Presente de Natal

Muito bem, crianças, moçoilas e marmanjos em geral.

Então? Vamos continuar?

Muita gente não entendeu sobre o que eu falei aqui, então deixa eu explicar melhor.

Sou advogado. Pelo menos, tento. Desde 2001 eu trabalhava na Prefeitura Municipal de Jacareí num dos chamados “cargos em comissão”, ou seja, eu era ocupante de um cargo de confiança. Sim, era. Acontece que invariavelmente esse tipo de cargo está intrinsecamente ligado à Administração que estiver no governo. Trabalhei lá de 2001 a 2004, quando o Prefeito de então se reelegeu e me convidou a continuar de 2005 a 2008. Ele fez seu sucessor, que por sua vez me convidou para um desafio até maior e lá fiquei de 2009 a 2012. Ele também se reelegeu e eu também continuei de 2013 a 2016. Entretanto, diferente do anterior, apesar de uma excelente administração (e não, não estou “puxando a sardinha” pro meu lado), ele não fez seu sucessor. Então o próximo dia 31 será meu último dia na Prefeitura e dali em diante, novos desafios!

Bem, esse é o resumo da coisa. A história é bem mais longa e merece ser contada com detalhes, mas deixarei isso para meu outro blog, o Legal.

Mas por hoje fui lá no Seo Waltair pra dar uma conferida nos detalhes que ainda faltavam. Ele estava atrás de um tanque de bom tamanho e mais uma ou outra pecinha para arrematar o motor. Fui chegando e fui conferindo…

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E o tanque estava lá, brilhando, novinho, pronto para abastecer o motor do Titanic quando ele voltar a funcionar!

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E eis que me aparece o filho do Seo Waltair.

– E aí?

– E aí, rapaz? Zuzo bem?

– Tudo, tudo… E o meu pai? Já te contou?

– Contou o quê?

Nisso vem o Seo Waltair todo sorridente…

– Tá pronto, ué!

– CUMÉQUIÉ????

– Tá pronto, pronto e funcionando!

– Mas, mas… Ainda não faltava o chicote? E aquelas peças que o senhor tinha me falado?

– As peças já arranjei tudo. E eu não gostei da qualidade do chicote que o rapaz tinha pra vender, então é melhor pegar esse mesmo, que é original, e ver com um eletricista pra reconstruir ele. Garanto que vai ficar muito melhor.

– E ele tá funcionando?

– Tá sim! Puxei um fio direto da bateria pra poder ligar. Só não tá carregando a bateria, mas como ela é nova, por enquanto não vai ter problema.

Disse isso, entrou no carro e deu a partida.

Pegou na primeira.

Confiram o ronco da criança:

Eu estava encantado! Sem palavras! Depois de tanto tempo a fera voltou a rugir… O Titanic estava vivo novamente!

– E aí? Faltava tão pouco pra completar que eu falei pro meu pai que ele tinha que deixar seu carro funcionando logo! Gostou do Presente de Natal?

– Cara, você não tem ideia de como! Foi a melhor e a pior notícia que eu poderia receber nesse momento!

Eles não entenderam nada, então expliquei minha situação: que eu estava saindo da Prefeitura. Ou seja, a melhor notícia foi a de ver meu bom e velho Opalão voltando a funcionar; a pior foi que, então, havia chegado a hora da “dolorosa”. Havia uma conta a acertar – e não seria pouco, não!

Enfim, combinamos que na primeira semana de janeiro eu acertaria a conta – que é quando eu receberia meu saldo de salário, férias vencidas e outras verbas do tipo (comissionado não tem FGTS, multa na rescisão, nada disso). E quanto ao Titanic eu precisaria deixá-lo por ali por mais um tempinho, provavelmente até março, que é para quando projetei já estar ganhando algum cascalho no mercado novamente.

E assim, caríssimos, esta etapa está praticamente concluída. Agora é questão de fazer a parte elétrica – e quanto a isso já tenho algumas ideias coçando aqui na cachola…

Um Feliz Natal para todos vocês, para suas famílias, e que possam sentir a mesma felicidade que senti hoje pela manhã.

Garanto esta é a melhor coisa que eu poderia desejar para alguém!

Motorizando – parte XI (Madame Zafira)

Pois é… Crise é crise…

Lembram de quando compramos a Spin? Ficamos muito felizes na épocca, pois esse era o nosso primeiro carro zero! Desde então o que estava fácil de pagar foi ficando cada vez mais difícil. Não porque o valor da parcela tenha aumentado, mas simplesmente porque as outras contas, dívidas e débitos foram comendo nossa renda pelas beiradas até a coisa ficar insuportável…

Enfim, o negócio de sempre é trabalhar com “contenção de danos”. E, no caso, ainda mais pela situação que se avizinha, manter a Spin não seria uma decisão lógica. Mas, ainda assim, permanecia a nossa necessidade de um “carro grande” – no sentido de ter pelo menos 6 lugares: eu, a Dona Patroa, os três filhotes e meu sogro-mais-surdo-que-uma-porta-de-carvalho-dupla.

