Brinquedos de Amyra

“Brinquedos de Amyra” é uma peça teatral da Companhia Teatral Repênoti. Tomei conhecimento dessa empreitada através da amiga Dani Peneluppi (e sem saber que já conhecia o Diego, um dos autores da peça).

Muito bom.

Apesar do enredo original, dá pra reconhecer umas pitadas de Toy Story, uma ou outra colher das estórias infantis clássicas, algumas gotas de humor circense (no estilo dos antigos Trapalhões), bem como um cheirinho de Monteiro Lobato. Coincidência ou não, isso não lhe diminui em absoluto o mérito.

Até porque foi plenamente aprovada pelos verdadeiros críticos teatrais (e é com estes que os artistas realmente devem se preocupar): as crianças.

Dava gosto de ver o Erik (5 anos) se esmerando para cantar as mesmas músicas, o Jean (3 anos) batendo palmas e pulando junto com os atores, e até mesmo o Kevin (8 anos) – que, pra variar, chegou emburrado – quebrou o próprio protocolo e deu diversas gargalhadas no decorrer da peça.

Estão todos de parabéns, em especial os atores – por saberem lidar tão bem com um público tão exigente como é essa criançada da era da Internet e dos videogames.

Só lamento que a divulgação maior (ao que aparenta) tenha sido apenas no boca-a-boca. A apresentação se deu aqui em São José dos Campos, num espaço cultural próximo de casa, ou seja, os artistas têm vindo onde o povo está. Mas, na minha opinião, tais peças deveriam ser amplamente divulgadas para que esse mesmo povo venha a ter conhecimento de sua existência. E esse povo (incluo-me nesta seara) usualmente está por demais atarefado trabalhando, pagando contas, correndo com seu dia a dia e sequer vem a saber que, ali do lado, tem uma atividade cultural de primeira para comparecer e levar seus filhotes.

E existiriam inúmeros meios para essa ampla divulgação. Quer seja pelos usuais veículos de comunicação, quer seja através dos “jornaizinhos” que o Poder Público faz circular pela cidade. Basta que este queira fazê-lo…

João Victor

Na primeira quinzena desse mês de setembro (que já passou) nasceu o João Victor, filho de minha amiga Simone. Apesar do curto tempo em que estivemos próximos, ainda assim “ouso” chamá-la de amiga, pois é a maneira pela qual trato todas as pessoas pelas quais tenho um carinho muito especial, que têm um cantinho reservado dentro de meu coração. Ela conquistou facilmente esse direito com sua sinceridade, sua humildade, seu bom humor à toda prova, sua garra, seu jeito sincero de brincar com meus filhos, sua maneira franca de conversar com a Dona Patroa, seu amor pela vida… Enfim, ela é daquelas almas iluminadas que a gente teve muita sorte de conhecer.

Parabéns ao casal pelo filhão lindo que tiveram!

Parabéns a você, Simone, pela determinação de trazer essa criança ao mundo!

É o que sentimos de coração, eu, a Dona Patroa e toda a tropinha de casa…

Conectando… foi!

Essa eu tomei conhecimento através do Link, um suplemento de informática do jornal Estadão, gentilmente cedido semanalmente pelo amigo (e chefe) Nelson – o Nelsinho. A manchete já diz tudo: “São Sebastião ganha praia conectada”.

Para quem não sabe, São Sebastião é uma das cidades que integram o litoral norte de São Paulo, possui muita mata nativa, praias lindas, um conjunto histórico-arquitetônico bem preservado e por aí vai. Tenho um grande carinho por essa cidade, pois foi o local de nossa primeira morada, tendo abrigado eu e a Dona Patroa quando dos primeiros meses de nosso casamento.

Aliás, acabo de me lembrar, a conexão na época – coisa de uns nove anos atrás – somente se dava por linha discada, sendo que o iG era a única opção existente…

Mas a questão é outra. Em apertada síntese, a notícia simplesmente informa que desde o início de setembro a prefeitura local passou a oferecer, de graça, acesso sem fio à Internet (Wi-Fi), havendo antenas espalhadas pelos 800 metros da avenida principal da cidade, bem como placas fixadas nos jardins com a informação “Wi-Fi Zone” nos locais onde há melhor qualidade de sinal – a qual, parece, ainda tem oscilado bastante.

