Sessão nostalgia

Hoje pela manhã, num breve conversê com meu filhote mais velho, ele me contou sobre o sonho que teve… Não sei se por algum tipo de efeito do sempre presente Angry Birds, dizia respeito a envergar um bambu até o limite, colocá-lo na ponta e soltar, arremessando-o sabe-se lá pra onde!

O que fez este velho fóssil lembrar de um antigo comercial da TV (me segurei para não escrever “reclame”…), lá da primeira metade da década de noventa, o das simpáticas formiguinhas. Aliás, fez tanto sucesso na época que teve até sequência!

Alguém lembra?

 
Um detalhe: este segundo vídeo está com o som bem baixinho. Então aumente um pouquinho o volume de sua caixa de som. Vale a pena!

Fotosofando…

E o texto perfeito para acompanhar tão bela imagem surgiu somente no dia seguinte, parte final da crônica Instrumento da Alma, de autoria de Luciana Trinkel, que contou como começou a tocar seu violão, ainda lá em Minas, e como algo tão simples teve tanto efeito em sua vida…

De tudo, ao começar dizendo que toco instrumentos e contar a trajetória desses meus dons da musicalidade e da teimosia, digo que é mesmo uma delícia ouvir a música que se consegue produzir, mas acho que devo falar de algo bem mais incrível e, paradoxalmente, mais fácil: ser instrumento. Do bem, do Amor, da Paz, do Perdão. Deixar-se tocar por Deus, ser melodia de emoções reais.

Aplauso é legal, mesmo de meia-dúzia de pessoas, mas promover um sorriso ou enxugar a lágrima de alguém é infinitamente mais harmonioso. Ser do bem é ter o ritmo da alegria. Fazer o bem é dançar valsa em nuvens, ou, no meu caso, um bom samba na laje. Se você não toca nada, deixe-se tocar. Não precisamos ser barulho no mundo. Penso que tocar um instrumento é dar alma pra música e ser instrumento é fazê-la cantar. Sugiro, então buscarmos a melodia da vida para ser e o silêncio de ser pra viver.

O que sobra é plateia e multidão.

Procura-se

Procura-se um caderninho azul escrito a lápis e tinta e sangue, suor e lágrimas, com setenta por cento de endereços caducos e cancelados e telefones retirados e, portanto, absolutamente necessários e urgentes e irreconstituíveis. Procura-se e talvez não se queira achar, um caderninho azul com um passado cinzento e confuso de um homem triste e vulgar… Procura-se, e talvez não se queira achar.

Rubem Braga