Cabô?…

Cabô? Assim, tão fácil? E onde estaria agora aquele tal de vidente que previu um resultado diferente desse? Onde estão as galhofas e ofensas acerca do Presidente? Onde está a arrogância? Onde está o ar de superioridade?

De minha parte não sei, nem quero saber. Cada qual tem a justa consciência de seus atos. Tudo que quero (e que espero) é uma continuidade do que vem sendo feito pelo social neste país que tanto amo. E que, doravante, todos consigam sentar à mesma mesa e resolver pacificamente as intransigências políticas que, com certeza, haverão de surgir.


(Discurpa, mas ieu num pudi arresisti…)

A gota d’água

Há apenas dois dias recebi (assim como uma grande quantidade de internautas) um texto chamado “É assim que me sinto, e você?”, supostamente de autoria de Arnaldo Jabor. Pelo próprio palavreado chulo utilizado, de imediato já daria pra quaisquer pessoas – até as menos esclarecidas – perceberem que o texto é um embuste. Pra mim trata-se de mais um dos famosos casos de autores apócrifos que não têm a coragem de sequer sustentar a própria palavra e procuram nomes famosos numa tentativa de dar credibilidade a pensamentos ignóbeis.

Mas, pior que isso, são as pessoas que crêem piamente em tais lorotas e ajudam a difundir pela Internet como se fosse a mais sagrada verdade…

Não, não vou reproduzir o tal texto aqui. Basta dizer, numa apertada síntese, que o autor desceu a lenha no Lula (num nível de xingamento, mesmo), dizendo que vota no outro candidato porque ele (autor) não recebe nenhum dos benefícios sociais do governo, apenas se considera um “fornecedor de dinheiro” e, em suma, tem vergonha de morar neste país.

Acontece que minha amada, idolatrada, salve salve Dona Patroa também recebeu esse texto. E enfureceu-se (como ela tem 1,53m de altura, e como todos sabem que baixinhos são invocados, bem… dá pra imaginar, né?). Simplesmente reduziu a termo toda sua indignação e postou de volta pra lista de todos que haviam recebido o tal texto.

Abaixo transcrevo essa resposta:

Como estamos num país democrático, discutir é salutar, ao contrário do colega que se manifestou abaixo, discordo da sua posição por vários motivos: A sociedade é como um corpo humano, se um dos membros padece, todo o resto vai mal, porque queiramos ou não, fazemos parte de um todo. Já se perguntou o porquê da violência, da criminalidade, etc? É porque a grande parcela da população é pobre ou miserável, não tiveram a oportunidade de estudar, ter um emprego decente, e como vc mesmo disse, sequer tem alguma cultura discernitória. E o que cabe à quem detêm o poder? Ao menos amenizar o grande abismo da desigualdade social, estamos num país onde muitos poucos detêm riqueza e a grande maioria sequer tem acesso a atendimento básico como saúde e educação. Apoio o governo petista, não porque seja Lula, até porque um partido não se faz só de uma pessoa, mas de um conjunto de ideologias, e a ideologia do PT não se restringe a um José Dirceu, ou qq maçã podre que sempre tem no meio. Mas ao ideal de uma sociedade mais justa, onde a riqueza seja distribuída, onde a pequena classe de privilegiados não seja apenas o opressor e explorador, onde o governo seja interventor para que o povo tão sofrido e desprovido de quaisquer recursos, sejam eles materiais, educacionais, institucionais, seja o agente ao menos atenuador do sofrimento do povo, e creia-me meu amigo, as pessoas simples que moram no sertão do nordeste ou nas favelas de São Paulo não o são por opção, mas sim por falta de opção. O governo deve prezar para que o povo tenha um mínimo de dignidade, que a educação, principalmente, deve ser acesso de todos, para que o povo tenha o discernimento, inclusive político. E numa progressão continuada como o do Estado de São Paulo, onde crianças se formam no colegial, analfabetas (e isso é fato), onde os professores não tem sequer autoridade para educar seus alunos, a coisa vai mal, muito mal. Se todos não deixássemos de olhar o seu próprio umbigo, e olhar para o corpo todo, não precisaríamos morar em casas com grades, com uma espécie de toque de recolher. Talvez os bandidos que estão a sua espreita, ou o menino de rua que lhe pede trocado, lhe incomodando, estivessem trabalhando e produzindo se toda a sociedade contribuísse para que o acesso aos meios de seu desenvolvimento lhe fosse permitido. Sim, apoio o Lula, porque nesse país de miseráveis, nunca houve tantos programas sociais para que todos os membros da nossa sociedade tenham o direito de estudar, comer, ser atendido na saúde. Caso vc não se lembre, até um tempo atrás, o finado INPS só tinha acesso quem pagasse a previdência, a Universidade pública era somente para aqueles que tinham condições de pagar uma escola particular e o caríssimo cursinho vestibular; é preciso sim, interferência do governo, porque sem isso, o abismo da desigualdade social só tende a crescer, e vc terá que colocar mais grades na sua janela. Pense menos no seu umbigo e pense mais no social”.

