Gravando DVDs com legendas (e sem também)

Bem, outro dia já andei comentando como fazer para, num sistema baseado no Windows XP, fazer a gravação de DVDs no formato widescreeen, ou seja, naquela proporção maluca de 16:9 – como explicado bem aqui.

Desde já aviso que, por uma questão de princípios, todos os programas utilizados nessa “brincadeira” são freeware. Caso queira algo com beeeeeeeeem mais recursos basta fuçar por aí que vai encontrar não só um software à altura de sua pretensão como também as keys de ativação ou mesmo outros programinhas chamados keys generators ou até mesmo um crackzinho que vai fazer o perrengue funcionar.

Mas, neste caso, não será necessário.

Em primeiro lugar, e repetindo o que já disse antes, caso encontre na Internet o filme que queira gravar em um DVD e este não estiver no formato correto, utilize o programa RMVB Converter para – adivinhe? – convertê-lo! Por uma série de experiências de ordem prática nestas minhas amadorísticas tentativas já percebi que o melhor formato para gravação é mesmo o AVI (MPEG1). E não se iluda! Mesmo que o filme já tenha sido baixado nesse formato, passe-o pelo programa e salve-o num novo diretório antes de gravá-lo. O programa serve para transformar diversos formatos em outros e não só aqueles baseados em .rmvb, ok? Eis um shot dele:

Muito bem. Você já está com o arquivo no formato correto para gravar. E agora? Hein? Está em inglês, japonês ou outra língua qualquer? Ainda assim não se preocupe. Busque na internet (santo Google, Batman!) um arquivo de legenda que tenha sido feito para o filme que baixou. Muitas vezes quando utilizamos os torrents da vida esse arquivo já vem anexo junto em conjunto de pareio com o arquivo do filme… Usualmente possuem extensões SRT e a melhor forma que encontrei de verificar sua compatibilidade foi através do programa Subtitle Workshop. Nele, ao abrir o arquivo .srt, também será aberto o filme (desde que estejam no mesmo diretório e com o mesmo nome) e será possível alterar, incluir ou excluir as legendas do arquivo, as quais estão referenciadas até por milésimos de segundos ao filme. Abaixo, um shot dele também.

Legal. E agora? O que fazemos com DOIS arquivos, quando queríamos passar ao menos UM para o DVD? Basta fundi-los através do programa DVD Flick. Trata-se de um programa simples, até mesmo sem muitos recursos – mas que dá conta do recado! Para os detalhes relativos à gravação basta clicar no item Guide e (desde que esteja conectado à Internet) seguir o passo-a-passo para gravação. O mais interessante é que, além da questão referente à inserção de legenda, também é possível dividir os áudios – quando o arquivo baixado contiver mais de uma trilha sonora – bem como criar um menu de acesso, ou mesmo já dar conta daquela questão do formato widescreen e outras filigranas mais que só mesmo explorando seus recursos é que dá para descobrir.

Bem, é lógico que não pretendi esgotar o assunto por aqui. Sinceramente, acho que não deu nem mesmo para esquentar. Mas, pelo menos, estão presentes os primeiros passos através dos quais, com alguns poucos programas freeware, aliados a um tanto de curiosidade fuçadorística, qualquer um possa começar a brincar de gravar e editar seus filmes…

Parceria de links e outras perguntas frequentes

Excelentes dicas do Mestre Idelber – ao qual meu modus operandi se assemelha bastante…

Aí vai um post que explica alguns dos princípios que regem a relação deste espaço com seus leitores e com outros blogs. Senti a necessidade de escrevê-lo depois de receber dois emails de pessoas que haviam aberto blogs e me procuraram pedindo a tal fatídica “parceria de links”. Como sabe quem bloga há algum tempo, não há nada que tire um blogueiro do sério como esse pedido. O que era diferente nesses casos é que os dois blogs em questão eram promissores. Mas o pedido é muito brochante. Aí pensei que valeria a pena aproveitar e esclarecer algumas coisas.

