Doce de leite em pó

Não.

Esse é só o nome do doce.

O doce não é “em pó”, mas feito de “leite em pó”.

Apesar de ser uma assunto bem mais afeito ao sempre apetitoso site da Ju (http://come-com-os-olhos.blogspot.com), a pedidos das meninas e moçoilas aqui do trabalho, segue a receita. Passada pela Dona Patroa, é óbvio.

Doce de Leite em Pó (já expliquei…)

Ingredientes:

1 vidro de leite de côco
1 kg de açúcar
1 pacote de Sococo (50g ou 100g)
1 pacote de leite em pó integral
1 bocadinho de leite de vaca

Modo de Fazer:

Coloque o leite de côco em um copo de requeijão e complete o que faltar com leite de vaca (nota: não, não vai requeijão na receita; o copo é só pra efeitos de medida).

Despeje o conteúdo em uma panela e acrescente 1 kg de açúcar.

Após a fervura, mexa por 3 (três) minutos. Tá anotado aqui no papel: “importante” – então realmente deve ser. Portanto, não se esqueça dessa etapa.

Acrescente o côco e mexa. Após, acrescente o leite em pó e mexa até o ponto de brigadeiro (desgrudando do fundo).

Desligue o fogo e mexa até grudar na colher – olha aí o “importante” de novo…

Despejar na pedra untada com manteiga. Corte após esfriar.

Pra quem conhece meu estilo de descrever uma receita já deve ter percebido que não fui eu quem preparou essa iguaria. Mas acreditem-me: fica leve (não é doooooooce) e muito bom!

Dia dos Namorados…

Talvez seja pela forma aconchegante que sempre consegue aninhar a cabeça em meu peito;

talvez seja pelo carinho que paira em seu olhar nos momentos em que consegue enxergar aquela criança arteira que ainda existe dentro de mim;

ou pela compreensão e apoio que me dá quando estou frente à encruzilhadas que sei que afetarão nossas vidas num futuro próximo;

mesmo quando, de dedo em riste, está me dando uma senhora de uma bronca;

ou nos momentos de silenciosa discussão, quando pergunto “O que foi?”, e ouço apenas um lacônico “Nada.” em resposta;

ou quando seu riso preenche a casa;

quando suas lágrimas me dilaceram o coração;

quando seu sorriso ilumina o ambiente;

enfim, nesse mundo povoado de meninos sonhadores e de mulheres dotadas de agudeza de espírito, não consigo entender o porquê de ela teimar em me amar, nem tampouco sei declinar exatamente qual a motivação que me leva a amá-la.

Só sei que a amo…

O tempo voa!

Putz! Como o tempo voa! Só agora, fazendo o upload dos arquivos é que percebi: hoje é dezesseis de janeiro. Se casado ainda fosse (o primeiro) HOJE eu estaria fazendo dezoito anos de enlace matrimonial!…

Mas tudo bem. Foi uma fase necessária na minha vida para que eu pudesse me tornar o ser humano fantástico, inigualável e perfeito que hoje sou. Ah, e modesto também.

Desse modo estou plenamente satisfeito em ter zerado o hodômetro e começado de novo, sendo que mês passado já se completaram sete anos de felicidade.

E não tenho NENHUMA pretensão em zerá-lo novamente!

É, realmente, o tempo voa…

Qual a cor dos olhos de sua paixão?

“89% e desfragmentando…”

Minha mãe tem uma única irmã, a qual vive na Itália há dezenas de anos. De quando em quando ela vem nos visitar e a todos os parentes no Brasil. Isso porque meu avô foi casado três vezes, sendo duas filhas do primeiro casamento, uns dezoito filhos do segundo, e nenhum do terceiro (minha avó materna legítima faleceu quando minha mãe tinha dois anos de idade) – é uma história familiar interessante que outro dia eu ainda contarei por aqui.

Pois bem. Essa minha tia, acompanhada de seu marido, veio nos visitar agora em janeiro, pretendendo ficar por aqui pelos próximos dois meses. E – é lógico – minha mãe passou a ter a estabilidade emocional de um hamster… Quer fazer absolutamente TUDO pra agradar as visitas, envolvendo TODO MUNDO num redemoinho conflitante de emoções. Sei que estou sendo até mesmo cruel para com minha própria mãe ao falar isso, mas – putz! – é difícil administrar tanta ansiedade assim num curto período de tempo. Ainda bem que meus tios são mais descolados e não se deixam afetar tanto.

