Oração do Matuto

Ói Deus,
Nóis tá sempre pedindo as coisas pro Sinhô.
Nóis pede dinhero,
Nóis pede trabaio
Nóis pede pra chovê
E se chove demais
Nóis pede pra pará
Mode a coiêta num afetá.

Nóis pede amô,
Nóis pede pra casá
Pede casa pra morá
Nóis pede saúde
Nóis pede proteção
Nóis pede paiz,
Nóis pede pra dislindá os nó
Quando as coisa cumprica
Mode a vida corrê mió.

Quano a coisa aperta nóis reza
Pedindo tudo que farta
É uma pedição sem fim
E quano as coisa dá certo,
Nóis vai na igreja mais perto
E no pé de argum santo
Que seja de devoção
Nóis deixa sempre uns merréis
E lá no cofre da frente
Nóis coloca mais uns tostão.

Mais hoje Meu Sinhô
Bateu uma coisa isquisita
E eu me puis a matutá
Nóis pede, pede e pede
Mais nóis nunca pregunta
Comé que o Sinhô tá
Se tá triste ou tá contente
Se percisa darguma coisa
Que a gente possa ajudá
E por esse esquecimento
O sinhô tem que nos adiscurpá.

Ói Deus, nóis sempre pensa
Que o Sinhô num percisa de nada
Mas tarvez num seja assim
Tarvez o Sinhô percise de mim
Sim, o Sinhô percisa, sim
Percisa da minha bondade
Percisa da minha alegria
Percisa da minha caridade
No trato c’os meus irmão.

Nóis semo seu espêio
Nóis semo a Sua Criação
Nóis num pode fazê feio
Nem ficá fazendo rodeio
Nem desapontá o Sinhô
Nem amargá o seu sonho
Que foi um sonho de amô
Quando essa terra todinha criô.

Ói Deus, eu prometo
Vô rezá de ôtro jeito
Vô pará com a pedição
E trocá milagre por tostão
Tarvez eu inté peça uma graça
Mas antes vô vê direitinho
O que é que andei fazendo de bão.
E se nada de bão eu encontrá
Muito vô me envergonhá
E ainda vô pedi perdão.

De ruas a pessoas: uma crítica ambiental

A finalização das obras da avenida Teotonio Vilela (Fundo do Vale), embora represente o fim de um longo período de restrições ao trânsito na região, reflete a miopia da administração municipal. Num momento em que o mundo discute e reproduz iniciativas em prol da chamada “sustentabilidade”, ainda que tal conceito seja uma utopia dado o nível de consumo da sociedade global, é triste perceber que um município com economia pujante, de perfil tecnológico e vanguardista, como São José dos Campos, não tenha movido esforços para um real aumento da qualidade de vida dos seus cidadãos. Por qualidade de vida entenda-se um termo mais abrangente, que envolve: ar mais limpo, menor geração de resíduos, maior qualidade das águas, maior e melhor mobilidade urbana, dentre outros itens. O fato é que as obras na avenida Teotônio Vilela, que já duram mais de uma década, se consideradas todas as intervenções após a ligação com o anel viário, sempre estiveram associadas à contenção de enchentes, sem nunca conseguir resolver definitivamente este problema. E a causa é simples: trata-se de um ponto de relevo baixo – é bom lembrar que a avenida foi construída sobre o córrego Lavapés – que recebe, invariavelmente, o aporte de águas pluviais de todo o entorno impermeabilizado. Enquanto diversas cidades em países desenvolvidos têm procurado resolver tais questões com a renaturalização de rios urbanos, nosso município tem investido em soluções anacrônicas de engenharia, as quais, numa análise de longo prazo, se mostram apenas paliativas e onerosas ao erário público. E basta percorrer outras obras no próprio anel viário – o alargamento das vias e a ocupação das margens do ribeirão Vidoca, nas avenidas Jorge Zarur/Mário Covas e Eduardo Cury – para perceber os elementos desta visão curta e ultrapassada de administração municipal. Esta, ao invés de aproveitar a lição do embargo temporário da obra de duplicação destas vias alguns dias antes da sua inauguração oficial – por desrespeitar os limites mínimos de distância de cursos d’água – e promover usos públicos diferenciados nestas áreas, optou pela ocupação econômica limitando-se a estabelecer tamanhos mínimos para empreendimentos no local.

