Uma pintura

Não sei o porquê gostei dessa pintura!

Encontrei-a no meio de uma apresentação PPS sobre a África (sim, eu tenho a pachorra de ler TODOS meus e-mails), toda torta e desconfigurada – e, ainda assim, me chamou a atenção.

Consegui resgatar seu formato original e gostei mais ainda…

Não sei quem a pintou.

Não sei de quando é.

Não sei porque não sei.

Só sei que gostei…

Emenda à Inicial: Descobri a autoria! Realmente fantástica essa busca do Google baseada em imagens (Santo Google Images, Batman!)… Trata-se de Pierre Farel, cuja galeria com muitas outras pinturas pode ser encontrada aqui.

Um passeio no parque

“Você tem alguém na sua vida, Thomas? Atualmente, quero dizer.”

“Imagino que esteja perguntando de alguma mulher.”

“Sim. Está dormindo com alguma?”

“Quando você diz dormindo, quer dizer…?”

“Responda a pergunta de uma vez ou eu chamo a polícia.” Ela estava sorrindo. Por minha causa. Eu a fiz rir, e isso me fazia bem.

“Não, Ronnie. Não estou dormindo com nenhuma mulher no momento.”

“Algum homem?”

“Nem um homem. Ou animal. Nem nenhuma árvore conífera.”

“Por que não? Se não se importa de eu perguntar. E mesmo que se importe, por quê?”

Suspirei. Na verdade, eu mesmo não sabia bem a resposta, mas responder isso não iria satisfazê-la. Comecei a falar sem ter uma idéia clara do que iria dizer.

“Porque sexo causa mais tristeza do que prazer”, falei. “Porque homens e mulheres querem coisas diferentes, e um deles sempre fica desapontado no final. Porque não me pedem isso muitas vezes e eu detesto pedir para alguém. Porque não sou muito bom nisso. Porque estou acostumado a ficar só. E porque não consigo pensar em outras razões.” Fiz uma pausa para respirar.

“Tá bom”, ela disse e se virou e começou a andar de costas, assim conseguia olhar bem para o meu rosto. “Qual delas é a razão verdadeira?”

Diálogo – na minha opinião – interessante no livro O Vendedor de Armas, de autoria de Hugh Laurie.