Esta é a história de mais um virtual amigo opaleiro que resolveu compartilhar aqui neste nosso espaço seus perrengues para ser dono de um Opala. Começo a perceber que do norte ao sul do país não tem canto onde não haja algum apaixonado por Opalas e que sinta um imensurável orgulho de ter suas desventuras contadas… Fico extremamente feliz de poder ajudar nesse sentido!
Sem mais delongas, seguem as fotos do SS 77, prefaciadas pelas palavras de seu proprietário, o Ricardo, e encaminhadas por e-mail sob o título de “A Saga do SS 77”:
Segue relato do SS 77,
No mês de Maio de 2008 pesquisando no ML achei p/ minha surpresa um SS 77 vendendo aqui em SSA. Quando fui comprar fiquei contagiado pelos detalhes: painel, volante, tampa do tanque. Tudo SS, o que é difícil de achar, e ainda com jantes cromadas de ford taurus.
O então dono me relatou que o carro foi comprado de um senhor e que estava parado numa garagem a + de 5 anos e que o mesmo o possuia a + de 15 anos.
Ele me disse que possuia + 2 opalas e que queria aproveitar só o documento do SS para colocar em um dos opalas e valoriza-lo +.
Quando fechei o negócio e cheguei em casa com a máquina, dona patroa quase me bota pra fora. Mas depois de pronto e muitas dores de cabeça com oficina ele já faz parte da família e faz o maior sucesso nos finais de semana aqui em Salvador.
Ele passou quase 6 meses fazendo serviços de funilaria, pintura e capotaria. Aqui em Salvador não temos o costume de valorizar restaurações, as oficinas preferem serviços rápidos e de lucro fácil. Como eu tenho amigos (as vezes da onça) nessa área, foi menos traumático o serviço. A parte de funilaria foi a que deu mais problema pois passou nas mãos de três chapistas. A pintura foi a mais tranquila. Procurei deixá-lo o mais original possível. Usei a tinta PU bege copacabana, faixas da eldorado de Sta. Catarina, peças (para-choques, retrovisores, borrachas, frisos, emblemas SS e etc.) vindas de São Paulo e R. de Janeiro (Supimpa e Meu Opala), coloquei tbm os farois de milha amarelados como os da época.
Como todo carro antigo ele ainda tem coisas para serem feitas e colocadas, é um trabalho contínuo, por isso que é interessante. Possuo um carro 2008 e não tenho o mesmo prazer que sinto com o SS, é incrível.
Sei que as vezes somos tachados até de loucos mas estamos fazendo um serviço de utilidade pública, conservando essas máquinas maravilhosas e guardando um pedaço da história automobilística nacional. Fico impressionado com a quantidade de jovens e adolescentes que se encantam com o SS quando passo com ele nas ruas.
(…)
Tenho projetos futuros para aquisição de um Maverick GT e um Dodge R/T para assim fechar a tríade dos Muscle cars brasileiros. Até lá meu amigo e feliz natal e próspero ano novo na paz de Jeová.
SDS,
Ricardo H. S. Andrade.