Microsoft com síndrome de Regina Duarte!

A notícia peguei aqui e o abaixo transcrito aqui

Um relatório fiscal publicado esta semana no portal de investidores da Microsoft diz claramente que a Microsoft teme o avanço da adoção do Linux e de software sob a licença GPL, em mercados emergentes.  Menciona também que essa tendência tem pressionado a queda dos preços de equipamentos – e forçado, igualmente, a queda do preço das licenças do sistema operacional.

O mais interessante do relatório é a citação das empresas que ela considera como rivais: Apple, Canonical e Red Hat, no mercado de sistemas operacionais; Mozilla, Google e Opera no mercado de browsers; e Android, que pode criar um ambiente propício para as pessoas comprarem mais smartphones e netbooks em detrimento do PC tradicional.  Há também parceiros históricos, HP e Intel, investindo em projetos de software livre.

Se você quiser ler na íntegra o relatório em inglês, baixe-o do site oficial (em inglês, e – obviamente — no formato .docx).

Ah! Um detalhe: caso queira ler o tal do relatório, saiba que o formato “.DOCX” é, sim, proprietário. Adivinhem de quem?…

Uma visita ao Professor Pardal

Na prática é assim que, carinhosamente, uma boa parte da família trata meu pai. Desde a mais tenra idade, antes mesmo de sair da roça e tentar a vida na “cidade grande”, ele já era dedicado a trabalhos manuais que exigiam mais paciência do que o necessário, bem como dado a invenções de toda a espécie. Na casa de um de meus tios até hoje ainda existem diversos apetrechos, como, por exemplo, arreios de cavalo, feitos e trançados pelo Seo Bento há décadas.

Como desde pequeno já estou tão acostumado com tudo isso, existem coisas que já fazem parte do dia a dia e nem chamam mais a atenção. Pelo menos a minha. Dia desses, tendo ido lá para almoçar, resolvi registrar alguns desses detalhes…

Bem, comecemos com sua modesta oficina. Fica nos fundos de sua casa e é lá que complementa os rendimentos de sua aposentadoria através do conserto de TVs. Edícula, de teto baixo, quente nos dias de verão, ou seja, uma oficina como outra qualquer com nada de mais, certo?

Bem, creio que devam ter prestado atenção que tem um enorme cano PVC de 4 polegadas que atravessa a oficina de cabo a rabo. E o que vem a ser isso? Olhando mais de perto podemos verificar que é furado em toda sua extensão. E não, isso não é nenhum tipo de sistema contra incêndios – trata-se apenas de uma maneira de ventilar um pouco o ambiente naqueles dias quentes sobre os quais lhes falei…

Para garantir essa ventilação a ponta do cano atravessa a parede e vai captar ar fresco lá fora por meio dessa pequena turbina, a qual impulsiona o ar com força suficiente para preencher o ambiente todo.

Se não me falha a memória, o sistema de ventilação foi idealizado pelo meu pai após ele concluir que o anterior não era tão satisfatório assim (esse, logo acima). Também feito com um par de turbininhas ele se limitava a circular o ar no interior da oficina.

Eis o mesmo “ventilador” numa vista lateral. Ainda que potente não havia uma efetiva “troca de ar”, de modo que o calor acabava continuando o mesmo…

Outros detalhes da oficina, como o divisor de sinal da antena e o sistema de UHF (alguém se lembra disso?) para permitir a conexão de vários aparelhos de TV simultaneamente. Aquelas lâmpadas? Não perguntem. Não lembro mais o porquê delas estarem ali – mas que têm uma função, com certeza têm!

Num mundo de aparelhos como esses existem os mais variados tipos e modelos de parafusos para as mais variadas marcas existentes no mercado. Para garantir uma ínfima parcela de compatibilidade, eis uma das muitas “caixas de parafusos” existentes na oficina. Sim, tanto o interior em fibra quanto o exterior em madeira foram feitos por ele. Aliás, além desses medidores malucos que não tenho nem ideia do que fazem, ali de ladinho, à direita, toda enrolada num fio, dá pra ver a pontinha de uma parafusadeira que ele criou, baseado em um motorzinho elétrico qualquer…

Falando em criar, eis – agora do lado de fora da oficina – uma furadeira de bancada conjugada com um pseudo-esmeril, tudo feito meio que “de cabeça”. Ou seja, não houve traçado, projeto, medidas prévias, planejamento. Tava na cabeça dele e foi cortando, serrando, soldando e montando até ficar pronto.

