Colocando na ponta do lápis

Sim, eu sei que tenho andado meio sumido, mas – como sempre – meu trabalho tem exigido muito de mim. E a tendência é só piorar…

Como tenho chegado em casa bem tarde acaba ficando difícil ter ânimo para entrar no esquema de trabalho pesado eu vou sempre deixando “para o dia seguinte”. Mas, sou taurino, teimoso, turrão, brasileiro E NÃO DESISTO NUNCA!!!

😀

Assim, enquanto não voltamos completamente à ativa e como uma burocraciazinha básica sempre é necessária, resolvi dar uma acertada num lado em que não temos falado muito por aqui. Ou melhor, NADA. Quanto está saindo essa brincadeira?

Afinal, tudo na vida tem limites. Inclusive o cheque especial…

Procurando não deixar nada de fora montei uma planilhazinha para computar todos os meus gastos com o Opala e – ressalvados itens como combustível, óleo e afins – fui colocando absolutamente tudo que já paguei nessa reforma. Por enquanto temos as categorias Peças, Peças Usadas, Mão-de-Obra, Peças + Mão-de-Obra e Material de Consumo. Nesse último item entram aqueles gastos até bestas mas que, se somados, podem ter um valor significativo no final. Coisas como estopas, lixas, tinta, etc.

Pois bem, montei a tal da planilha no BrOffice.Calc (não trabalhamos com Micro$oft) e usando um editorzinho básico de HTML (Kompozer) montei uma página que irei atualizando conforme se dêem os novos gastos.

Essa página com o orçamento está bem aí do lado na “janelinha” Quanto gastei? sob o título Orçamento do Opala.

E, doravante, vamos somando. Só quero ver onde é que vai parar esse valor…

Para os mecânicos de fim-de-semana (como eu)

Fuçando na Internet para pegar algumas definições me deparei com um link bastante interessante. Não sei de onde o caboclo puxou boa parte das informações (principalmente aquelas constantes nas “imagens explodidas”), mas – apesar de alguns errinhos básicos de português – dá pra se divertir (e aprender) bastante com o site. Trata-se da Bíblia do Carro, conforme descrito pelos autores:

O portal Oficina e Cia juntamente com o Carro e Cia, tem o prazer de apresentar mais um site voltado a você, que é apaixonado por automóvel. “Bíblia do Carro” é o endereço onde você encontrará o livro eletrônico “Como Funciona”, o mais completo guia sobre automóvel já disponibilizado na Internet! “.

Independente do modelo e da marca do automóvel, “Como Funciona”, explica os princípios do funcionamento do automóvel de uma forma simples e objetiva.

Para compreender facilmente a mecânica de um automóvel, o escritor de “Como Funciona”, dividiu o automóvel em sete grupos: Motor, Transmissão, Freios, Sistema Elétrico, Direção, Suspensão e Carroceria.

Mais tabelas para a coleção

Roda do SS 72 do Shibunga

Bem, como já disse mais de uma vez – e para que não restem dúvidas – minha intenção não é necessariamente uma restauração, mas sim uma reforma do carro.

Não pretendo alterar (muito) suas características básicas, mas há que se ter algum conforto bem como melhorar sua estética de acordo com os conceitos de beleza que tenho em mente. Por exemplo: sou fã incondicional da linha SS dos Opalas, e, ainda que este não seja necessariamente um representante original da categoria, por que não deixá-lo no mesmo estilo?

E uma das coisas que tem um quê de maravilhoso no SS é o desenho de suas rodas. Sei que existem variações e muitas sequer vieram de fábrica, mas no devido tempo é uma das coisas que pretendo trocar.

Com receio de que pudesse haver algum “equívoco” quando dessa futura troca, desde já tenho tentado me prevenir estudando um pouco sobre o assunto. Dessa forma encontrei uma tabela bem bacaninha, a qual disponibilizei na seção Jogado no Assoalho aí do lado para futura referência. Trata-se de uma tabela de furação de roda, que pode vir a ser bastante útil tanto para mim quanto para os demais aficionados…

De volta ao reduto

Ainda que com uma semana de atraso eu e meu pai montamos a “Operação Volta pra Casa”.

Há que se lembrar que o carro está totalmente “depenado”. Além da própria lataria, permanece o motor, rodas, suspensão, freios e – quando muito – o banco do motorista. Nada de vidros, faróis, lanternas, setas, estofamento, nada vezes nada.

Ou seja, o “correto” seria rebocar o carro até em casa (que fica exatamente do outro lado da cidade). Mas chegamos à conclusão que o carro poderia ir por si próprio, afinal de contas está com o motor funcionando perfeitamente.

Resolvemos o seguinte: ele iria com seu carro (uma boa e velha e conservadíssima Variant 74) exatamente à minha frente e carregando uma corda. Caso algum policial nos parasse no meio do caminho, aguentaríamos a bronca e simplesmente amarraríamos um carro no outro até chegar em casa.

