O Dom

É… Eu antes havia dito que não tinha opinião formada – mas parece que ela já está se formando – e é bastante favorável!

Numa pequena “maratona” neste final de semana assisti uma boa parte dos episódios da primeira temporada do Dr. House. Vários chamaram minha atenção por vários motivos – mas particularmente o nono episódio (“DNR”, ou “Me deixe morrer”) trouxe, na minha opinião, um excelente diálogo que se passa entre o obstinado House e um famoso músico trompetista que perdeu a vontade de viver.

Confiram:

– Acabou. Estou sem fôlego. A gravação na outra noite com aqueles garotos era um teste pra ver se eu ainda poderia tocar. E eu não posso.

– E isso é tudo o que você é? Um músico?

– Eu sou apenas uma coisa, assim como você.

– Mesmo? Aparentemente você me conhece melhor do que eu a você.

– Eu sei da bengala. Eu sei do dedo sem aliança. E essa sua obsessão natural, esse é o grande segredo. Você não arrisca ir para cadeia e a sua carreira apenas para salvar alguém que não quer ser salvo a menos que tenha alguma coisa, qualquer coisa, uma coisa. A razão pela qual poessoas normais têm esposas, filhos e hobbies, ou o que seja. Isso porque eles não têm uma coisa os martelando realmente com força. Eu tenho a música, você tem isso (a medicina). É a coisa em que você pensa o tempo todo, a coisa que lhe dá a direção a seguir. Sim, nos faz grandes, nos faz os melhores. Todo o resto deixamos de lado. Não há uma mulher esperando em casa depois do trabalho com um drink e um beijo. Isso não acontece pra nós.

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