Assunto é tudo

Pois é, ainda continua válida aquela frase que eu havia dito lá pelas bandas do Facebook: “Todo facebookeiro é um blogueiro em potencial”

Dessa vez quem resolveu aportar por estas bandas internetísticas foi a minha amiga Rossana (lembram dela?) – que há muuuuuuito tempo não encontro – e que, com certeza vai ter um bocado de histórias, estórias, contos, crônicas, causos e afins pra contar no seu recém inaugurado blog “Tudo é assunto…” (e é mesmo, como já disse antes aqui).

Já de cara ela começa falando desde família, passando por bulling canino, com uma pitada de pastoreio de ovelhas e conclusões Freudianas. Parece confuso? Mas não é!

Tá aqui umas duas pitadinhas procês:

A minha família de pessoas, apesar de não ser lá totalmente normal, não chega a ser nenhuma aberração. Nada que uma boa conversa e eventualmente uns gritos não resolvam.

Assim sendo, um belo dia chegou nossa cadelinha; um cruzamento de Basset com todo o resto das raças caninas existentes no Vale do Paraíba, grande São Paulo e quiçá da Bahia.

Enfim, recomendo tranquilamente que de quando em quando passem por lá: http://tudoeassunto-cronicas.blogspot.com.

De minha parte já adicionei no Reader…

Sê bem-vinda, Rossana!

😀

Emenda à Inicial: E não é que essa menina já era blogueira antes e eu não sabia? Podem conferir aqui no Batom e Poesias

Cadê o gato?

Essa é daquelas coisas que, num primeiro momento, você não dá nem trela – mas depois fica encafifado…

Recebi um e-mail já de umas três pessoas com o seguinte desafio (referente a essa imagem abaixo): “Cadê o gato? O pior é que tem…”

Da primeira vez me cansei. Vindo de quem veio imaginei que o fiodumaégua devia estar se rindo da minha cara procurando um gato inexistente. Da segunda vez, nem dei bola. Da terceira vez, disse pra mim mesmo: “mim mesmo, não é possível, acho que realmente deve ter algum gato nessa zica…”

E, realmente. O pior é que tem…

E então, crianças? Cadê o gato?

Caso não encontrem, basta clicar aqui que eu mostro…

Amar é punk

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Eu já passei da idade de ter um tipo físico de mulher ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse diferente (bem diferente). Tivesse um figurino único. Gostasse de minha companhia mais que tudo. Tivesse no mínimo cabelos longos (e, talvez, uma tatuagem). Soubesse andar de salto alto. Que fosse do tipo rebelde. E, lógico, portadora de um grande coração…

Uma coisa meio Angelina Jolie.

Hoje em dia eu continuo insistindo nos quesitos “gostar de minha companhia mais que tudo” e “portadora de um grande coração”, mas confesso que muita coisa mudou. É, pessoal, não tem jeito. Relacionamento a gente constrói. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de procurar o “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece. Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre. Sem borboletas no estômago. Sem noites de insônia. É uma coisa simples do tipo: você conhece a menina. Começa, aos poucos, a admirá-la. A achá-la FODA. E, quando vê, você tá fazendo declarações açucaradas igual um pangaré. (E escrevendo textos no blog – ainda que através de indiretas – para que ela entenda uma coisa: dessa vez, caríssima, é DIFERENTE).

Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente. Ela vai esquecer sempre aquilo que você já leu e comentou com ela, mas vai se lembrar sempre que você gosta do seu pão na chapa com muita manteiga (e aquele pingado com um pouquinho de leite frio). Ela não vai fazer declarações românticas e propor jantares à luz de velas, mas vai saber que você está estressado com o trabalho no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez.

Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. Da paixão, creio que não. Depois de anos escrevendo e insinuando sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. Eu quero alguém que divida o chão comigo. Quero alguém que me traga fôlego. Entenderam? Quero dormir abraçado sem susto. Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas.

Antes eu achava que, se não tivesse paixão, eu iria parar de escrever, minha inspiração iria acabar e me tornaria simplesmente mais um dos inumeráveis companheiros ranzinzas e conformados, prontos para deixar de viver aventuras em prol da estabilidade. Mas, caramba! Descobri que não é nada disso. Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, talvez, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesmo que não tinha acontecido.

Sei que já falei muito sobre amor, acho que é o grande tema da vida da gente. Mas amor não é só poesia e refrões. Amor é reconstrução. É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios.

Demorei anos para conhecer direito e até mesmo concordar com o Cazuza: “eu quero um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida”.

Provavelmente antes, se ouvisse essa música, eu pensaria (e não diria): porra, que tédio!

Ah, Cazuza! Parece que ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar – ah, o amor! – Amar é punk.

 

Esse texto foi recortado-e-colado-e-adaptado do originalíssimo da Fernanda Mello, que – na sua “versão feminina” – pode ser encontrado aqui. Mas, ainda assim, as garatujas acima são tão verdadeiras quanto o original…

 

O que satisfaz aos olhos

Este post é uma singela homenagem para minha amiga Ligia, que tem um amor incondicional a tudo que é belo e plástico e coeso e único e surpreendente e harmônico e diferente – enfim, a tudo aquilo que lhe desperta prazer visual. Ainda que me fascinem as imagens que coleciona, continuo sendo daqueles velhos fósseis que se prendem à beleza de antigos mitos que já nem existem mais…

Essa edição é pra casar

Esta é para os jornalistas de plantão!

Recortei-e-colei daqui

Às vezes, acho que estou velho para tantos casos. Efêmeros. Estou velho, mas ainda gosto do imprevisível, dos riscos. Não que eu seja volúvel, longe disso, é que elas me seduzem. Parece que não sei viver sem elas, sem a variedade delas. Tem gente que vai ao McDonald´s e pede sempre o número 1. Eu sempre gostei de variar, sabe?

Mas quando o homem fica velho começa a pensar se não é hora de sossegar esse fogo, buscar uma relação mais estável, mais fiel. Um amigo meu, também jornalista, vive me dizendo: “as reportagens são excitantes – quem não gosta delas? –, mas já não é tempo de você pensar em trabalhar na edição? A edição é pra casar”.

A edição é o próprio casamento. Uma vida com roteiro pronto a que você se acostuma com o tempo, uma vida mais tranqüila, mais caseira. O grande risco é você engordar, porque se come muito mais. Na reportagem, chego a passar o dia com meia dúzia de cream cracker no estômago.

As reportagens exigem pique, fôlego, preparo físico, mental, espiritual, transcendental. Você não pode falhar. Não que eu falhe, longe disso – aliás, nunca falhei, eu juro –, é que eu sinto que as reportagens se ligam mais nos garotões, nos caras que estão começando. Será que não estou fazendo o papel do tiozão bobo que ainda acha que apavora?

O tal meu amigo me disse também que, quando eu quiser, me arruma rapidinho um esquema com a edição. Mas é esquema sério, papel passado e tal. Edição decente, de família.

Mas enquanto eu não me decido, sigo com as minhas reportagens. Aliás, daqui a pouco vou para uma nova, lá no centro da cidade. O pauteiro ainda não me disse do que se trata, por isso, eu fico aqui imaginando, fantasiando. Será que é uma reportagem bem gostosa, daquelas de deixar o jornalista a tarde toda eufórico, extasiado? Só não pense que sou tarado, por favor. Longe disso.