Exatamente da mesma maneira é que surgiu essa “serra de fita”. Ele aproveita pedaços de fita de serra que se quebraram e que já não são mais utilizadas pelas máquinas tradicionais, tendo feito uma máquina que, inclusive, tem uma solda elétrica já embutida para juntar as pontas dessas fitas.

A mesma máquina, mas de outro ângulo. Sabem aquelas polias ali? São de madeira. Feitas por ele. Foram dezenas (sim, dezenas) de experiências até encontrar o tamanho, ângulo, disposição e rotação certos. Mas meu pai é tão taurino quanto eu (ou será que eu é que sou tanto quanto ele?) e insistiu até que funcionasse a contento. Tão a contento que toda a lataria que foi necessário moldar para o Opala que estou reformando foi cortada exclusivamente nessa serrinha aí…

Aliás, sempre temos aquele negócio de “um no cravo e outro na ferradura”, não é mesmo? Esse “cofre forte” aí em cima, agora relegado a um canto da oficina, nada mais é que um forno elétrico. Blindado, com manta e temporizador – tudo caseiro. Mas era tão feio, tão feio, mas tão feio, que minha mãe raramente o usava e creio que ficou aliviada quando, após eu e meus irmãos termos comprado um microondas, finalmente meu pai tirou o “trambolho” de sua cozinha.

Todo arrebitado, dá pra ver que a espessura de suas paredes serve para acomodar a manta e isolar o aquecimento interno do contato externo…

E, falando em cozinha, não tinha como ele deixar de dar seu pitaco lá também… Ainda que já tenha virado praxe no mundo moderno – por uma questão de segurança – deixar o botijão do lado de fora das casas, isso seria muito simples para o Seo Bento

Então ele criou (ou adaptou, sei lá) esse sisteminha aí em cima que, ainda que funcione manualmente, está ligado a um controle elétrico (ou eletrônico?), de modo que do lado de dentro da cozinha (esqueci de tirar uma foto disso) existe um botão on-off bem do lado do fogão que controla a liberação de gás.

Aliás, da cozinha para o quarto, eis aí um dos outros hobbies de meu pai. Já há anos ele gravava tudo quanto é filme ou especial que passasse na televisão e achasse interessante. De uns tempos para cá ele resolveu fazer a conversão dessas antigas fitas VHS para DVDs. Comprou uma mesa de escritório simples (é a base de tudo isso aí) e colocou uma tv, um vídeo cassete e um gravador de dvd. Daí comprou outro. Daí trocou de marca. Daí colocou os dois em paralelo. Daí consertou um outro vídeo cassete. Daí pôs uma televisão para dividir o sinal. Daí faltou espaço. Daí foi ampliando a coisa toda. E, sim, todo o trabalho de marcenaria é dele próprio. Daí, enfim, tá (atualmente) nessa “configuração” aí de cima…

Ah, sim! Antigamente, na sala, tínhamos um bom e velho “três-em-um” da Sanyo. Rádio, fitas cassete e toca-discos. Com o tempo o primeiro a falhar foi a parte do toca-fitas (sim, na minha adolescência eu usei e abusei de gravações). O rádio, ainda que funcionasse (mas ninguém o usasse), teve sua vida comprometida em função de cupins que surgiram no aparelho – naquela época, início dos anos oitenta, esses equipamentos eram construídos com chapas de madeira aglomerada. Por fim a vitrola ficou anos jogada num canto, até que meu pai resolveu “ressuscitá-la”, construindo uma caixa de suporte (a parte preta) e uma tampa de acrílico para proteção e, ao final, interconectando-a com um CD player, dando-lhe assim vida nova para ouvir velhos discos.

E, não menos interessante, eis uma verdadeira lanterna caseira. Desde a bateria, passando pela caixa na forma de um “cestinho”, até a própria parte de iluminação (suspeito que tenha sido um farol de milha de algum carro), garanto que funciona que é uma beleza!

