Francisco Teodoro Teixeira

Não há verdadeiramente muitos dados a serem extraídos deste testamento. Basta dizer que Francisco Theodoro Teixeira foi meu tetravô (e pentavô ao mesmo tempo, mas outra hora conto isso), casado com Maria Emerenciana de Andrade.


 TESTAMENTO de FRANCISCO TEODORO TEIXEIRA

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 | Arquivado no Museu Regional de São João del Rei - Caixa 141        |
 | Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco                          |
 | Transcrito em : 2003                                               |
 | Solicitante   : Maria Nazaré de Carvalho                           |
 | Objetivo      : Dados Genealógicos                                 |
 | Testador      : FRANCISCO TEODORO TEIXEIRA                         |
 | Testamenteiro : MANOEL TEODORO DE ANDRADE                          |
 | Testamento redigido em São João del Rei em 1874                    |
 | Número de folhas originais: 82                                     |
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 - FL.004 -

 Diz Manoel Teodoro Teixeira Testamenteiro do finado seu pai o  Capitão
 Francisco Teodoro Teixeira,  que  ele  suplicante  foi  intimado  para
 prestar as respectivas contas, o que não  cumpriu  logo  em  razão  de
 grave incômodo em sua saúde, e ultimamente em pessoa de sua família; e
 portanto (...) 

 - FL.005 -

 Certifico e dou minha fé judicial, que em meu poder e cartório  existe
 arquivado o Testamento solene com que faleceu na Freguesia de Madre de
 Deus Francisco Teodoro Teixeira,  de  quem  é  primeiro  testamenteiro
 Manoel Teodoro de Andrade (...) 

 TESTAMENTO 

 Em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 

 Eu Francisco Teodoro Teixeira, estando adoentado, mas em meu  perfeito
 juízo, e conhecendo que sou mortal, e que de um momento a outro  posso
 dar minha alma a meu Criador, tenho resolvido fazer meu Testamento  de
 última vontade na forma e maneira seguinte. 

 Declaro que fui casado com Dona Maria Emerenciana de Andrade, de  cujo
 matrimônio tive filhos, os quais são meus legítimos herdeiros. 

 Nomeio para meus testamenteiros em primeiro lugar a meu  filho  Manoel
 Teodoro de Andrade, em segundo meu filho Venâncio Teodoro de  Andrade,
 em terceiro a meu filho Marciano Onostório Teixeira. (...)

 (...) meu corpo será sepultado na Matriz de minha Freguesia (...) 

 (...) deixo a meu neto José, filho de minha filha Maria, um crioulinho
 por nome André. Deixo a meu neto Francisco Teixeira de Andrade  o  meu
 escravo Venerando. A meu neto Emerenciano, deixo a quantia de duzentos
 mil réis, ou uma cria que está próxima a nascer de Maria Rita. 

 Deixo a cada uma de minhas netas filhas de minha filha  Maria  e  pras
 minhas netas filhas de meu filho Venâncio Teodoro de Andrade e  as  de
 Manoel Teodoro de Andrade a quantia de duzentos mil réis. 

 Deixo a meu filho Marciano Onostório Teixeira em remuneração  de  seus
 bons ofícios e companhia que  me  tem  feito  os  seguintes  escravos:
 Geralda, Peregrino, Carolina, Mariano,  Inês,  Gervásio  e  Eugênia  e
 Teolindo. 

 Nomeio meu  herdeiro  dos  remanescentes  de  minha  Terça  meu  filho
 Marciano Onostório Teixeira. 

 Declaro que nada devo a meu filho João  Gualberto,  e  ordeno  a  meus
 testamenteiros que não paguem qualquer quantia a  ele.  Pois  não  lhe
 devo (...) 

 (...) estou enfermo, não podendo escrever mandei escrever que assino.

 Retiro dos Dois Irmãos, 18 de Dezembro de 1870 

 - FL.008/VERSO -

 DATA DE ABERTURA 

 21 de Dezembro de 1870, nesta Freguesia de Madre de Deus. 

 - FL.012 -

 PROCURAÇÃO 

 DATA – 30 de Maio de 1871 

 LOCAL – São João Del Rei 

 QUE FAZ – Manoel Teodoro Teixeira, morador no  Distrito  de  Madre  de
 Deus, deste Termo. 

 PROCURADOR NOMEADO – Capitão José Antônio Rodrigues. 