1. Podemos fazer uma parceria de links? Mô fio, não peça isso a um blogueiro jamais. Você queima seu filme antes de entrar na roda. “Parceria de links”, pelo menos aqui, não existe. Quando vejo um blog de que gosto, divulgo-o sem pedir nada em troca. Qual a melhor forma de trazer leitores ao seu blog então? Ora, ir armando uma rede de contatos e fazer comentários nos posts sobre os quais você tem algo relevante a dizer. Eu, pelo menos, nunca recebo aqui um comentário de blogueiro ainda não conhecido sem que eu dê uma clicadinha para visitá-lo. Se gosto do que vejo, copio o link para o meu Google Reader. Se começo a lê-lo regularmente, ele passa ao blogroll aí à esquerda. Quando vejo algum post que acho que pode ser do interesse de quem me lê, dou o link aqui no corpo dos textos. O Biscoito linka muito e com frequência há anos. (…)

Caso queira, continue com a leitura completa lá no site dele, clicando bem aqui.

Grub… grub… grub…

E lá estou eu a fuçar na boa e velha máquina que já tem me servido há anos (estou falando do computador, gente!) mas que resolveu, por conta própria, ter “soluços” operacionais. Que vem a ser isso? Bem, a cada um desses malditos “soluços” o computador simplesmente reinicializava, independentemente do sistema que eu estivesse utilizando. Parece que consegui isolar o problema, limitando-o a uma antiga placa de som (não tenho certeza ainda) que entrava em conflito com os sistemas on-board da placa, uma placa de captura de sinal de tv (dessa eu tenho quase certeza), bem como a um dos três HDs utilizados (certeza absoluta). A possibilidade de algum perrengue com os módulos de memória não foi descartada ainda, mas o bichinho vem se comportando bem desde então.

Então temos a seguinte situação: esse computador tem que rodar com três sistemas operacionais. Primeiramentemente, o Windows 98 SE, pois tenho alguns hardwares que só funcionam com ele – em especial um scanner muito bom, que já me acompanha há mais de dez anos, mas para o qual não existe driver em nenhum outro sistema. Segundamentemente, o Ubuntu 9.04, que é o que venho utilizando no trabalho e em fase de padronização em todos os c0mputadores. E, terceiramentemente, o Windows XP, pois tenho alguns programas de captura (da filmadora para o computador) que só funcionam a contento nesse sistema operacional.

Só pra registrar e deixar bem claro: não trabalhamos com Windows Vista em hipótese nenhuma!!!

Então. O perrengue é que instalei o Windows 98. Tudo bem. Instalei o Ubuntu. Tudo bem. Ainda não instalei o XP, mas aí tem o “pulo do gato” para que funcione esse terceiro sistema – e outra hora eu conto sobre isso. Porém, ao contrário de antigamente, quando tínhamos no Linux o gerenciador de boot chamado LILO (Linux Loader), hoje temos o GRUB. Trata-se de uma espécie de “programa” que é carregado na inicialização da máquina e te dá múltiplas opções de inicialização.

Só que o mardito não reconheceu o Windows 98 (guinorânti…).

Bem, se existe um menu de opções, em algum lugar deveria existir também a possibilidade de editar esse menu.

Nesse sentido é indispensável registrar a aula que tive sobre o tema, num artigo de janeiro deste ano, do Carlos Morimoto, que é possível encontrar bem aqui.

Localizado o menu (não sabe como? leia o artigo, pô!) só tive um probleminha de cara. Em função do sistema de permissões do Ubuntu eu não consegui alterá-lo. Tenho certeza absoluta que pelo menos meia dúzia de pessoas ainda vai me dizer algo do tipo “mas é fácil, bastava fazer o seguinte…” – só que meu tempo é escasso e eu precisava resolver logo o problema. Daí a dica para resolver logo uma situação dessas: abra o arquivo, faça as alterações que tiver que fazer, salve-o em um diretório para o qual você tenha permissão de acesso. Depois, logado como root, basta copiar esse arquivo para o lugar do original, sobrescrevendo-o.

Simples assim.

Gravando DVDs – Widescreen (formato 16:9)

Confesso que deu trabalho.

Tudo começou com um filme baixado pelos torrents da vida e que estava em formato widescreen. É que o padrãozão que vemos por aí é 4:3, sendo que esse formato widescreen – que é o 16:9 – é o mesmo que encontramos nas grandes telas de cinema – digamos que “encompridado”…

O primeiro dilema: extensão RMVB.

Bastou dar uma fuçada básica na Internet e baixar (sempre trabalhando com os frees da vida) o programa Real Alternative. Executou perfeitamente o arquivo e na telinha do computador tudo ficou às mil maravilhas.