Como eu havia dito no início, tem tantas coisas lá na casa de meu pai que eu até já me acostumei e sequer acho estranho…

Puxando pela memória, percebo que esqueci de tirar fotos de diversas coisas. A começar pela caixa de correio, pois ele não encontrou nenhuma no mercado que fosse do jeito que ele queria – então fez sua própria. Na laje, também logo na entrada da casa, tem uma antena parabólica das antigas que estava originalmente jogada no terreiro da casa de um amigo dele, na roça. Recuperou-a e a colocou em funcionamento. No banheiro existem dois chuveiros (daqueles do tipo panelão), ligados num mesmo cano bifurcado. Há um sistema de luzes de emergência caso acabe a energia elétrica. Papeleiras personalizadas na cozinha. Adaptação do sistema elétrico para um torno trifásico. Serra elétrica reconstruída. Plaina. Barcos – de madeira e de alumínio, sendo este último arrebitado manualmente (toda a família ajudou nessa). Conversor para 110 volts na Variant.

E, falando na Variant, e pra encerrar esta mera apresentação, recentemente meu pai comprou um motor  num ferro-velho e recuperou-o por completo. Como o da Variant já estava meio ruinzinho, resolveu trocá-lo. Feita a troca, também recuperou o que tirou. E eis que resolveu ficar com esse motor “de reserva”. Mas para não estragar, volta e meia ele o liga. Como? Assim:

Repertório legal

Já fazia um bom tempo que não publicava nada nessa categoria…

Mas, de uma só feita, num só clipping, creio que achei material de sobra!

Porém não irei entrar em detalhes. Quem quiser, que veja a notícia na íntegra em cada um dos itens, ok?

Então, vejamos:

Projeto no Senado prevê divórcio on-line

Na era do namoro pela internet, a separação e o divórcio consensuais on-line podem passar a ser uma realidade. A possibilidade está prevista em um projeto de lei apresentado pela senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), com o objetivo de agilizar os processos para casais sem filhos menores ou incapazes e que se separam em comum acordo – casos em que é…

  • Pronto. Daqui a pouco já vai dar para namorar, noivar, casar e até mesmo separar sem sequer conhecer pessoalmente sua cara metade!

 
MPF quer retirada de símbolos religiosos de repartições públicas

A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo ajuizou uma ação civil pública para obrigar a União a retirar todos os símbolos religiosos ostentados em locais de ampla visibilidade e de atendimento ao público em repartições públicas federais no Estado de São Paulo. O mais usado é a cruz, símbolo cristão que remete à Igreja Católica. O MPF pediu liminar à Justiça para que a medida seja adotada imediatamente, antes do julgamento da ação…

  • Ave Maria! Será, por Iaveh, que essa Procuradoria não tem mais nada para fazer, não? Mas o sangue de Cristo tem poder: algum dia cai a ficha desse povo. Axé!

 
Justiça suspende lei que proibia estrangeirismo no PR

A Justiça suspendeu nesta segunda-feira os efeitos da lei estadual do Paraná que proibia o uso de palavras estrangeiras (estrangeirismo) nas propagandas expostas no estado, sancionada pelo governador Roberto Re­­quião (PMDB) no último dia 17. A lei, que vigorou por apenas 16 dias, tornava obrigatória a tradução de palavras em idioma estrangeiro nas propagandas. Pela lei, a desobediência à legislação implicaria multa de R$ 5 mil, com o valor dobrando na…

  • Ou seja, já podem voltar a fazer propagandas de videogames e, em especial, de PCs – aqueles mesmos que possuem teclas delete e caps lock, usualmente com softwares que podem ser free ou mesmo trial…

 
Câmara aprova projeto que permite ao cidadão recorrer ao STF

A Câmara dos Deputados aprovou ontem (4) projeto de lei que permite ao cidadão que se sentir lesado em algum direito fundamental recorrer diretamente ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de arguição de descumprimento de preceito fundamental (Adpf). O projeto recompõe dispositivo de matérias que tratam reforma do Judiciário, que foi vetado em 1999 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. O projeto ainda precisa ser aprovado pelo Senado…

  • Tá com dificuldades? Não consegue resolver sua açãozinha em primeira instância? Seus problemas acabaram! Agora você já pode procurar o dotô “Gilmar Dantas” diretamente!

 
Não é necessário coabitação para caracterização da violência doméstica contra a mulher

O namoro evidencia uma relação íntima de afeto que independe de coabitação. Portanto, agressões e ameaças de namorado contra a namorada – mesmo que o relacionamento tenha terminado – que ocorram em decorrência dele caracterizam violência doméstica. O entendimento é do ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fundamentando-se na Lei Maria da Penha para julgar conflito negativo de competência (quando uma vara cível atribui a…

  • Violência doméstica fora do lar? Esquisito isso… Será que não dá pra conjugar essa notícia com aquela primeira? Daí sim vai ser TUDO pela Internet mesmo!