 FINS – Tratar de todos os termos do Inventário e partilhas dos bens de
 seu finado pai Francisco Teodoro Teixeira (...)

Mulheres pré-delivery

Eis um texto bastante interessante.

Mas o trecho que mais me chamou a atenção foi esse aqui: “Anuncia-se nas revistas de decoração novos ‘modelos’ de cozinha, mais modernos e funcionais, porque ‘agora o homem está na cozinha’, como se os séculos que a mulher passou nesse ambiente não merecessem atenção”.

Enfim, vale realmente a pena dar uma lida na íntegra – para quem quiser, tá bem ali no Umas & Outras.

Grub… grub… grub…

E lá estou eu a fuçar na boa e velha máquina que já tem me servido há anos (estou falando do computador, gente!) mas que resolveu, por conta própria, ter “soluços” operacionais. Que vem a ser isso? Bem, a cada um desses malditos “soluços” o computador simplesmente reinicializava, independentemente do sistema que eu estivesse utilizando. Parece que consegui isolar o problema, limitando-o a uma antiga placa de som (não tenho certeza ainda) que entrava em conflito com os sistemas on-board da placa, uma placa de captura de sinal de tv (dessa eu tenho quase certeza), bem como a um dos três HDs utilizados (certeza absoluta). A possibilidade de algum perrengue com os módulos de memória não foi descartada ainda, mas o bichinho vem se comportando bem desde então.

Então temos a seguinte situação: esse computador tem que rodar com três sistemas operacionais. Primeiramentemente, o Windows 98 SE, pois tenho alguns hardwares que só funcionam com ele – em especial um scanner muito bom, que já me acompanha há mais de dez anos, mas para o qual não existe driver em nenhum outro sistema. Segundamentemente, o Ubuntu 9.04, que é o que venho utilizando no trabalho e em fase de padronização em todos os c0mputadores. E, terceiramentemente, o Windows XP, pois tenho alguns programas de captura (da filmadora para o computador) que só funcionam a contento nesse sistema operacional.

Só pra registrar e deixar bem claro: não trabalhamos com Windows Vista em hipótese nenhuma!!!

Então. O perrengue é que instalei o Windows 98. Tudo bem. Instalei o Ubuntu. Tudo bem. Ainda não instalei o XP, mas aí tem o “pulo do gato” para que funcione esse terceiro sistema – e outra hora eu conto sobre isso. Porém, ao contrário de antigamente, quando tínhamos no Linux o gerenciador de boot chamado LILO (Linux Loader), hoje temos o GRUB. Trata-se de uma espécie de “programa” que é carregado na inicialização da máquina e te dá múltiplas opções de inicialização.

Só que o mardito não reconheceu o Windows 98 (guinorânti…).

Bem, se existe um menu de opções, em algum lugar deveria existir também a possibilidade de editar esse menu.

Nesse sentido é indispensável registrar a aula que tive sobre o tema, num artigo de janeiro deste ano, do Carlos Morimoto, que é possível encontrar bem aqui.

Localizado o menu (não sabe como? leia o artigo, pô!) só tive um probleminha de cara. Em função do sistema de permissões do Ubuntu eu não consegui alterá-lo. Tenho certeza absoluta que pelo menos meia dúzia de pessoas ainda vai me dizer algo do tipo “mas é fácil, bastava fazer o seguinte…” – só que meu tempo é escasso e eu precisava resolver logo o problema. Daí a dica para resolver logo uma situação dessas: abra o arquivo, faça as alterações que tiver que fazer, salve-o em um diretório para o qual você tenha permissão de acesso. Depois, logado como root, basta copiar esse arquivo para o lugar do original, sobrescrevendo-o.

Simples assim.

Imagens do dia

Considerando que agora em julho o Parque da Cidade, em São José dos Campos, completará 13 anos, apenas para fins comparativos seguem duas fotos aéreas (via GoogleMaps): a primeira da área do Parque e a segunda da área do recém-desapropriado Sanatório Vicentina Aranha – ambas na mesma escala.

Emenda à Inicial: eis o artigo da Ângela Guadagnin, veiculado pelo jornal Valeparaibano de 19/07/2009…

Quem superfaturou?

