PLC – Power Line Communication

Recortado e colado daqui.

29/07/2009 – 08h00

Internet via rede elétrica: um passo para conectar pela tomada
Por CIBELE GONELLI | Para o UOL Tecnologia

 
Usar a internet vai ficar bem mais fácil. Cada tomada de uma residência será o ponto de acesso para se conectar à rede mundial. Essa nova opção para acessar a web vai começar a ser comercializada em breve para os usuários brasileiros.

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) homologou em abril a tecnologia de internet pela rede elétrica, que permite o tráfego de voz, dados e imagens. Conhecida como PLC (Power Line Communication), a nova forma de acesso à web já existe há cerca de dez anos e é vendida na Europa a links de 4,5 Mbps — que devem chegar a 14 Mbps até o final do ano.

No Brasil, o uso começou no Paraná, na fornecedora de energia elétrica local, no final da década passada. Desde então, foi desenvolvida uma tecnologia compatível com o sistema elétrico brasileiro, que foi testado nos últimos dois anos, até ser homologado.

A principal vantagem dessa tecnologia, segundo os especialistas, é que fornecerá acesso à web pela tomada — assim aproveita uma estrutura já existente para chegar a regiões onde outras alternativas de acesso rápido ainda não estão disponíveis. Com o PLC, a tomada elétrica vira o ponto principal de comunicação da residência ou da empresa. Mas, na prática, o que muda para o usuário?

Segundo o engenheiro eletrônico Almir Meira, professor da FIAP e Faculdade Módulo, para ter acesso à tecnologia, o usuário deverá contratar o serviço da operadora credenciada para comercializá-lo e adquirir um modem compatível com a tomada elétrica.

 
“A transmissão de dados é feita pela estrutura já existente de distribuição de energia elétrica. Os dados podem ser enviados diretamente do provedor de acesso para a rede elétrica até chegar aos usuários. Também é possível mesclar a forma de transmissão onde já existem outras estruturas: a conexão pode ser feita via cabo a partir do provedor até a região de um prédio. Se o edifício não tiver cabeamento, por exemplo, a conexão pode continuar sendo feita via rede elétrica até os apartamentos”, afirma.

Já a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ressalta que, para os usuários da tecnologia, a conta de luz continuará separada porque se trata da mesma estrutura, mas usada para fins diferentes.

AES Eletropaulo testa tecnologia

A AES Eletropaulo já divulgou que não pretende vender o PLC diretamente para o consumidor final, devendo fazer uma parceria com as operadoras de telecomunicações para atender ao novo serviço, como Telefonica, TIM, Vivo, Oi e Claro. “Elas é que deverão vender diretamente para o consumidor. Esse modem vai filtrar o sinal elétrico e disponibilizar os sinais de voz, dados e imagens em saídas específicas, funcionando como central de mídia”, explica.

Em São Paulo, já são três bairros onde esta tecnologia está sendo testada pela AES Eletropaulo: Pinheiros, Cerqueira César e Moema. Para os demais bairros, a tecnologia deverá estar disponível a partir de 2010. Para adaptar a rede elétrica para o PLC, as concessionárias de energia devem instalar uma grande quantidade de repetidores e roteadores junto aos transformadores, para amplificar o sinal de dados e evitar as oscilações nos pontos de segmentação da rede elétrica.

O modem poderá vir com uma antena de rede sem fio para facilitar o uso em notebooks, por exemplo. “Outra possibilidade é portar o modem e usar a sua internet em qualquer lugar, bastando plugá-lo na tomada. Além disso, a montagem das redes vai ser simplificada, não necessitando de cabeamento de dados — que hoje é um problema, devido à dificuldade de passagem dos cabos”, explica Meira.

Para as empresas, o PLC pode ser uma tecnologia que irá facilitar a interligação de unidades distantes por meio da rede elétrica, diminuindo a necessidade de links dedicados de dados, que são caros. Em São Paulo, o engenheiro Clinton Namur é uma das pessoas que participaram do teste da internet via rede elétrica. Ele pode acessar a web na cozinha ou, se preferir, também na sala. É só plugar o computador em qualquer tomada da casa. A conexão também ficou mais rápida. “Achei fantástica essa ideia, que eu abracei desde o começo. Para mim está atendendo perfeitamente”, diz Namur.

