Gravando DVDs – Widescreen (formato 16:9)

Confesso que deu trabalho.

Tudo começou com um filme baixado pelos torrents da vida e que estava em formato widescreen. É que o padrãozão que vemos por aí é 4:3, sendo que esse formato widescreen – que é o 16:9 – é o mesmo que encontramos nas grandes telas de cinema – digamos que “encompridado”…

O primeiro dilema: extensão RMVB.

Bastou dar uma fuçada básica na Internet e baixar (sempre trabalhando com os frees da vida) o programa Real Alternative. Executou perfeitamente o arquivo e na telinha do computador tudo ficou às mil maravilhas.

Só que a criançada também queria assistir.

E uma coisa é você assistir um filme sozinho no seu computador, outra – BEM DIFERENTE – é aninhar no seu minúsculo escritório três pequerruchos com seus 5, 7 e 10 anos para tentar assistir alguma coisa.

Inviável.

Nem tentei.

Melhor seria optar pelo Plano B

– Pódexá. O Papai* vai dar um jeito de passar isso para um DVD, ok? Daí assistiremos todos lá na sala!

Besta que eu sou.

Por que é que eu vivo prometendo essas coisas?

Enfim, aproveitando a calmaria do final de semana lá fui eu passar o filme para um DVD. Uso normalmente um programa simprão de tudo, o PowerProducer Gold, que veio com o leitor de CD/DVD, tem umas funçõezinhas básicas e grava DVDs sem maiores dores de cabeça.

Começou mal.

O programa sequer “enxergava” o arquivo com o filme.

– Ah, é lógico! Tem que estar num formato que ele “entenda”.

E lá vai o Dom Quixote que vos escreve fuçar novamente atrás de um conversor. Tenho certeza absoluta que já existe algum programa desse tipo perdido nas catacumbas do meu computador, mas, do jeito que está (des)organizado,  seria mais fácil achar algo na Internet que no meu próprio disco rígido. Assim resolvi ficar com o RMVB Converter, que não só converte arquivos RMVB para outros formatos, como também de outros formatos para outros formatos. Sei que parece confuso, mas até que é simples. Pra mim, pelo menos, é.

Beleza. Converti o arquivo para MPEG2 e voltei lá para o PowerProducer para gravar o DVD. Gravei. Sem menus, que é para não complicar. Fui checar. Deu merda.

O programa “esticou” a imagem. Transformou o filme em 4:3. E isso, dentre outras coisas, ainda implica na perda de qualidade do vídeo.

E como esse programa é, como eu já disse, simprão de tudo, não consegui encontrar nenhuma opção para alterar esse formato (ou ratio se preferirem). Então o negócio seria arranjar um programa que fizesse a coisa certa.

Fóruns de cá, fóruns de lá, Google, Yahoo, Baixaki, AltaVista, orações, promessas, ameaças, incenso, búzios, despachos, pactos de sangue… Só sei que deu trabalho para achar algo que fosse free e que efetivamente funcionasse. Testei pelo menos uns dez programas. Perdi uma meia dúzia de DVDs. Mas – ufa! – teve um que resolveu.

Trata-se do Express Burn.

Copia discos, grava CDs de áudio, de dados, DVDs, Blu-Ray, HD-DVD e sei lá que outros perrengues mais. Mas, além de tudo isso – e o que mais interessava – é que ele tem um botãozinho ali do lado, simplezinho de tudo: Aspect Ratio.

Indiquei a origem do filme (arquivo do computador), escolhi o formato widescreen e mandei gravar.

Demorado.

Levou pelo menos 2/3 do tempo de execução do filme para concluir a gravação.

Mas, pelo menos, parece que ficou bom.

Agora, se me dão licença, vou me reunir com o resto da criançada, lá na sala, com uma boa bacia de pipocas e curtir esse friozinho de domingo à tarde assistindo um bom (espero) filme…

* Perguntinha digna de Júlio César: por que com os filhos referimo-nos a nós mesmos sempre na terceira pessoa?

Emenda à Inicial: é, com todas as limitações que podem advir de um arquivo de filme que foi compactado ao extremo, ainda assim o resultado final até que foi razoável (sim, sou BASTANTE crítico quanto à qualidade). Na prática isso até me animou para buscar uma ou outra coisinha aí pela Internet… Já ouviram falar do filme Cannonball – aquela corrida maluca com o Burt Reinolds, Roger Moore, Dean Martin, Sammy Davis Jr, Jackie Chan e o impagável Captain Chaos? Tem também o Il buono, Il brutto, Il cattivo – mais conhecido por aqui como Três homens em conflito, ou melhor, O bom, o mau e o feio… Também bastante divertido Smokey and The Bandit, ou então Agarra-me se puderes (tudo a ver, não?) – só de ver aquele Trans Am queimando o chão já tá pago!…