Eu acho.

E como essa minha tia tem olhos castanhos e sua filha tem olhos azuis-cor-do-céu (iguais aos do meu avô), me fez lembrar que assisti um filme interessante neste fim de semana. O título em português ficou como “A Sogra” – apesar de no original ser Monster in law (trocadilho óbvio com o termo “mother in law”). Aliás nunca vi a Jennifer Lopez tão lindinha e simpática quanto nesse filme, e a atuação da Jane Fonda está sensacional.

Basicamente é a estória de um médico, filho único de uma apresentadora de TV ricaça que foi aposentada, e que pretende se casar com uma mocinha simples, que vive de bicos. O que obviamente desagradou profundamente sua mamãe. Não é nenhum filme espetacular, mas tem seus bons momentos, garantindo uma diversão leve e bem dosada, principalmente quando A sogra encontra com SUA sogra (pronto, contei).

Mas tem alguns momentos de grande sensibilidade, também. Em particular a Dona Patroa gostou de um, quando o galã convida a mocinha para sair – e concordo plenamente com ela, é um trecho muito bonito. A cena: ambos se encontram na praia, sendo que ela mal o conhece, pois se viram muito rapidamente apenas por três vezes. Ele gostaria que ela saísse com ele para jantar; ela não lhe dá muita bola, ao que ele insiste, dizendo que é diferente. Ela, certa de que o rapaz sequer seria atencioso o suficiente, rapidamente se vira de costas e lhe pergunta:

“- Qual é a cor de meus olhos?”

Com ela em primeiro plano, um sorriso divertido no rosto, ele às suas costas, num ar compenetrado e tendo o mar ao fundo, responde algo mais ou menos assim:

“- Num primeiro momento eu diria que são castanhos. Porém quando a luz incide meio de lado, a íris se ressalta, surgindo uma borda escura ao seu redor. Nesses momentos ele ficam cor de mel. Mas na claridade, com o sol batendo direto, eles se tornam verdes.”

E enquanto ele vai falando, aquele sorriso divertido dela vai, aos poucos, se desfazendo, transformando-se numa sutil expressão de espanto, quase beirando um leve choro. Então, com ela ainda de costas, ele pergunta:

“- Passei muito longe?”

Ela se volta de frente para ele, visivelmente embasbacada e diz:

“- “Castanhos” teria sido o suficiente…”

Tudo bem, vá lá, podem até achar que se trata de uma cena meio piegas, até porque, por escrito, fica meio difícil de traduzir a carga emocional do momento. Mas que é bonito, ah, é!

E você?

Sabe qual é a exata cor dos olhos de sua paixão?…

Tirinha do dia:
Desventuras de Hugo...

Amor à exatidão

“Bom dia amiguinhos, já estou aqui…”

– ROOOONNCC…

– Bonito, hein?

– Hmm?

– A que horas o senhor chegou ontem?

– UAAHH… Umas onze, eu acho…

– Pois é. Custava ligar? Volta e meia o senhor me apronta uma dessas. Já parou pra pensar por um único momento que eu fico preocupada com você? E se tivesse acontecido alguma coisa? Se ia demorar e sabia que ia demorar então ao menos avisasse. Já perdi a conta de quantas vezes o senhor me aprontou uma dessas. Eu já devo ter direito a sair de casa sem deixar nenhum recado por pelo menos umas duzentas e cinquenta e seis vezes, você não…

– Oito…

– Quê?

– Oito.

– Como assim, “oito”?

– Duzentas e cinquenta e OITO vezes. Não seis.

– …

– Mi?

– VOCÊ. NÃO. TEM. JEITO ! ! !

– Mas te amo tanto…

– @#$%¨&*!!!!

Tirinha do dia:
Desventuras de Hugo...

