(sexta-feira chuvosa!)
Da série “das promessas inexequíveis para o ano novo que se aproxima”:
“II – Nunca mais deixar acabar a gasolina do carro.”
Acabou a gasolina no meio do caminho.
De novo.
Merda.
(sexta-feira chuvosa!)
Da série “das promessas inexequíveis para o ano novo que se aproxima”:
“II – Nunca mais deixar acabar a gasolina do carro.”
Acabou a gasolina no meio do caminho.
De novo.
Merda.
(quinta-feira mal dormida…)
Hoje dou início uma série de compromissos que, volta e meia, devo retomar aqui: das promessas inexequíveis para o ano novo que se aproxima…
“I – Nunca mais dormir no sofá da sala.”
Eu sinceramente não sei que compulsão masoquista é essa que me leva a dormir naquele sofá. Não, não foi a Dona Patroa que me deixou de castigo. Eu simplesmente começo a assistir a um filme, ou ler um livro, ou até mesmo ficar ali de bobeira… Dou uma piscadinha, uma fechada d’olhos rápida… e pronto! Hoje já virou amanhã. E a coluna ficou no ontem.
Antes até tínhamos um sofá que comportava meu nobre porte. De tecido. Bem acolchoado. Macio. Confortáááável. E que foi destruído pelas crianças… Já o que temos atualmente, se é que não pode ser considerado um modelo infantil, estaria bem próximo disso.
Veja bem (sim, é um advogado que vos fala): eu tenho cerca de 1,90m e o sofá – NO MÁXIMO – 1,70m. Só ai já temos um problema de conjuntura, ou melhor, de desconjuntura, pois alguma coisa sempre fica no ar. Ele é revestido de courvin ou napa ou algo que se assemelhe a isso. De cor escura. Ótimo para as crianças, pois sujou, passou um paninho úmido, tá novo. Agora imagine passar a noite inteira num desses. Uma dessas noites quentes que tem feito ultimamente. Só aí a pele já gruda de tal maneira que, quando levanto, me sinto um frango desossado. A parte do osso, pois o resto ficou grudado.
Além de quê, o danado é curto. Isto é, se eu deito de costas não posso virar de lado, se deito de lado não posso virar de bruços, se deito de bruços nem um guindaste me tira dali no dia seguinte.
Dormir num sofá desses é humanamente impossível, fisicamente imcompatível, moralmente discutível, juridicamente indefensável. E por que continuou fazendo isso? Sei lá, quando vi já foi. Por isso uma das promessas que faço para o ano de 2005 é NÃO DORMIR MAIS NAQUELE MALDITO SOFÁ!
OU comprar um sofá novo, quem sabe…
Ah… Eis que chega dezembro, trazendo a presença daquele que é aguardado durante todo o resto do ano: O DÉCIMO-TERCEIRO SALÁRIO!!!
Bão, continuando o assunto de ontem, eis um outro blog interessante para se dar uma olhadinha: http://www.renata.org. Segundo sua própria autora (que completa 25 aninhos HOJE), as desventuras de uma programadora e/ou arquiteta de sistemas, nerd assumida e bailarina frustrada…
Lidando com muitas pessoas no dia a dia de meu trabalho me vem a mente aquela oração: “Deus, eu lhe peço sabedoria para entendê-los, amor para perdoá-los e paciência pelos seus atos, porque, Deus, se eu pedir FORÇA, eu bato neles até matar…”
E um pequenino comentário digno de Legolas: “arcus nimis intensus rumpitur” – o arco muito retesado se parte. Como sempre, o difícil é seguir o caminho do meio…
– in itinere –
Em complemento ao que foi pro ar hoje, segue uma Calculadora de IMC e Calorias Diárias pra você saber a quantas anda seu peso. Cortesia pinçada do site da Renata. Basta clicar aqui.
Ontem tive a oportunidade de assistir o filme Tróia. É um bom filme, com uma fotografia impressionante. Como dito numa crítica, a caracterização e interpretação dos personagens é tão boa que torna crível a história. Um épico comparável a Gladiador e Coração Valente.