ELIANA MIEKO MIURA

Lúcida. Ferina. Brilhante.

E aí? Deu pra entender o porquê amo tanto essa baixinha?…

A transcrição / A coragem por baixo do pano

Tendo aprendido o caminho para o Blog do Mino Carta, por indicação do Zé Luiz, e pra não ter que repetir o que já foi dito pelo próprio lá no Lente do Zé do dia 15, bem como no Alfarrábio do dia 17 sobre o comentário do Luis Nassif acerca do episódio publicado na revista Carta Capital (e mais ainda pode ser visto no site Vermelho), seguem dois interessantes comentários do Mino feitos hoje:

Paulo Henrique Amorim divulga em seu blog, no iG, a transcrição da gravação da conversa do delegado Bruno com os repórteres da Globo, Folha, Estadão, O Globo e Jovem Pan. Naquela fatídica véspera do primeiro turno, quando o Jornal Nacional divulgou a foto do dinheiro do dossiê, antecipando a imagem à noticia do acidente com o avião da Gol. Ali morreram 154 pessoas, mas a turma do plim-plim achou a foto da lavra do próprio Bruno mais importante. Aqui vai outra informação das mais representativas dos comportamentos globais. No dia 28 de setembro, o infatigável delegado entregou as fotos ao repórter da Globo que atende pelo sobrenome de Tralli, o qual, solerte, as entregou aos superiores. Logo a emissora tomou a decisão de evitar ser acusada de repetir a ação golpista perpetrada contra Lula em 1989, na vergonhosa manipulação do debate com Collor. Donde, sugeriu ao Bruno que chamasse os repórteres de outros jornais e emissoras, e que repartisse o tesouro entre eles. Diligente, o delegado atendeu a sugestão no dia seguinte.

Estou a descobrir o valor da Internet. A reportagem de capa de Carta Capital, de autoria de Raimundo Pereira, conta aí com uma repercussão impressionante. para este velho jornalista ainda preso à Olivetti e temeroso do computador, capaz de engolir a humanidade em peso pela bocarra do vídeo, é surpresa encantadora. É deslumbre. Mesmo porque a larga maioria daqueles que se manifestam louva a reportagem de CartaCapital. Algo assim como 95%.

Além disso, o meio se oferece à aprovação de alguns entre os jornalistas que honram o jornalismo brasileiro, tão feroz na defesa dos interesses da minoria pela ação de tantos outros.

Cito, entre os colegas que respeito e agradeço, Paulo Henrique Amorim, Luís Nassif, Tão Gomes Pinto, Teresa Cruvinel. Quero também citar Luiz Weiss, de quem não tenho, infelizmente, boas lembranças, remotas, a bem da verdade, e que neste momento porta-se, a meu ver, com extrema dignidade.

