Situação no Japão

Sobre a situação no Japão, a mídia está exagerando para vender bem a notícia. A usina nuclear está sendo trabalhada e o povo é informado o dia todo, por todos os canais de TV e, pelo visto, por enquanto nada preocupante. É fato que o governo está fazendo de tudo para evitar aquecimento da usina. Existem sim riscos, mas por enquanto está bem. A cidade está menos cheia porque reduziu-se a frequência de transportes públicos para economia de energia. Estamos sob apagão programado, com revezamento diário de racionamento de 3 horas. Onde moro não tem este problema porque é região onde o governo tem grandes equipamentos que não podem ser desligados. Hoje, por exemplo, fez muito frio e o povo ligando aquecedores, sobe o consumo. Em casa, estamos gastando o mínimo de energia, assim como todos japoneses.

No mais, é realmente dramática a situação no local do tsunami e, em menor extensão mas também difícil, quem morava perto das usinas e que tiveram que evacuar. Imagine mais de 1,5 milhões de pessoas desabrigadas nesta situação em cerca de 3,500 abrigos. Com falta de gasolina e diesel que dificulta ajuda a locais atingidos, porém hoje conseguiu cobrir entrega de produtos de necessidade a quase todos os abrigos. As doações vem de praticamente todas as empresas do Japão, entregando seus produtos. Solidariedade é um capitulo à parte que vale a pena compartilhar.

O exagero da mídia é prejudicial, assim peço que compartilhe com o nosso pessoal e para quem perguntar, porque Tóquio não é cidade fantasma por conta de usina. Tudo é planejado para racionamento de energia, com empresas dispensando funcionários mais cedo para não congestionar somente determinados horários; com tragédia assim as pessoas não ficam por aí fazendo compras e comendo à vontade nos restaurantes. O Japão é país solidário e grupal, assim se uma parte está sofrendo, todos sofrem juntos e, nesse momento, o espírito é de “gaman”, que todo japonês está falando, ou seja, saber suportar, ter paciência, ser tolerante com as dificuldades. Outro termo que está sendo bastante usado é “kansha no kimoti”: espírito de gratidão. As pessoas estão valorizando a vida, a energia, ajuda, etc.

Agradeço a preocupação e continuem orando pelo povo japonês.

Abraços.

Em 17 de março de 2011

Chieko Aoki
Presidente – Blue Tree Hotels

Gato que late

Pata de Elefante é o inusitado nome de uma inusitada banda que toca somente instrumental. E quando falo instrumental não pensem que estou falando de música clássica ou coisa do gênero. Eles têm um som bem variado e no ponto certo para agradar (quase) todos os gostos. Particularmente me lembra um pouco (bem pouco) o trabalho da Rádio Galena – mas com um estilo diferente.

E, mais particularmente ainda, uma das músicas que mais gostei foi a Gato que late – entenda-se lá o porquê de ser esse o nome dessa música. Aliás entenda-se lá também o nome da própria banda!

Enfim, basta clicar no play aí embaixo e curtir um pouquinho de Pata de Elefante!

Bar de Jornalista

Clique na imagem para ampliar!
( Publicado originalmente no blog etílico Copoanheiros… )

Bicarato

Direto do Duda Rangel, tomo a liberdade desse copy&paste na cara-dura. Como ele mesmo diz, *como hoje é sexta-feira, dia bom para encher a cara com os amigos no bar, decidi republicar este post etílico-jornalístico*.

Bar de jornalista não tem frescura.

É boteco, botequim. Simples. Não tem hostess na porta. É só chegar, entrar, sentar. Em cadeiras gastas, bambas, sem charme algum. Sem conforto algum. As mesinhas, unidas, viram mesonas e invadem as calçadas. Não tem regras de etiqueta.

Bar de jornalista é tosco. De tão feio, vira cult. A decoração não é assinada por designers. Nas paredes, de pintura descascada ou azulejos velhos, pôsteres de peças de teatro e filmes dividem espaço com a tubulação de água aparente e avisos de “Não aceitamos cheque”. Ar-condicionado aqui não entra. Só ventilador. LCD é luxo. TV tem que ser de tubo.

Bar de jornalista tem cardápio escrito com giz em lousas ou em folhas de sulfite plastificadas, remendadas com durex. Não tem garçom de mau humor. Não tem carta de vinho. Tem cerveja. Em garrafa. Tem moscas que sobrevoam as latinhas de Coca-Cola. Tem porção de calabresa, mandioca, provolone. Coisa boa, de entupir artéria.

Bar de jornalista é barulhento. São vozes que se cruzam, que discutem cultura, política, filosofia, sacanagem. Maledicências. Lamentações. Neuroses. Planos para mudar de vida que nunca saem do guardanapo.

Tem mulheres que pegam batata frita com a mão, homens que não têm vergonha de cruzar a perna como o Caetano Veloso. Tem gente feia, bonita, pobre, não tão pobre assim, branca, preta, multicolor. Tem artista. Tem gay. Tem artista gay. Tem intelectual. Tem gente metida a intelectual. Tem cheiro de mijo que vem do banheiro. Tem vida.

Bar de jornalista não tem frescura. Se tiver, desconfie.

Rabo Quente

  (O QUÊ???)

Êpa!

Não é nada disso que vocês estão pensando, não!

Bando de infiéis…

Afinal de contas este aqui continua sendo um blog de família.

Bão… Quase.

Acontece que esta besta que vos tecla este humilde escriba caiu na besteira de, lá no trabalho, entrar numa sala cheia de mulheres e “inocentemente” perguntar:

– Alguém aqui tem rabo quente? Ou ao menos sabe onde posso encontrar um?

Pronto.

O furdunço tava feito.

Tive que sair correndo – e de cabeça baixa – enquanto a revolução se estabelecia naquela dantes sala calma e tranquila…

Pô gente!

Não tem nada demais!

O que eu estava procurando era simplesmente uma maneira de esquentar água!

Hmmm… Acho que essa explicação também não tá lá muito boa…

Então sejamos didáticos: o tal  do “rabo quente” nada mais é que um mero aquecedor de água (ou, caso prefiram, “ebulidor elétrico”) que serve para – adivinhem? – aquecer água!

Para que saibam que estou falando a verdade, segue uma imagem explícita de um rabo quente, com toda sua pujante nudez explícita…

( Cambada de hereges!… )