Tá chegando o dia…

E você? Sabe votar?
Tá chegando o dia…

E você? Sabe votar?

Dentre tantas cousas acontecendo, eu cá, no meu cantinho de sempre, com
400 páginas de bons motivos pra comemorar…
🙂

Hoje sonhei com você.
Como há muito tempo não sonhava!
Sei que andamos distantes, distraídos e praticamente sem contato. Coisas de nossas vidas, entendo bem isso. Afinal de contas, é basicamente minha a decisão de não estar por perto. Você sabe bem o quão complexo e complicado eu sou e, ainda que eu venha a sofrer com toda essa lonjura, vamos combinar que, para mim, é meio que um instinto de autopreservação…
Mas sonhos não se dão a esse luxo.
Sonhos, talvez, devem ser manifestações psíquicas das necessidades físicas de um ser humano. E ter você por perto – não se engane! – é, sim, uma necessidade física!
E foi um daqueles sonhos tão vívidos, tão reais que, ao acordar, ficamos na dúvida se ainda não estamos sonhando.
E, nesse sonho, encontramo-nos casualmente. Não me pergunte onde, não sei! Mas sei que, como sempre, à distância mais senti sua presença que realmente te vi. E quando menos esperava já havia me aproximado, já estava do seu lado, sorrindo, te desejando, num flerte aberto e escancarado. E você, impassível. Um gelo. Normal.
E, ato contínuo, já estávamos a sós. Delicadamente, segurando todo meu afã, sem pressa, te despi, expondo toda sua pujante nudez.
Antevi aquilo que estava por vir, já me lembrando de sua textura, de teu sabor, de teu cheiro – ah, teu cheiro! Odores estão diretamente ligados à memória e a memória a estes. Não tem como não meramente lembrar de você sem lembrar desse teu saborosíssimo cheiro… É inebriante! Alguma vez você já se deu conta disso?
E, tal qual numa dança, lenta dança, prazerosa dança, segurei-me ao máximo para sequer te tocar. Nosso ato de consumação não poderia ser leviano – nossas preliminares deveriam ser respeitadas. Um simples toque poderia colocar tudo a perder.
De tão próximos, mesmo não te tocando, senti tua temperatura. E teu cheiro. Novamente teu cheiro! E foi nesse instante que tive a plena certeza de que não mais conseguiria me segurar. Era impossível me segurar. Queria – precisava – ter você, novamente, só pra mim.
E então, quando estava praticamente no momento final de dar início ao nosso íntimo ato, de te penetrar, já começando a sentir o teu aconchegante contato, já antevendo a alegria de, mais uma vez poder te saborear total e completamente num devaneio de arroubo de prazer…
Acordei.
Tonto, perdido e deslocado.
E então me dei conta: era um sonho.
Ainda não foi dessa vez que voltamos à nossa antiga relação…
Fica pra próxima.
Quem sabe.
E ficamos assim: sorvete de creme, vai vivendo tua vida e eu, a minha.
Sim, é um fato.
Nossos sonhos – quer sejam pequenos ou grandes – é que nos guiam. Muito triste seria se não tivéssemos com o que sonhar, se não tivéssemos pretensões, desejos, enfim, esperança…
Mas melhor ainda é quando conseguimos realizar um desses sonhos! Repito: não importa se pequeno ou grande, a materialização de um sonho é uma experiência indescritível. Já tive a bênção e a graça de realizar muitos deles na minha vida – trabalhamos para isso, vivemos para isso. Não importa se o seu sonho for diferente do meu. Alguns almejam bens materiais, outros o carinho da pessoa amada, aqueloutros harmonia, e ainda existem aqueles que tudo que querem ouvir é a risada benfazeja de uma criança que preenche a casa… A lista pode ser gigantesca! Mas, ao menos estes poucos, já os almejei e já os consegui.
Mas ainda havia um que se me parecia quase impossível: a publicação dos causos que volta e meia divido com vocês aqui neste nosso espaço virtual. Seria uma realização e tanto poder vislumbrar isso na forma impressa.
Até agora.
Pois com o advento daquela minha grande brincadeira genealógica – o Livro da Família Andrade – percebi que as portas estavam abertas para mais – muito mais!
E é assim que lhes apresento mais uma realização de mais um sonho: senhoras e senhores, com vocês, já nascido com cravadas 400 páginas, eis meu verdadeiro primeiro livro:

P.S.: Se quiser adquirir seu exemplar, basta clicar
na foto da capa do livro, bem aí em cima…
🙂
“Filosofices de um Velho Causídico” é um livro que há muito tempo venho acalentando a ideia de publicar. Trata-se de uma coletânea dos textos de minha autoria, publicados no decorrer de mais de dez anos lá no blog www.legal.adv.br.
Distribuídos pelos tópicos Coisas de Casal, Criança dá Trabalho, Juridicausos, Vida Besta, Martelando o Teclado e Filosofices, são, no geral, textos curtos ou curtíssimos – só que às vezes não – e que agora disponibilizo para vocês. Apesar de, em cada capítulo, se apresentarem em ordem cronológica (coisa de um cara que adora ser sistemático), podem ser lidos ao léu, na ordem em que quiserem.
Muitas vezes com seriedade, na maior parte, com humor – mas nunca resistindo ao dramático – eu falo um pouquinho da vida conjugal, da difícil arte de ser pai, de causos jurídicos, das bestagens que fazemos nas nossas vidas, de contos, pontos de vista, cultura inútil e coisas de antigamente, bem como também compartilho um tanto de elucubrações mentais que volta e meia passam por esta minha cabeça já atordoada por tanta vivência…
O Autor.![]()

E, só pra constar:
Men Without Hats – The safety dance