“Considerações”

(Sabadão… Ano-Novo… Vida Nova? Dia para divagações…)

Sempre ouço falar das famosas mudanças de Ano Novo. Eu mesmo, aqui neste espaço, já fiz algumas promessas nesse sentido…

Sinceramente? Besteira!

Nós não mudamos nossa essência em função de uma simples alteração no calendário. Somos MUITO mais complexos que isso. As verdadeiras mudanças levam tempo. Ou são pontuadas por momentos especiais, quer sejam tragédias, conquistas ou convicções pessoais. Podem até coincidir com a virada do ano, mas seria tão-somente uma coincidência.

Posso falar com alguma propriedade sobre o assunto. No decorrer de minha vida houveram diversas mudanças. Algumas radicais e outras tão suaves que eu mesmo só as percebi quando parei para pensar no assunto. E hoje percebo que essas mudanças, em sua maioria, estiveram diretamente ligadas com o coração. Nessa vida já tive a felicidade de passar por dois amores e inúmeras paixões. Sim, inúmeras, pois sou da firme convicção que todos se apaixonam o tempo todo, quer seja por pessoas, por coisas, por situações, enfim, sei lá. Mas, ao contrário do AMOR, que é perene, a paixão é fogo, que arde e dilacera, até que vai se aquietando e se apaga de vez ou, como na maior parte das vezes, se transforma numa acolhedora brasa, com a qual convivemos – não sem antes ter deixado algumas cicatrizes ou queimaduras…

Quando pequeno era um dos meninos mais comportados da escola. Daqueles que NUNCA tiveram uma nota abaixo da máxima. Faltar à aula era algo jamais cogitado e a obediência cega aos padrões estabelecidos pela sociedade era o roteiro para uma vida feliz. Isso foi a minha verdade durante algum tempo.

Chegou a adolescência e os feromônios se agitaram!… Uma primeira grande mudança. O cabelo cresceu, o gosto musical se tornou mais ácido e tornei-me um rebelde da causa inaparente. A vida era boa e o futuro simplesmente não existia.

Deixando de lado as paixonites de infância, houve uma primeira grande paixão que realmente mexeu comigo. O nome não interessa, mas isso me fez QUERER mudar, entrar naquele mundo tão diferente do meu, fazer parte, simplesmente. O cabelo foi cortado, a gandaia ficou de lado, a escola voltou a ter importância e o futuro passou a existir, ainda que longínquo. Essa foi a segunda grande mudança de minha vida. E o que aconteceu? Nada. Simplesmente ela não correspondeu àquele sentimento que lhe expus. Apesar da pele de cordeiro, minha fama continuava sendo a de lobo… E mudanças, depois de implementadas, são praticamente impossíveis de se desfazer.

Algum tempo passou, a vida continuou e conheci minha alma gêmea (daquela época). Enamoramo-nos e casamo-nos. A vida era boa e o futuro havia chegado. Mesmo casados por quase dez anos, fomos um mero casal de namorados. E como qualquer casal, o relacionamento se desgastou. Foi uma mudança mais sutil, mas foi uma mudança. Os valores da adolescência foram ficando de lado e a vida adulta manifestou-se no dia-a-dia. De tal maneira que aquela vida “deixou de me servir”. Eu queria mais. Queria mais compreensão, mais parceria, mais vida doméstica, mais desafio profissional. O desfecho final se tornou óbvio: separamo-nos.

E, enfim, casei-me novamente. Amo minha esposa, bem como os três filhos maravilhosos que temos. Reconstrui (mais uma vez) minha vida e hoje temos uma situação, se não ideal, ao menos administrável…

E o que me fez escrever esse texto? Recentemente senti no ar algo que me cheirava a ventos de mudança. Algo impalpável, uma coceira que não passa e não tem como alcançar… E vi-me obrigado a reavaliar muita coisa em minha vida. A primeira impressão que tive foi que eu havia mudado muito no decorrer de tantos anos. Que os interesses já não eram mais comuns e que a solidão – ainda que cercado de pessoas – cada vez mais se fazia presente… Porém, revendo o assunto como um todo, pude concluir que todas essas mudanças pelas quais passei foram na realidade uma evolução. Não quero dizer que evolui para um ser melhor e mais bem acabado; simplesmente evolui. O que sou HOJE é reflexo de TUDO por que já passei. Tanto as coisas boas quanto as ruins. Caso tivesse faltado algo, eu simplesmente não seria a mesma pessoa.

