A História da História em Quadrinhos

História em quadrinhos… quando será que ela começou? com a primeira história do Donald? Ou do Mickey? Não, muito antes, amigos… na era das cavernas!

Já na Pré-História o homem primitivo desenhava, nas paredes das cavernas em que morava, cenas de sua própria vida: homens armados de lança, correndo atrás de um bisonte. Eram desenhos contando uma história, a história de suas caçadas. Assim começaram as histórias em quadrinhos.

Muito tempo depois, no Egito, sua escrita, os hieróglifos, já eram uma mistura de letras e desenhos em continuação. Os monumentos egípcios trazidos pelo Império Romano – como a “Coluna de Trajano” – mostram, numa sucessão de desenhos feitos numa coluna de pedra, como o faraó construiu uma pirâmide para seu túmulo, glorificando seu governo. Essa historieta começa lá em cima e vem se desenvolvendo até embaixo.

A história em quadrinhos – ou comics, nos Estados Unidos, bande dessinée, na França, fumetti na Itália – surgiu, tal como a conhecemos hoje, com a invenção da imprensa.

Os primeiros jornais quase que só traziam texto; as ilustrações eram raras. O desenho era incluído ocasionalmente nos artigos e havia três tipos de ilustração: a caricatura, o desenho de um objeto ou retrado de uma pessoa e o que reproduzia, de maneira realista, o acontecimento descrito no texto.

A caricatura era quase sempre de caráter político, refletia a opinião do jornal sobre personalidades famosas ou fatos históricos.

A ilustração das reportagens ou narrativas reproduzia sempre o que estava contado no texto.

Quando a fotografia foi inventada, essa técnica antiga foi inteiramente modificada. em 1886, o fotógrafo Nadar, do jornal francês Le Figaro, sugeriu que as fotos do seu entrevistado fossem montadas na primeira página do jornal, numa série de instantâneos. Era a dinamização da imagem ao lado do texto que se iniciava.

Os editores de jornais americanos começaram a notar que o público preferia os textos com imagens. As duas maiores empresas jornalísticas eram lideradas por Pulitzer e Hearst, nos fins do século XIX. Foi Pulitzer o primeiro a dar oportunidade a um desenhista de quadrinhos. Chamava-se Richard Outcault, e passou a apresentar (no jornal World), The Yellow Kid (O Garoto Amarelo).

As aventuras desse personagem eram mostradas por meio de desenhos em quadros sucessivos. O que mais sensação causou foi o aparecimento do texto dentro da própria imagem, circundado por um traço que se fechava apontando para a boca do personagem. Esse artista lançava, assim, em 1896, uma das técnicas fundamentais da história em quadrinhos: o “balão”.

Hoje a história em quadrinhos tomou conta do mundo inteiro e não só diverte crianças, jovens e adultos, mas também é estudada nos cursos de comunicação, ela que é um poderoso meio de comunicação pela imagem-texto.

Algumas curiosidades sobre as histórias em quadrinhos:

– Lee Falk foi o criador do Fantasma e Mandrake, e um dos maiores roteiristas (escritor de histórias em quadrinhos) à sua época;

– Os Sobrinhos do Capitão são os mais antigos personagens que ainda saem em revistas;

– Alex Raymond, criador de Flash Gordon, foi considerado o maior desenhista de quadrinhos de seu tempo pela beleza de seu traço;

– Al Capp, o criador de Li’l Abner (Ferdinando), o maior humorista;

– Milton Caniff (Terry e os Piratas) e Will Eisner (Spirit), os maiores estilistas;

– Walt Disney, por sua vez, criou a maior galeria de personagens, começando pelo Mickey, Donald e outros.

  (Publicado originalmente em algum dos sites gratuitos que armazenavam o e-zine CTRL-C)

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