Maria Emerenciana de Andrade

Antes de mais nada é merecida a pergunta: “e quem foi Maria Emerenciana de Andrade?”. Foi minha tetravó e pentavó ao mesmo tempo! Explico. De minhas pesquisas pessoais pude chegar até meus trisavós, com direito a cópia de certidão de casamento num obscuro cartório no interior de Minas e tudo o mais. Porém foi através desse inventário que pude “subir” na genealogia da família, pois aqui é que aparece meu trisavô Joaquim Theodoro de Andrade, herdeiro e filho de Maria Emerenciana, devidamente casado com minha trisavó, Maria da Glória Teixeira Guimarães, também herdeira e neta de Maria Emerenciana…

Daí o porquê de ela ser, simultaneamente, minha tetravó e pentavó. Tudo porque o tio casou com a sobrinha – não se assustem, antigamente isso era mais comum do que se possa imaginar!


 INVENTÁRIO DE MARIA EMERENCIANA DE ANDRADE

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 | Arquivado no Museu Regional de São João del Rei - Caixa 413        |
 | Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco                          |
 | Transcrito em : 2003                                               |
 | Solicitante   : Maria Nazaré de Carvalho                           |
 | Objetivo      : Dados Genealógicos                                 |
 | Inventariada  : MARIA EMERENCIANA DE ANDRADE                       |
 | Inventariante : FRANCISCO TEIXEIRA DE ANDRADE                      |
 | Inventário em São João del Rei em 1868                             |
 | Número de folhas originais: 292                                    |
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 - FL.002 -

 Diz Francisco Theodoro Teixeira, morador no Distrito de Madre de  Deus
 deste  Termo,  (...),  que  tendo  falecido  sua  mulher  Dona   Maria
 Emerenciana de Andrade, sem testamento, (...) 

 - FL.003 -

 Procuração 

 Data – 07 de abril de 1868 

 Local – Arraial de Madre de Deus, Termo de São João Rei 

 QUE FAZ – Francisco Theodoro Teixeira, morador nesta  mesma  Freguesia
 de Madre de Deus. 

 - FL.010/VERSO -

 JURAMENTO DO INVENTARIANTE 

 DATA – 02 de setembro de 1868 

 LOCAL – Fazenda do Retiro dos Dois Irmãos, Termo da cidade de São João
 de Rei, Minas e Comarca de Rio das Mortes 

 DECLARAÇÃO 

 (...) e logo por ele foi dito que sua mulher faleceu sem testamento no
 dia sete de fevereiro do corrente ano (...) 

 FILHOS 

 1. Manoel  Teodoro  Teixeira,  casado  com  Dona  Delfina  Cândida  de
    Andrade. 

 2. Antônio Teodoro de Santana,  falecido,  casado  que  foi  com  Dona
    Margarida Teixeira Guimarães, deixou filhos,  posteriormente  serão
    declarados. 

 3. José Teodoro  Teixeira,  casado  com  Dona  Esmênia  Leopoldino  de
    Andrade. 

 4. Dona Maria Venância de Andrade, casada com Diogo Joaquim Alves.

 5. João  Gualberto  Teixeira,  casado  com  Dona  Margarida   Teixeira
    Guimarães.

 6. Venâncio  Teodoro  de  Andrade,  casado  com  Dona  Ana  Bernardina
    Teixeira. 

 7. Dona  Delfina  Teodora  Teixeira,  casada  com  Antônio   Tereziano
    Nogueira. 

 8. Dona Jesuína Emerenciana de Andrade, casada com Pedro  Ferreira  da
    Cunha. 

 9. Francisco Teodoro Teixeira  Júnior,  casado  com  Dona  Emerenciana
    Eufrasina de Resente. 

 10. Joaquim Teodoro de  Andrade,  casado  com  Dona  Maria  da  Glória
     Teixeira. 

 11. Marciano Onostório Teixeira, casado  com  Dona  Maria  Esmênia  de
     Resende. 
  

 NETOS, FILHOS DE ANTÔNIO TEODORO 

 1. Francisco de Paula Guimarães, solteiro, com vinte e um anos. 

 2. José Venâncio Teixeira, solteiro, com vinte anos. 

 3. Dona Maria da  Glória  Teixeira,  casada  com  o  herdeiro  Joaquim
    Teodoro. 

 4. Domingos Teodoro, solteiro, com dezoito anos pouco mais ou menos; 

 5. Dona Maria Venância Teixeira, solteira, com quatorze anos. 

 6. Dona Maria Emerenciana Teixeira, solteira, com doze anos. 

 - FL.014 -

 PROCURAÇÃO 

 DATA – 26 de Maio de 1868 

 LOCAL – Freguesia de Santa Isabel do Rio Preto,  Termo  de  Valença  e
 Comarca de Vassouras em casa de residência de Pedro Ferreira da  Cunha
 Sobrinho. 