Por outro lado, o alargamento das vias reflete um compromisso com o transporte individual em detrimento de qualquer iniciativa de redução de emissões atmosféricas. Não se percebe nenhuma outra ação neste sentido: o sistema de semaforização não é inteligente, o município não investe em inspeção veicular – como já ocorre, por exemplo no Rio de Janeiro -, não há incentivos a outras modalidades de mobilidade, como a bicicleta – apesar de haver lei neste sentido, a administração insiste no conflito conceitual e implanta precariamente ciclofaixas, como se estas vias cumprissem o papel das ciclovias.

A lista se estende a outros aspectos ambientais: apesar de existir legislação anti-ruído, os esforços se reduzem ao atendimento protocolar de reclamações, sem qualquer pro-atividade; a cidade cresce sem uma adequação e controle da poluição visual. Embora a criação da Secretaria de Meio Ambiente tenha sido entendida como um alento, a mesma sofre de um ostracismo político no seio da administração e possui pouca ou nenhuma ingerência sobre o planejamento municipal. Enquanto isso, o município atinge o patamar dos 700.000 habitantes, já bem acima do que estudos acadêmicos nos EUA dos anos 90, apontavam como sendo o limiar dos benefícios da economia de escala para cidades daquele país, em torno de 500.000 habitantes. Atualmente já não é preciso um estudo científico metódico e rigoroso para perceber a relação dose-resposta do crescimento da cidade e de seu ônus socioambiental.

Curiosamente, o prefeito Eduardo Cury, em um de seus discursos após a posse do atual mandato, preconizava um número pictórico de 1 milhão de habitantes como meta para uma São José dos Campos sustentável. Não sei onde o prefeito, ou sua assessoria, levantou tal número, mas posso dizer que em hipótese alguma ele refletiria o tamanho de uma cidade “sustentável”. Há que chegar o momento – e São José dos Campos está carecendo disso – em que uma liderança política, imbuída de uma visão peculiar e visionária, apontará o cenário de uma cidade onde a qualidade de vida se torne, de fato, e em seu caráter mais abrangente, o objeto de trabalho da administração municipal. Nada impede, e, aliás, seria algo muito auspicioso, que a mudança de visão ocorresse já.

Wilson Cabral de Sousa Júnior é professor-adjunto do ITA
Publicado no jornal Valeparaibano de 11/12/2009

Thunderbird 3

A notícia básica eu peguei lá no BR-Linux.

Já faz alguns anos que, dentro do possível, tenho focado a utilização de programas no computador somente para aqueles que podem ser classificados como “software livre”.

Desde o antigo StarOffice eu já vinha testando suítes de escritório, sendo que, só quando de sua última “transformação” para o BR-Office é que meus anseios acabaram por ser plenamente atendidos. Tudo funciona perfeitamente. Aliás, acho que nem sei mais utilizar os comandos do MS-Office…

Em termos de navegador também já há algum tempo utilizo o Firefox. Que eu me lembre já passei pelo Netscape e pelo Opera – e tive um breve flerte com o Google Chrome – mas é o Firefox que efetivamente me dá segurança e estabilidade para navegar na Internet.

E, no tópico clientes de e-mail (nomezinho esquisito…), originalmente fiquei com o Outlook, tendo passado um bom tempo com o Eudora, uma experiência nada feliz com o IncrediMail (odiei) e, por fim, tendo estacionado no Thunderbird (da Fundação Mozilla – mesmo povo que desenvolve o Firefox).

Só que, enquanto o Firefox permanecia no centro dos holofotes e cada vez mais vinha sendo desenvolvido e atualizado (até por uma questão de competitividade), o Thunderbird ficou lá no seu canto, quietinho, estacionado na versão dois-ponto-qualquer-coisa…

Mas agora, depois de uns dois anos de desenvolvimento, finalmente saiu a versão 3 do Thunderbird!

Quando da instalação (também disponível em português) ele não só tem condições de importar automaticamente suas contas e configurações de outros programas de e-mail, como também, caso já utilize o Thunderbird, também já traz toda sua organização por pastas e filtros existentes – tudo isso de uma maneira simples, rápida e eficiente.

Sua principal novidade (além de outros efeitos visuais e de configuração) é o suporte a abas, pois, assim como nos navegadores, agora também é possível abrir várias mensagens e telas do programa em uma mesma janela, facilitando tanto o acesso quanto a organização. Enfim, já sou usuário há anos e sou até suspeito para falar – então somente testando para que se possa comprovar a eficiência do bichinho…

Eventuais downloads diretamente lá no site da Fundação Mozilla – bem aqui.

“Descobrindo a pólvora” ou “constatando o óbvio”

Não sei o que é pior. Se o fato de que finalmente “descobriram” que foi fixado um prazo impossível de cumprir ou se o fato de quanto não foi exigido dos servidores tentando alcançar uma meta inatingível. Direto do Clipping da AASP:

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a maior corte do país, é um dos que vai contribuir para que vá por água abaixo a expectativa do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de que todos os tribunais brasileiros cumpram a “Meta 2” – proposta para que todos os processos distribuídos até dezembro de 2005 sejam julgados até o fim do ano. Até ontem, de acordo com o “processômetro” do CNJ, do total de 490,9 mil processos do tribunal paulista, foram julgados apenas 34%. Na solenidade de abertura da Semana Nacional da Conciliação, em São Paulo, questionado sobre a não concretização da meta, o ministro e idealizador do programa amenizou a questão. “Desde o começo sabíamos que poderia haver dificuldade de cumprimento em um ou outro local ” , disse. “Mas vamos olhar o copo meio cheio e não meio vazio.”

(…)

Embora o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) possibilite que qualquer cidadão possa acompanhar pela internet como anda o cumprimento da Meta 2 – proposta para que todos os processos distribuídos até dezembro de 2005 sejam julgados até o fim do ano – em cada vara, a precária informatização do Judiciário brasileiro é um dos elementos que dificulta o cumprimento da meta.

A contradição é clara quando percebemos que Sergipe, o menor Estado brasileiro, tem o Judiciário mais informatizado do país. Enquanto isso, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), maior do Brasil, não tem condições de sequer cumprir a determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de digitalização de todos os processos que subirem à corte.

Segundo o desembargador Samuel Alves de Melo Júnior, coordenador da Meta 2 no tribunal, a tarefa é impossível por falta de equipamentos e, principalmente, servidores. O que fez com que o tribunal cumprisse 34% da meta, até ontem, foi a cobrança dos juízes pelo alcance da meta e a realização de uma semana de conciliação só com processos da Meta 2.

Sem a digitalização, os custos com o arquivamento de processos em papel também pesa no orçamento do TJSP. Atualmente, há aproximadamente 90 milhões de processos arquivados. “Temos que pagar empresas privadas para arquivar isso”, afirma o desembargador. Melo acredita que só em 2014 o sistema do tribunal estará interligado e todas as varas informatizadas. “E o custo para isso é estimado em R$ 450 milhões.”

A Cabana

Um bom livro esse: A Cabana.

De autoria de William P. Young, por ora basta dizer que tem uma resenha da obra perdida aqui e que agradeço profundamente à minha amada, idolatrada, salve, salve, Dona Patroa por ter compartilhado esse livro comigo.

Infelizmente não é meu e não faz parte de minha modesta biblioteca, de modo que não posso sublinhar partes do texto nem tampouco escrevinhar minhas costumeiras anotações em suas bordas. Assim, só me resta transcrever alguns trechos pinçados da estória e que achei bastante interessantes:

O ser sempre transcende a aparência. Assim que você começa a descobrir o ser que há por trás de um rosto muito bonito ou muito feio, de acordo com seus conceitos e preconceitos, as aparências superficiais somem até simplesmente não importarem mais.

Esse é um dos motivos pelos quais é tão difícil para vocês experimentar o verdadeiro relacionamento. (…) Assim que montam uma hierarquia, vocês precisam de regras para protegê-la e administrá-la, e então precisam de leis e da aplicação das leis, e acabam criando algum tipo de cadeia de comando que destrói o relacionamento em vez de promovê-lo. Raramente vocês vivem o relacionamento fora do poder. A hierarquia impõe leis e regras e vocês acabam perdendo a maravilha do relacionamento que nós pretendemos para vocês.