Este mês o Parque da Cidade completa 13 anos, consolidando um espaço público voltado ao lazer. Um imóvel de cerca de 600 mil metros quadrados, de inestimável valor cultural, com painéis e paisagismo de Burle Max conhecidos internacionalmente, numa construção modernista de Rino Levi, foi adquirido por R$ 19 milhões. Um espaço que pertencia somente a uma família, agora é um patrimônio de todos os joseenses.

Recentemente, li neste jornal que a prefeitura havia pago a última parcela da desapropriação amigável feita em dezembro de 2006 do Vicentina Aranha, pelo valor de 22 milhões. O prédio do antigo Sanatório para tratamento da tuberculose, construído no início do século 20, pertencia a Santa Casa de São Paulo, e agora também pertence aos joseenses. As duas administrações, em 1996 do PT e em 2006 do PSDB, tiveram posturas de visão de futuro ao desapropriarem as áreas tornando-as públicas, possibilitando o acesso a toda população.

O debate a cerca das desapropriações (principalmente a realizada pela administração do PT), se destacou em várias páginas de jornais. Considerando que ambas as propriedades hoje fazem parte do patrimônio joseense, e que apesar da diferença que se apresenta entre elas, é importante fazer uma breve reflexão quanto aos benefícios que foram acrescidos a nossa cidade. Fazendo um simples cálculo, dos valores pagos, balizando pelo tamanho dos imóveis (em metros quadrados), observamos que em abril de 1996, a prefeitura pagou pelo Parque da Cidade R$31,66 por metro quadrado; em dezembro de 2006 a prefeitura pagou pelo Vicentina Aranha R$275 por metro quadrado.

É fato notório, que neste período houve uma elevação do preço pela variação da inflação, e por isso o valor do Vicentina Aranha automaticamente terá que ser maior. Assim sendo, é necessário atualizar os valores pela correção inflacionaria medida pelo IPC Fipe/SP do período. O Parque da Cidade terá que ser reajustado pelo acumulado do IPC entre abril de 1996 a junho de 2009, totalizando 106,03% e o Vicentina Aranha pelo acumulado entre dezembro de 2006 a junho de 2009, totalizando 14,12%. Com essa atualização teríamos que o valor por metro quadrado para o Parque da Cidade seria R$65,23, enquanto que para o Vicentina Aranha seria R$313,83.

Há de se considerar também que o valor do metro quadrado da região nobre da cidade onde está o Vicentina Aranha, é maior do que a região norte onde se localiza o Parque da Cidade. Neste caso então vamos comparar os valores do entorno de ambos os imóveis, pela planta genérica de valores atualizada em 2006, pela própria prefeitura. De acordo com a planta genérica de valores atual, a região da Av. Olivo Gomes e Princesa Isabel o metro quadrado é avaliado em R$113,32; sendo que na região da av. 9 de julho, São João, Prudente Meireles de Moraes e Guarujá, o metro quadrado está avaliado em R$433,31. Deste modo observamos que o valor do metro quadrado na região do Vicentina Aranha é 3,82 vezes maior do que do Parque da Cidade, assim o preço a ser negociado pela prefeitura na compra do Vicentina Aranha deveria apresentar uma diferença na ordem de 3,82 vezes maior que o preço pago na aquisição do Parque da Cidade.

Se pegarmos o valor pago de R$65,23 pelo metro quadrado do Parque e calcularmos esta diferença, o valor pago pelo Vicentina Aranha deveria ter sido R$249,18 o metro quadrado. Entretanto a prefeitura ao pagar R$313,83, adquiriu-a um preço acima do fixado por ela própria na planta genérica de valores. Estes cálculos não consideraram o valor cultural, paisagístico, histórico de ambos os imóveis, nem a utilização feita pela população, não só em número de pessoas como em eventos feitos pela própria prefeitura, mostrando que a discussão pura e simples de valores não expressa o real valor dos bens adquiridos pela prefeitura em administrações diferentes. O importante é saber que há 13 anos o Parque da Cidade faz parte da vida da Comunidade Joseenses indistintamente.

Miçangas virtuais

Já imaginou um filme que conta a evolução da música nos anos 1920 até 1980, mostrando todo o contexto social, histórico e cultural de forma real? E se você soubesse que cada frame deste filme, após filmado, foi desenhado? Contando a história de um garoto judeu sobrevivente a Primeira Guerra, Ralph Bakshi dirige esta animação de 1981, com trilha sonora de artistas como Jim Morrison, Jefferson Airplane, Jimi Hendrix, Lynyrd Skynyrd, Janis Joplin, entre outros. Sensivelmente cru, é um filme imperdível. Boa parte do filme foi produzida usando a técnica rotoscopia, mas houve a utilização de diversas técnicas como aquarela, computação gráfica e cenas live-action.