Com essa combinação saímos da casa de meu pai, na zona norte da cidade, lá pelas sete da manhã – horário escolhido por ter pouquíssimo movimento nas ruas numa manhã de domingo. E dali nos dirigimos até em casa, na zona sul.

Mais ou menos no meio do caminho tem uma bela duma reta, conhecida como Avenida do Vidoca (sendo esse Vidoca um ribeirão poluído que corta aquele trecho). Com um certo aperto no coração, quando chegamos nesse trecho, a cerca de 60km/h, resolvi largar a direção para “checar” o alinhamento do carro.

Afinal, depois de tanta solda (aproximadamente 5kg só de varetas – fora os vários tubos de oxigênio e acetileno), achei impossível que restasse alguma coisa certa no carro.

SURPRESA, SURPRESA!!!

O carro seguiu em perfeita linha reta. Direitinho. Nem um pouco à esquerda ou à direita.

Fiquei total e completamente pasmo!!!

Aliás, apesar do vento que me fustigava a face (estávamos sem o pára-brisa, lembram?), acho que foi a primeira vez que andei com o carro de uma forma tão silenciosa. Não tinha absolutamente nada batendo ou chacoalhando, como de praxe.

Com uma ponta de orgulho pelo trabalho extremamente bem feito (pelo meu pai), garanto que meu coração ficou bem mais leve e animado para dar continuidade à reforma…

Basta, agora, conciliar meus horários malucos do trabalho com a disponibilidade para minhas tarefas na lataria do carro.

Despedindo-se da oficina do Seu Bento

Estas são as últimas cenas na oficina do Seu Bento. No próximo final de semana devo levar o carro para dar continuidade aos serviços em casa mesmo. Toda a parte de solda está concluída e agora ele passou a apenas ocupar espaço (e que espaço!) no fundo da casa de meu pai.

Como fiel escudeiro a quem compete dar um trato nas partes que foram soldadas, eis aqui a lateral esquerda do carro com o fundo devidamente aplicado. Ainda tem alguns pontos ali, bem próximo à roda, referente à solda elétrica que foi feita, mas esses vou deixar para depois.

A quina do pára-lama, bem na frente do carro, ainda vai precisar de um bom trato (como se todo o resto dele não precisasse…), mas por enquanto tenho me concentrado somente nos pontos que foram efetivamente soldados.

O pára-lama esquerdo já recebeu sua dose de fundo em toda a parte externa.

Mas, como se percebe, a parte interna ainda vai precisar de um bom trabalho. Como nem a faca, nem a mão, nem a lixa chegam lá, meu pai me emprestou uma escovinha de aço para ser acoplada na ponta da furadeira, o que vai permitir dar uma limpada categórica em toda essa ferrugem…

Uma leve massa para acompanhar…

Praticamente vinte dias se passaram desde as últimas notícias, mas é que as coisas têm sido meio devagar mesmo. O trabalho tem me consumido quase que totalmente, pois cuido da área de licitações em uma administração municipal – e só tem aparecido enroscos de grosso calibre ultimamente.

Nesse meio tempo tem ficado a cargo do Seu Bento (vulgo meu pai) o trato na barca…

Com a quase totalidade de soldas concluídas, resta agora dar início à “sintonia fina”. Ou seja, é a aplicação (novamente) de massa nos pontos deformados. Entretanto nada daquelas camadas de mais de um centímetro, como estava antes. A coisa agora já começa a ter contornos de uma verdadeira cirurgia plástica

Toda a lateral direita e parte dos vidros que também foram “vítimas” de solda tiveram sua cota de massa.

E aqui, a lateral esquerda, donde praticamente não se percebe mais os efeitos do ataque klingon sofrido pela nave…

Carro de prata II – a outra metade

É LÓGICO que não iríamos deixar somente a metade da traseira do carro pronta, certo?

Então, com todo o esmero que despendi na primeira metade, eis que também dei o mesmo “trato” na segunda metade (meio lógico isso, não – será que haveria uma terceira metade?)…

Como já disse antes, fica bonito que dá gosto!

Mas, como a intenção final é realmente pintar o carro, o fundo há que ser dado. E o foi, como podem ver acima. Mas não se iludam, pois ainda resta toda a parte interna para trabalhar, raspar, lixar e pintar!

No tocante à “redução” do pára-lamas, as fotos de ontem ficaram meio escuras, mas essa dá pra mostrar toda a extensão da coisa. Garanto-lhes que a precisão foi cirúrgica.

E precisamos nos lembrar que a lataria envolve mais que o corpo principal do carro, pois as portas também demandam cuidados. Cada pedaço de chapa foi recortado, moldado, adaptado e soldado no seu devido lugar.