Os Neolludistas

Excelente texto do Túlio Viana, cujo original está aqui. Mas permito-me transcrevê-lo na íntegra:

No início do século XIX, trabalhadores ingleses revoltaram-se com a invenção da indústria têxtil, pois julgavam que esta nova tecnologia seria a responsável pela perda de milhares de empregos, com a substituição do trabalho braçal humano pelas máquinas. Sob a liderança de Ned Ludd, invadiram fábricas, destruíram máquinas e deixaram registrado na história o equívoco que é lutar contra uma inevitável revolução tecnológica. O movimento ficou conhecido como luddismo.

No início do século XXI, não são mais os trabalhadores humildes que se insurgem contra uma ameaça a seu ganha-pão. Ironia da história: agora é a vez da indústria se revoltar contra o homem, por julgar que este poderá lhe quebrar, não mais no sentido literal, mas econômico.

A história se repete, mas os personagens mudam. Eis que surgem os neoluddistas.

Os neoluddistas são empresários da indústria cultural que bradam raivosos na defesa de seus lucros: “estamos perdendo milhões por causa da Internet”, “é preciso combater a pirataria”, “se os downloads ilegais não acabarem, os artistas vão parar de produzir”.

Os neoluddistas alegam que perdem milhões por ano com a pirataria, por terem vendido menos que no ano anterior. Não percebem que o problema não está na pirataria, mas no seu modelo de negócios vetusto que insiste em vender música em Cds em caixinhas de acrílico, quando os Cd players há muito já foram substituídos por MP3 players.

Os neoluddistas menosprezam os artistas que disponibilizam suas músicas para download gratuito em suas páginas na Internet e são remunerados com o patrocínio de empresas que exibem publicidade enquanto as músicas são baixadas. Sua ganância é tamanha que preferem insistir no erro a buscarem alternativas de negócios.

Os neoluddistas são dados à chantagem emocional barata. Imploram a seus fãs que não baixem músicas pela Internet, pois precisam manter seus castelos e suas limusines. Querem que o fã que ganha um salário mínimo compre o Cd para “ajudar o artista”.

Os neoluddistas têm memória fraca. Esquecem-se de que mais de 90% do lucro com a venda dos Cds vai para as gravadoras e que a maioria absoluta dos artistas vive do cachê de seus shows e, para estes, nada vai mudar.

Os neoluddistas investem fortunas em campanhas publicitárias para tentar convencer as pessoas que copiar um Cd é tão reprovável quanto furtar um carro ou uma bolsa. Não percebem – ou fingem que não percebem – que no furto a vítima perde a propriedade de seu carro e de sua bolsa, mas na cópia nada se perde.

Os neoluddistas seriam capazes de crucificar Jesus Cristo por multiplicar pães, pois afinal – pensarão eles – há nesta conduta uma clara violação aos direitos autorais do padeiro que investiu fortunas na criação da receita.

Os neoluddistas são personagens que de tão anacrônicos seriam caricatos, não fosse o poder econômico que têm e que usam para manter a criminalização da livre distribuição da cultura por meio da Internet.

Os neoluddistas estão transformando fãs em criminosos.

Dos comentários gerados pelo texto (até o momento), pelo menos dois merecem também ser transcritos:

Ricardo:

“Bom texto, Túlio, mas a comparação com os luddistas, na minha opinião, não procede.

Os luddistas formavam um movimento social, que lutava por direitos e melhores condições de trabalho. Reivindicavam que a mecanização do trabalho agravaria estas condições. Não era só um movimento de intolerância, ou ignorante ao progresso, mas também de reivindicação para que eles recebessem condições de se adequar a estas mudanças.

Mais apropriado seria comparar com fatos recentes de trabalhadores que, por exemplo, foram contra a mecanização de postos de gasolina no Brasil, seguindo o modelo europeu/americano; ou ainda, contra a implantação das catracas automáticas em ônibus, eliminando a necessidade do cobrador.

No caso da pirataria, uma analogia mais adequada seria com a invenção da imprensa por Gutenberg, e que aos poucos foi desafiando o controle da difusão da informação imposto pela Igreja. Assim, por exemplo, da mesma forma que hoje as gravadoras processam vergonhosamente quem fere suas ‘regras’, na época era queimado no fogo da inquisição.

O interessante é que, em ambos os casos e ao contrário do luddismo, não há um movimento organizado, pró-ativamente desafiando o modelo de ‘controle’ das gravadoras. Como no caso da imprensa de Gutenberg, então, a queda do modelo anterior foi ocorrendo gradativamente e a medida em que mais pessoas foram percebendo os benefícios do novo modelo, e a medida em que as tecnologias foram se desenvolvendo para se adequar a elas.”