O jornalismo on-line, ao menos no Brasil, é melhor do que o impresso e o eletrônico.

“Mensagem para você”

Joselani SoaresEm mais um habitual copy & paste do Alfarrábio (juro que não é falta de criatividade!) temos uma mensagem recebida de uma amiga em comum, a repórter Jôse, que aproveitou uma noite de insônia e inspiração para um bom desabafo que pode render uma também boa reflexão.

Esta msg é para vc…

Esta msg é para vc que nunca gostou do Lula/PT ou que passou a não gostar depois desses quase quatro anos de governo, principalmente por tomar conhecimento de casos de corrupção trazidos à tona nesse período.

Esta msg específica não visa mudar seu voto. Vivemos em uma democracia (obtida a duras penas, vale dizer) e vc tem todo o direito de dizer que vai votar no Alckmin. Mas peço, por favor, que não justifique seu voto falando em “limpar” o Brasil de políticos corruptos, de resgatar a moralidade e a decência do país. Não, por favor.

Falar que vai votar no PSDB/PFL para “limpar o Brasil da ‘corja do PT'” é o mesmo que dizer que vai fazer faxina em sua casa utilizando excremento.

Por favor, pelo bem da moralidade e da decência, justifique seu voto no seguidor da Opus Dei, admitindo que não se importa com as privatizações que virão –o que, segundo Eduardo Galeano, significam a humilhação para a soberania de uma nação vendida a preço de banana.

Justifique seu voto admitindo que não se importa com o fato de a coligação PSDB/PFL pouco ou nada fazer para tentar diminuir a desigualdade social em nosso país (aliás, que se lixem os pobres, né não?).

Justifique seu voto admitindo que até podem ocorrer caso de corrupção, mas desde que a população não fique sabendo, afinal, é muito chato viver em um país com tantos escândalos, com tanta notícia de atos sujos em nossa política. Mas quanto a isso, realmente podem votar em paz, atos de corrupção não chegarão a ser chamados de “escândalos”, porque grandes veículos de imprensa são direta ou indiretamente ligados a grupos políticos como PSDB/PFL e por isso não terão interesse em divulgar (vide caso do dossiê: a origem do dinheiro é uma busca incessante, enquanto que o conteúdo do objeto de desejo de membros do PT não é sequer questionado. Estranho pensar que alguém pode querer pagar tanto por tão pouco…) e que políticos pagos (PSDB/PFL sabem o que é isso, pois souberam comprar a aprovação da reeleição para beneficiar FHC) não irão denunciar, e poucas (talvez nenhuma?) CPIs serão instaladas. Aliás, que tédio ver os telejornais mostrando aqueles depoimentos intermináveis no Congresso! Fora as notícias constantes de propinoduto, caminho do dinheiro sujo…

Enfim, para vc que não fez qualquer movimento pelo voto nulo (seria uma chance para vc tentar mudar o processo eleitoral e livrar o país de tantos escândalos) ou não optou por qualquer outro candidato/partido que não estivesse envolvido em casos de corrupção, não venha falar em limpeza/decência/moralidade na hora de justificar seu voto na coligação PSDB/PFL.

Como foi dito no início, essa msg não quer mudar seu voto, mas caso esteja em dúvida sobre qual o mal menor para o país, compare propostas (descubra quais são as do “desafiante”) e os números do atual governo com os oito anos comandados pela frente PSDB/PFL e faça o julgamento. Isso pode ajudar a obter novos e concretos argumentos para a justificativa do voto.

A não ser que queira falar como o senador Jorge Bornhausen (PFL) quando disse: “Vamos acabar com essa raça”, referindo-se ao PT. Dessa maneira simplista de “limpar” nosso país, não resgatamos valores como decência e moralidade e caímos em um discurso demagogo e vazio. Nada mais.

Joselani Soares

Eleições 2006

Algumas surpresas (pelo menos para mim) tomaram conta dessas eleições de 2006.

