Dicas para comprar uma câmera digital

Recentemente uma amiga, vendo minha câmera digital, me perguntou como faria para escolher uma para ela. Bem, não a respondi naquele momento pois os critérios são muitos… Eu mesmo levei um bom tempo me informando sobre o que são e como funcionam essas câmeras até que reuni informações (+ coragem + dinheiro) suficientes para comprar uma. No melhor estilo Ctrl-C/Ctrl-V, a seguir coloco algumas orientações e esclarecimentos que podem ajudar.

Em primeiríssimo lugar: não tenha dúvidas que, por mais moderna que seja sua câmera, ela estará OBSOLETA em poucos meses. É a síndrome da tecnologia. O que você compra hoje amanhã já é velharia. Porém, com um pouco de bom senso, dá pra perceber que as coisas não são bem assim. Até hoje trabalho num P-100 que me atende plenamente em meu dia-a-dia. Sim, é verdade que tenho um outro computador beeeem turbinado para outras brincadeiras específicas, mas isso não vem ao caso…

Isso não quer dizer que seria o caso de comprar qualquer uma e dar-se por contente. “Quem compra uma câmera muito básica pode ter um equipamento obsoleto em poucos meses”. Então vamos analisar o que seria necessário para estender um pouco essa pseudo-obsolescência para um prazo maior.

As características técnicas enganam muito e escolher uma máquina pensando apenas no PREÇO nem sempre é uma boa alternativa. Máquinas muito simples, geralmente, não oferecem altas resoluções de imagem e são mais indicadas para quem quer publicar imagens na Internet ou então guardar as fotos no computador. Mas se você quiser um pouco mais de qualidade, trabalhar com as imagens, ou mesmo mandar para um bureau fotográfico (alguém ainda usa esse termo?) para revelar como se fosse uma foto normal, bem, então precisará de uma máquina mais potente.

Um item essencial é a tela de cristal líquido (LCD). Com o visor de LCD, o usuário pode conferir imediatamente se a foto tirada ficou do jeito que queria. Caso a imagem tenha ficado ruim, é possível apagá-la e bater outra foto de imediato.

E, ainda, essa tela deve ser do tipo REFLEX, ou seja, o que se vê no visor é EXATAMENTE o que sai na foto. Câmeras que não são do tipo Reflex podem ocasionar fotos com o efeito paralaxe, isto é, a imagem final sai deslocada em relação ao que se pretendia.

De se destacar que o sistema operacional deverá ser compatível com o software que acompanha a câmera, para que se possa efetuar o download das fotos (baixar para o computador). O ideal é que possua diversas possibilidades, tais como Windows 98, Windows 2000, Windows XP, ou até mesmo Linux.

Alguns conceitos acerca de RESOLUÇÃO:

Para imprimir fotos no tamanho 10 x 15cm (tamanho padrão de uma foto), a câmera deve ter resolução de pelo menos 2 megapixels.

Pixel: elemento da construção de todas as imagens digitais.

Resolução da imagem: o número de pixels que compõem uma imagem digital (definido por pixels de altura por pixels de largura).

MegaPixel (MP): um milhão de pixels/imagem (1.000 x 1.000 pixels = 1 milhão).

Contagem de pixels: quanto mais pixels capturar, mais detalhada será a imagem. Para imprimir as fotos, uma regra básica é:

– pelo menos 1 MP para 13x18cm;
– pelo menos 2 MP para 20x25cm; e
– pelo menos 3 MP para 28x36cm.

No caso de utilização de impresseoras, usar impressora fotográfica com, pelo menos, 1.200 DPI.

Sobre FUNÇÃO MACRO: Não é essencial para a câmera, porém esse recurso auxilia muito para fotos de documentos, por exemplo. É uma função que permite fotos com aproximação de até 4cm.

FUNÇÃO BSS (Best Shot Selection): É um recurso que, ao se manter pressionado o botão de disparo, tira automaticamente cerca de dez fotos seguidas, selecionando a melhor.

Acerca de COMPRESSÃO:

– Pró: capaz de acomodar mais imagens em um cartão de armazenamento pela redução do tamanho do arquivo por meio de compressão através de software.