Muitos acreditam que é o amor que cresce, mas é o conhecimento que cresce, e o amor simplesmente se expande para contê-lo. O amor é simplesmente a pele do conhecimento. Mackenzie, você ama seus filhos que conhece tão bem com um amor maravilhoso e verdadeiro.

Mackenzie, a religião tem a ver com respostas certas e algumas dessas respostas são de fato certas. Mas eu tenho a ver com o processo que leva você à resposta viva, e só ele é capaz de mudá-lo por dentro. Há muitas pessoas inteligentes que dizem um monte de coisas certas a partir do cérebro porque aprenderam com alguém quais são as respostas certas. Mas essas pessoas não me conhecem. Assim, na verdade, como as respostas delas podem ser certas, mesmos que estejam certas? – Ela sorriu. – Ficou confuso? Mas pode ter certeza: mesmo que possam estar certas, elas estão erradas.

Cada relacionamento entre duas pessoas é absolutamente único. Por isso você não pode amar duas pessoas da mesma maneira. Simplesmente não é possível. Você ama cada pessoa de modo diferente por ela ser quem ela é e pela especificidade do que ela recebe de você. E quanto mais vocês se conhecem, mais ricas são as cores desse relacionamento.

Na terça, uma foto

Este é meu avô pelo lado materno, Bernardo Claudino Nunes (*24/03/1907 | +31/01/1979). De seu casamento com Maria Dionísia de Jesus (em 31/10/1931), teve apenas duas filhas: minha tia Dionísia Nunes, nascida em 1939 (a que está em pé a seu lado), e minha mãe, Bernardete Nunes, nascida em 1943 (a que está em seu colo). Infelizmente minha avó faleceu em 1945, com apenas 33 anos, deixando ao encargo de meu avô a criação daquelas crianças.

Com o passar do tempo acabou casando-se por mais duas vezes. Seu segundo relacionamento, com uma senhora chamada Benedita, não durou muito. Mas seu terceiro casamento, com Geny de Souza Nunes, durou até o cumprimento da promessa feita no altar, quando, então, foram separados. Desta feita teve mais nove filhos, entre 1956 e 1969 – aliás, curiosamente, por coisa de pouco mais de um mês eu sou mais velho que minha tia mais nova…

EEE-PC – Instalando o Ubuntu Netbook Remix 9.10

Bom, eu já tinha tentado alguns sabores de algumas distros do Ubuntu no meu EEE-PC 701 – mas não achei nenhuma que fosse, digamos, lá muito palatável. Entretanto, acompanhando algumas discussões lá na lista da Metareciclagem, deparei-me com alguns comentários do Hernani que acabaram por me deixar animado com o Ubuntu Netbook Remix

Antes de mais nada aviso que este é um passo-a-passo – entretanto, ainda assim, estamos falando de Linux. Então parto do pressuposto de que ALGUMA coisa você já conhece a respeito desse sistema. Não vou – nem quero – entrar em detalhes aqui acerca de questões conceituais, tais como particionamento, montagem de volumes, etc. Então vamo que vamo.

01. As dicas básicas para essa instalação – com certeza – eu peguei lá no incerteza, especificamente neste artigo aqui.

02. Para começar a colocar a mão na massa, será necessário baixar a imagem ISO do Ubuntu Netbook Remix neste endereço aqui. Já será baseado na distribuição 9.10, ou seja, a Karmic Koala.

03. Já para a instalação no EEE-PC você vai precisar rodar o Ubuntu a partir do seu pendrive – até porque seu netbook não tem leitor de CD (dãããã…). Nesse caso – que, aliás, é o ÚNICO caso tratado neste texto – além da imagem ISO do item 02 acima você também vai precisar de um pendrive de, no mínimo, 1GB.