Só que a criançada também queria assistir.

E uma coisa é você assistir um filme sozinho no seu computador, outra – BEM DIFERENTE – é aninhar no seu minúsculo escritório três pequerruchos com seus 5, 7 e 10 anos para tentar assistir alguma coisa.

Inviável.

Nem tentei.

Melhor seria optar pelo Plano B

– Pódexá. O Papai* vai dar um jeito de passar isso para um DVD, ok? Daí assistiremos todos lá na sala!

Besta que eu sou.

Por que é que eu vivo prometendo essas coisas?

Enfim, aproveitando a calmaria do final de semana lá fui eu passar o filme para um DVD. Uso normalmente um programa simprão de tudo, o PowerProducer Gold, que veio com o leitor de CD/DVD, tem umas funçõezinhas básicas e grava DVDs sem maiores dores de cabeça.

Começou mal.

O programa sequer “enxergava” o arquivo com o filme.

– Ah, é lógico! Tem que estar num formato que ele “entenda”.

E lá vai o Dom Quixote que vos escreve fuçar novamente atrás de um conversor. Tenho certeza absoluta que já existe algum programa desse tipo perdido nas catacumbas do meu computador, mas, do jeito que está (des)organizado,  seria mais fácil achar algo na Internet que no meu próprio disco rígido. Assim resolvi ficar com o RMVB Converter, que não só converte arquivos RMVB para outros formatos, como também de outros formatos para outros formatos. Sei que parece confuso, mas até que é simples. Pra mim, pelo menos, é.

Beleza. Converti o arquivo para MPEG2 e voltei lá para o PowerProducer para gravar o DVD. Gravei. Sem menus, que é para não complicar. Fui checar. Deu merda.

O programa “esticou” a imagem. Transformou o filme em 4:3. E isso, dentre outras coisas, ainda implica na perda de qualidade do vídeo.

E como esse programa é, como eu já disse, simprão de tudo, não consegui encontrar nenhuma opção para alterar esse formato (ou ratio se preferirem). Então o negócio seria arranjar um programa que fizesse a coisa certa.

Fóruns de cá, fóruns de lá, Google, Yahoo, Baixaki, AltaVista, orações, promessas, ameaças, incenso, búzios, despachos, pactos de sangue… Só sei que deu trabalho para achar algo que fosse free e que efetivamente funcionasse. Testei pelo menos uns dez programas. Perdi uma meia dúzia de DVDs. Mas – ufa! – teve um que resolveu.

Trata-se do Express Burn.

Copia discos, grava CDs de áudio, de dados, DVDs, Blu-Ray, HD-DVD e sei lá que outros perrengues mais. Mas, além de tudo isso – e o que mais interessava – é que ele tem um botãozinho ali do lado, simplezinho de tudo: Aspect Ratio.

Indiquei a origem do filme (arquivo do computador), escolhi o formato widescreen e mandei gravar.

Demorado.

Levou pelo menos 2/3 do tempo de execução do filme para concluir a gravação.

Mas, pelo menos, parece que ficou bom.

Agora, se me dão licença, vou me reunir com o resto da criançada, lá na sala, com uma boa bacia de pipocas e curtir esse friozinho de domingo à tarde assistindo um bom (espero) filme…

* Perguntinha digna de Júlio César: por que com os filhos referimo-nos a nós mesmos sempre na terceira pessoa?

Emenda à Inicial: é, com todas as limitações que podem advir de um arquivo de filme que foi compactado ao extremo, ainda assim o resultado final até que foi razoável (sim, sou BASTANTE crítico quanto à qualidade). Na prática isso até me animou para buscar uma ou outra coisinha aí pela Internet… Já ouviram falar do filme Cannonball – aquela corrida maluca com o Burt Reinolds, Roger Moore, Dean Martin, Sammy Davis Jr, Jackie Chan e o impagável Captain Chaos? Tem também o Il buono, Il brutto, Il cattivo – mais conhecido por aqui como Três homens em conflito, ou melhor, O bom, o mau e o feio… Também bastante divertido Smokey and The Bandit, ou então Agarra-me se puderes (tudo a ver, não?) – só de ver aquele Trans Am queimando o chão já tá pago!…

Novo fã do Ubuntu

John C. Dvorak*, da INFO (grifos meus…)

No último mês eu me tornei um grande fã do Ubuntu 8.10 e estou quebrando a cabeça para descobrir por que as grandes empresas ainda não adotaram essa distribuição Linux em todas as suas máquinas. Os milhões de dólares gastos todos os anos com licenças do Windows poderiam ser economizados. E pesquisas do IDC preveem que 2009 será o ano do Linux devido à crise econômica.