O que me chamou a atenção foi o fato de haver a disponibilização gratuita dessa facilidade (conforme diz a notícia). Tá certo que é uma solução – em tese – reservada para poucas cidades, até porque o município de São Sebastião recebe nababescos repasses, não só pela sua característica portuária, mas também em função de abrigar boa parte dos tanques da Petrobrás. Isso sem falar de que é a ponta de acesso à Ilhabela, paraíso dos turistas endinheirados do país (particularmente não acho a ilha tão bela assim – prefiro seu lado oposto, ainda um tanto quanto selvagem, de frente para o alto mar, e bem longe de toda a “estrutura turística” criada para atender seus visitantes).

Mas a iniciativa é louvável, ainda que – estou certo disso – tenha sido criada para atendimento de uma demanda não de sua população fixa, mas de sim de sua população flutuante. De todo jeito, o sinal está lá, no ar, podendo ser utilizado por quem quer que queira. O preço dos produtos de informática têm caído vertiginosamente, de modo que, em tese, ficaria fácil ao cidadão comum montar seu aparelhinho e usufruir dessa facilidade disponibilizada pelo Poder Público local.

Que sirva de exemplo para diversos outros municípios, pois o custo final não parece ter ficado lá muito caro (se comparado a inúmeros outros gastos que costumam existir por aí), e permitiriam à população uma verdadeira integração digital.

Gente estressada

Tá bom. Tem gente que fica estressada. Tem gente que é estressada. Mas, também, tem gente que o tempo todo vive estressada. E, em função disso, acaba arrastando praticamente todo mundo com quem trabalha nessa espiral maluca e descendente que é a irritação coletiva.

E não, desta vez não estou falando de mim…

Qual o remédio? Bem, relembrando o excelente filme “Bom dia Vietnã”, e já de antemão recomendando para quem não tenha assistido, que assista (um ótimo divertimento), só consigo chegar à mesma filosófica conclusão que Robin Williams disparou para seu estressado superior: “You know… you’re in more dire need of a blow job than any white man in history!”.

Capacidade (k)

– Paiê?

– Oi, filho.

– Você sabe o que significa “capás” no dicionário, mas não com a letra Z?

– Ué? Não seria então “capas”, sem esse acento aí no final? Capas seria o plural de capa, como, por exemplo, a capa da revista do Batman, ou então uma capa para cobrir o carro, ou capa de chuva. Sei lá, filho. Pode ser um montão de coisas.

– Nada disso pai! Capás é uma letra do alfabeto grego!

– …

Detalhe: o amigo e copoanheiro Bica presenciou essa trucada. Acho que deve estar rindo até agora…

Interlúdio

E eis que eu e meu companheiro de viagem (ainda que ele teime em dizer que eu é que sou companheiro de viagem dele) saímos para jantar ontem à noite. Não, nada de pastéis dessa vez. Fomos a uma bela duma churrascaria. Tá certo que o mote para isso foi o fato de ele ter encontrado no saguão do hotel alguns cartões que davam direito a um chopp grátis…

Proseamos bastante, avaliamos as palestras do dia, contamos causos, falamos mal da vida alheia, ou seja, o de praxe quando dois caboclos saem para bebericar.

O que surpreendeu, nesse caso, foi logo após nossa saída do restaurante (que ficava bem de frente para o estacionamento de um shopping).

Eu já supunha que devido ao trânsito de Brasília, bem como pelas características específicas de sua população, seria relativamente normal encontrar um alto padrão de veículos por aqui. Mas a constatação disso acabou me deixando boquiaberto.

Máquinas dos mais variados estilos, origens, cores, capacidades e – com certeza – performance. Clássicas, tunadas, adaptadas, originais, etc. Aerofólio, carenagem, chassi fino, chassi reforçado, lataria brilhante, lataria fosca. De tudo, vimos um pouco. Com preços estimados entre U$250,000.00 a uns U$350,000.00. Pra se ter uma ideia ouvimos que em alguns casos só as rodas chegariam a um preço de U$200,000.00 !

Definitivamente.

É um outro mundo e uma outra realidade.

Isso me deu uma saudaaaaaaaaade de casa…