04. Partindo do pressuposto que você está começando este trabalho num computador à parte do netbook, onde provavelmente deverá ter já instalado o Windows XP (nem me pergunte do Vista – odeio ele), para criar o pendrive bootável, que é o primeiro passo para a instalação no EEE-PC, existem duas possibilidades:

a) Você pode utilizar seu programa queimador de CDs favorito e transformar aquela imagem ISO num CD bootável (eu juro que gostaria de escrever “inicializável”, mas isso me soou tão esquisito que resolvi ficar no estrangeirismo mesmo…). Após, bastará inicializar o computador pelo CD e, já com o Ubuntu carregado, utilizar o programa nativo do sistema para criar o pendrive de boot: o USB-Creator. Você pode acessá-lo através de Sistema -> Administração -> Create a USB startup disk. EM TESE o programa deve detectar automaticamente tanto o drive de CD quanto o pendrive. Isso feito, bastará clicar no botão Make Startup Disk e aguardar sua conclusão.

b) Outra opção (que não envolve “gastar” um CD somente para essa etapa intermediária) seria utilizar no Windows XP o programa Unetbootin (disponível aqui). Baixe e instale o programa em seu computador (não, você NÃO vai precisar de um passo-a-passo para ISSO, vai?) e, a seguir, execute-o (talvez você precise executá-lo diretamente do diretório para o qual foi baixado ou, para facilitar, criar um atalho para seu desktop). É lógico que você já está com o pendrive devidamente formatado e devidamente “espetado” no computador, certo? Ah, sim, claro. Então. Na janela que se abre selecione a segunda opção Diskimage e, à direita, nos três pontinhos (…), selecione o arquivo ISO com o Ubuntu Netbook Remix no local onde você o baixou. Seu nome provavelmente deve ser “ubuntu-9.10-netbook-remix-i386.iso”. Certifique-se que a Unidade indicada na última linha realmente corresponde àquela onde está o pendrive (caso não seja, creio que o sistema não identificou corretamente o hardware). Após, basta clicar em OK e aguardar. Quando a frase Instalação Completada estiver em negrito, apenas clique em Sair, pois não é nesse computador que efetuaremos a instalação, certo?

05. Coloque o seu pendrive no EEE-PC e ligue-o. Li em algum lugar sobre recomendações para que seja do lado esquerdo – mas nada que justificasse o porquê. Já nos primeiros segundos da inicialização tecle ESC.

06. A janela que se abrirá provavelmente lhe dará duas opções. No meu caso, a primeira é “HDD:SM-SILICONMOTION SM223AC” (que é a memória interna do computador) e a segunda é “USB: Kingston DataTraveler” (que é o pendrive conectado). Escolha a opção relativa a seu pendrive e aguarde até que o boot se inicie.

07. O boot, no caso será do Ubuntu Netbook Remix 9.10. A placa de som já está funcionando, pois os tradicionais tambores tocaram… É bom verificar a conectividade. Como tenho uma pequena rede instalada em casa – inclusive com Wireless – deveria funcionar de primeira. Mas não funcionou. Tasquei-lhe um cabo de rede e daí conectou. Tudo bem. Mais tarde vejo com calma essa coisa da rede sem fio…

08. Acho que não será necessário explorar as virtudes do bichinho neste primeiro momento. Já na guia que se abre, que é Favorites, clique no ícone Install Ubuntu-Netbook-Remix.

10. A primeira tela que se abre é a da linguagem. Escolha Português do Brasil e clique em Avançar.

11. A segunda tela é a do fuso horário. Deve estar correta, ou seja, na Região deverá constar Brasil e na Zona deverá constar Brasil (São Paulo). Clique em Avançar.

12. A terceira tela servirá para configurar o layout do teclado. Como, no meu caso, trata-se de um EEE-PC da série 701, devo optar por Escolha o seu próprio e, em seguida, na parte esquerda da tela, USA e, na direita, USA – Alternative international (former us_intl). Caso tenha dúvidas, utilize a linha de teste de digitação, logo abaixo. Se satisfeito, clique em Avançar.

13. A quarta tela refere-se à efetiva instalação no disco, quer dizer, na memória, ou melhor, no chip… ah, sei lá! No EEE-PC e pronto. Existem duas opções, sendo que a primeira substitui totalmente o sistema instalado e a segunda compartilha com o que lá estiver. Como, no meu caso, estou substituindo o Windows XP previamente instalado (como já descrevi aqui) e considerando que os 4GB não permitiriam a convivência pacífica de ambos os sistemas, a opção é Apagar e usar o disco inteiro (o tal do SDA que está lá indicado). Clique em Avançar.

14. A quinta tela pede alguns dados particulares de fácil preenchimento: nome, nome de acesso, senha e o nome do computador. Vamos lá, você consegue. Após tão árdua tarefa, clique em Avançar.