No passado, havia tantas particularidades que alguns programas que rodavam em uma distribuição não rodavam em outra, além de todos os problemas com drivers e outras chateações. O Ubuntu 8.1 fez o melhor trabalho, criando um sistema que é compatível com a maioria das máquinas e que roda as aplicações mais populares sem que o usuário tenha qualquer preocupação com drivers. Nunca vi nada melhor e acredito que essa é a primeira distribuição Linux que está pronta para o papel principal tanto no escritório quanto em casa.

Outro problema que atrapalhava o Linux era a falta de uma boa suíte de programas para escritório. Às vezes as pessoas apontavam o OpenOffice.org como uma solução. Mas nunca gostei dele e da desorganização dos seus menus. O clone do PowerPoint do OpenOffice, aliás, era uma ofensa. Alguns desses probleminhas já foram consertados, mas, de qualquer forma, existem soluções melhores por aí.

Há numerosas opções de programas de escritório para Linux e duas delas são realmente notáveis. O AbiWord, que vem junto com o Ubuntu, copia com perfeição o estilo do Word 2003. Só uso ele agora. Se você precisar de algo mais elaborado, pode optar pelo Haansoft Office (49 dólares). Ele imita sem pudor todas as qualidades da suíte do MS-Office, incluindo o PowerPoint. Além de tudo isso, o Ubuntu traz outra vantagem. A maioria das empresas e das pessoas gasta cerca de 50 dólares comprando programas de proteção contra vírus e malware. A medida é desnecessária para quem usa Linux.

Deixe os ataques virem, todos eles estão mirando a Microsoft. O fato relevante é que, como sabemos bem, a Microsoft não é agressiva no desenvolvimento dos seus produtos quando não há competição. A década de estagnação pela qual passou o Office foi mais do que suficiente para que cada empresa asiática ou européia conseguisse criar cópias idênticas do produto da Microsoft. Me espanta o fato de os donos de empresas continuarem a pagar por um monte de código velho. Assumo que muita gente não sabe o que é melhor. Mas com essa crise econômica, eles vão aprender.

A filosofia da Microsoft de dominar o mercado e depois ficar parada, ordenhando a vaquinha dos lucros até que ela seque, contrasta com o comportamento de empresas como a Adobe, que sempre vai melhorando agressivamente os seus produtos. Para mim, é claro que, depois dessa versão do Ubuntu, acabaram-se os dias em que a Microsoft não fazia nada relevante com seu sistema operacional. Eles precisam produzir algo novo e com recursos interessantes. Mas será que vão conseguir?

* John C. Dvorak é um colunista norte-americano e divulgador nas áreas de tecnologia e informática. Iniciou carreira em 1980, como colunista de diversas revistas. Pelo menos desde 1994, o peso de sua influência, de “mais famoso jornalista de informática e computadores” é conhecido por seus artigos especulativos e provocadores.

Destravando DVDs (de novo)

Muito bem crianças, vamos a mais uma aulinha…

Acontece que, apesar das dicas que já foram dadas aqui, de vez em quando ainda surge um ou outro DVD que não possibilita que se faça uma cópia de segurança – ou, ao menos, uma “cópia para avaliação… perpétua”.

Para esses casos – e após uma leve fuçada internetística – encontrei o AnyDVD (cujo download de uma cópia de avaliação pode ser feita no Baixaki). Eis sua descrição:

O AnyDVD funciona como um controlador que desencripta de forma automática e em plano de fundo, qualquer DVD de vídeo.

O DVD aparece como desprotegido e sem código regional para qualquer programa e para o próprio sistema operativo.

Daí, com o bichinho instalado e funcionando em segundo plano, ainda que apenas na versão trial, basta usar seu programa de cópia favorito – no meu caso, o DVD Shrink – e seguir o caminho da roça, como se fosse qualquer outro DVD “normal”.

Simples assim.