Por mais que me sinta tentado a resgatar uma fase boa que já passou, ora, JÁ PASSOU. Devo, sim, manter presente aquelas características que me tornaram o que hoje sou, mas também devo aprender com minha vida atual e, principalmente, com minha cara-metade. Isso não significa obediência cega – que seria submissão – nem tampouco revolta total – que seria conflito. Não desejo uma coisa nem outra. Mas o caminho do meio. E o caminho do meio implica num trabalho constante e duradouro. Não tem fim! Mutuamente apontar os erros e reconhecer os acertos da mesma maneira que avaliar os próprios erros e comemorar os próprios acertos.

Não pretendo matar ou sufocar minha essência até que seja necessária nova erupção vulcânica de mudanças. E impor meu ponto de vista seria de igual maneira sufocar ou matar a personalidade de outrem. A vida É boa e o futuro voltou a ser longínquo. E é lá que deve ficar.

Problemas existem e sempre existirão. A caixa de Pandora foi aberta e cada vez mais se escancara… Seus males jamais retornarão! A competência de evoluir é intrínseca a cada um de nós para que possamos suplantar – e aceitar – esses “males” no decorrer de nossas vidas. É de uma agradável falsidade achar que a vida já foi melhor e que poderíamos retomá-la de algum ponto no passado. De igual maneira a revolução e o reinício também poderia ser encarado como simplesmente mais uma fuga, se acovardar diante do problema ao invés de enfrentá-lo.

E essa é, hoje, a minha verdade!

TE AMO MI…

O único defeito da mulher

Numa falta de assunto inominável, e curtindo via fone de ouvido as músicas de Ceumar (se ainda não conhece, procure conhecer!), mas para não deixar abandonado esse nosso cantinho, resolvi transcrever um texto que recebi há algum tempo e que gostei MUITO. Segundo consta, seria de autoria de Sérgio Gonçalves, redator da Loducca – se bem que nessas épocas de Internet torna-se fácil duvidar da real autoria de qualquer coisa que nos seja postada…

Se uma memória restou das festinhas e reuniões familiares da minha infância foi a divisão sexual entre as pessoas: mulheres de um lado, homens do outro.

Não sei se hoje isso ainda ocorre. Sou anti-social a ponto de não frequentar qualquer evento com mais de quatro pessoas, o que não me credencia a emitir juízo. Mas era assim que a coisa rolava naqueles tempos.

Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto observando tudo.

Bom, rapidinho verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatômicas. A fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e prioridades.

Explico: do lado masculino imperava o embate das comparações e disputas.

Meu carro é mais potente, minha TV é mais moderna, meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, o meu time é mais forte, eu dou três por noite e outras cascatas típicas da macheza latina. Já do lado oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir.

Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de cerimônia que me deliciava.

Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como fofoca. Discordo.

Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão pelas mulheres. Constatem, é fácil. Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, frequentando e levando bomba no bê-á-bá da vida, as mulheres já chegam na metade do segundo grau. Qualquer menina de dois ou três anos já tem preocupações de ordem prática.

Ela brinca de casinha e aprende a dar um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha que chama de filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma idéia muito clara do que vem a ser isso. Em outras palavras, ela já chega sabendo. E o que não sabe, intui.

Já com os homens a história é outra. Você já viu um menino dessa idade brincando de executivo? Já ouviu falar de algum moleque fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do Imposto de Renda? Não, nunca viram e nem verão.

Porque o homem nasce, vive e morre uma existência juvenil. O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos.

E aí reside a maior diferença: o que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia, é competição. É fuga.

Falo sem o menor pudor. Sou direto. Sou assim. Todo homem é assim. Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui enxergar a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.

Porque toda mulher é linda. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe. É só saber olhar. Todas têm sua graça.

E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones de cafajestismo, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim. Incautas não por serem ingênuas, mas por acreditarem.

PORQUE TODA MULHER ACREDITA FIRMEMENTE NA POSSIBILIDADE DO HOMEM IDEAL.

E esse é o seu único defeito.