Comunicado aos desavisados: o link aí do lado sob o título “Opala Adventure” “Projeto 676” já está funcionando.
E nem adianta: por enquanto a falta de espaço para comentários é proposital…
Comunicado aos desavisados: o link aí do lado sob o título “Opala Adventure” “Projeto 676” já está funcionando.
E nem adianta: por enquanto a falta de espaço para comentários é proposital…
Tenho certeza que já ouviram – talvez mais de uma vez – velhos fósseis como eu narrando sobre a era pré-cataclísmica cambriana antes dos computadores…
Sim, pois essa coisa de “informação na ponta dos dedos” (dá-lhe Bill!) é recentíssima. Em termos info-evolucionários, ainda estamos engatinhando.
Mas estou me adiantando. Toda história se inicia no mesmo ponto: lá no começo.
E o começo de meu contato com computadores se deu bem no início da década de 80 – não me recordo bem (coisas da idade), creio que lá por 82 ou 83. E a fera tinha um nome: CP-500. Numa época onde as linguagens de programação que “importavam” para o mundo dos negócios eram o COBOL e o FORTRAN, aquela molecada aprendendo BASIC era uma inovação. Sim, BASIC, pois ainda não se falava em PCs e Sistema Operacional era uma coisa que simplesmente não existia. Os dados eram carregados no computador e nossos programas eram gravados em fitas cassete. Não, vocês não entenderam errado não, eram fitas K-7 mesmo – para que pudéssemos executar qualquer programa que tivéssemos escrito tínhamos que conectar um gravador (do tamanho de uma caixa de sabão em pó) no equipamento e carregar os dados. É LÓGICO que todo mundo ao menos uma vez já havia tentado colocar aquela bendita fita com dados no aparelho de som de casa (os chamados três-em-um) pra ver o que saía…
E o tempo passou. Fui acompanhando meio de longe a evolução da espécie, até que no final do ano de 1991 (quando descobri o que era palíndromo), mais por força da necessidade que da curiosidade voltei a ter contato direto com a vida virtual. Era um poderoso XT, com sua romântica tela verde, um drive para disquetes 5 1/4″ e – A-HA ! – tinha ainda um disco rígido de portentosos 10 Megabytes.
Aliás, os disquetes eram um caso à parte. O único disquete que eu havia visto antes era um enorme, de 8 polegadas, quando ainda trabalhava num banco. Já na época do XT, os disquetes de 1,44Mb ainda eram um sonho distante e os que usávamos armazenavam somente 360Kb – o suficiente para carregar um Sistema Operacional DOS 3.30 completo, mais um Wordstar para textos e dBase III Plus para dados. Planilhas precisavam de maior espaço, por isso o Lotus 1-2-3 ocupava um disquete inteiro. Já naquela época o que estava em voga era um programinha italiano que enganava o computador, elevando a capacidade do disquete para inimagináveis 800Kb! Ainda devo ter uma cópia dele perdida nas catacumbas do meu computador.
Mas o tempo foi passando, vieram os 386 com suas telas coloridas e co-processadores matemáticos (só pra quem rodava AutoCAD), bem como a coqueluche do momento: o Windows 3.11 – que rodava muito bem sobre o DOS 5.0.
E, em 1995 o que surgiu? O Windows 95, é claro, trazendo uma nova concepção para o mundo da informática. A multitarefa finalmente parecia que estava saindo dos livros e entrando na vida real. Também foi nesse período que tive meu primeiro contato com o Linux, mais especificamente uma das primeiras distribuições da Conectiva.
Naqueles tempos a Internet para o povão era só um mito, uma coisa que acontecia lá fora e sobre a qual líamos nas “revistas especializadas”. A solução caseira se dava através dos BBS, uma espécie de rede local via linha discada. Alás, a primeira placa de fax-modem a gente nunca esquece: era uma Zoltrix de velocíssimos 28.800 Kbps.
E então, no final de 1996, finalmente conheci a Internet. Havia acabado de me formar em Direito e o escritório no qual eu trabalhava resolveu assinar um pacote: míseros R$100,00 por uma hora de acesso no mês (fora a conta telefônica)! Uma verdadeira pechincha!
Mas os preços foram caindo e as possibilidades se ampliando e o tempo de conexão aumentando. E criei meu primeiro site lá pelo início de 1997. No começo era apenas uma coletânea de links jurídicos para o escritório, e que foi crescendo se multiplicando, passando a ter alguns textos, matérias e por aí afora. Já esteve hospedado nos mais diversos provedores, desde Geocities, Xoom, Iconet, UOL e outros que nem me recordo mais. Teve, também, diversas personalidades, tendo começado sem nome, mais tarde ganhando o título de “Ergaomnes”, se transformado em “Habeasdata”, até atingir a fase de agora: o “Legal”. Que traz em seu bojo um pouco de tudo pelo qual já passou. Ou melhor, já passei…
E já decorreram dez anos desde então. Milhares de pessoas já o visitaram nas suas mais variadas fases, mas posso apenas me reportar para aqueles que passaram por aqui no último ano e meio: quase nove mil visitas. É um número modesto, eu sei, mas esse interesse alheio pelas garatujas deste humilde escriba me deixa sinceramente feliz.
Assim, sobre o retrato mais antigo da versão mais antiga que consegui achar deste site em suas origens, com nossas taças virtuais de champanhe, brindemos o soprar das dez velinhas que comemoramos neste mês de janeiro!