15. Na sexta e última tela basta clicar em Instalar e mais nada. E aguarde. Aliás, um dos motivos pelo qual precisávamos verificar a conectividade antes de mais nada é que, quando da instalação, alguns pacotes já serão baixados automaticamente. Enfim, continue aguardando.

16. Ao final de tudo será solicitada a reinicialização da máquina. Faça-o. Em determinado momento desse processo também será solicitada a remoção do dispositivo USB pelo qual foi dado o boot. Remova-o. Ao reinicializar já poderemos partir para as configurações mais específicas – como, por exemplo, a Rede sem fio. Existe um pequeno ícone no painel (aquela barra de trabalho que contém a data, usuário, etc) que se assemelha a uma série de barrinhas em pé em ordem crescente. Com um clique abre um menu onde o nome da rede deverá estar mais ou menos lá pelo meio, logo na linha acima da opção Conectar. Clique nela (deverá ser automaticamente substituído pela opção Desconectar). Testei o Wireless. Tudo ok.

17. Aliás esse próprio painel – para mim – visualmente fica melhor lá em baixo. Clique numa área livre do painel com o botão direito e, com o botão esquerdo, escolha Propriedades. Na tela que se abre, Propriedades do painel, no item Orientação, mude para inferior. Clique no botão Fechar. Pronto.

18. Bom com o sistema básico funcionando, é bom dar uma atualizada geral, certo? Vá em Sistema -> Administração -> Gerenciador de Atualizações clique em Verificar e, após essa verificação (a qual o sistema fará através da Internet), clique em Instalar atualizações (no meu caso, foram encontradas 144 atualizações. Aguarde pacientemente. E, sim, provavelmente você precisará daquela senha informada lá no item 14. Após baixar os pacotes de atualização a instalação já deve automaticamente se iniciar em seguida. Após a conclusão deverá ser apresentada novamente a janela do Gerenciador de atualizações (agora sem nada) – basta clicar em Fechar.

19. Se a tela do seu netbook é pequena igual a do meu 701, vá em Sistema -> Preferências -> Aparência. Na aba Fontes, clique nos nomes das letras e diminua todas para tamanho 9. Aliás, se quiser, aproveite e vá também na aba Plano de fundo e escolha alguma imagem mais agradável (não se preocupe, pois as letras se sobrepõem à imagem, de forma transparente, criando um efeito bem bacana). E, ainda, na aba Tema dá pra optar por outras filigranas visuais. Só pra constar: essas dicasm específicas vieram via Orkut, num tutorial do Breno.

20. Um dos primeiros perrengues que encontrei ao começar a utilizar a maquininha foi para acessar o site do Banco do Brasil. Esse site possui um sistema de “teclado virtual” que simplesmente não carregava! Fuçando um pouco aqui e ali, nos fóruns (de discussão) da vida acabei localizando o que faltava: um mero plugin – no caso o sun-java6-plugin. Aí, para efetuar a instalação, o negócio é ir direto ao Synaptic em Sistema -> Administração -> Gerenciador de Pacotes Synaptic e localizar o plugin citado. Com o botão direito do mouse, marque-o para instalação (ele já vai automaticamente selecionar todos os demais pacotes que precisa) e dê o comando Aplicar. Assegure-se de estar conectado à Internet.

21. Outro plugin necessário para acessar diversas páginas da Internet é o Adobe Flash Player. Mas, nesse caso, será necessário baixá-lo e instalá-lo. Verifique em seu Firefox pra qual diretório está configurado o download de arquivos – provavelmente deverá já estar apontando para Downloads. Ao acessar a página do Flash já deverá ser sugerida a versão do Adobe Flash Player para Linux. Selecione uma versão para dowload – especificamente a .deb for Ubuntu. Vá em Arquivos e pastas e abra a pasta Downloads. Clique com o botão direito no arquivo e selecione (agora com o botão esquerdo) a opção Abrir com Instalador de Pacotes GDebi. Na janela que se abre clique em Instalar Pacote. Será necessária a senha que você colocou lá no item 14 (é lógico que você ainda se lembra dela, certo?). Após a instalação simplesmente clique no botão Fechar e, após, feche a janela.