American Pop. Esse filme foi lançado em 1981. Devo tê-lo assistido entre 84 e 85 – quando o aluguel de fitas VHS ainda era algo raro e não sujeito a “controles autorais” rigorosos. Aliás, controle autoral nenhum! Nessa era pré-mesozóica dos vídeos no Brasil ninguém realmente se preocupava com isso, muito menos as grandes indústrias. Porém, aos poucos, o extremo controle foi se instalando e os bons vídeos rareando. Já há muitos anos eu vivo perguntado pelas locadoras se alguém teria esse filme. A maior parte sequer ouviu falar. E não poderia ser em outro lugar, senão na Internet, que eu conseguiria finalmente encontrá-lo! O mais interessante é que eu já havia até me esquecido disso, foi uma coisa totalmente casual…

Bem, enfim, encontrei-o, baixei-o e calmamente assistir-lo-ei (talvez o termo correto seja “desfrutar-lo-ei”) – com direito a muuuuitas pipocas – no próximo final de semana!

Para quem se interessar basta fuçar um pouco (mas o link geral tá aqui).

Aproveitando a deixa de alguns raríssimos momentos de ócio tive a oportunidade de dar uma passeada pelo Reino do Sonhar pelos domínios virtuais sob minha responsabilidade e ver o quão relapso eu me encontro…

Opala Adventure Projeto 676 está parado, já há quase dois meses. Bem, a grande verdade é que a reforma de meu Opala (também conhecido como A Lenda) também está parada. Pedreiro em casa, conta-corrente no negativo, falta de tempo para “brincar”, etc. Vamos ver se, dentro em breve, consigo voltar a dar um gás tanto no carro quanto no site.

Jurisprudência Legal é mais uma questão de oportunidade versus possibilidade. Atualizo quando dá – e olha que já tenho bastante coisa impressa para carregar… Trata-se de um cantinho que arranjei para deixar “lembretes para mim mesmo” sobre temas que me interessam dentro de meu trabalho e que um dia talvez eu possa vir a precisar.

Ctrl-C  foi um dos meus primeiros momentos na Internet. Alguns aspectos de sua existência o antecederam, mas foram mais experiências soltas, bem como uma maneira de definir os rumos que eu futuramente tomaria no tocante à Rede. Não posso necessariamente dizer que o Legal seja alguma espécie de “evolução” dele, mas, certamente, a criação deste se deu em decorrência daquele…

O Bucéfalo também é mais uma página de lembretes de mim para mim mesmo. Sempre digo que na vida profissional de um advogado, mais do que a própria Lei, é indispensável ser conhecedor da Língua Portuguesa. Na minha concepção, uma pessoa que não saiba se expressar corretamente também não tem como argumentar de modo convincente. E como a dita Língua Portuguesa é uma mocinha matreira e manhosa, dada a pregar constantes peças na gente, resolvi deixar anotadas algumas dicas e sugestões que podem ser úteis no dia-a-dia.

Copoanheiros é uma grande brincadeira etílica que se move mais de ímpetos e sopetões que por eventual programação. É o ponto de encontro virtual onde eu e outros copoanheiros – eventuais ou não – descarregamos nossa boa e velha filosofia de botequim…

Alfa é um pequeno território que não posso realmente classificar como sendo integrante de meus domínios – trata-se de um fake lá do Alfarrábio, criado somente para quando e se o copoanheiro titular resolver aderir ao WordPress, que então já tenha uma configuração básica. Como não incomoda nem atrapalha, resolvi deixá-lo quietinho lá no cantinho dele.

Genealogia Andrade. Como se eu já não tivesse sarna o suficiente para me coçar, resolvi criar mais uma pequena nação nestas plagas virtuais. Tenho por hobbie a genealogia e pesquisa histórica. Um tanto quanto deixado de lado, mas jamais esquecido! Como volta e meia me surgem novas questões sobre velhos estudos, resolvi começar a reunir tudo num único lugar.

Tudo isso fora muito mais material – muito mais mesmo – sobre os mais diversos assuntos, que ainda necessita de alguma organização e está encerrado lá nas catacumbas de meu computador…