Mas, de fato, o que eu gostei é que foi uma história de seres humanos. De política, intriga, megalomania, mas de seres humanos. Não se buscou a “interferência divina” para justificar determinados atos ou consequências da Guerra de Tróia. Até mesmo a questão do “calcalnhar de Aquiles” foi contada de uma maneira tal que deixa margem à interpretação divina que chegou aos nossos dias.
Donde reitero o que já disse antes em algum momento: o importante não é a história em si, mas a maneira de contá-la… Todos já conhecíamos essa história, bem como seus personagens – já sabíamos inclusive o final! Porém a maneira pela qual foi contada se deu sob um novo e interessante enfoque.
A única curiosidade (pra mim, pelo menos) foi o ator que interpretou Páris, o que raptou (veja bem, juridicamente falando, RAPTOU mesmo, não sequestrou) Helena. Durante todo o desenrolar da trama ele me pareceu familiar. Mas somente o reconheci quando, já no final do filme, retesou o arco para disparar uma flecha em Aquiles. Inconfudível. Foi o mesmo que interpretou Legolas, em O Senhor dos Anéis. Aliás ele ficou bem melhor de elfo…
Falando nisso, estou quase acabando de ler o segundo livro da trilogia de O Senhor dos Anéis (valeu, Elaine! – você tem o terceiro, não tem?). Definitivamente não existe nada que substitua um bom livro. Sua transposição para a telona às vezes ajuda, mas os detalhes de uma boa leitura são infinitamente melhores. Até aluguei de novo os filmes 1 e 2 para revê-los, agora com uma possibilidade crítica bem maior.
Por fim, de resto, vamos levando. Nessa correria do dia a dia não dá muito tempo pra divagar, entre pilhas de processos e desmantelamentos de salas, sobra somente a madrugada pra uma ou outra leitura e pesquisa (certo, Clóvis?). O que anda correndo de interessante é um novo Projeto de Lei, de número 4269/2004, da autoria de um deputado do PTB, propondo a extinção do pagamento de assinatura básica e taxa de consumo mínima para as empresas prestadoras de serviços de telefonia, água, energia elétrica, gás, e televisão por assinatura. É um projeto, assim, “simprão de tudo”, mas se sobreviver aos lobistas vai trazer um inominável benefício para todos. Se quiserem checá-lo na íntegra, inclusive com a justificativa, basta acessar o site da OAB-SP.
Bem, após longo e tenebroso… Verão, eis-me aqui de volta…
Muita coisa tem acontecido e fica difícil conciliar tudo. Mas, como minha amada, idolatrada, salve, salve, esposa costuma sempre dizer: “você reclama, mas gosta dessa doideira!” É. Ela tem seu quê de razão. Eu gostcho… Às vezes me canso, reclamo, esperneio, mas no fundo, no fundo, acho que não saberia como seria ter uma vidinha pacata, regrada e tranquila. Essa inconstância do caminho dá um certo sabor de estar vivo.
Falando em caminho. Hoje, logo pela manhã, ao subir as escadas de meu trabalho, uma colega me perguntou: “E aí? Preparado?” – ao que retruquei – “Pra que messss?” e ela: “Ora, pra mais um dia…”
A resposta que dei me fez lembrar algo que já escrevi por aqui. Eu lhe disse: “E quando você sai na estrada, tem como estar preparado para alguma coisa? O negócio é seguir em frente. Você não sabe o que te aguarda, se um buraco, se um acidente, se uma curva, ou até mesmo uma bela de uma retona pra poder pisar fundo. Não dá é pra deixar o carro parar. Desde que ele continue andando, vamos tocando…”
Minha recente vida profissional – e pessoal – tem sofrido sérias mudanças. Algumas a serem comemoradas, outras a serem lamentadas. Mas temos que continuar nosso caminho. Encruzilhadas virão, retornos e desvios também. Mas o negócio é seguir em frente, não só dando o melhor de si, mas também jamais fechando portas, sem levar pro lado pessoal. É certo que também não dá pra se ter sangue de barata, levar desaforo pra casa, nem pensar! Mas tudo deve ser beeeeeem comedido…
E qual o caminho a seguir? Não há resposta pra isso, pois o caminho é construído no dia a dia. Numa das inúmeras listas de discussão que participo, o Aristóteles (grande Tote!) me veio com uma citação, pelo que entendi, de Ataualpa: “caminhante: não há caminho – o caminho se faz caminhando”.
