Shall we dance?

Muito mais que um filme.

Somente assim posso defini-lo…

É o conto de um advogado – bem sucedido, até – estagnado em sua vida, mas que nem se apercebia disso. Seu trabalho, seus filhos, seu dia-a-dia, seu relacionamento. Estagnados. Todos.

Então, eis que um lampejo surge!

Uma alma gêmea? Distante. Presa em sua própria dor. Triste. Solitária. Estagnada.

Munido mais de ousadia que bom senso ou mesmo coragem, ele decidiu correr atrás daquela pequenina chama.

E acabou por se descobrir capaz de, por si só, produzir uma chama muito maior!

Há humor. Há compaixão. Há ternura. Há tensão.

E, a seguir, um dos momentos mais tensos do filme…

 
Mas, como eu mesmo já disse antes, “o mundo é feito de escolhas; toda escolha leva a uma decisão; toda decisão traz consequencias. É bom ter isso em mente…”

E foi necessário que nosso herói descobrisse onde estava para que pudesse descobrir onde queria estar.

E sair daquela estagnação.

E compartilhar sua própria chama…

 
Impossível não se emocionar.

Afinal, “todo mundo precisa de alguém para resgatar e por quem possa ser resgatado”

Enfim, assistam.

Será que ele é?

Esse é o título “traduzido” do ótimo filme In & Out, de 1997, estrelado por Kevin Kline.

Nos últimos dias tenho apresentado para a criançada um pouco de “humor das antigas” (tá, nem tão das antigas assim…). Recentemente já passamos pelos O quinto elemento, Um tira no jardim de infância e, ainda ontem, Será que ele é.

Como já disse antes, nestes dias frios a Sessão Pipoca tem rendido bastante!

Agora, voltando ao filme (que talvez fosse até perigoso se lançado na atualidade, nestes dangerosíssimos tempos extremistas do politicamente correto), imaginem se um pacato professor secundário de uma pequenina cidade do interior, há poucos dias de seu próprio casamento, tivesse uma notícia alardeada por um ex-aluno – e em rede nacional de televisão – de que ele, professor, é… gay! Ainda que todo mundo acredite em sua palavra – desde que ele efetivamente se case – não é difícil imaginar um transtorno após o outro até que ele descubra sua verdadeira sexualidade…

A sequência a seguir (com uma intepretação fenomenal), quando o professor resolve ouvir uma fita de “auto-ajuda para masculinidade”, na minha opinião é uma das melhores – senão a melhor – do filme!

Ah, e um detalhe importantíssimo: tanto a criançada se divertiu com o filme, quanto também acabou rendendo um pequeno discurso paterno aos atentos petizes acerca do que é o homossexualismo e a importância de que não tenham pré-conceitos (e muito menos preconceitos) de nenhuma espécie com quem quer que seja…

Frase de cinema do dia

Isn’t everything we do in life a way to be loved a little more?

Celine
Before Sunrise (1995)

Mas tudo o que fazemos na vida não é uma tentativa
de sermos amados um pouco mais? )

Já fazia um bom tempo que eu tinha esse filme salvo nas catacumbas de meu computador… Mas, não sei dizer o porquê, ainda não o tinha visto. Finalmente ontem sentamo-nos para desfrutar dos maravilhosos diálogos filosófico-existenciais de um casal que teve apenas um dia na vida para desfrutar um ao outro. Ótimo! Sensível, bem humorado, romântico, de uma leveza ímpar!

Chaplin

Bem, na atual conjuntura, tendo emendado as férias com a cirurgia, estando total e completamente confinado em “prisão domiciliar” (não tem outro nome pra se dar quando a gente não tem sequer como se locomover por causa da tala e dos pontos), então, juntamente com os livros que me têm feito companhia – e já estou até colocando em dia aqueles permanentemente quatro ou doze livros em aberto – o negócio é (re)ver bons filmes em casa.

E somente aqueles que gosto/gostei…

Chaplin, de 1992, conta a vida de um dos maiores gênios do cinema, retratada desde a sua infância pobre até o recebimento de um Oscar Especial. O filme foca também suas várias ligações amorosas e os problemas de ordem política, que o levaram a ser expulso dos Estados Unidos. Curioso ver como vários acontecimentos de sua própria vida foram retratadas nos filmes, alguns explicitamente, outros de maneira sutil ou subliminar. E, melhor ainda, ver como eram feitos os filmes de antigamente, ainda na época do cinema mudo, quando os atores tinham não só que saber interpretar como também tinham que ser verdadeiros acrobatas. Fora toda a glamour do início do cinema, em “Hollywoodland”… No papel principal Robert Downey Jr, com as participações (pra ficar só nos famosos) de Dan Akroyd, Anthony Hopkins, Kevin Kline e James Woods.

Recomendo!

Besouro Verde

Ou melhor, vamos pelo original: Green Hornet.

Como fã (quase) incondicional de quadrinhos, eu até queria ter assistido no cinema, quando passou. Mas, como não deu – e como meu joelho, coluna e cabeça resolveram se mancomunar e doer conjuntamente, não proporcionando opções lá muito diferentes – o programa familiar de hoje foi assistir em casa mesmo, via DVD.

Inquestionavelmente.

Uma grande bobagem!!!

Sei que existem opiniões diversas. Aliás, creio que na maioria diversa pra baixo. Mas este é um blog de família, então vamos com calma. Defini-lo como uma “grande bobagem” já está de bom tamanho…

Eu até diria que Bruce Lee e Van Williams devem ter se revirado no túmulo quando lançaram esse histriônico filme. Mas como Williams parece ainda estar vivo, então deixa pra lá.

Mas, como sempre caríssimos leitores (vocês ainda estão aí, não estão?), vamos a um pouquinho de história sobre esse personagem.

O Besouro Verde surgiu em 1936 como um programa de rádio (sim, aquele antigo titã que deu origem à deusa atual). Era uma época em que a família se reunia na sala à noite, sintonizava a emissora WXYZ (juro que o nome era esse mesmo!) e ouviam as aventuras do intrépido herói na voz do ator Al Hodges.

Logo em seguida, na década de 40, desta vez interpretado por Warren Hull, o personagem também foi protagonista de duas sequências feitas especialmente para o cinema, pela Universal Pictures, com os originalíssimos títulos “The Green Hornet” (1940) e “The Green Hornet Strikes Again!” (1941).

Já nas décadas de 40 e 50 o herói estreou sua própria revista em quadrinhos, publicada regularmente nesse período.

E, finalmente, em 1966, foi lançado no formato de série de TV, através do mesmo produtor da série do Batman (SOC!, TUM!, POW!, etc), com Van Williams no papel de Besouro Verde e Bruce Lee como o fiel ajudante Kato. Sendo o mesmo produtor era inevitável que esses heróis acabassem se encontrando em algum momento, cada qual aparecendo na série do outro: Batman versus Besouro e Robin versus Kato – o que pode ser facilmente encontrado lá no Youtube. Entretanto, apesar das estrelas da série – a presença de um legítimo lutador de artes marciais e o fantástico Chrisler Imperial Le Baron 1966 adaptado (apelidado de Black Beauty) – a série não teve lá muita audiência e foi cancelada em 1967, ao final da primeira temporada e após apenas 26 episódios.

 
Um ponto que sempre (me) chamou a atenção é a música do seriado. Eu tinha certeza de já tê-la ouvido em algum lugar, mas no piano. E como na Internet a gente acha, literalmente, DE TUDO, eis a explicação: a música original, cujo nome era Flight of the Bumblebee foi composta por Nikolai Rimsky-Korsakov. Ei-la:

 
Essa música original foi rearranjada especialmente para o seriado num estilo jazz por Billy May, Lionel Newman e Al Hirt. Abusando no trompete, aqui está a versão completa:

 
Com tudo isso não foi muito difícil achar ainda uma outra versão – desta vez, também no estilo jazz, mas toda no piano (particularmente a minha preferida). Mal consigo imaginar os dedos do pianista bailando alucinadamente de um lado para outro nas teclas… Aumente o som dê um play, pois vale a pena!

As Aventuras de Tintin

Muito bom!!!

Mesmo!

Ontem fui com a tropa completa para assistir. Ainda que, particularmente, não goste muito (coisas da idade, eu acho), em 3D.

Um ótimo filme desenho animação programa, sem sombra de dúvidas. Ainda que no início não passe essa impressão, capaz de empolgar e emocionar. E, lógico, com ótimas tiradas!

E, mais lógico ainda, sempre acompanhado de um mega-combo saco de pipocas. Doce por baixo. Salgada por cima. E bastante manteiga…