lugar foi um – adivinhem? – Opala!

Desta vez um Comodoro 89, modelo 90, da mesma cor do Chevette, quatro portas, vidros elétricos, direção hidráulica, etc, etc, etc. Só não tem ar condicionado…

Sem maiores delongas, eis as imagens (depois eu conto os detalhes de mais essa doideira – inclusive a reação da Dona Patroa).

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Sexta-fotos

É com pesar que somente hoje atualizo este blog…

… pois a última foto que estava ali realmente ficou UÓTIMA!!! 😈

Brincadeiras à parte, essas fotos a seguir são do Opala 74 do amigo virtual José Nunes (sim, recebi o e-mail e estava devendo publicá-las por aqui).

Reparem o zelo com que o caboclo cuida do carro. Com direito a capa e tudo o mais. As rodas são de tirar o fôlego, os bancos nota dez e os detalhes – ah, os detalhes…

Enfim, isso não é só rasgação de seda, não. É a mais pura inveja (mas da boa, ok?). O feliz proprietário dessa maravilha sobre quatro rodas está sinceramente de parabéns!

“Enquanto isso, na Sala da Justiça…”

Já tem umas duas semanas que era para eu ter retomado com fé as obras opalísticas d’A Lenda. Mas a coluna arruinou (véio é foda).

Então, paciência meu povo…