 QUE FAZ – Pedro Ferreira da Cunha Sobrinho e  sua  mulher  D.  Jesuína
 Emerenciana de Andrade, moradores  neste  Distrito  à  margem  do  Rio
 Preto. 

 - FL.015 -

 PROCURAÇÃO 

 DATA – 04 de Maio de 1868 

 LOCAL – Vila de Caconde, da Província de São Paulo 

 QUE FAZ – Tenente Antônio Tereziano Nogueira e sua mulher Dona Delfina
 Teodora Teixeira Nogueira, residentes na mesma Vila de Caconde. 

 - FL.018/VERSO -

 DESCRIÇÃO DOS BENS 

 - Trastes de uso; objetos de cobre, instrumentos agrícolas; uma Ermida
   com oratório; 

 - Animais:  porcos,  leitões,  vacas,  novilhas,  garrotes,   cavalos,
   bestas, burros, jumentos, etc. 

 - Escravos em número de 67 

 BENS DE RAIZ 

 - Fazenda do Retiro que se compõe de campos e culturas......26:000$000

 - Benfeitorias da mesma Fazenda a saber: casas de vivenda cobertas  de
   telhas, senzalas, casas de rancho de carro, tenda, moinho,  monjolo,
   olaria, quintal com arvoredos..............................2:000$000

 - Casas do Retiro Olho de Sono com utensílios para fazer queijo.......
   .............................................................200$000 

 - Fazenda do Antimônio que se compõe de terras de cultura e campos  de
   criar.....................................................16:000$000 

 - Engenho de cilindro com seus utensílios....................2:000$000

 - Engenho de pau velho.........................................100$000

 - Benfeitorias da Fazenda do Antimônio que compõe de casas de vivenda,
   engenho, moinho, senzalas,  tudo  coberto  de  telhas,  com  monjolo
   coberto de capim...........................................1:500$000

 - Cana que está na moenda......................................700$000

 - Canavial novo................................................800$000

 - Casas na Capela do Espírito Santos com fundos para quintal...300$000 

 - Fazenda do Leme que se compõe de terras  de  culturas  e  campos  de
   criar no Distrito de Carrancas............................16:000$000 

 - Benfeitorias do Leme: casas de vivenda cobertas de telhas,  quintal,
   moinho, monjolo..............................................600$000

 - Dívidas ativas e passivas 

 - FL.030 -

 DOTES

 - Manoel Teodoro Teixeira .................................. 2:500$000

 - Antônio Teodoro Teixeira ................................. 1:300$000 

 - José Teodoro Teixeira .................................... 3:060$000 

 - Dona Maria Venância ...................................... 2:024$560 

 - João Gualberto Teixeira .................................. 2:100$000 

 - Venâncio Teodoro de Andrade .............................. 2:325$000 

 - Dona Delfina Teodora Teixeira ............................ 1:903$040 

 - Dona Jesuína Emerenciana de Andrade ...................... 1:908$440 

 - Francisco Teodoro Teixeira Júnior ........................ 1:950$000 

 - Joaquim Teodoro de Andrade ............................... 1:230$000 

 - Marciano Onostério Teixeira .............................. 1:950$000

 - FL.031/VERSO -
  
 MAIS BENS DE RAIZ NO TURVO 

 - Mais trastes de uso, animais, 02 escravos 

 - Terras de culturas e campos de criar  no  lugar  denominado  Córrego
   Fundo......................................................9:000$000

 - Casa coberta de capim no mesmo lugar chamado Córrego Fundo....50$000 

 - Casa coberta de  telha  envidraçada  com  seus  respectivos  fundos,
   situada nesta cidade de Turvo..............................4:000$000

 - Mobília da mesma casa........................................147$000 

 - FL.052 -

 PROCURAÇÃO 

 DATA – 02 de Setembro de 1868 

 LOCAL – São João Del Rei 

 QUE FAZEM – Manoel Teodoro de Andrade Teixeira; José Teodoro Teixeira;
 Diogo Joaquim Alves por cabeça de sua mulher Dona  Maria  Venância  de
 Andrade;  João  Gualberto  Teixeira;  Venância  Teodora  de   Andrade;
 Francisco Teodoro Teixeira Júnior; Joaquim Teodoro de Andrade por si e
 por cabeça de sua mulher Dona  Maria  da  Glória  Teixeira  Guimarães,
 Marciano Onostério Teixeira de Andrade. 