Fuça daqui, experimenta dali, acabamos achando um bom negócio: um Zafira 2008!

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Confesso que no começo estranhei um pouco, pois achei ela mais barulhenta que a Spin. Mas até aí, nada demais, afinal era um carro 5 anos mais velho que o anterior – que já era 2013. Só que reparando melhor nos detalhes, vou ser muito sincero: gostei! O motor é mais forte, o carro é mais robusto, tem mais espaço para os passageiros, os bancos do fundo são individuais e o ar condicionado possui um duto para a parte traseira do veículo. Parecem detalhes irrelevantes, mas para quem sai com toda essa patota, faz toda a diferença!

Agora é só cuidar de manter as parcelinhas em dia…

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Fiquei com vontade de trocar de carro…

Dia desses eu e a Dona Patroa fomos a uma revenda dar uma olhada numas opções de carro (depois eu conto o porquê). Aproveitei que estava por ali e fui dar uma conferida em nada mais nada menos que um Camaro Preto Conversível Zero – assim mesmo, com tudo começando em maiúsculas que é para demonstrar respeito.

E, apesar de todo O Projeto (sim, maiúsculas também), neste mês de dezembro fiquei com vontade de trocar de carro de novo…

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Já tive a mesma vontade em dezembro passado (e é só isso mesmo: VONTADE), então passou rapidinho!

Cabô?

Janeiro de 2007.

Foi quando comecei este meu próprio Projeto 676, mesmo sem saber que assim iria se chamar, mesmo sem saber quanto tempo levaria, mesmo sem saber quanto iria gastar, mesmo sem saber o quanto me apaixonaria por tudo isso, mesmo sem saber o tanto que agora sei…

Outubro de 2016.

Estamos perigosamente nos aproximando de dez anos desde o início d’O Projeto… Com paciência demais (por parte do mecânico, Seo Waltair) e com dinheiro de menos (de minha parte, eu mesmo), parece que tudo meio que “congelou” no que diz respeito à evolução do Titanic – não que ele seja um pokémon…

Então, a pergunta que não quer calar: Cabô?

Ou seja, não ata nem desata? Não vai mais pra frente? Parou de vez?

A todas essas perguntas – e quantas mais houver, quer seja de opaleiros ou de meros curiosos – só tenho uma única resposta possível.

NÃO.

Muita coisa aconteceu nos últimos tempos e, mais uma vez, minha vida irá dar nova guinada de 180°, um verdadeiro cavalo de pau, no melhor estilo opalístico de ser. Mas isso não significa que vou deixar de lado este nosso projeto – antes o contrário! Talvez com mais tempo e podendo me concentrar em amealhar mais renda, provavelmente será um período em que poderei me dedicar ainda mais, senão em concluir, ao menos em completar a fase atual – que já se prolongou por tempo demais…

Ou seja, me aguardem bem mais presente neste nosso espaço – confesso que um tanto quanto abandonado nos últimos tempos – se não para tratar d’O Projeto, ao menos para voltarmos a trocar ideias sobre o mundo dos Opalas!

E para não dizer que este foi um post sem imagens (diferente do que sempre faço), eis uma fotinha para vosso deleite. Que não é de um Opala. Nem ao menos de um Chevrolet. É a roda do Bilbo (o Ford Ka, lembram?), depois de eu abrir demais numa curva que tinha que abrir de menos… :-/

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E VAMO QUE VAMO!!! 😀

Álcool ou gasolina: o melhor para manter o motor limpo

Tudo bem que o bom e velho Titanic só vai ser abastecido à base de gasolina e não pretendo dijeitumanêra sequer passar perto de qualquer tipo de ameaça de instalação de gás nele (“cavalo anda, cavalo come”), mas para aqueles que vivem no automobilístico mundo flex de hoje em dia, eis uma matéria interessante, de Felipe Hoffmann, roubartilhada daqui.

Best Cars

O uso de álcool nos veículos atuais (flexíveis) os mantém mais livres de resíduos em relação aos abastecidos com gasolina? E a informação de que os que só utilizam álcool têm problemas na retirada das velas, por as mesmas ficarem presas no cabeçote? Isto é mito ou verdade? (Ricardo Braga, RJ)

O álcool é composto de apenas uma cadeia de moléculas (C2H6O), enquanto a gasolina é uma “sopa” de hidrocarbonetos (cadeias de hidrogênio e carbono), sendo que cada cadeia tem propriedades únicas de evaporação, poder de queima, tempo de queima, resistência à detonação, etc. Ou seja, é mais fácil controlar a queima de um único tipo de molécula do que de vários na mesma combustão. Por isso, em teoria, procede que o álcool tenha uma queima mais “limpa”.