Por exemplo, a questão do segundo turno no pleito presidencial. Não achei que fosse rolar. Do meu ponto de vista Lula já teria levado fácil, mas faltou um tiquito de nada, foi ali na curva do bico do corvo. Paciência. Ao menos o que me consola é que, normalmente num momento como esse a esquerda se une (pois quem é de esquerda simplesmente não vota nos Xuxus da vida), e – salvo algum desastre antinatural – Lula ganha no segundo turno.

Bem, pra quem não sabia, nem preciso falar que sou petista, certo? Mas não sou xiita. Ou seja, independente de qualquer coisa, há que se perceber que tivemos, sim, progresso e estabilidade nos últimos anos (alguém aí se lembra do “apagão”?)… E em time que está ganhando não se mexe, já é a máxima futebolística. Em vez de encher Brasília com um monte de gente nova que vai fazer um verdadeiro laboratório por aquelas paragens, prefiro sinceramente deixar quem já tem experiência, que já fez seu “estágio” e que pode dar continuidade num Plano de Governo.

“E a roubalheira? E os escândalos?” – é o que sempre perguntariam uns e outros. ALÔ-ÔU! ACORDEM! Isso já vem desde a época do Império! Não se justifica, é óbvio, mas é imprescindível perceber a dificuldade de se quebrar paradigmas arraigados no que há de pior na política nacional. A única diferença entre o que veio a público recentemente e os governos anteriores é que a mídia foi mais focada, deu mais cobertura. “Escândalos” não são privilégio nem do PT, nem de Brasília. Desafio a qualquer um, em qualquer ponto do Brasil, independente do partido que esteja a frente de seu Estado ou de seu Município, que me aponte que NUNCA houve um escandalozinho por menor que fosse aí em sua região. Infelizmente, assim como os políticos despreparados e aqueles que não cumprem a própria palavra (ainda que registrada em cartório), isso faz parte da política brasileira.

Outra surpresa inesperada foi a eleição de Fernando Collor de Mello para o senado pelo Estado de Alagoas. Sim, aquelle mesmo, de 92. Não houve escândalo nem roubalheira maior na política nacional até hoje, e, mesmo assim, o caboclo está lá. E pra quem não se lembra, no senado o mandato é de oito anos. E o Maluf, então? Deputado Federal mais votado, com quase 740 mil votos! Por essas e outras que às vezes realmente dá vontade de jogar o título fora…

No mais, eu sabia que a Ângela Guadagnin teria uma redução dos votos pelo equívoco da malfadada “dança” (já falei disso antes por aqui), mas cair para o 120º lugar, com aproximadamente 38 mil votos, foi meio forte. Assim como a expressiva votação do Emanuel Fernandes. Tá certo que ele não é do mal, mas quem acompanhou de perto seu governo frente à Prefeitura de São José dos Campos, sabe que ele não passa de “morno”. Mas daí à expressiva votação que ele teve, também foi uma surpresa.

Já no Estado de São Paulo, a votação de Carlinhos de Almeida não foi nenhuma surpresa, com seus poucos mais de 94 mil votos. Alguns outros candidatos profissionais da região, tanto a nível estadual quanto a nível federal, apesar de suas tentativas não obtiveram votação suficiente pra um espirro. Em alguns casos, uma pena.

