Bem documentado

Quase ia me esquecendo: hoje FINALMENTE peguei a documentação do carro lá no CIRETRAN. Agora sou oficialmente dono de um “GM/Opala Luxo” 1976 – devidamente no meu nome, sem IPVA a pagar (mais de 20 anos de idade) e já licenciado para 2008. É que, no caso do 79, quando o comprei tinha tanta coisa para fazer, mas TANTA coisa para fazer, que resolvi encarar o pagamento das multas por atraso na documentação em vez de gastar tubos de dinheiro deixando-o apto a passar na vistoria (como fiz com esse).

Só falta um último detalhe no tocante à documentação: trocar a tarjeta do município, pois nele ainda está a da terrinha de onde veio, ou seja, Heliodora, MG…

Desportaluvando

Carro velho tem barulho.

Isso é FATO.

Todo e qualquer carro na faixa dos “inte” ou “inta” anos de uso tem barulho, certo?

DESCONCORDO.

O melhor exemplo que tenho disso é a boa e velha Variant do Seo Bento (vulgo meu Pai). Já tem seus 34 anos não só de idade mas também de efetivo uso no dia-a-dia e funciona como um relógio. Tudo firme. Tudo no lugar.

Desse modo aquele tréque-tréque-tréque que eu até já estava me acostumando quando andava com o Titanic II vai ter que acabar. O primeiro passo é fixar corretamente o painel, pois estão faltando parafusos e o danado está solto. Sim, totalmente solto.

Os parafusos de cima são fáceis. Bastou arranjar um de cabeça larga e colocar no lugar. Eles ficam meio que escondidos da linha de visão tanto do motorista quanto dos passageiros.


Um dos parafusos, logo acima do controle de ar

O perrengue são os parafusos de baixo. Como foi meu pai que desmontou essa parte do Opala 79 eu acabei não acompanhando como ele era afixado em baixo. Fui tateando, tateando, elucubrando, pensando, até que cheguei a uma conclusão: só podem ficar ATRÁS dos botões do painel (limpador de pára-brisa e faróis).

E daí? Como tirar?

Fácil.

Basta colocar a mão por trás do painel e empurrar o botão. Não se preocupe. Não dá choque nem espeta. Tá, espeta um pouco. Mas dá para sobreviver. Dessa maneira teremos acesso ao parafuso que prende a parte inferior do painel.


O botão, depois de empurrado, e o parafuso “oculto”

Devidamente preso na lata (como deveria estar desde o início), até a aparência do painel ficou melhorzinha…


O painel devidamente afixado

Acontece que o lado do porta-luvas também está todo meio que solto. Comecei a desmontar e – qual minha surpresa – começou a sair por pedaços. Isso é, até o último pedaço, da entrada de ar, que simplesmente não saía.

Bem, todos os parafusos foram retirados – disso eu tinha certeza. A maior parte fica dentro do próprio porta-luvas. Então aquele pedaço só poderia estar encaixado. BEM encaixado. Com muito jeito, tato (até de modo a não quebrar ainda mais) e um pouco de força bruta, foi possível ir tirando-o pouco a pouco. É que, como ele também vai encaixado na lataria, havia um excesso de cola ou outro material qualquer que estava dificultando a coisa. Aliás, um detalhe que eu não havia me tocado antes: está faltando a mangueira que liga a entrada de ar ao painel. Paciência. Mais tarde vejo isso.


O porta-luvas sem o porta-luvas

Agora preciso bolar uma maneira relativamente “inteligente” de fazer o reparo. Simplesmente arrebitar com uma chapa fina não vai dar, pois tem partes que ficarão à mostra. Terei que usar uma cola que seja rígida o suficiente para que não se solte e, concomitantemente, que seja flexível o suficiente para não quebrar com a trepidação do carro…


O porta-luvas inteiro (pero no mucho…)

Cansado de bater na bateria

Confesso, joguei a toalha. Depois de tantas desventuras com a bateria do carro e – no final – ainda não ter dado plenamente certo, acabei comprando uma bateria nova.

DUZENTOS E TRINTA E NOVE CONTOS!!!!

Caceta, quando foi que subiu assim o preço das coisas? Lembro-me vagamente de já ter comprado uma bateria, num hipermercado mesmo, por cerca de um quarto desse valor. Ou menos.

Bão, nada será perdido, pois até onde pude perceber a bateria que veio originalmente no 76 não está MESMO segurando carga e a do 79 bastará dar uma boa carga lenta para funcionar perfeitamente (aliás, como já estava funcionando antes). Desse modo, quando da futura “transfusão”de motores, nada será criado, nada será perdido, tudo será trocado

Aliás, crianças, informação técnica relevante (???): segundo consta no manual de instruções que veio com a bateria nova (sim, sou um alienígena, pois eu SEMPRE leio todos os manuais ANTES de começar uma instalação), após fixar a bateria no suporte “conectar sempre primeiro o cabo positivo no borne positivo da bateria e posteriormente o negativo; para retirar a bateria, efetuar o processo inverso, ou seja, desconectar primeiro o cabo negativo e posteriormente o positivo, desta forma evita-se o faiscamento nestar operações”.