E esse é o caminho a seguir.
Continuar em frente.
Sem parar.
Sempre.
Sim, sim, eu sei… Já passou da hora de dar uma atualizada por aqui, mas estou MUUUITO atribulado no trabalho… Mil assuntos passam pela minha cabeça, mas simplesmente não está dando tempo. Me aguardem pro final de semana!
[ ]s!
Se tem uma coisa que eu adoro são as metáforas. Sem sombra de dúvida elas ajudam – e muito – sempre que tento expor alguma idéia um pouco mais complexa. Principalmente na minha vida profissional, pois, juntamente com a usual explicação em “juridiquês” costumo aplicar alguma metáfora que auxilie na compreensão da idéia que tento passar. De preferência na área de atuação de meu interlocutor, ou seja, se engenheiro civil, comparo com obras, se bancário, comparo com o dia a dia de um banco, e assim por diante.
Aliás, ante a pompa que alguns colegas de profissão costumam apresentar, acho até que a utilização de metáforas deveria ser matéria obrigatória na faculdade… Algum tipo de “Metaforês Forense”, ou “Metáfora Jurídica”, ou até mesmo “Juridiquês Metaforado” (essa foi horrível!)…
Mas sobre o que falávamos? Ah, sim! Metáforas…
Essa pequena introdução veio somente para ilustrar uma conversa que tive dia desses com minha caríssima metade, que ainda não se decidiu se encontra-se em depressão leve, chateação profunda, ou ainda resquícios puerperais. Segundo ela, estava difícil de “pegar no tranco”, pois, mesmo sem querer, acabava ficando pensando na vida, se auto-analisando, porém sem chegar a conclusão nenhuma. Uma espécie de ciclo vicioso, uma espiral sem fim.
Daí veio a comparação. No melhor estilo de Garfield buscando o sentido da vida (não, Monthy Phyton, não), e pensando no meu velho carrinho que – ufa! – já passou da eterna fase de oficinas, disse-lhe que a vida seria como um carro relativamente velho que ainda está rodando. Não nos cabe perguntar COMO exatamente ele funciona ou o porquê de estar rodando, desde que ele continue nos levando pra cima e pra baixo. É certo que existem alguns barulhos estranhos, às vezes solta um pouco de fumaça, puxa um pouquinho pra esquerda, o banco não é lá muito confortável, mas CONTINUA ANDANDO!
O que ela estava fazendo era nada mais nada menos que, com o carro de sua vida funcionando, parando o veículo, sentando no meio-fio e pensando nos problemas dele: “O que será esse barulho?”, “Será que conseguirei trocar o banco por outro mais confortável?”, “Será que o motor vai fundir por causa dessa fumaça?”. Isso quando não ficava pensando na própria trajetória: “E se tiver um buraco lá na frente? Ou um acidente? Ou um congestionamento?”.
Ressaltei-lhe que nada disso importa, UMA VEZ QUE O CARRO CONTINUA ANDANDO! Adversidades com certeza virão, mas fazem parte do trajeto. Fazemos uma manutenção preventiva de quando em quando, mas não encostamos o veículo na oficina por causa disso. QUANDO e SE o carro parar, aí então vamos correr atrás do motivo e fazer o máximo para que ele volte para a estrada o mais rápido possível.
Desde então, sempre pela manhã conversamos sobre a situação daquele dia… Quem nos ouve pensa que é uma conversa de loucos: “E aí como está?”, eu pergunto. “Pneu furado, mas ainda não está vazio”, ela costuma responder, ou então alguma outra metáfora do gênero. E me devolve a pergunta e eu também respondo a altura. E assim vamos levando. Creio que é humanamente impossível ter nosso veículo da vida funcionando perfeitamente, pois sempre vão existir pequenos reparos a serem feitos. Mas o que importa é que O CARRO CONTINUA ANDANDO!