 - FL.072 -

 AUTO DE PARTILHA 

 MONTE MOR – 132:309$160 

 MONTE LÍQUIDO - 131:609$160 

 MEAÇÃO DO VIÚVO – 40:920$053 

 PARA CADA HERDEIRO – 5:741$608 

 - FL.101 -

 Dizem Francisco de Paula Teixeira e José Venâncio Teixeira,  moradores
 na Freguesia de Madre de Deus, do Termo desta  cidade,  nos  autos  de
 Inventário dos bens a que por este Juízo se procedeu  por  falecimento
 de sua avó, Dona Maria Emerenciana  de  Andrade,  que  tendo  sido  os
 suplicantes emancipados nos respectivos autos de Inventário  dos  bens
 do finado seu Pai Antônio Teodoro de Santana (...) 

 - FL.110 -

 Diz Pedro Ferreira da Cunha, por cabeça de  sua  mulher  Dona  Jesuína
 Emerenciana de Andrade que na partilha a que se procedeu no Inventário
 dos bens da finada Dona Maria Emerenciana de Andrade (...) de haver do
 co-herdeiro José Teodoro Teixeira, e como este é demente (...) 

 - FL.115 -

 Diz o Capitão Manoel Teodoro de Carvalho, (...) José Teodoro  Teixeira
 antes de ser  declarado  interdito  tendo  falecido  sua  mulher  Dona
 Ismênia Leopoldina de Andrade. 

 - FL.120 -

 PROCURAÇÃO 

 DATA - -5 de Outubro de 1872 

 LOCAL – Cidade de Turvo, Minas e Comarca do Baependi 

 QUE FAZEM – José Batista de Almeida e Souza, por cabeça de sua  mulher
 Maria Venância Teixeira. 

 - FL.121 -

 Certifico que revendo o Livro que serve para registros dos  Casamentos
 feitos nesta Freguesia nele a folha 23 consta o seguinte: 

 No dia 25 de Setembro de 1872, no Oratório da Fazenda dos Dois Irmãos,
 pelas 04 horas da tarde  receberam  em  Matrimônio  os  nubentes  José
 Batista de Almeida e Souza e Dona Maria Venância Teixeira,  que  deram
 seus consentimentos por palavras de presente à vista  das  testemunhas
 Manoel Ribeiro do Vale e Francisco de Paula Teixeira, além  de  outras
 muitas pessoas que presente  estavam  e  lhes  dei  a  bênção  nupcial
 precedendo tudo os  depoimentos  verbais.  E  para  constar  fiz  este
 Assento.

 Madre de Deus, Era et supra 

 O Vigário João Bernardes de Souza 

 - FL.123 -

 Diz Dona Maria Emerenciana do Carmo que no Inventário e  partilha  dos
 bens por falecimento de Dona Maira  Emerenciana  de  Andrade,  avó  da
 Suplicante, entrou (...) iguais à suplicante e a seus irmãos  Domingos
 e Dona Maria Venância (...) 

 Dizem José Venâncio Teixeira e sua  mulher  Dona  Maria  Policarpa  de
 Novaes Teixeira; José Batista de Almeida e Souza  e  sua  mulher  Dona
 Maria Venância Teixeira; Francisco de  Paula  Teixeira  e  sua  mulher
 Dona Maria Custódia de Carvalho Teixeira; Domingos Teodoro Teixeira  e
 sua mulher Dona Maria Emerenciana Teixeira; Joaquim Teodoro Teixeira e
 sua mulher Dona Maria Emerenciana do Carmo, netos da finada Dona Maria
 Emerenciana de Andrade, que eles  suplicantes  acordaram  entre  si  a
 procederem a partilha amigável e convencional dos escravos (...)

PLC – Power Line Communication

Recortado e colado daqui.