Tá.

A uma: eu não sabia que aquele perrenguezinho onde prende o cabo da bateria se chamava borne.

A duas: só AGORA que me avisam que tem um procedimento específico pra isso? Uma ordem certa? Depois que eu coloquei e tirei as baterias de ambos os carros trocentas vezes? E, diga-se de passagem, sem nenhum “faiscamento”?

Mistééééério…

Carga Lenta x Carga Rápida

E eis que AINDA estou tendo problemas com a partida do carro. A minha sorte é que ele está tão bem reguladinho que pega com qualquer tranquinho de descer a calçada. Mas – caramba! – NÃO tem que ser assim…

A questão é que tudo indica que a bateria não está “segurando carga”, ou seja, ela até recebe a carga enviada pelo alternador, mas não consegue manter os níveis mínimos necessários para fazer o motor girar.

Assim, em mais um ato de pleno canibalismo (o motor de arranque ainda está no 76, lembram-se?), peguei a bateria do 79 – que, até onde me lembro, funcionava direitinho.

Problema: qual a carga dela depois de tanto tempo parada? Zero. Niente. Nada. Bulhufas.

Levei a danada lá no japonês da autoelétrica. “Carga rápida ou carga lenta?”, ele perguntou. Como a carga lenta demoraria 24 horas, mas por ser sábado, antevéspera de feriado, eu não veria a cor da bateria carregada tão cedo, resolvi pela carga rápida.

Umas três horas (e duas cervejas) depois voltei para pegar a bateria. Fui pra casa, troquei as danadas e… nhén…. nhén… nhén…

Dava sinal mas não tinha força suficiente para girar o motor. Pelo jeito vou ter que ficar mais algum tempo dando tranco no carro ou fazendo chupeta (odeio a conotação sexual dessa palavra – pelo menos quando sou EU quem falo) até ela atingir plena carga, o que só vai acontecer com o carro rodando por aí.

Ou seja, caso algum dia você, leitor, tenha algum problema desse tipo, não faça como o Jamanta aqui – escolha pela carga lenta, certo?

Ah… Paciência, paciência, paciência… Essa – com certeza – é a principal ferramenta de trabalho de quem se dispõe a ter um carro antigo, qualquer que seja…

Cavaleteando

Depois do que eu já havia feito aqui, como isso estava começando a marcar os pneus, resolvi criar vergonha na cara e comprar – dentre outras ferramentas – alguns cavaletes para dar uma boa sustentação ao bichinho…

Bem, basicamente existem dois tipos de cavaletes: um que vai até duas toneladas, para a maioria dos carros, e outro – mais reforçado – para caminhonetes e afins.

Como a diferença de preço entre um e outro era de apenas cinco contos de réis, não tive dúvidas: que venha o reforçado!

Garanto-lhes: como dá pra perceber nas fotos abaixo, fica MUITO mais fácil de trabalhar com o carro numa boa altura…

Questão de consumo – parte IV

Vamos a mais uma medição.

Abasteci ontem. Marquei direitinho. Foram R$89,00, correspondentes a 38,22 litros de gasolina. Como? Qual a quilometragem? A besta que vos escreve esqueceu de anotar!!!

Desse modo, num pleno exercício da inexata ciência da chutologia, deduzi 15km do que estava no mostrador – que é aproximadamente a distância entre o trabalho e a minha casa. O posto fica ali perto e também precisei dar umas voltas antes de voltar ao lar. Isso nos dá uns 47.532 quilômetros.

Assim, creio que rodei 206 quilômetros com 38,22 litros de gasolina, o que nos dá uma marca aproximada de 5,39km/l.

Como a última marca foi de 4,96km/l, como a diferença entre uma e outra é grande e como eu pisei na bola na hora de anotar corretamente, vou completar o tanque hoje e começar tudo de novo.

Merda.

Sexta-fotos VIII

Pois bem, como eu havia prometido, eis as fotos do Titanic II.

De todos os ângulos para não deixar nada de fora. Particularmente gostei bastante das calotas dele. Só nunca entendi o porquê colocaram aquela forração de quarto de motel barato lá no porta-malas. E, antes que eu me esqueça, três detalhes: o motorzão seis canecos que tem funcionado redondinho, o aperto de 1,5cm de cada lado do retrovisor para colocar o carro dentro da garagem e, por último, a Lua, a nossa gatinha preta (com mais de 12 anos) que adora dormir sobre o capô do carro quando o motor ainda está quente…