22. De início o Ubuntu vem com o OpenOffice instalado. Nada contra – mas é em inglês. Nada contra, também, mas fica “melhor” em português, certo? Volte lá no Synaptic e localize o BrOffice. Marque-o para instalação e dê o comando Aplicar. Assegure-se de estar conectado à Internet, pois muita coisa vai precisar ser baixada. Não, não é necessário desinstalar o OpenOffice primeiro (como já vi em alguns comentários por aí), pois o BrOffice aproveita o que deve aproveitar e se instala por cima. Com as mudanças devidamente aplicadas clique em Fechar e, após, feche também o Gerenciador.

23. Não sei o porquê cargas d’água o gravador de som simplesmente não estava funcionando. Para fuçar nisso fui em Sistema -> Preferências -> Som. Na janela Preferências de som que se abre escolha a guia Entrada e, nela, desmarque o item Mudo. Caso queira altere também o Volume de entrada – assim como demais itens que achar necessário. Para um eventual teste vá em Multimídia -> Gravador de som. Brinque à vontade…

24. Aliás, a título de curiosidade, já que estamos falando do tema, vá em Multimídia -> Cheese. Não há o que configurar, mas serve para certificar se a câmera também está funcionando perfeitamente.

25. Aliás do aliás, falando de multimídia de um modo geral, uma boa dica (além dos passos 20 e 21) foi essa que obtive aqui, a respeito do pacote Ubuntu-restricted-extras, o qual instala uma série de codecs, aplicativos, fontes e drivers que possuem algum tipo de restrição e que por isso não fazem parte da instalação padrão – tais como: Máquina virtual Java (usada por sites de bancos, por exemplo) flash (sem ele, o youtube não funciona) fontes true type (do windows), codecs de áudio e vídeo (wmv, divx, mp3, rmvb, etc) e outros. Vá lá no Synaptic (agora você já sabe como funciona, não sabe?) e procure por Ubuntu-restricted-extras, marcando-o para instalação e aplicando sua escolha.

26. Bem, com tantas instalações o nosso limitadíssimo espaço de 4GB já está ficando quase todo consumido. Se quiser confirmar, basta dar uma olhada em Acessórios -> Analisador de Utilização do Disco. No meu caso já tenho mais de 80% ocupado! Para tentar minimizar esse perrengue, vá em Sistema -> Administração -> Central de Programas do Ubuntu e clique em Programas instalados. Verifique cuidadosamente o que você não usa, não usaria ou tem certeza absoluta que nunca vai usar e remova-o sem dó. Afinal, precisamos de espaço!

27. Numa consulta à comunidade do Orkut chamada ASUS Eee PC – NetBook Laptop tive a informação de que o Skype (que uso para alguns contatos específicos) não faz parte dos repositórios do Ubuntu. Então, conforme sugerido, fui até o site do Skype e na opção de Downloads escolhi o mais próximo da distribuição que estou usando, no caso o Ubuntu 8.10+32-bit. Baixei o arquivo e apliquei o mesmo procedimento lá do item 21 para sua instalação.

Bão, basicamente é isso. Particularmente ainda acho que dá pra otimizar um pouco mais o sistema de modo a ocupar um pouco menos de espaço (continuo com volta de 80% da capacidade instalada). Pra minimizar esse impacto de ocupação, tenho um cartão SD de 4GB onde centralizo meus arquivos particulares e downloads em geral.

Agora é só começar a desfrutar o bichinho e ver como que fica…

Emenda à Inicial: Apesar da estabilidade no funcionamento, existe um pequeno bug que ainda não descobri como resolver. Acontece que toda vez que estiver utilizando apenas a bateria aparece, logo de início, uma mensagem informando da existência de algum defeito, pois estaria apenas com 1,9% de carga. Ignore. Quando eu descobrir o que fazer com essa mensagem mal educada eu informo por aqui…

Outra Emenda: Para ajudar mais um bocadinho ali no item 26, após a instalação vá em Acessórios -> Terminal e digite o seguinte comando (sem as aspas): “sudo apt-get autoremove”. Isso fará com que as versões antigas dos pacotes baixados sejam deletadas, liberando mais um pouco de espaço. Para complementar (se bem que não percebi diferença) tente também “sudo apt-get autoclean”. Ah, sim, em ambos os casos você novamente vai precisar daquela senha informada lá no item 14…