Embromation

Reclamou, reclamou… Agora aguenta a chuva…

Realmente esse negócio de PHP é divertido… Devagar (BEEEEEM DEVAGAR) estou aprendendo a mexer com esse bichinho… Ainda que seja uma ferramenta que permita dar mais dinamismo a um site, estou gostando de trabalhar com esses códigos encalacrados em HTML, pois gosto – também – de uma parte estática, na qual eu consiga ter domínio absoluto do que aparece na tela.

A quem interessar possa: a audiência de sábado foi tranquila. De verdade. Não estou sendo irônico. Mais de duzentas pessoas e nenhum agitador! Os raríssimos problemas que surgiram acabaram sendo de ordem pessoal, cujo tempo certamente vai cuidar de cicatrizar.

Mas algumas das questões que, na ocasião, me atormentavam a alma já foram em parte resolvidas. Ainda que Nicolau Maclavellus tenha escrito sua obra máxima por volta de 1513, ela ainda continua atualíssima. E como.

Agora, com um pouco de sorte e paciência, creio que minha vida deve começar a voltar aos eixos. As maiores batalhas já foram – praticamente – resolvidas, restando apenas algumas lapidações a serem feitas em alguns trabalhos a entregar. Alguns prazos a cumprir, o que, É LÓGICO, vai ficar para o último momento do último minuto da última hora do último dia. Nada de diferente do que ocorre na vida de qualquer advogado.

E, ante a inefastável certeza de que não adianta espremer a cabeça para ver se sai algum sumo literário, considerando que a embromação definitivamente não é meu forte, posto que prefiro ao menos tentar escrever algo de útil ou no mínimo aproveitável para quem passa por aqui, despeço-me por hoje.

Aliás, isso me lembrou uma boa anedota, típica da vida política…

“- Senhor Presidente, peço a palavra.

– Tem a palavra, nobre deputado.

– Tenho dito, Senhor Presidente.

– Como? Mas Vossa Excelência não disse nada!

– Disse “tenho dito”.

– Tenho dito o quê?

– O que tinha a dizer.

– Eu sei. Mas o que é que Vossa Excelência tinha a dizer?

– O que disse. Muito obrigado.

– Mas Vossa Excelência limitou-se a pedir a palavra…

– Exatamente, pedi a palavra. E desde que Vossa Excelência ma concedeu, eu vi que nada mais havia a dizer, a não ser o óbvio, gastando inutilmente o tempo precioso desta ilustre Assembléia com uma exploração mais ou menos demagógica de todas as implicações e consequências do simples fato, em si tão significativo, de eu haver pedido a palavra – o que prova que a palavra existe, e pode ser solicitada, requisitada, exigida – uma vez que Vossa Excelência mesmo, ao permitir que eu fizesse uso dela, reconheceu implicitamente não ser a palavra um mito divino, mas um instrumento de comunicação acessível à capacidade humana. Obtendo-a, podemos usá-la ou não, falar ou silenciar, e eu da minha parte, confesso que prefiro silenciar, mesmo porque estou meio rouco e com um pouco de dor de garganta mas de qualquer forma, sei que a palavra me foi concedida, e, assim sendo, não estou condenado à nudez. O resto depende de mim, da minha loquacidade ou da minha parcimônia verbal, da minha audácia ou de minha prudência, da minha coragem ou da minha covardia. Assumo a responsabilidade dos meus atos. Dependendo de mim mesmo – e não dos outros. A palavra existe. E eu peço a Vossa Excelência que mande consignar esse auspicioso acontecimento nos anais. Ainda uma vez, Senhor Presidente, tenho dito. E mais não direi”.

Exemplo significativo de quando se pode gastar as palavras, sem dizer absolutamente nada!

Tirinha do dia:
Desventuras de Hugo...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *