Reconhecendo a unidade de DVD

Muito bem, cambada de hereges informáticos.

Durante esse, digamos, “período interessante” pelo qual passei, dentre vários outros projetos pessoais, tais como os quarenta dias de pregação no deserto de dunas do Nordeste, a preparação da mochila para volta ao mundo (que termina mais ou menos ali em Caraguá), e mesmo alcançar a Iluminação, uma das poucas coisas que quase levei a cabo foi montar um novo computador.

Do meu obsoleto ALFA1, um AMD que ainda dá no coro somente pra sustentar um scanner que não encontra mais tecnologia pra si próprio, passando pelo ALFA2, um Megaware de promoção que me serviu bem num período de vida com menos tecnologices (e agora encontra-se sob os cuidados dos filhotes), desta vez montei o (adivinhem?) ALFA3, uma máquina sustentada num chassi ASUS, movida por um AMD Phenom II, turbinada com 3 gigas de RAM, envenenada com um acelerador gráfico XFX-Radeon de 1 giga, HD Seagate SATA de 1 tera pra sustentar a brincadeira e, pra manter a linha, um gravador de DVD Pioneer – dentre outros detalhes…

“Quase levei a cabo” eu disse?

Sim, eu disse.

Isso porque desde a montagem o DVD nunca funcionou direito – e sempre tive absoluta certeza que o problema era de software. Originalmente fiz um dual boot com Windows Seven e Ubuntu 10.4 – ambos de 64 bits, mas o desgosto veio mais rápido que minha capacidade (e paciência) para testes: o Windows simplesmente acabou com a raça de um HD externo. Recuperei o HD, mas não o Windows. Ainda insisti um pouco com as versões de 32 bits desses sistemas – mas acabei me rendendo a uma estabilidade que já conhecia: a do Windows XP.

E a história do “quase”?

Bem, desde então vinha acessando normalmente o drive de DVD, no qual, ainda que a leitura fosse perfeita, a gravação simplesmente não rolava. Perdi a conta de quantos sacrifícios de CDs e DVDs virgens foram levados a cabo em noites de lua cheia simplesmente para o invariável resultado de sempre: lixo.

Mas agora, ao reorganizar vários aspectos de minha nova velha vida, decidi também acabar com essas “pontas soltas”. Afinal de contas esse perrengue tinha que estar funcionando!

Acendi uma vela para o Santo Google, orixá nosso de cada dia, joguei a correta combinação de búzios tecladísticos e obtive algumas satisfatórias respostas do oráculo. Passei por alguns palpites (e testes) com atualizações de drivers e firmwares – porém, sem efeito prático nenhum. Fuça mais um pouco daqui, mais outro tanto dali e – pasmem! – foi numa página da Microsoft que fui encontrar a solução para meu dilema! Estava lá: “A sua unidade de CD ou de DVD está ausente ou não foi reconhecida pelo Windows ou por outros programas. Por isso, não é possível executar ou acessar um CD ou DVD. Este problema pode ter ocorrido após a instalação, desinstalação ou atualização de um programa ou do Windows Vista.

Bem, com as instalações e desinstalações que eu já havia feito, não era de se duvidar que parte do diagnóstico deveria ser esse mesmo. A página me dava duas opções: ela poderia corrigir o problema para mim, automaticamente, através de um tal de “serviço automatizado de solução de problemas” (ah, tá!) ou poderia seguir em frente para a seção “corrigir o problema sozinho”. Corri pra segunda opção.

E estava ali, prontinho, o feitiço passo-a-passo para acabar com a maldição que assolava meu drive de DVD e que teimava em não funcionar sob os auspícios do Windows XP (atenção, ímpios, se não souberem o que estão fazendo, sugiro veementemente que então não o façam!!!):

1. Clique em Iniciar e em Executar.
2. Na caixa Abrir, digite regedit e clique em OK.
3. No painel de navegação, localize e clique na seguinte subchave do Registro:
HKEY_LOCAL_MACHINESYSTEMCurrentControlSetControlClass{4D36E965-E325-11CE-BFC1-08002BE10318}
4. No painel à direita, clique em UpperFilters.
(Observação: Você também poderá ver uma entrada do Registro UpperFilters.bak. Não é necessário remover esta entrada. Apenas clique em UpperFilters. Se você não encontrar a entrada do Registro UpperFilters, será necessário remover a entrada do Registro LowerFilters. Para fazer isto, vá para a etapa 7.)
5. No menu Editar, clique em Excluir.
6. Quando for solicitado que você confirme a exclusão, clique em Sim.
7. No painel à direita, clique em LowerFilters.
(Observação: Se você não encontrar a entrada do Registro LowerFilters, infelizmente este conteúdo não pode ajudá-lo. Vá para a seção “Próximas etapas” para obter informações sobre como encontrar mais soluções ou mais ajuda no site da Microsoft.) [Nota mental de mim para mim mesmo: se esse for o caso, então fudeu. Simples assim.]
8. No menu Editar, clique em Excluir.
9. Quando for solicitado que você confirme a exclusão, clique em Sim.
10. Saia do Editor do Registro.
11. Reinicie o computador.

E, depois destes simples-mas-não-tão-simples passos…

Voilá!

Tudo no mais perfeito funcionamento!

😀

Ser pai geek é…

Boa tirada lá do pélessê (creio que eu já tenha feito mais de uma dessas):

… sem nenhuma razão dizer: “EU… sou seu pai”.
… dizer que vai assistir uma animação e perguntar a ele se quer ir também.
… ao ensinar o ABC, começar com “O-L-A M-U-N-D-O”.
… primeiro fazer o cadastro da conta Google do filho. Depois o registro civil.
… anunciar pelo Twitter que seu filho nasceu.
… colocá-lo para dormir ao som da Marcha Imperial.
… não se importar muito com qual time ele irá torcer mas se preocupar com qual sistema operacional ele usará.

E aí?

Alguém tem mais sugestões para essa lista?…

Gadget retrô do dia: Finepix X100

Quem me conhece pessoalmente sabe o quão conflituoso posso ser, pois costumo ficar de olho no futuro mas sem jamais deixar de lado o passado. Adoro os gadgets atuais tanto quanto a simplicidade dos mecanismos antigos. E nesse sentido o pessoal lá do Zumo falou um pouquinho do que – para mim – seria um “objeto de desejo”: a Finepix X100.

Já vimos diversos exemplos de câmeras digitais com visual retrô aqui neste Zumo, mas acredito que ninguém olhou tão para o passado quanto a Fuji Film com sua nova Finepix X100 que deixou os modernismos de lado e criou um produto que parece mesmo uma câmera velha.

Equipado com um sensor APS-C CMOS de 12,3 MP a Finepix X100 é uma câmera que remonta aos velhos bons tempos em que uma câmera fotográfica era feita para durar décadas e até um patrimônio que passava de pai para filho. Sob esse ponto de vista a Fuji caprichou na X1oo adotando um corpo de magnésio fundido — o que inclui a base, topo e os botões de ajustes — o que permite o acesso rápido aos seus principais controles criativos como velocidade, abertura e compensação de exposição, bem ao gosto dos fotógrafos mais tradicionais. Ele também conta com sapata de flash, item muito apreciado por esse público.

Os modernismos propriamente ditos podem ser vistos na parte de trás da X100 onde podemos ver os tradicionais controles eletrônicos e o visor LCD de 2,8 polegadas com resolução de 460 mil pixels. Fora isso ela também filma vídeos em HD (1.280 x 720 pixels) com som estéreo e oferece suporte para RAW que pode ser armazenado num cartão SD/SDHC/SDXC. Ela mede 12,6 x 7,4 x 5,4 cm (LxAxP) contando a lente.

Sua objetiva fixa é uma Fujinon 23 mm/f 2.0 (com diafragma de 9 lâminas e filtro ND embutido) que equivaleria à uma lente de 35 mm, uma meia grande-angular bastante versátil para fotografar paisagens, pequenos grupos, etc.

Para mim, a grande sacada da Fuji nesse produto é seu visor híbrido que combina um visor óptico convencional  que combina informações digitais (como velocidade, abertura, fotometragem, ajuste de paralaxe, nível, etc.) mas que também pode ser chaveado para um modo totalmente digital (EVF) com um simples movimento de uma alavanca localizada na parte da frente da X1oo.

Mais informações aqui.

Atendimento pessoal: só on-line

Publicado no site da Ins-pirada sob o título de “Como?”, o texto a seguir mostra claramente os absurdos da vida real, tendo como artista coadjuvante a Internet – usualmente utilizada pelas empresas para ter um “quê de modernidade” mas sem na realidade sequer saber o que estão fazendo…

(senha, espera, espera, espera)
– Bom dia. Identifiquei no site de vocês ontem uma vaga adequada ao meu perfil profissional. Gostaria de obter mais informações.
– Você já tem cadastro?
– Sim, inclusive me candidatei à vaga pelo site.
– Ih… não adianta. Peraí.
– Como?
– Péra – (rabisca, rabisca, rabisca) – Se você tiver acesso à internet você manda seu currículo para esse e-mail aqui.
– Mas a candidatura pelo site não funciona?
– Funciona, mas os analistas nunca olham.
– Como?

(outra senha, espera, espera e espera mais um pouco)
– Vi no site de vocês que há uma vaga para analista de RH. Gostaria de obter mais informações.
– Preenche essa ficha.
– Não, quer dizer, tudo bem. Mas poderia me passar mais informações? Quais são os pré-requisitos, porte da empresa…
– Depois que você preencher a ficha.
– Como?
– Tem cadeira vaga ali ó.
(suspiro, preenche, preenche, preenche)
– Prontinho. Você poderia me passar mais detalhes sobre a vaga agora?
– Isso só com o analista.
– Como? (10, 09, 08… )
– Ele tá atrasado. Se quiser pode sentar e esperar.
(outro suspiro, mais espera, espera, espera)
– Luciana Pi-viii-os-pa??
– Sim?
– O analista chegou e mandou dizer que essa vaga não serve para você.
– Como?
– É. Ele disse que sua pretensão está muuuuuito acima (balança a cabeça e estala a língua duas vezes). Estão pagando R$700,00.
– R$700,00 para uma vaga de analista?
– É.
– A-na-lis-ta?
– É.
– R$700,00?
– É.
– Só por curiosidade. A quanto tempo essa vaga está aberta?
– (tecla, tecla, tecla) 4 meses.
– Ceeerto…

( sem senha – oba – fila quilométrica, espera em pé, espera em pé, espera em pé)
– Bom dia. Tentei cadastrar meu currículo ontem, mas infelizmente não consegui. Por isso resolvi vir pessoalmente.
– Trouxe carteira de trabalho?
– Puxa, infelizmente não. De que informações você precisa?
– Datas de admissão e demissão.
– Bom, nesse caso, mesmo que eu estivesse com ela não ia lhe ajudar, pois não trabalho registrada há alguns anos.
– Então não posso fazer o cadastro.
– Como?
– Sem a carteira só dá para fazer pelo site .
– Aqui eu não posso fazer o cadastro sem carteira de trabalho, mas no site eu posso?
– É… (confusa). Puxa que coisa idiota, não? Próximo.