– Contra: reduz o tamanho do arquivo fazendo a média dos valores da cena, eliminando desta maneira informações valiosas da imagem.

Ou seja, COMPRIMIR = perder informação valiosa.

ZOOM DIGITAL X ZOOM ÓPTICO:

Quem quer esse recurso de zoom deve se preocupar com o zoom óptico. Essa aproximação é obtida a partir das lentes da câmera, o que garante uma qualidade melhor nas fotos. Ou seja, é o zoom “verdadeiro” obtido através da capacidade “mecânica” da camêra.

Já o zoom digital é conseguido por meio de um programa, prejudicando a imagem em casos onde o nível de aproximação é alto. O zoom óptico (o outro) encarece bem o custo do equipamento.

Zoom óptico – permite que você se aproxime e componha a cena, conservando a qualidade da imagem. Um zoom óptico funciona da mesma maneira que uma lente zoom tradicional. A óptica conserva a qualidade em toda a extensão do zoom da lente.

Zoom digital – oferece a flexibilidade de compor antes de tirar a foto. Não tem partes móveis. O zoom é feito usando o software da câmera. No entanto o zoom digital pode limitar o tamanho final da impressão. Uma câmera de 2 MP é capaz de produzir uma impressão 20×25 cm sem zoom. Usando do zoom digital em 2X, o maior tamanho de impressão de boa qualidade será de aproximadamente 9x13cm.

MEMÓRIA:

A maioria das máquinas usa memória interna para guardar as fotos. Recomenda-se modelos que possam ter sua capacidade de armazenamento expandida com cartões de memórias externos. Sem esse recurso, o usuário fica limitado. É como ficar sem filme. O ideal é ter um cartão de 128 megabytes.

Há três tipos de cartões de memória disponíveis: Compact Flash, Smart Media e o Memory Stick. As memórias Compact Flash e Smart Media são compatíveis com diversos modelos de câmeras digitais. Essa compatibilidade PESA na hora de trocar de câmera, pois, dependendo do modelo escolhido, pode ser preciso comprar um novo cartão de memória. Já o Memory Stick é fabricado pela Sony e só funciona com produtos desenvolvidos pela empresa japonesa.

SmartMedia – É um cartão pequeno e fino, com 4,5 cm de comprimento e menos de 1 mm de espessura, desenvolvido originalmente pela Toshiba. Armazena de 2 Mbytes a 128 Mbytes e é utilizado por câmeras simples.

Compact Flash – Foi desenvolvido em 1994 pela Sandisk e tem um circuito de memória flash e um chip de controle. É um cartão mais robusto, que pode armazenar até 4 Gbytes.

Memory Stick – Desenvolvido pela Sony, com capacidade que varia de 16 Mbytes a 256 Mbytes; o Memory Stick Pro chega a guardar até 1 Gbyte, com taxa de transferência de até 15 Mbytes por segundo.

SD – Desenvolvido pela Panasonic, Toshiba e Sandisk, pode ser usado em câmeras digitais e outros equipamentos eletrônicos. Armazena de 8 Mbytes a 512 Mbytes.

MMC – Cartão multimídia que pode ser usado em vários equipamentos eletrônicos, além de câmeras digitais. Tem capacidade de 32 Mbytes a 128 Mbytes.

xD-Picture Card – Desenvolvido pela Fuji e Olympus, tende a substituir o SmartMedia; no futuro, poderá armazenar até 8 Gbytes, com velocidade de gravação de até 5 Mbytes por segundo; hoje guarda de 16 Mbytes a 128 Mbytes.

Com tudo isso, fiz uma relação dos itens necessários para uma câmera que ME serviria. Tela LCD com efeito Reflex, zoom óptico (de, no mínimo, 3x) E digital, efeito macro, cartão de memória de 128 Mb, e outras perfumarias de menor importância. Com tudo isso, numa loja onde haviam centenas de câmeras, o vendedor me trouxe apenas duas. Daí bastou seguir o último conselho:

Certifique-se de que o equipamento seja de uma marca que exista GARANTIA NO PAÍS…

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *