Outra. Noite. QUENTE!
E já que falávamos de memória e viagem ao passado…
Existe uma série de procedimentos para relaxamento e meditação que, de quando em quando, utilizo para dormir. Com isso, com apenas três ou quatro horas de sono, consigo recuperar forças, energia e disposição para o dia seguinte. Seria algo como passar direto pra fase do sono profundo logo que se deita, “pulando” etapas e repousando de verdade.
E curiosamente – não me perguntem o porquê – lembrei-me da pessoa com a qual aprendi a primeira fase disso, o relaxamento.
Eu deveria ter uns treze anos e meu irmão mais velho, hoje respeitável engenheiro poliglota em uma multinacional de Curitiba, na época – se não me falha a memória – estava enfiado em uma comunidade alternativa no interior do Rio de Janeiro. E eis que, do nada, ele aparece com duas ripongas na casa de meus pais: uma alta e loira, fissurada por mapas astrais, e outra, adepta da meditação transcedental, mais baixinha e gordinha, de pele muito branca, profundos olhos verdes e cabelos pretos e curtos. E é tudo que me lembro dela – juro, Mi… AI!
Mas, bem no estilo da música Eduardo e Mônica, apesar da diferença de idade tivemos um pseudo-namorico, e, no curto período em que ficou em casa, ela me ensinou algumas técnicas de relaxamento que nunca mais esqueci – e que acabei combinando com outras esoterices (???) que aprendi mais tarde.
Mas por que mesmo eu estou falando sobre isso? Sei lá… devaneios, eu acho, de mais uma noite quente de inverno.
Aliás, pra não passar em branco, semana passada aprendi uma nova. E, segundo uma grande amiga, toda vez que se aprende algo novo deve-se utilizar pelo menos três vezes para nunca mais esquecer. Na quinta passada foi comemorado o aniversário de uma colega de trabalho, sendo que houve comparecimento quase total do povo. Eu, pianinho como sou, e antes que virasse abóbora (ou pasta de), puxei o carro lá pelas dez e tantas, deixando a balbúrdia etílica que se fez presente. Muita gente foi pra lá visando partir pro crime (e sei de alguns que realmente partiram), mas como já deixei essa praia há muito, o único lugar para o qual eu parti foi pra casa.
No dia seguinte… Bem, encontrei com a Fernanda, uma amiga que participou do massacre, e perguntei como foi o restante da noite. E ela: “IIIHHHH, cara. Cê nem imagina. Deu PT na Jose e no Ed. PERDA TOTAL. Até agora não chegaram.”
“Perda Total”. Achei ótima essa. Traduz bem o estrago que deve ter sido…
Aliás, a Fernanda é nossa artista de plantão. Ao saber do carinhoso apelido pelo qual tratamos nosso chefe – “Senhor Incrível” – ela providenciou a “arte” aí de baixo. Como, mesmo após ter pregado essa figura no lado de dentro da porta do chefe eu ainda continuo empregado, creio que ele se divertiu…
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