29/07/2009 – 08h00

Internet via rede elétrica: um passo para conectar pela tomada
Por CIBELE GONELLI | Para o UOL Tecnologia

 
Usar a internet vai ficar bem mais fácil. Cada tomada de uma residência será o ponto de acesso para se conectar à rede mundial. Essa nova opção para acessar a web vai começar a ser comercializada em breve para os usuários brasileiros.

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) homologou em abril a tecnologia de internet pela rede elétrica, que permite o tráfego de voz, dados e imagens. Conhecida como PLC (Power Line Communication), a nova forma de acesso à web já existe há cerca de dez anos e é vendida na Europa a links de 4,5 Mbps — que devem chegar a 14 Mbps até o final do ano.

No Brasil, o uso começou no Paraná, na fornecedora de energia elétrica local, no final da década passada. Desde então, foi desenvolvida uma tecnologia compatível com o sistema elétrico brasileiro, que foi testado nos últimos dois anos, até ser homologado.

A principal vantagem dessa tecnologia, segundo os especialistas, é que fornecerá acesso à web pela tomada — assim aproveita uma estrutura já existente para chegar a regiões onde outras alternativas de acesso rápido ainda não estão disponíveis. Com o PLC, a tomada elétrica vira o ponto principal de comunicação da residência ou da empresa. Mas, na prática, o que muda para o usuário?

Segundo o engenheiro eletrônico Almir Meira, professor da FIAP e Faculdade Módulo, para ter acesso à tecnologia, o usuário deverá contratar o serviço da operadora credenciada para comercializá-lo e adquirir um modem compatível com a tomada elétrica.

 
“A transmissão de dados é feita pela estrutura já existente de distribuição de energia elétrica. Os dados podem ser enviados diretamente do provedor de acesso para a rede elétrica até chegar aos usuários. Também é possível mesclar a forma de transmissão onde já existem outras estruturas: a conexão pode ser feita via cabo a partir do provedor até a região de um prédio. Se o edifício não tiver cabeamento, por exemplo, a conexão pode continuar sendo feita via rede elétrica até os apartamentos”, afirma.

Já a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ressalta que, para os usuários da tecnologia, a conta de luz continuará separada porque se trata da mesma estrutura, mas usada para fins diferentes.

AES Eletropaulo testa tecnologia

A AES Eletropaulo já divulgou que não pretende vender o PLC diretamente para o consumidor final, devendo fazer uma parceria com as operadoras de telecomunicações para atender ao novo serviço, como Telefonica, TIM, Vivo, Oi e Claro. “Elas é que deverão vender diretamente para o consumidor. Esse modem vai filtrar o sinal elétrico e disponibilizar os sinais de voz, dados e imagens em saídas específicas, funcionando como central de mídia”, explica.

Em São Paulo, já são três bairros onde esta tecnologia está sendo testada pela AES Eletropaulo: Pinheiros, Cerqueira César e Moema. Para os demais bairros, a tecnologia deverá estar disponível a partir de 2010. Para adaptar a rede elétrica para o PLC, as concessionárias de energia devem instalar uma grande quantidade de repetidores e roteadores junto aos transformadores, para amplificar o sinal de dados e evitar as oscilações nos pontos de segmentação da rede elétrica.

O modem poderá vir com uma antena de rede sem fio para facilitar o uso em notebooks, por exemplo. “Outra possibilidade é portar o modem e usar a sua internet em qualquer lugar, bastando plugá-lo na tomada. Além disso, a montagem das redes vai ser simplificada, não necessitando de cabeamento de dados — que hoje é um problema, devido à dificuldade de passagem dos cabos”, explica Meira.

Para as empresas, o PLC pode ser uma tecnologia que irá facilitar a interligação de unidades distantes por meio da rede elétrica, diminuindo a necessidade de links dedicados de dados, que são caros. Em São Paulo, o engenheiro Clinton Namur é uma das pessoas que participaram do teste da internet via rede elétrica. Ele pode acessar a web na cozinha ou, se preferir, também na sala. É só plugar o computador em qualquer tomada da casa. A conexão também ficou mais rápida. “Achei fantástica essa ideia, que eu abracei desde o começo. Para mim está atendendo perfeitamente”, diz Namur.

Os Neolludistas

Excelente texto do Túlio Viana, cujo original está aqui. Mas permito-me transcrevê-lo na íntegra:

No início do século XIX, trabalhadores ingleses revoltaram-se com a invenção da indústria têxtil, pois julgavam que esta nova tecnologia seria a responsável pela perda de milhares de empregos, com a substituição do trabalho braçal humano pelas máquinas. Sob a liderança de Ned Ludd, invadiram fábricas, destruíram máquinas e deixaram registrado na história o equívoco que é lutar contra uma inevitável revolução tecnológica. O movimento ficou conhecido como luddismo.

No início do século XXI, não são mais os trabalhadores humildes que se insurgem contra uma ameaça a seu ganha-pão. Ironia da história: agora é a vez da indústria se revoltar contra o homem, por julgar que este poderá lhe quebrar, não mais no sentido literal, mas econômico.

A história se repete, mas os personagens mudam. Eis que surgem os neoluddistas.

Os neoluddistas são empresários da indústria cultural que bradam raivosos na defesa de seus lucros: “estamos perdendo milhões por causa da Internet”, “é preciso combater a pirataria”, “se os downloads ilegais não acabarem, os artistas vão parar de produzir”.

Os neoluddistas alegam que perdem milhões por ano com a pirataria, por terem vendido menos que no ano anterior. Não percebem que o problema não está na pirataria, mas no seu modelo de negócios vetusto que insiste em vender música em Cds em caixinhas de acrílico, quando os Cd players há muito já foram substituídos por MP3 players.

Os neoluddistas menosprezam os artistas que disponibilizam suas músicas para download gratuito em suas páginas na Internet e são remunerados com o patrocínio de empresas que exibem publicidade enquanto as músicas são baixadas. Sua ganância é tamanha que preferem insistir no erro a buscarem alternativas de negócios.

Os neoluddistas são dados à chantagem emocional barata. Imploram a seus fãs que não baixem músicas pela Internet, pois precisam manter seus castelos e suas limusines. Querem que o fã que ganha um salário mínimo compre o Cd para “ajudar o artista”.

Os neoluddistas têm memória fraca. Esquecem-se de que mais de 90% do lucro com a venda dos Cds vai para as gravadoras e que a maioria absoluta dos artistas vive do cachê de seus shows e, para estes, nada vai mudar.

Os neoluddistas investem fortunas em campanhas publicitárias para tentar convencer as pessoas que copiar um Cd é tão reprovável quanto furtar um carro ou uma bolsa. Não percebem – ou fingem que não percebem – que no furto a vítima perde a propriedade de seu carro e de sua bolsa, mas na cópia nada se perde.

Os neoluddistas seriam capazes de crucificar Jesus Cristo por multiplicar pães, pois afinal – pensarão eles – há nesta conduta uma clara violação aos direitos autorais do padeiro que investiu fortunas na criação da receita.

Os neoluddistas são personagens que de tão anacrônicos seriam caricatos, não fosse o poder econômico que têm e que usam para manter a criminalização da livre distribuição da cultura por meio da Internet.

Os neoluddistas estão transformando fãs em criminosos.

Dos comentários gerados pelo texto (até o momento), pelo menos dois merecem também ser transcritos:

Ricardo:

“Bom texto, Túlio, mas a comparação com os luddistas, na minha opinião, não procede.

Os luddistas formavam um movimento social, que lutava por direitos e melhores condições de trabalho. Reivindicavam que a mecanização do trabalho agravaria estas condições. Não era só um movimento de intolerância, ou ignorante ao progresso, mas também de reivindicação para que eles recebessem condições de se adequar a estas mudanças.

Mais apropriado seria comparar com fatos recentes de trabalhadores que, por exemplo, foram contra a mecanização de postos de gasolina no Brasil, seguindo o modelo europeu/americano; ou ainda, contra a implantação das catracas automáticas em ônibus, eliminando a necessidade do cobrador.

No caso da pirataria, uma analogia mais adequada seria com a invenção da imprensa por Gutenberg, e que aos poucos foi desafiando o controle da difusão da informação imposto pela Igreja. Assim, por exemplo, da mesma forma que hoje as gravadoras processam vergonhosamente quem fere suas ‘regras’, na época era queimado no fogo da inquisição.

O interessante é que, em ambos os casos e ao contrário do luddismo, não há um movimento organizado, pró-ativamente desafiando o modelo de ‘controle’ das gravadoras. Como no caso da imprensa de Gutenberg, então, a queda do modelo anterior foi ocorrendo gradativamente e a medida em que mais pessoas foram percebendo os benefícios do novo modelo, e a medida em que as tecnologias foram se desenvolvendo para se adequar a elas.”

Igor Gama:

“Não é possível agir contra o avanço da tecnologia e vencer.”