Depois de ter feito na Clínica Pinel o tratamento contra o alcoolismo, no início dos anos 50, Mario nunca mais bebeu. Certa vez, lembrando os velhos tempos, disse que na verdade não bebia, havia tomado apenas um porre. E que este porre durara 25 anos.
Durante o tal porre, numa manhã Nelson Boeira Faedrich se dirigia à redação da Revista do Globo quando viu o amigo entornando o copo num bar da Rua da Praia. Acercou-se e, cuidando para que não parecesse censura, em tom protetor:
– Mario! Já bebendo?
– Já não, ainda.
Do livro Ora Bolas – O humor de Mario Quintanta, de Juarez Fonseca.
Tive um tio assim. Adorável. Mas o corpo não aguentou tanto alcool.