No caso da gasolina, enquanto alguns hidrocarbonetos obtêm queima completa, produzindo CO2 (dióxido de carbono), alguns podem não ter a queima completa, gerando mais CO (monóxido de carbono) e C (carbono). Nota-se essa característica ao abrir um motor que funcionou apenas com gasolina, no qual diversas partes internas estão pretas — repletas de carbono —, enquanto num motor que só usou álcool as mesmas partes estão limpas.

No mundo real, porém, as coisas podem ser um pouco diferentes por uma série de razões:

1) O álcool encontrado nos postos tem pelo menos 7% de água. Há uma tendência química de que o álcool absorva água: por isso, veículos flexíveis ou a álcool precisam ter diversas partes resistentes à corrosão e oxidação — bomba de combustível, sede de válvulas, escapamento, etc. Quanto mais tempo o álcool estiver no tanque, maior será a concentração de água. Por outro lado, a água presente no combustível ajuda a diminuir a temperatura interna dos cilindros e, em forma de vapor superaquecido, a carregar as impurezas para fora do motor pelo escapamento — um dos motivos para o motor parecer limpo por dentro quando se roda só com álcool.

2) O álcool, ainda no estado líquido, tem mais impurezas que a gasolina de modo geral. Essas impurezas, microscópicas, advém em grande parte do bagaço de cana da produção. Por esse motivo, veículos flexíveis ou a álcool adotam prazos de troca de filtro de combustível menores.

3) Pelo fato de a gasolina ser um conjunto de hidrocarbonetos, há maior alteração de suas propriedades quando é deixada muito tempo estocada, mesmo no tanque do carro. Por exemplo, os hidrocarbonetos de queima mais rápida e fácil tendem a evaporar de forma mais rápida. Por isso, ao deixar o carro a gasolina sem funcionar muito tempo ou mesmo ao admitir uma gasolina “velha” pelo sistema de partida a frio (no carro a álcool ou flexível), pode haver dificuldade de ligar o motor. Há também a evaporação mais rápida dos hidrocarbonetos de alta octanagem, o que diminui a octanagem do combustível como um todo e aumenta a tendência à detonação. Além disso, alguns hidrocarbonetos se oxidam com o tempo, formando aquela “cera” que pode entupir partes dos sistemas de alimentação do motor.

4) Quanto ao óleo lubrificante do motor, a gasolina tende a proporcionar maior contaminação com carbono, enquanto o álcool tende a contaminá-lo mais com o próprio combustível, degradando o óleo.

Além de tudo isso, há outro fator muito importante no Brasil: combustível adulterado, um dos responsáveis pela recomendação de alguns fabricantes para que, a cada 5.000 quilômetros rodados com álcool, se use um tanque de gasolina. Quando os carros flexíveis chegaram ao mercado, de 2003 em diante, houve diversos casos de queima precoce da bomba de combustível, até com 10.000 km. Na época o consumidor leigo criticou a tecnologia, mas o problema era notado também em veículos apenas a álcool. O culpado era a formação de uma espécie de “goma”, proveniente dos produtos usados para adulterar o álcool, que entupia partes do sistema de combustível. Contudo, essa “goma” pode ser dissolvida pela gasolina — e, da mesma forma, certos resíduos provenientes da gasolina são dissolvidos pelo álcool. Por isso, a recomendação de variar o combustível de tempos em tempos faz sentido.

Quanto à dúvida sobre o álcool fazer com que as velas fiquem presas ao cabeçote, não há motivo para isso — ainda mais porque o calor dissipado pela queima com álcool é menor. Normalmente as velas ficam presas ao cabeçote por temperatura excessiva de trabalho, fazendo com que prejudique a rosca do cabeçote, como no caso de usar velas de grau (referente à capacidade de dissipar calor) inadequado.

Ferrugem na família

E eis que meu irmão do meio (eu sou o caçula) resolveu assumir a sua cota de ferrugem que circula no sangue da família! Se meteu a reformar – ele mesmo – um velho fusca que (sei lá onde) arranjou… Só que como ele mora num apartamento e não tem espaço possível para tal empreitada, resolveu que faria isso lá na oficina do Seo Bento, vulgo “nosso pai”!

Essa empreitada começou em maio deste ano, quando vi o fusca pela primeira vez. Ruinzinho, bem ruinzinho… Mas ainda assim a anos-luz de perfeição se comparado ao estado do Titanic quando comecei!

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E estas fotos já são mais recentes, agora do final de julho!

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Preciso é arranjar um apelido pra essa baratinha azul cascuda… 😉