Igor Gama:

“Não é possível agir contra o avanço da tecnologia e vencer.”

Gravando DVDs com legendas (e sem também)

Bem, outro dia já andei comentando como fazer para, num sistema baseado no Windows XP, fazer a gravação de DVDs no formato widescreeen, ou seja, naquela proporção maluca de 16:9 – como explicado bem aqui.

Desde já aviso que, por uma questão de princípios, todos os programas utilizados nessa “brincadeira” são freeware. Caso queira algo com beeeeeeeeem mais recursos basta fuçar por aí que vai encontrar não só um software à altura de sua pretensão como também as keys de ativação ou mesmo outros programinhas chamados keys generators ou até mesmo um crackzinho que vai fazer o perrengue funcionar.

Mas, neste caso, não será necessário.

Em primeiro lugar, e repetindo o que já disse antes, caso encontre na Internet o filme que queira gravar em um DVD e este não estiver no formato correto, utilize o programa RMVB Converter para – adivinhe? – convertê-lo! Por uma série de experiências de ordem prática nestas minhas amadorísticas tentativas já percebi que o melhor formato para gravação é mesmo o AVI (MPEG1). E não se iluda! Mesmo que o filme já tenha sido baixado nesse formato, passe-o pelo programa e salve-o num novo diretório antes de gravá-lo. O programa serve para transformar diversos formatos em outros e não só aqueles baseados em .rmvb, ok? Eis um shot dele:

Muito bem. Você já está com o arquivo no formato correto para gravar. E agora? Hein? Está em inglês, japonês ou outra língua qualquer? Ainda assim não se preocupe. Busque na internet (santo Google, Batman!) um arquivo de legenda que tenha sido feito para o filme que baixou. Muitas vezes quando utilizamos os torrents da vida esse arquivo já vem anexo junto em conjunto de pareio com o arquivo do filme… Usualmente possuem extensões SRT e a melhor forma que encontrei de verificar sua compatibilidade foi através do programa Subtitle Workshop. Nele, ao abrir o arquivo .srt, também será aberto o filme (desde que estejam no mesmo diretório e com o mesmo nome) e será possível alterar, incluir ou excluir as legendas do arquivo, as quais estão referenciadas até por milésimos de segundos ao filme. Abaixo, um shot dele também.

Legal. E agora? O que fazemos com DOIS arquivos, quando queríamos passar ao menos UM para o DVD? Basta fundi-los através do programa DVD Flick. Trata-se de um programa simples, até mesmo sem muitos recursos – mas que dá conta do recado! Para os detalhes relativos à gravação basta clicar no item Guide e (desde que esteja conectado à Internet) seguir o passo-a-passo para gravação. O mais interessante é que, além da questão referente à inserção de legenda, também é possível dividir os áudios – quando o arquivo baixado contiver mais de uma trilha sonora – bem como criar um menu de acesso, ou mesmo já dar conta daquela questão do formato widescreen e outras filigranas mais que só mesmo explorando seus recursos é que dá para descobrir.

Bem, é lógico que não pretendi esgotar o assunto por aqui. Sinceramente, acho que não deu nem mesmo para esquentar. Mas, pelo menos, estão presentes os primeiros passos através dos quais, com alguns poucos programas freeware, aliados a um tanto de curiosidade fuçadorística, qualquer um possa começar a brincar de gravar e editar seus filmes…

Carro de caixa

Uma boa dica do amigo Marcelo é o site/blog Bem Legaus. Nele é possível encontrar um pouco de tudo a título de curiosidades – como essa recortada e colada de lá…

Sensacional esta versão modernosa dos antigos carrinhos feitos com caixas de madeira. Diferente de nós brasileiros que temos o famoso carrinho de rolimã (de lomba, etc, dependendo do estado), os americanos são fascinados pelos seus “soapbox cars”, que como o nome diz, eram originalmente feitos com as caixas de sabão (de madeira). O modelo da série “Play” é uma divertidíssima criação do designer Jesper K. Thomsen que além dos detalhes em verde contrastando com o amarelo vibrante, deu a aparência desalinhada e torta deixando a impressão de “feito em casa”. Fabricado à mão pela marca dinamarquesa Normann Copenhagen, ele mede 54 x 128 x 72,5 cm e a única coisa que não tem nada de brincadeira de criança é o seu preço: 2.4000 euros! “Encaixadamente legaus”!