Bem, em suma, é isso. Agora aguardemos a batalha do segundo turno…

Riqueza e pobreza

De uma conversa hoje de manhã com um amigo, copoanheiro e filósofo de plantão (preciso mesmo citar o nome?), na qual ele me descrevia o contato que teve com uma moça do Zimbábue que anda por esta terra brasilis em função de um intercâmbio feito por rotarianos, lembrei-me de uma antiga frase – ainda da época de minha adolescência – e que continua atualíssima. É LÓGICO que não me lembro da autoria dessa pérola. Apesar de dar um nó na cabeça numa primeira leitura, faz MUITO sentido. Ei-la:

“Os pobres dos países pobres são mais pobres que os pobres dos países ricos. Entretanto, os ricos dos países pobres são mais ricos que os ricos dos países ricos…”

Horário Eleitoral Gratuito

Realmente. Se fosse pago, COM CERTEZA, ninguém ousaria se expor da maneira como faz a grande maioria dos candidatos. Confesso que ontem, pela primeira vez, tive a pachorra de assisti-los. Também confesso que cochilei antes do final…

O que primeiro me chamou a atenção foi a necessidade de chamar a atenção que é demonstrada pelos candidatos. Mas, para situá-los no meu raciocínio, antes vamos a um pouco de história genealógica: há alguns séculos a maior parte do povo simplesmente não tinha o que hoje denominamos sobrenome. Esse tipo de coisa somente era uma constante na realeza, que vivia traçando sua ascendência para comprovar a “nobreza” de sua estirpe. Mas o povo, de uma forma natural, começou a necessitar de uma identificação familiar, algo que caracterizasse seus descendentes. Daí foram traçadas as primeiras tentativas de se destacar em seu meio, quer seja através de sua ascendência (Robson, filho de Rob), de uma característica natural (Oswaldo, o vermelho; Sebastião, o coxo), de sua profissão (Adriano, o ferreiro), da localidade em que morava (José, dos campos), enfim, algo que identificasse de forma exclusiva aquele determinado núcleo familiar. É lógico que com o passar do tempo e a miscigenação foram surgindo variantes e adaptações fonéticas que perduram até os dias de hoje.

Mas o porquê desse assunto? Simples. Na identificação dos candidatos pode-se perceber claramente que eles procuram desesperadamente chamar a atenção para si, tentando destacar-se dos demais, através de alcunhas “exclusivas”, como fazia o povo de antigamente. Daí surgem os candidatos “perueiros”, “doutores”, “pipoqueiros”, “fofões”, etc, etc, etc.

Outra maneira pela qual procuram fazer isso é dizendo o óbvio. Prometem regularizar, regulamentar ou defender coisas que até mesmo a propria Constituição já faz! Isso quando não trazem frases do tipo: “fui eu quem apresentou tal projeto de lei” – ou, pior ainda: “eu votei a favor no projeto de lei tal”…

Oras bolas! Depois de tantos ANOS no poder era de se esperar que tivessem feito alguma coisa, não é?

É nítido o despreparo de uma grande parcela dos candidatos. Alguns mal conseguem se expressar, e nos casos extremos ainda surge alguém um pouco mais “famoso” e fala pelo candidato! Será que alguém votaria numa pessoa assim? Será que ele próprio votaria em si mesmo?

Outro detalhe comicamente curioso são os candidatos do Prona (vulgo “meu nome é Enéas!”). Será que para se filiar ao partido eles são obrigados a fazer um cursinho pra falar daquele jeito? Não importa se jovem, velho, homem, mulher, seja lá o que for, todos eles trazem exatamente o mesmo tipo de discurso entusiástico. Burlesco e caricato. Mas entusiástico.

De um modo geral, as promessas continuam vazias. Muitos se propõe a consertar esta ou aquela situação, mas simplesmente não dizem COMO irão fazê-lo. É fácil criticar algo que existe e dizer que fará diferente. Mas prestem atenção nas entrelinhas e nas letrinhas miúdas: há que se ter uma proposta concreta, factível; caso contrário teremos pura e simplesmente mais uma promessa de político em campanha…

Hoje tentarei assistir novamente – se não estiver muito cansado tenho certeza de que darei boas risadas!

De minha parte, votarei nos mesmos candidatos nos quais já votei anteriormente. Afinal de contas, acompanhei sua trajetória e sei o que eles fizeram no verão passado. E vocês? Lembram-se em quem votaram? Sabem o que eles têm feito?